Briefing: Conflitos, guerras e tensões

A diplomacia de alto risco de Trump, que combina a ameaça de escalada militar com a promessa de diálogo direto com Putin, coloca a Ucrânia e a Europa numa posição de grande incerteza.

O desfecho da cimeira em Budapeste e a decisão sobre os mísseis Tomahawk serão cruciais para o futuro do conflito.

O cessar-fogo em Gaza permanece extremamente instável, dependendo da resolução da questão dos corpos dos reféns e da melhoria do acesso humanitário.

As acusações mútuas e as medidas de retaliação israelitas, aliadas a uma crise sanitária crescente, mantêm elevado o risco de um recomeço das hostilidades.

A estratégia dos EUA de combinar ações militares diretas com operações secretas para desestabilizar o governo venezuelano eleva o risco de um conflito aberto.

A justificação do combate ao narcotráfico é vista por Caracas como um pretexto para uma intervenção, levando o regime a reforçar a sua defesa e a procurar apoio na ONU contra o que considera uma agressão.

Embora a diplomacia presidencial se mantenha ativa, as tensões estruturais entre EUA e China persistem em múltiplas frentes.

A disputa comercial e as acusações sobre o papel da China na guerra da Ucrânia indicam que a rivalidade estratégica continua a ser o elemento definidor da relação bilateral.

O golpe militar em Madagáscar mergulha o país na incerteza política e no isolamento internacional.

A suspensão da União Africana e a preocupação da UE e da SADC refletem a gravidade da situação, com o futuro da democracia malgaxe dependente da capacidade de restabelecer a ordem constitucional.

A pressão diplomática dos EUA sobre o Panamá, utilizando a política de vistos como alavanca, demonstra a determinação de Washington em conter a influência chinesa na América Central.

A resposta do Panamá reflete o difícil equilíbrio que os países da região enfrentam ao tentar manter a soberania enquanto navegam na rivalidade das grandes potências.

A ação do Ministério Público colombiano contra um contrato com uma empresa estatal portuguesa cria um imbróglio legal com potenciais repercussões diplomáticas.

A divisão interna no governo colombiano sobre o assunto acrescenta uma camada de complexidade, deixando o futuro do acordo em suspenso.

A proposta de um "muro de drones" e outras medidas do plano "ReArm Europe" marcam uma viragem estratégica na política de defesa da UE. Confrontada com a agressão russa, a União procura desenvolver uma maior autonomia e capacidade de dissuasão, embora os desafios de financiamento e coordenação entre os Estados-membros permaneçam significativos.

A viagem da flotilha 'Yuka Mama' representa um ato poderoso de ativismo indígena, ligando a luta pela proteção da Amazónia à agenda climática global.

Ao levar as suas exigências diretamente à COP30, estes líderes procuram transformar a narrativa sobre a conservação, sublinhando o seu papel crucial e os perigos que enfrentam na defesa dos seus territórios.