Briefing: Tarifas e guerra comercial

As tarifas da administração Trump criaram um clima de incerteza económica global, impactando negativamente o comércio, os preços e os lucros empresariais, e tornando-se a principal preocupação para investidores e líderes de negócios, que agora procuram estratégias para mitigar os riscos associados.

As políticas tarifárias estão a forçar uma reestruturação estratégica na indústria automóvel, com empresas como a Nissan e a BMW a investirem na localização da produção para mitigar os custos e a incerteza gerados pelas disputas comerciais entre os EUA, a UE e a China.

O acordo farmacêutico entre os EUA e o Reino Unido elimina tarifas sobre as exportações britânicas em troca de um aumento dos custos para o sistema de saúde do Reino Unido, evidenciando um compromisso estratégico que equilibra benefícios comerciais com concessões na política de saúde interna.

O Banco do Japão mantém uma postura cautelosa na sua política monetária, adiando a normalização das taxas de juro enquanto avalia o impacto das novas tarifas dos EUA, o que tem gerado volatilidade no mercado de dívida japonês.

A relação comercial entre a UE e os EUA é caracterizada por tensões e uma implementação desigual de acordos tarifários, o que resulta em prejuízos para setores como o automóvel e levanta sérias questões sobre a reciprocidade e equidade nas políticas comerciais transatlânticas.

As tarifas comerciais, especialmente as impostas pelos EUA, tiveram um impacto mensurável e negativo nos lucros das empresas portuguesas em 2025, com o setor industrial, como o das papeleiras, a registar quebras acentuadas, demonstrando a sua exposição aos riscos do comércio global.