Briefing: Donald Trump

A administração Trump propôs um plano de paz para a Ucrânia, negociado com a Rússia, que exige que Kiev ceda território, incluindo a Crimeia e o Donbass, e reduza o seu exército.

A proposta foi recebida com fortes críticas pela Ucrânia e pela União Europeia, que a consideram favorável a Moscovo e prejudicial à soberania ucraniana.

Após meses de oposição e sob intensa pressão política, Donald Trump assinou a lei que força a divulgação dos arquivos do caso Epstein. A sua mudança de posição foi acompanhada por acusações contra democratas e pela abertura de uma investigação sobre as ligações de Bill Clinton a Epstein, numa tentativa de controlar a narrativa política em torno do escândalo.

Donald Trump recebeu o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, solidificando a aliança com a venda de caças F-35 e um acordo nuclear. Trump defendeu publicamente o príncipe das acusações relacionadas com o assassinato de Jamal Khashoggi e designou a Arábia Saudita como um importante aliado extra-NATO, em troca de um investimento de quase um bilião de dólares nos EUA.

A tensão entre os EUA e a Venezuela aumentou com o envio do porta-aviões USS Gerald R. Ford para as Caraíbas numa operação antidroga que Caracas vê como uma ameaça.

Apesar da pressão militar e de discutir opções de ataque, Donald Trump expressou abertura para dialogar com Nicolás Maduro, que, por sua vez, aceitou a proposta de uma conversa “cara a cara”.

As rusgas do ICE, incluindo a uma empresa portuguesa em Newark, intensificaram o medo na comunidade imigrante, em linha com a política de deportação em massa de Donald Trump.

Estas ações, que afetam tanto trabalhadores indocumentados como residentes legais, geraram um impacto económico negativo e provocaram críticas de líderes religiosos, como o Papa Leão XIV.

Donald Trump intensificou os seus ataques à imprensa, ameaçando revogar a licença da ABC News após perguntas consideradas incómodas e avançando com um processo de milhares de milhões de dólares contra a BBC por uma edição de vídeo, apesar do pedido de desculpas da emissora. Estas ações sublinham a sua contínua hostilidade para com os meios de comunicação críticos da sua administração.

O plano de paz para Gaza, proposto por Donald Trump, foi aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU, prevendo a criação de uma força internacional de estabilização e um conselho de transição a ser presidido pelo próprio Trump. A resolução, que menciona a possibilidade de um Estado palestiniano, foi saudada por Trump como um passo histórico para a paz, embora a Casa Branca negue qualquer intenção de destacar tropas americanas no terreno.

A administração Trump mantém uma relação ambivalente com a China, aprovando uma venda de armas a Taiwan que irritou Pequim, ao mesmo tempo que negociava um acordo comercial para reduzir tarifas em troca da compra de soja e do levantamento de restrições a terras raras. Esta política de dupla abordagem gera um clima de incerteza e tensão entre as duas potências globais.

A taxa de aprovação de Donald Trump caiu para mínimos históricos, com apenas 38% de apoio, impulsionada pela insatisfação económica e pelo caso Epstein.

Uma sondagem revela que 36% dos eleitores latinos que o apoiaram em 2024 estão agora arrependidos, responsabilizando maioritariamente os republicanos pelo aumento do custo de vida.

Donald Trump aumentou a pressão sobre a Reserva Federal, criticando o presidente Jerome Powell por não baixar as taxas de juro e considerando a sua substituição.

Numa ação sem precedentes, a sua administração tentou também demitir a governadora Lisa Cook com base em acusações de fraude, uma medida que está a ser contestada nos tribunais e que ameaça a independência do banco central.

Donald Trump retirou o apoio público à congressista Marjorie Taylor Greene, uma das suas principais aliadas, após esta o criticar pela sua gestão do caso Epstein e pela sua política económica. A rutura, descrita por Trump como uma resposta às constantes “reclamações” de Greene, evidencia as tensões dentro do movimento MAGA e a sensibilidade política em torno da divulgação dos ficheiros de Epstein.

Sob a pressão de Donald Trump, vários estados republicanos, como o Texas, estão a tentar redesenhar os mapas eleitorais para garantir vantagens nas eleições de 2026. Esta estratégia de ‘gerrymandering’ enfrenta, no entanto, forte resistência legal, com tribunais a bloquearem alguns mapas por manipulação racial, enquanto os democratas respondem com iniciativas semelhantes nos estados que controlam.

Donald Trump concedeu um perdão adicional a um participante do assalto ao Capitólio, absolvendo-o de acusações de posse ilegal de armas que surgiram durante a investigação do motim. Esta decisão, que se segue a uma amnistia em massa para os envolvidos no 6 de janeiro, reforça a sua prática de usar o poder de perdão para beneficiar apoiantes leais.