Briefing: Donald Trump

A decisão de Trump de retomar testes nucleares, justificada pela atividade de rivais como a Rússia e a China, gerou um debate sobre a natureza desses testes e o potencial desrespeito por tratados internacionais. Enquanto a administração clarifica que se tratam de explosões 'não críticas', a China nega as acusações e apela ao cumprimento dos acordos, aumentando a incerteza num cenário de tensões geopolíticas já elevadas.

A cimeira Trump-Xi produziu uma trégua temporária com acordos específicos em tarifas, agricultura e tecnologia, mas não resolveu as divergências de fundo. O otimismo de Trump contrasta com a cautela dos analistas, que veem o encontro como uma gestão de tensões em vez de uma mudança estratégica na rivalidade sino-americana.

A política de Trump para a Venezuela caracterizou-se pela ambiguidade diplomática e por uma agressiva campanha militar nas Caraíbas contra o narcotráfico.

Apesar de negar planos de guerra iminente, a escalada militar e as dezenas de mortes em ataques a embarcações aumentaram as tensões e levaram a fortes críticas internacionais, incluindo da ONU.

A paralisação do governo, causada por um impasse orçamental, resultou na suspensão de apoios vitais como o programa alimentar SNAP e no aumento dos custos de saúde para milhões de americanos.

A crise evidenciou a polarização política e a fragilidade dos programas sociais, com a administração Trump a culpar os democratas enquanto enfrentava críticas pela sua gestão e prioridades.

A administração Trump alterou drasticamente a política de refugiados, reduzindo o limite anual para um mínimo histórico de 7.500 e priorizando a admissão de sul-africanos brancos. A medida foi condenada por organizações humanitárias como uma politização de um programa humanitário e um abandono dos compromissos dos EUA para com outros grupos vulneráveis, como os aliados afegãos.

Ao recusar enviar uma delegação de alto nível à COP30, a administração Trump reafirmou a sua política de negação das alterações climáticas e de rejeição dos acordos internacionais. Esta decisão isola os EUA no cenário global, embora seja contrariada pelo ativismo de autoridades locais americanas que se comprometem a manter os esforços de combate à crise climática.

O cancelamento da cimeira Trump-Putin em Budapeste simbolizou o fracasso dos esforços diplomáticos para resolver a guerra na Ucrânia, devido à intransigência de Moscovo.

O episódio, agravado pelo anúncio de novas armas nucleares russas, marcou uma deterioração significativa nas relações entre os EUA e a Rússia, reforçando um cenário de crescente tensão global.

Apesar da clara proibição constitucional, Donald Trump tem alimentado repetidamente a especulação sobre um terceiro mandato, gerando um debate sobre os seus limites de poder.

Embora reconheça as barreiras legais e figuras importantes do seu partido as reforcem, a sua recusa em descartar a hipótese e as teorias dos seus apoiantes mantêm a controvérsia viva, desafiando as normas políticas americanas.

A administração Trump implementou novas e significativas restrições ao acesso da imprensa na Casa Branca, limitando a circulação de jornalistas e controlando o acesso a eventos.

Esta política, que favorece media alinhados com o Presidente em detrimento de órgãos tradicionais, aprofunda o clima de tensão e levanta questões sobre a liberdade de imprensa e a transparência governamental.

Apesar da autorização do Pentágono para o envio de mísseis Tomahawk para a Ucrânia, o Presidente Trump mantém uma postura hesitante, adiando uma decisão final. Esta ambiguidade é interpretada por analistas como uma estratégia política para gerir as expectativas e a escalada do conflito, refletindo uma potencial divergência dentro da sua administração sobre o apoio militar a Kiev.