Briefing: Donald Trump

A política de tarifas de Donald Trump, pilar da sua agenda comercial, foi declarada ilegal por um tribunal de recurso, desencadeando um confronto constitucional.

A administração planeia recorrer ao Supremo Tribunal, apostando na sua maioria conservadora para legitimar uma medida que tem gerado tensões comerciais globais e cujos benefícios económicos são alvo de disputa.

A mobilização de forças federais e da Guarda Nacional por Donald Trump para policiar grandes cidades americanas gerou uma forte oposição de líderes democratas, que a consideram uma usurpação de poder e uma tática autoritária.

A medida enfrenta desafios legais e baixa aprovação pública, aprofundando a polarização política sobre os limites do poder presidencial e a autonomia local.

A tentativa de Donald Trump de demitir a governadora da Fed, Lisa Cook, e a sua contínua pressão sobre a política monetária representam um desafio direto à independência do banco central.

Esta batalha, que se estende aos tribunais e atrai a atenção internacional, poderá ter implicações profundas na estabilidade económica dos EUA e na confiança dos mercados globais.

A significativa mobilização militar dos EUA perto da Venezuela, justificada como uma operação antinarcóticos, foi interpretada por Caracas como uma ameaça de invasão. Esta situação desencadeou uma perigosa escalada de retórica e posturas militares, gerando preocupação e apelos à desescalada por parte de organismos regionais e internacionais.

A política de Donald Trump para a Ucrânia oscila entre a promoção da paz, o ceticismo sobre a sua viabilidade e o fornecimento de armamento pesado.

Esta abordagem contraditória reflete uma estratégia diplomática imprevisível, que mantém tanto a Rússia como os aliados ocidentais em estado de alerta, sem um caminho claro para a resolução do conflito.

O plano da administração Trump para Gaza, que inclui a deslocação da população e uma administração temporária dos EUA, representa uma abordagem radical para o pós-guerra.

Embora apresentado como uma visão de desenvolvimento, o plano foi veementemente rejeitado pelo Hamas e levanta sérias preocupações sobre os direitos e o futuro do povo palestiniano.

A imposição de tarifas punitivas ao Brasil por parte da administração Trump, ligada diretamente ao julgamento de Jair Bolsonaro, marca uma escalada na politização do comércio. A medida gerou uma forte reação do governo brasileiro, que procura contramedidas e novos mercados, ao mesmo tempo que acusa os EUA de interferência e desrespeito pela sua soberania.

A liderança do Secretário da Saúde, Robert F. Kennedy Jr., provocou uma crise profunda no CDC, marcada pela demissão da sua diretora e de outros altos funcionários. A controvérsia, centrada na alegada interferência política e na promoção de políticas antivacinas, levantou sérias preocupações sobre a integridade científica e a eficácia da principal agência de saúde pública dos EUA.

A proposta de Donald Trump para reintroduzir a pena de morte em Washington D.C.

é uma medida radical que se alinha com a sua retórica de “lei e ordem”.

A iniciativa, que reverteria décadas de abolição da pena capital na cidade, representa mais um passo na crescente intervenção federal sobre a capital e levanta questões significativas sobre a jurisdição e os direitos civis.

A revogação da proteção dos Serviços Secretos a Kamala Harris por ordem de Donald Trump é um ato altamente invulgar e politicamente carregado.

A decisão quebra uma tradição de segurança para ex-líderes e é amplamente vista como uma retaliação contra uma adversária política, ilustrando a natureza conflituosa e pessoalizada da sua presidência.