Briefing: Donald Trump

Através de uma diplomacia pessoal e de alta pressão, Donald Trump conseguiu um acordo de cessar-fogo em Gaza, que prevê a libertação de reféns e a retirada parcial de Israel.

O sucesso desta abordagem heterodoxa definirá o seu legado no Médio Oriente, embora a sustentabilidade da paz permaneça incerta.

A decisão de Trump de enviar a Guarda Nacional para cidades democratas, contra a vontade dos líderes locais, desencadeou uma batalha legal e política.

A crise testa os limites da autoridade presidencial e a separação de poderes, com os tribunais a intervirem para travar as ordens executivas.

O “shutdown” do governo dos EUA, motivado por um impasse sobre o financiamento de cuidados de saúde, paralisou serviços e deixou milhares de funcionários sem salário.

A administração Trump aproveita a crise para ameaçar com despedimentos e cortar fundos a estados democratas, intensificando a polarização política.

As acusações contra figuras proeminentes como Letitia James e James Comey, após pressão pública de Donald Trump, levantaram sérias preocupações sobre a instrumentalização do Departamento de Justiça para perseguir adversários políticos, gerando denúncias de “tirania” e “vingança” por parte da oposição.

A administração Trump está a desmantelar ativamente as proteções ambientais do seu antecessor para promover a extração de combustíveis fósseis e minerais.

A aprovação do controverso projeto Ambler Road no Alasca e o cancelamento de subsídios a energias limpas marcam uma viragem significativa na política energética dos EUA, apesar da forte oposição de grupos ambientalistas e indígenas.

O destacamento militar dos EUA nas Caraíbas, apresentado como uma operação antidroga, provocou uma grave crise com a Venezuela, que a considera uma ameaça direta.

A situação levou a um aumento da retórica bélica, a pedidos de intervenção da ONU e a acusações de que Washington procura uma mudança de regime em Caracas.

A intensificação das operações do ICE, marcada por táticas violentas, reflete a política de imigração de linha dura de Donald Trump.

Esta abordagem tem provocado protestos generalizados e instilado um clima de medo profundo nas comunidades imigrantes, que enfrentam a ameaça constante da deportação.

A administração Trump continua a usar agressivamente as tarifas como uma ferramenta multifacetada: para proteger a indústria nacional, como no caso dos camiões, e como meio de pressão na arena diplomática. Esta política gera tensões com parceiros comerciais como o Brasil e o Canadá, mantendo a instabilidade no comércio global.

Donald Trump está a promover ativamente a sua candidatura ao Prémio Nobel da Paz, baseando-se numa lista de conflitos que alega ter resolvido e nos seus recentes esforços diplomáticos em Gaza.

Embora apoiado por alguns líderes mundiais, a sua reivindicação é vista com ceticismo por analistas que questionam a substância dessas resoluções.

Um estudo do ICFJ identificou Donald Trump como a principal fonte de desinformação nos EUA em 2024.

A investigação conclui que as suas ações e retórica contribuíram para uma crise de confiança nos media e para um aumento dos ataques a jornalistas, representando uma ameaça para a democracia e a liberdade de expressão.