Briefing: Donald Trump

A imposição de tarifas por parte da administração Trump abriu uma nova frente de conflito económico com a União Europeia.

Apesar da justificação da UE para evitar uma escalada, a medida enfrenta contestações legais nos EUA e ameaça a estabilidade das relações comerciais transatlânticas, com implicações para a economia global.

A ofensiva de Trump contra a Reserva Federal representa um desafio sem precedentes à independência do banco central, com potenciais consequências desestabilizadoras para a economia americana e mundial, gerando preocupação entre líderes económicos internacionais.

O plano dos EUA para Gaza, embora ambicioso na sua visão de reconstrução, foi amplamente criticado como uma tentativa de engenharia demográfica forçada, enfrentando forte oposição palestiniana e internacional que o vê como uma ameaça à soberania e identidade do povo palestiniano.

A diplomacia de Trump na Ucrânia oscila entre a mediação e o apoio militar, mas a falta de avanços concretos e a contínua agressão russa levantam dúvidas sobre a viabilidade de uma solução negociada a curto prazo, mantendo a região num estado de incerteza.

O destacamento de forças federais por Trump em cidades democratas intensificou o conflito entre o poder federal e os governos locais, levantando acusações de autoritarismo e de uso político das forças armadas para intimidar opositores.

A revogação de vistos a diplomatas palestinianos representou um duro golpe diplomático da administração Trump, isolando ainda mais a liderança palestiniana e gerando condenação internacional por violar os compromissos dos EUA como país anfitrião da ONU.

O uso de sanções comerciais por parte de Trump para pressionar o sistema judicial brasileiro marca uma interferência direta nos assuntos internos de um parceiro comercial, levando o Brasil a reagir com medidas de reciprocidade e a diversificar as suas alianças económicas.

A imposição de tarifas à Índia demonstra a disposição da administração Trump em usar o comércio como arma geopolítica, penalizando parceiros estratégicos por decisões de política externa que contrariam os interesses de Washington e exacerbando as tensões comerciais globais.

A política de deportação acelerada de Trump enfrenta obstáculos judiciais significativos, com os tribunais a defenderem o direito ao devido processo legal contra uma abordagem que privilegia a rapidez em detrimento das garantias legais para os imigrantes, especialmente os mais vulneráveis como as crianças não acompanhadas.

A ambição de Trump em relação à Gronelândia evoluiu de uma proposta de compra para alegadas operações de influência, criando uma tensão inédita com a Dinamarca, um aliado da NATO, e revelando as ambições geopolíticas da sua administração no Ártico.