
A política de tarifas da administração Trump criou um ambiente de instabilidade global, forçando a UE a diversificar parceiros comerciais e gerando preocupações transversais em múltiplos setores económicos sobre o futuro do comércio internacional.
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A política de tarifas da administração Trump criou um ambiente de instabilidade global, forçando a UE a diversificar parceiros comerciais e gerando preocupações transversais em múltiplos setores económicos sobre o futuro do comércio internacional.

Portugal beneficia de uma baixa exposição geral às tarifas dos EUA, mas a dependência de setores específicos como o têxtil e os produtos metálicos do mercado norte-americano exige uma monitorização atenta para mitigar potenciais impactos negativos no emprego e no valor acrescentado.

A taxa de 15% emergiu como um novo padrão nas políticas comerciais dos EUA, aplicando-se não só à UE mas também a acordos com outros parceiros.
Embora represente uma redução face a taxas mais altas, o seu nível historicamente elevado continua a gerar incerteza e a ser um ponto de preocupação para a estabilidade económica e setorial.

A pressão financeira exercida pelas tarifas dos EUA levou o Grupo Volkswagen a suspender o seu plano de investimento quinquenal, gerando incerteza sobre a modernização de fábricas e o lançamento de novos modelos, e sublinhando a vulnerabilidade da indústria automóvel europeia às tensões comerciais.

Em resposta à pressão tarifária dos EUA, a Toyota comprometeu-se com um investimento massivo de 10 mil milhões de dólares em cinco anos, incluindo uma nova fábrica de baterias, para reforçar a sua produção local e beneficiar de uma redução das taxas de importação sobre os seus veículos.

Em resposta às tarifas e aos riscos geopolíticos, a General Motors e a Tesla estão a pressionar os seus fornecedores para transferirem as cadeias de abastecimento para fora da China, numa tentativa de reforçar a resiliência e reduzir a dependência do mercado chinês.

A indústria automóvel europeia procura ativamente reduzir a sua dependência da China, após disputas comerciais e geopolíticas terem revelado a fragilidade das suas cadeias de abastecimento.
A transição é vista como complexa e demorada, mas essencial para mitigar riscos estruturais e garantir a competitividade futura.

Num acordo bilateral significativo, os EUA concordaram em reduzir as tarifas sobre produtos suíços de 39% para 15%, uma medida que impulsionou a economia suíça e está associada a um compromisso de investimento de 200 mil milhões de dólares por parte de empresas suíças nos EUA.

Os EUA e o Japão acordaram uma redução das tarifas sobre automóveis para 15%, condicionada a investimentos significativos por parte das empresas japonesas nos EUA.
A medida visa reequilibrar o comércio e incentivar a produção local, levando gigantes como a Toyota a anunciar novos projetos em solo americano.

A indústria da moda enfrenta um cenário pessimista para 2026, com as novas tarifas norte-americanas a aumentarem os custos, enquanto a retração dos consumidores pressiona a procura.
Esta conjuntura adversa obriga as marcas a uma gestão mais rigorosa e a repensar as suas estratégias para um mercado em rápida mudança.