Briefing: Crise humanitária em Gaza

O ataque em Khan Yunis, justificado por Israel como retaliação, foi condenado pelo Hamas como um crime de guerra e uma violação da trégua, evidenciando a instabilidade do cessar-fogo e suscitando apelos internacionais, como o da China, para uma paz efetiva.

O sistema de saúde em Gaza colapsou, com os MSF a reportarem centenas de mortes evitáveis devido ao bloqueio de evacuações médicas e à restrição de ajuda humanitária por parte de Israel, apesar das disposições do acordo de cessar-fogo.

O plano de paz para Gaza, apoiado pelos EUA, está dividido em duas fases, mas o progresso está estagnado devido a violações do cessar-fogo, desacordos sobre questões cruciais como o desarmamento do Hamas e o impasse militar relativo aos combatentes encurralados.

A devolução dos corpos dos reféns de Gaza é um ponto crítico e problemático, marcado por informações contraditórias sobre a identificação dos restos mortais e por atrasos que o Hamas justifica com dificuldades logísticas, enquanto Israel a mantém como condição para a entrada de mais ajuda humanitária.

Dezenas de combatentes do Hamas estão encurralados em túneis em Rafah, criando um impasse militar e diplomático que ameaça o cessar-fogo.

Enquanto o Hamas negoceia uma passagem segura através de mediadores, Israel mantém uma postura inflexível, complicando o avanço do processo de paz.

A China tem-se envolvido ativamente na crise de Gaza, condenando ataques, apelando a um cessar-fogo e prometendo 100 milhões de dólares para a reconstrução, sinalizando a sua ambição de desempenhar um papel diplomático mais proeminente no Médio Oriente.

O número de mortos em Gaza é catastrófico, com diferentes artigos a citarem entre 60.000 e mais de 70.000 vítimas mortais.

Estes números, atribuídos às autoridades do Hamas e considerados credíveis pela ONU, evidenciam o imenso custo humano do conflito.

O futuro pós-conflito de Gaza é um tema central nas negociações, focado numa reconstrução massiva e no estabelecimento de uma nova autoridade governativa.

No entanto, estas questões, que fazem parte da segunda fase do plano de paz, continuam a ser altamente contenciosas.

Mediadores internacionais, em particular o Qatar, Egito, Turquia e os EUA, são essenciais para o processo de paz em Gaza.

Eles gerem ativamente as negociações, abordam impasses críticos como o dos combatentes encurralados e pressionam ambas as partes para uma resolução mais permanente.

O cessar-fogo em Gaza é extremamente instável, com violações frequentes que já causaram centenas de mortes desde o seu início.

Estes incidentes minam os esforços de paz e refletem a profunda desconfiança entre as partes em conflito.