Briefing: Donald Trump

A política tarifária agressiva de Trump, justificada como protecionista, foi declarada ilegal por tribunais inferiores, levando a um recurso no Supremo Tribunal.

A medida causou perturbações económicas globais, incluindo a suspensão de serviços postais, e gerou críticas de líderes internacionais, que a consideram uma forma de "chantagem".

A rusga a uma fábrica da Hyundai na Geórgia resultou na detenção de centenas de trabalhadores sul-coreanos, desencadeando uma resposta diplomática de Seul e preocupação entre empresas estrangeiras. O incidente expõe a tensão entre a dura política de imigração de Trump e os seus objetivos de atrair investimento estrangeiro.

O Supremo Tribunal deu aval à política de imigração de Trump, permitindo que agentes federais usem a aparência e o sotaque como fatores para deter suspeitos.

A decisão, aprovada por uma maioria conservadora, foi duramente criticada pela ala liberal do tribunal como um "grave abuso" que legaliza a discriminação.

A estratégia de Donald Trump de ameaçar com a intervenção militar em cidades democratas para combater o crime foi recebida com forte resistência dos governadores e presidentes de câmara, que a veem como uma manobra política autoritária. A legalidade da medida foi posta em causa por um tribunal federal, que considerou ilegal o envio de tropas para Los Angeles.

Após um violento ataque russo à Ucrânia, Donald Trump sinalizou uma aproximação à posição europeia, mostrando-se disposto a aplicar novas sanções a Moscovo.

Apesar de continuar a dialogar com Putin, Trump expressou publicamente a sua "deceção" com o líder russo, enquanto os EUA e a UE negoceiam uma resposta conjunta.

A relação entre os EUA e a Venezuela atingiu um ponto crítico com um ataque militar norte-americano a uma embarcação venezuelana que resultou em 11 mortos. Enquanto Trump defende a ação como um golpe contra o "narcoterrorismo", o governo de Maduro acusa os EUA de execuções extrajudiciais, aumentando o risco de um conflito militar na região.

Numa decisão simbólica, Donald Trump alterou o nome do Departamento de Defesa para "Departamento de Guerra", argumentando que o novo nome reflete melhor a força militar dos EUA.

A medida, que reverte uma mudança feita após a Segunda Guerra Mundial, foi implementada por ordem executiva, mas a sua permanência pode depender de aprovação legislativa.

A justiça norte-americana manteve a condenação de Donald Trump no caso de difamação movido por E. Jean Carroll, obrigando-o a pagar uma indemnização de 83,3 milhões de dólares. O tribunal de recurso rejeitou os argumentos de imunidade presidencial, solidificando a decisão que o considerou responsável por abuso sexual e por ataques repetidos à credibilidade da colunista.

A divulgação de uma carta enigmática para Jeffrey Epstein, com uma assinatura semelhante à de Donald Trump, gerou controvérsia. Enquanto a Casa Branca nega a sua autenticidade e a classifica como uma conspiração democrata, análises jornalísticas apontam semelhanças com a assinatura pessoal de Trump, intensificando a pressão para a divulgação completa dos arquivos de Epstein.

Para combater o enorme atraso nos processos de imigração e acelerar as deportações, o governo Trump vai duplicar o número de juízes de imigração ao destacar 600 advogados militares para essa função.

A medida inédita, justificada como uma necessidade para aliviar o sistema, levanta preocupações sobre a militarização da política migratória e a independência judicial.