Briefing: Notícias de professores

A proibição de telemóveis nas escolas apresenta resultados positivos na socialização dos alunos mais novos, mas a sua extensão a professores e funcionários é controversa.

Simultaneamente, estudos internacionais alertam para potenciais impactos negativos na saúde mental dos jovens, como o aumento da solidão emocional, o que exige uma avaliação cuidada e equilibrada da medida.

O bullying e o cyberbullying são problemas crescentes nas escolas portuguesas, com as autoridades a intensificarem as ações de sensibilização.

A principal barreira continua a ser o silêncio das vítimas, motivado pelo medo e vergonha, o que levou a Ordem dos Psicólogos a lançar um guia para ajudar os pais a identificar os sinais e a promover o diálogo e a denúncia.

A carência de professores em Portugal está a comprometer a qualidade do ensino, com particular impacto no 1.º ciclo, onde a instabilidade de docentes prejudica os alunos, e no ensino noturno, que enfrenta encerramentos por falta de pessoal. Apesar de um reforço orçamental, a crise de recrutamento revela problemas estruturais profundos na carreira docente.

A crise na habitação e as condições de trabalho precárias, como problemas de infraestruturas nas escolas, estão a agravar as dificuldades dos professores em Portugal. A situação levou a atos de solidariedade, como a oferta de alojamento por parte de uma ordem religiosa, e acentuou o debate sobre a desvalorização de uma profissão essencial para a sociedade.

A confirmação do despedimento de um professor em Braga pelo Supremo Tribunal de Justiça, por entrar nos balneários femininos, estabelece um precedente sobre a conduta docente.

A decisão judicial enfatiza a obrigação de proteger a privacidade e a segurança dos alunos, considerando o comportamento do professor uma quebra irreparável da confiança necessária no ambiente escolar.

O debate sobre o custo do ensino superior intensificou-se com o anúncio do aumento das propinas, considerado um “assunto encerrado” pelo Governo, mas fortemente contestado pelos estudantes.

A situação é agravada pela dívida acumulada de mais de 36 milhões de euros em propinas, que as associações de estudantes ligam aos atrasos nas bolsas, criando um clima de instabilidade financeira para milhares de jovens.

Desde o apoio a atletas de alta competição nos Açores à gestão de doenças crónicas como a diabetes, passando pela inclusão de alunos com autismo, as instituições educativas portuguesas procuram criar respostas mais adequadas às necessidades específicas dos estudantes. Estas iniciativas sublinham a importância de um sistema de ensino mais flexível, inclusivo e preparado para os desafios individuais de cada aluno.

O Orçamento do Estado para 2026 assinala um investimento reforçado na Educação e Ensino Superior, com mais 621 milhões de euros. As prioridades incluem a valorização da carreira docente, com verbas para a recuperação do tempo de serviço, e o combate à crise de alojamento estudantil, através de um forte aumento do financiamento para residências universitárias.

Através do programa Erasmus+, escolas portuguesas, como as de Olhão e Lagoa, estão a reforçar a sua estratégia de internacionalização, enviando professores e alunos para a Turquia em projetos focados no combate ao bullying e na promoção da inclusão. Estas mobilidades permitem a partilha de boas práticas e o desenvolvimento de novas ferramentas pedagógicas, alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

A inauguração do Campus do Pensamento Industrial e Digital em Vila Verde marca um passo importante na colaboração entre o setor empresarial e o ensino superior e profissional.

A parceria entre o dstgroup, o IPCA e a EPATV visa criar uma formação alinhada com as necessidades da indústria, promovendo a inovação, o pensamento crítico e a empregabilidade dos jovens na região.