Briefing: Bolsa Nacional e Internacional ontem

Wall Street fechou em queda, liderada pelo Nasdaq, após uma inversão da tendência positiva da abertura.

O sentimento foi penalizado pelos receios de uma bolha no setor da IA, que se sobrepuseram ao otimismo inicial gerado pelas perspetivas económicas para o próximo ano.

Os mercados europeus fecharam em alta, impulsionados pelo otimismo dos investidores antes da reunião do BCE.

Os ganhos foram visíveis nos principais índices como o CAC40 e o IBEX35, com o setor bancário a destacar-se positivamente.

O índice PSI encerrou a sessão com um ganho de 0,92%, alinhado com o otimismo europeu.

As subidas expressivas das construtoras Teixeira Duarte e Mota-Engil, juntamente com o bom desempenho de pesos pesados como a Galp e o BCP, foram decisivas para o resultado positivo.

A Teixeira Duarte liderou de forma destacada os ganhos no PSI com uma subida de 5,92%, refletindo um forte momentum ao longo de toda a sessão e impulsionando o setor da construção, que foi crucial para o desempenho positivo da bolsa de Lisboa.

A Mota-Engil registou uma subida de 2,91%, sendo uma das empresas com melhor desempenho no PSI.

Juntamente com a Teixeira Duarte, a sua valorização evidenciou a força do setor da construção, que foi um dos principais responsáveis pelo fecho em alta da bolsa de Lisboa.

Após uma abertura em alta, os preços do petróleo inverteram a tendência e fecharam em queda acentuada.

O Brent caiu para cerca de 60,39 dólares por barril e o WTI para 56,52 dólares, refletindo a volatilidade e a incerteza no mercado global de energia.

A Nasdaq anunciou a intenção de passar a negociar 23 horas por dia, de segunda a sexta-feira, para satisfazer a procura global por ações norte-americanas.

A medida, que aguarda aprovação regulatória, alinha-se com a tendência de globalização dos mercados financeiros e visa aumentar a acessibilidade para investidores internacionais.

Os receios de uma bolha na IA pressionaram o setor tecnológico em Wall Street. Embora analistas reconheçam sinais de “exuberância irracional”, defendem que as valorizações podem ser justificadas pelo potencial de monetização e pelo forte investimento, mas o risco de uma correção permanece elevado.

Analistas e bancos de investimento preveem um 2026 positivo para as ações, com o S&P 500 a poder subir 13%, com base no crescimento dos lucros e no investimento tecnológico.

Apesar dos riscos, como as valorizações elevadas, o otimismo estende-se também aos mercados emergentes.

A semana é marcada pela expectativa em torno das decisões do BCE, Banco de Inglaterra e Banco do Japão.

Não se esperam cortes de juros na Zona Euro, mas as decisões contrastantes dos outros bancos centrais podem acentuar a divergência na política monetária global.