Briefing: Tarifas e guerra comercial

A Ryanair planeia cessar as suas operações nos Açores em março de 2026, alegando custos operacionais elevados, incluindo taxas aeroportuárias e de navegação.

O Governo português e a ANA refutam estas alegações, sublinhando que as taxas na região são competitivas.

A decisão gera incerteza sobre o futuro da conectividade aérea e do turismo nos Açores, sendo vista por alguns como uma tática negocial.

A imposição de novas tarifas e a redução de quotas sobre o aço importado pela UE estão a colocar a indústria metalomecânica portuguesa sob forte pressão.

Os empresários alertam para o risco de perda de competitividade e deslocalização, enquanto as associações setoriais pedem uma intervenção coordenada do Governo para mitigar os impactos negativos sobre um setor vital para as exportações e o emprego em Portugal.

A política de tarifas dos EUA teve um impacto severo nos resultados da Altri, resultando numa queda de 86% nos lucros nos primeiros nove meses de 2025 devido à pressão sobre os preços da pasta de papel. A empresa espera uma recuperação no último trimestre, dependente da estabilização das políticas comerciais e de um reequilíbrio do mercado global.

Face às pesadas tarifas da UE sobre veículos elétricos importados da China, a XPeng pretende construir uma fábrica na Europa.

Esta estratégia visa não só evitar os impostos e aumentar a competitividade, mas também fortalecer a sua marca e expandir a sua presença global, distanciando-se da volátil guerra de preços no mercado chinês.

A Cupra cancelou a sua expansão para o mercado norte-americano em resposta direta às novas tarifas de 15% impostas pelos EUA a veículos da UE.

A empresa irá agora concentrar os seus esforços de crescimento em mercados como o Médio Oriente, adaptando a sua estratégia global para contornar as barreiras comerciais e a incerteza económica.

A desvalorização do iene está a ser agravada pela incerteza em torno das tarifas comerciais impostas pelos EUA.

O Banco do Japão adotou uma postura cautelosa, adiando subidas de juros para avaliar o impacto destas tarifas, o que contribui para a fraqueza da moeda e gera preocupação no governo japonês sobre a estabilidade económica.

As tarifas impostas pela administração Trump são identificadas como uma fonte significativa de instabilidade nos mercados financeiros.

A incerteza em torno destas políticas comerciais tem provocado “pânico” entre os investidores, resultando em correções nas bolsas e impactando negativamente a rentabilidade de diversos produtos de investimento, incluindo os PPR.