Briefing: Donald Trump

O plano de paz da administração Trump para a Ucrânia, negociado com a Rússia, propõe vastas concessões territoriais e de soberania por parte de Kiev.

Embora a Casa Branca o considere uma solução viável, a proposta foi recebida com cautela pela Ucrânia e com forte rejeição pela União Europeia, que foi marginalizada no processo.

Forçado por uma coligação bipartidária no Congresso, Donald Trump promulgou a lei para a divulgação dos ficheiros do caso Epstein.

A decisão, que representa uma inversão da sua posição anterior, expôs divisões no seu movimento político e intensificou a utilização do escândalo como uma arma política contra os seus adversários democratas.

A visita de Mohammed bin Salman solidificou a aliança EUA-Arábia Saudita com acordos económicos e militares de grande vulto, incluindo a venda de caças F-35. O Presidente Trump ofereceu um forte apoio político ao príncipe herdeiro, desconsiderando as conclusões da sua própria comunidade de informações sobre o assassinato de Jamal Khashoggi e reforçando o estatuto de Riade como um parceiro estratégico fundamental.

A política da administração Trump para a Venezuela combina uma escalada de pressão militar, simbolizada pela presença do maior porta-aviões do mundo nas Caraíbas, com uma inesperada abertura para negociações diretas com Nicolás Maduro.

Esta estratégia de duplo-eixo mantém um clima de alta tensão, enquanto ambos os lados ponderam os riscos de um conflito armado e as possibilidades de uma solução diplomática.

A sugestão de Donald Trump de que congressistas democratas deveriam enfrentar a pena de morte por sedição, após estes terem defendido o direito dos militares a recusar ordens ilegais, marcou uma escalada perigosa na retórica política.

A ameaça foi amplamente condenada como um ataque aos princípios democráticos e um incitamento à violência, aprofundando a já severa polarização nos Estados Unidos.

As operações do ICE sob a presidência de Trump refletem uma abordagem agressiva à imigração ilegal, causando medo e instabilidade em comunidades imigrantes, como a portuguesa em Newark. Apesar de justificadas pela administração como medidas de segurança, estas rusgas enfrentam fortes contestações legais e políticas, exacerbando a tensão entre o governo federal e as cidades que protegem imigrantes indocumentados.

A remoção das tarifas punitivas sobre produtos brasileiros por parte da administração Trump ilustra uma viragem na sua política comercial, impulsionada pela relação diplomática direta com o Presidente Lula da Silva.

Esta decisão, que anula uma medida de retaliação política ligada a Jair Bolsonaro, foi aclamada no Brasil como um triunfo da diplomacia e um passo importante para reequilibrar as relações comerciais bilaterais.

O plano da administração Trump para expandir a perfuração de petróleo em áreas costeiras protegidas da Califórnia e Flórida é um pilar da sua política de "domínio energético", priorizando os combustíveis fósseis em detrimento da agenda climática.

A medida enfrenta forte oposição política e ambiental, que alerta para os riscos ecológicos e económicos em estados dependentes do turismo.

O destacamento da Guarda Nacional por Donald Trump para policiar cidades americanas contra a vontade das autoridades locais foi contestado como um abuso de poder presidencial.

Uma decisão judicial histórica em Washington D.C.

declarou a ação inconstitucional, forçando a administração a reavaliar a sua controversa estratégia de lei e ordem e a retirar parte das tropas de outras cidades.

A relação de Donald Trump com os meios de comunicação social deteriorou-se para um nível de hostilidade aberta, com o Presidente a recorrer a insultos pessoais contra jornalistas e a ameaças diretas à sobrevivência de grandes cadeias de televisão. Enquanto a Casa Branca enquadra esta postura como uma defesa contra a desinformação, os críticos veem-na como um ataque perigoso à liberdade de imprensa e um pilar da sua estratégia política.