Briefing: Os números da semana

A elevação do 'rating' de Portugal para 'A' pela Fitch consolida a credibilidade financeira do país, sustentada por uma gestão orçamental prudente, redução da dívida e um crescimento robusto, apesar da previsão de um regresso a pequenos défices a partir de 2026.

Os prémios de 1,1 mil milhões de euros decorrentes da venda do Novo Banco evidenciam os enormes ganhos para o fundo Lone Star e os seus gestores, suscitando um debate público sobre a equidade de uma operação que dependeu fortemente de capital público para a sua viabilização.

O valor recorde de 5,3 mil milhões de euros em crédito ao consumo até julho de 2025 reflete uma procura forte e contínua por financiamento por parte das famílias portuguesas, impulsionada principalmente pelo crédito automóvel e pessoal, e aponta para um potencial aumento dos níveis de endividamento.

A potencial retirada de 48 substâncias ativas representa uma ameaça económica e social significativa para a agricultura portuguesa, com perdas anuais estimadas em 510 milhões de euros e o risco de inviabilizar culturas estratégicas como a vinha e o tomate de indústria.

No segundo trimestre de 2025, os custos da mão de obra em Portugal cresceram 5,3%, um ritmo superior às médias da Zona Euro e da UE, o que evidencia uma pressão salarial significativa no tecido empresarial nacional.

A confirmação de um aumento significativo dos recursos de lítio na Mina do Barroso para 39 milhões de toneladas, com potencial para ultrapassar os 100 milhões, consolida a sua importância estratégica para a cadeia de valor das baterias na Europa, prometendo maiores benefícios económicos e uma vida útil mais longa para o projeto.

O investimento de mais de 100 milhões de euros do grupo Soprema em Almeirim e Alpiarça representa um impulso significativo para a economia do Ribatejo, reforçando a capacidade industrial de Portugal no setor de materiais de construção sustentáveis e criando centenas de novos empregos.

O tráfego aéreo em Portugal manteve uma trajetória de crescimento nos primeiros sete meses de 2025, com um aumento de 4,9% no número de passageiros, consolidando a recuperação do setor do turismo e transportes, apesar de um ligeiro abrandamento no ritmo de crescimento face ao ano anterior.

A reestruturação do Abanca após a integração do EuroBic resultará no fecho de 24 agências e na saída voluntária de 60 colaboradores, num processo que visa otimizar a rede comercial e eliminar sobreposições geográficas.