Briefing: Donald Trump

Donald Trump mediou a primeira fase de um plano de paz para Gaza, obtendo o acordo de Israel e uma resposta condicional do Hamas para um cessar-fogo e a libertação de reféns.

Apesar do otimismo presidencial e do apoio internacional, o plano enfrenta a desconfiança e a oposição da ala militar do Hamas, tornando o seu sucesso a longo prazo incerto.

A paralisação do governo, motivada por um desacordo sobre o financiamento de cuidados de saúde, paralisou serviços federais e deixou milhares de trabalhadores sem salário. O Presidente Trump está a utilizar o 'shutdown' como uma ferramenta de pressão política, ameaçando com despedimentos permanentes e cortes de fundos a estados Democratas para forçar um acordo nos seus termos.

O Presidente Trump utilizou o poder federal para intervir militarmente em cidades Democratas, contornando a autoridade local e provocando uma crise constitucional.

A sua ameaça de usar a Lei da Insurreição e de prender opositores políticos representa uma escalada significativa no confronto entre a administração federal e os governos estaduais e municipais.

A ponderação do envio de mísseis Tomahawk para a Ucrânia pela administração Trump coloca os EUA numa posição delicada.

Embora possa fortalecer militarmente a Ucrânia, arrisca uma escalada grave do conflito e um colapso nas relações com a Rússia, que considera a medida uma violação de uma "linha vermelha".

A "guerra às drogas" da administração Trump nas Caraíbas transformou-se numa operação militar de contornos geopolíticos, gerando um confronto direto com a Venezuela.

As ações militares dos EUA são vistas por Caracas como uma ameaça à sua soberania, enquanto críticos internos nos EUA alertam para o risco de um novo conflito armado na região.

O caso de James Comey tornou-se um símbolo da crescente polarização em torno do sistema judicial norte-americano. Enquanto a defesa de Comey e os críticos da administração denunciam uma perseguição política orquestrada pela Casa Branca, o Departamento de Justiça insiste que está a aplicar a lei de forma imparcial, aprofundando a desconfiança sobre a independência das instituições.

A política comercial de Donald Trump permanece focada no protecionismo, utilizando tarifas como ferramenta para proteger a indústria nacional e renegociar acordos existentes.

As recentes medidas nos setores automóvel e farmacêutico, juntamente com as negociações com parceiros estratégicos, refletem a sua abordagem transacional e a prioridade dada aos interesses económicos dos EUA.

Uma investigação do ICFJ identificou o Presidente Trump como a figura central na disseminação de desinformação nos EUA em 2024.

O estudo alerta que as suas ações não só minaram a confiança nos media, como também fomentaram um ambiente de assédio a jornalistas, representando um sério risco para a democracia.

A designação da Antifa como organização terrorista por Donald Trump formalizou a sua postura de confronto com movimentos de protesto de esquerda. Esta política não só criou um ambiente hostil para os seus críticos, como também legitimou ações de investigação e repressão por parte de autoridades estaduais, enquadrando o ativismo político como uma questão de segurança nacional.

A decisão do Supremo Tribunal de permitir o fim do TPS para centenas de milhares de venezuelanos representa uma vitória significativa para a agenda de imigração restritiva de Donald Trump. A medida deixa uma vasta comunidade de migrantes em situação de vulnerabilidade e provocou apelos urgentes para uma revisão da política por parte de ativistas e da oposição venezuelana.