Briefing: Donald Trump

A presidência de Trump foi marcada por uma escalada de hostilidades com a Venezuela, combinando operações militares letais sob o pretexto do combate ao narcotráfico com ameaças de intervenção terrestre e uma diplomacia volátil, que incluiu um contacto direto entre os dois líderes.

A tentativa da administração Trump de mediar a paz na Ucrânia foi marcada por uma abordagem unilateral que gerou controvérsia e desconfiança entre os aliados europeus.

Apesar de intensos esforços diplomáticos, incluindo um encontro de alto nível no Kremlin, não foi alcançado nenhum avanço decisivo, persistindo as divergências sobre as questões territoriais.

A administração Trump implementou uma série de medidas restritivas de imigração, incluindo a suspensão de pedidos de 19 países e o congelamento de processos de asilo, justificadas por razões de segurança, mas vistas por críticos como uma tentativa de reconfigurar o sistema migratório de acordo com a sua agenda política.

A nova estratégia de segurança da administração Trump revela uma profunda desconfiança em relação à trajetória da Europa, promovendo uma visão isolacionista de “América Primeiro” e questionando os alicerces da aliança transatlântica, apesar das tentativas europeias de reafirmar a parceria.

A criação de um website pela Casa Branca para desacreditar a imprensa representa uma institucionalização da retórica de “fake news” de Donald Trump, intensificando o seu conflito com os media e levantando sérias preocupações sobre a liberdade de expressão nos Estados Unidos.

O perdão concedido a Juan Orlando Hernández expôs uma contradição flagrante na política de Donald Trump, que, por um lado, promove uma violenta campanha antidrogas e, por outro, liberta um ex-chefe de Estado condenado por crimes de narcotráfico, gerando acusações de hipocrisia e de uso político do poder de clemência.

A renomeação do Instituto da Paz dos Estados Unidos com o nome de Donald Trump gerou uma forte controvérsia, sendo vista por críticos como um ato hipócrita que reflete a sua prioridade em promover a sua marca pessoal, mesmo em detrimento da integridade das instituições que preside.

A reafirmação do pacto AUKUS pela administração Trump, após uma revisão estratégica, sinaliza a continuidade de uma peça central da política externa dos EUA no Indo-Pacífico, tranquilizando os aliados e mantendo a pressão sobre a China, em linha com a sua política de 'América Primeiro'.

O acordo para a construção de submarinos nucleares para a Coreia do Sul está num impasse devido a visões opostas sobre a produção: enquanto a administração Trump insiste na construção nos EUA, Seul pretende fabricá-los domesticamente, dependendo apenas da autorização americana para o combustível nuclear, deixando o futuro do projeto incerto.

Os ataques verbais de Donald Trump contra a comunidade somali, utilizando termos como 'lixo', representam uma escalada na sua retórica anti-imigração, associando uma comunidade inteira a atividades criminosas e reforçando a sua agenda política de restrições severas à imigração.