Briefing: Donald Trump

A cimeira de alto nível em Moscovo, liderada pelos EUA, não conseguiu um avanço significativo para a paz na Ucrânia, esbarrando na intransigência russa sobre as questões territoriais.

Apesar da continuação do diálogo, a ausência de um compromisso sobre os territórios ocupados mantém o conflito num impasse diplomático.

A administração Trump implementou um vasto conjunto de restrições à imigração legal e aos processos de asilo, visando 19 nações e justificando as ações com base na segurança nacional.

Estas medidas, marcadas por uma retórica hostil e por mudanças no sistema judicial de imigração, representam um dos mais significativos endurecimentos da política migratória dos EUA.

A administração Trump adotou uma estratégia de dupla abordagem com a Venezuela, combinando uma forte pressão militar, com ameaças de intervenção terrestre, com canais de comunicação diretos, embora inconclusivos, com o regime de Maduro.

Esta política cria um cenário volátil, com Caracas a denunciar as intenções dos EUA e a comunidade internacional a apelar à contenção.

O tiroteio fatal contra um membro da Guarda Nacional em Washington por um cidadão afegão, anteriormente aliado dos EUA, provocou uma resposta imediata e de grande alcance da administração Trump. O incidente foi enquadrado como uma falha de segurança nacional, justificando um congelamento abrangente dos processos de asilo e imigração e um reforço da presença militar na capital.

A combinação de uma postura percebida como arrogante por parte da Casa Branca, exigências políticas controversas e tendências eleitorais negativas alimentou uma significativa rebelião dentro do Partido Republicano contra o Presidente Trump.

Esta divisão interna, juntamente com a queda acentuada nos índices de aprovação, sinaliza um cenário político desafiador para a administração.

A agressiva campanha antidroga da administração Trump nas Caraíbas enfrenta graves acusações de conduta ilegal, nomeadamente o ataque deliberado a sobreviventes desarmados.

Enquanto o Secretário da Defesa justifica a ação, a polémica desencadeou preocupação bipartidária no Congresso e levantou questões fundamentais sobre as regras de confronto nestas operações militares.

A administração Trump formalizou a sua guerra contra os 'media' com o lançamento de um 'site' dedicado a combater o que considera "fake news".

Em paralelo, o Presidente continua a usar insultos pessoais e depreciativos contra jornalistas, numa escalada da sua relação conflituosa com a imprensa.

O arquivamento do caso da Geórgia representa uma vitória legal significativa para Donald Trump, eliminando a última acusação criminal pendente relativa aos seus esforços para contestar as eleições de 2020. O colapso do processo deveu-se a uma combinação de problemas processuais internos da equipa de acusação original e à complexidade jurídica de processar um presidente em funções a nível estadual.

A decisão de Trump de perdoar um ex-chefe de estado condenado por narcotráfico foi recebida com acusações de profunda inconsistência.

Críticos argumentam que a medida mina a retórica de linha dura e as operações militares letais da própria administração, conduzidas em nome do combate ao narcoterrorismo na América Latina.

A administração Trump iniciou um conflito diplomático significativo com a África do Sul, procurando isolar a nação no seio do G20 com base em acusações sobre as suas políticas internas. Esta ação representa uma rutura com as normas diplomáticas e foi firmemente rejeitada pelo governo sul-africano.

Donald Trump declarou que irá anular os atos do seu antecessor, Joe Biden, que foram assinados com uma caneta automática, questionando a sua validade legal.

Embora as implicações jurídicas desta medida sejam duvidosas, a declaração representa uma nova frente no esforço de Trump para reverter as políticas da administração anterior.

Um acordo de defesa chave entre os EUA e a Coreia do Sul para a construção de submarinos nucleares está em suspenso devido a um desacordo sobre o local de fabrico. A insistência de Trump na produção nos EUA colide com a preferência e capacidade tecnológica declarada pela Coreia do Sul para construir os submarinos no seu próprio território.