Briefing: Avanços científicos da semana

A tecnologia UpReGain da Universidade de Coimbra constitui uma abordagem promissora e personalizada para a reabilitação de AVC, utilizando a imaginação motora e interfaces avançadas para restabelecer a função motora, com o potencial de melhorar drasticamente a qualidade de vida dos pacientes.

A modificação genética do fungo Fusarium venenatum representa um avanço significativo na criação de proteínas sustentáveis, oferecendo um produto com sabor a carne, mais digerível e com uma pegada ambiental drasticamente reduzida, respondendo à crescente procura global por alternativas à pecuária.

O estudo da Universidade de Cambridge redefine as fases da vida com base no desenvolvimento cerebral, estabelecendo idades-chave para transições neurológicas e sugerindo que a maturidade cerebral plena só é alcançada aos 32 anos, o que tem implicações profundas para a psicologia, a sociologia e a medicina.

Liderado por Portugal, este projeto visa criar um adesivo inteligente que analisa o suor para monitorizar a diabetes e a fibrose quística, representando uma alternativa indolor, económica e sustentável às picadas e análises de sangue tradicionais.

A descoberta da Fundação Champalimaud demonstra que os neurónios do intestino desempenham um papel central na modulação da resposta imunitária, decidindo entre ataque e reparação.

Este avanço fundamental pode levar a novas terapias para um vasto leque de doenças, desde inflamações intestinais a cancro.

A investigação da Universidade de Oxford situa a origem evolutiva do beijo há mais de 20 milhões de anos, num ancestral comum dos grandes símios, revelando que este gesto de afeto tem raízes biológicas profundas, embora a sua manifestação seja também moldada pela cultura.

A notável capacidade de sobrevivência e germinação de esporos de musgo após nove meses no espaço demonstra a robustez da vida terrestre e reforça o potencial para o desenvolvimento de ecossistemas vegetais fora da Terra, com implicações importantes para futuras missões espaciais.

O estudo demonstra que a complexa dieta dos orangotangos não é instintiva, mas sim um conhecimento cultural adquirido ao longo de mais de uma década de aprendizagem social, evidenciando o papel fundamental da cultura na sobrevivência de espécies não humanas.

A investigação nas Grutas de Goyet fornece fortes evidências de canibalismo nutricional e seletivo entre Neandertais, sugerindo que mulheres e crianças de grupos externos eram consumidas, possivelmente devido a conflitos territoriais num período crítico que antecedeu a sua extinção.

O estudo revela uma crise oceânica acelerada, onde múltiplos fatores de stresse climático atuam em conjunto, alterando ecossistemas marinhos vitais e ameaçando a segurança alimentar e a estabilidade climática global, o que exige uma monitorização e ação imediatas.