Briefing: Tarifas e guerra comercial

A guerra comercial entre os EUA e a China persiste com tarifas elevadas, gerando incerteza económica global.

O excedente comercial recorde da China poderá intensificar as pressões por maior equilíbrio, enquanto os efeitos do protecionismo se fazem sentir em várias economias, incluindo em Portugal e no Japão.

O acordo EUA-Reino Unido elimina por três anos as tarifas sobre produtos farmacêuticos britânicos, protegendo empregos e investimento.

Em contrapartida, o serviço de saúde do Reino Unido aumentará os preços pagos por medicamentos, um compromisso visto pelos EUA como uma forma de os países desenvolvidos assumirem a sua quota-parte nos custos da inovação.

As tarifas norte-americanas sobre automóveis importados forçaram construtores como a Nissan e a BMW a adaptar as suas cadeias de produção, localizando o fabrico para evitar custos.

O impacto estende-se aos fornecedores, como a TMG Automotive, evidenciando os efeitos generalizados destas políticas comerciais na indústria automóvel global.

As tarifas comerciais globais representam um obstáculo significativo para a economia portuguesa, limitando as exportações e a competitividade.

Líderes empresariais defendem a diversificação de mercados para mitigar riscos, enquanto empresas como a Altri já reportam quebras substanciais nos lucros devido a estas políticas protecionistas.

A política tarifária da UE sobre veículos elétricos fabricados na China revela uma abordagem complexa.

Enquanto empresas como a BMW são penalizadas com tarifas de quase 31%, Bruxelas considera isenções para outras, como a Volkswagen, o que levanta questões sobre a coerência da estratégia europeia para proteger a sua indústria e gerir a concorrência chinesa.