Briefing: Donald Trump

A administração Trump interferiu diretamente no sistema judicial do Brasil para apoiar o seu aliado Jair Bolsonaro, utilizando ameaças de sanções económicas e força militar.

Esta ação gerou uma forte condenação por parte do governo brasileiro, que a considerou uma violação da sua soberania e uma ameaça à sua democracia.

Donald Trump utilizou o assassínio de Iryna Zarutska para promover a sua plataforma de "lei e ordem", pedindo a pena de morte para o autor do crime e culpando as políticas democratas pela violência urbana. A tragédia serviu de justificação para a sua abordagem de linha dura e para os seus ataques políticos contra cidades governadas pela oposição.

A administração Trump está a usar a sua política de tarifas como um instrumento de política externa para pressionar a Rússia, instando a UE a juntar-se na imposição de sanções comerciais à China e à Índia. Esta abordagem visa cortar o financiamento da guerra de Moscovo, mas arrisca-se a escalar tensões comerciais globais.

As relações entre os EUA e a Venezuela deterioraram-se para um nível perigoso, com a administração Trump a conduzir operações militares letais nas Caraíbas e a ameaçar abater aviões venezuelanos, aumentando o risco de um conflito direto sob a bandeira da luta contra o narcotráfico.

A renomeação do Departamento de Defesa para Departamento de Guerra é uma ação simbólica da presidência Trump, destinada a projetar uma imagem de força e a sinalizar uma mudança para uma doutrina militar mais agressiva e menos diplomática, abandonando a terminologia da era da Guerra Fria.

A detenção em massa de trabalhadores sul-coreanos numa fábrica da Hyundai na Geórgia ilustra o conflito entre as políticas de imigração de linha dura de Trump e os seus objetivos económicos.

A ação criou uma crise diplomática com a Coreia do Sul, um aliado-chave, e gerou incerteza entre os investidores estrangeiros nos EUA.

A alegada carta de Trump para Jeffrey Epstein continua a ser uma grande controvérsia para a Casa Branca, forçando-a a negar repetidamente a sua autenticidade. O caso destaca a associação passada de Trump com Epstein e serve como uma arma política para os seus opositores, mantendo o escândalo vivo na esfera pública.

A justiça norte-americana manteve uma pesada indemnização contra Donald Trump por difamar E. Jean Carroll, rejeitando os seus recursos.

A decisão representa uma validação judicial das alegações da escritora e um revés financeiro e de reputação considerável para o presidente.

A tentativa de Donald Trump de demitir a governadora da Fed, Lisa Cook, e a subsequente investigação do Departamento de Justiça representam um desafio direto à independência do banco central dos EUA.

A disputa legal e política sublinha a tensão entre a Casa Branca e a instituição responsável pela política monetária do país.

Numa decisão que fortalece a política de imigração de Donald Trump, o Supremo Tribunal permitiu que agentes federais usem a aparência e o idioma como fatores para deter suspeitos de imigração ilegal.

A medida foi criticada por defensores dos direitos civis como uma legalização do perfilamento racial, mas representa uma vitória para a agenda de deportação em massa da administração.