Briefing: Donald Trump

O encontro entre Trump e Xi Jinping na cimeira da APEC é um momento decisivo para as relações sino-americanas, focado em resolver a guerra comercial através de um acordo abrangente. Embora o otimismo prevaleça após um entendimento preliminar, a agenda complexa, que inclui o fentanil, o TikTok e as tensões geopolíticas em torno de Taiwan, demonstra a profundidade dos desafios que as duas maiores economias do mundo enfrentam.

Apesar do claro impedimento constitucional, a discussão sobre um terceiro mandato de Donald Trump continua, impulsionada por declarações do próprio Presidente e dos seus apoiantes mais radicais.

No entanto, a liderança do Partido Republicano considera a ideia inviável, remetendo-a para o campo da especulação política, enquanto Trump descarta manobras alternativas como uma candidatura à vice-presidência.

A imposição de tarifas punitivas ao Brasil por razões políticas gerou uma crise diplomática e oposição bipartidária no Senado dos EUA.

Um encontro entre os presidentes Trump e Lula da Silva abriu caminho para a negociação, com ambos os líderes a manifestarem confiança numa resolução rápida para o conflito comercial.

A letal campanha antidrogas da administração Trump na América Latina provocou uma forte condenação por parte do Presidente da Colômbia, que acusa os EUA de cometerem crimes de guerra. A resposta de Washington incluiu sanções pessoais contra o líder colombiano e um aumento da presença militar na região, aprofundando a crise diplomática.

A controversa decisão de Trump de demolir uma parte histórica da Casa Branca para construir um salão de baile com o seu nome, financiado por grandes empresas e doadores privados, levanta questões sobre a preservação do património e a transparência do financiamento, marcando uma alteração significativa na residência presidencial.

A relação entre a administração Trump e o Kremlin deteriorou-se acentuadamente, com o cancelamento de uma cimeira de alto nível e a imposição de sanções significativas dos EUA ao setor petrolífero russo. A falta de avanços na guerra da Ucrânia e a retórica nuclear de Moscovo levaram a uma escalada de tensões, diminuindo as perspetivas de uma solução diplomática a curto prazo.

A prolongada paralisação do governo dos EUA, motivada por um impasse político sobre o orçamento, está a ter um impacto severo no funcionamento do país, destacando-se o caos no sistema de aviação devido à falta de pagamento aos controladores de tráfego aéreo. A crise afeta centenas de milhares de trabalhadores e evidencia a profunda divisão política em Washington.

Uma campanha publicitária do governo de Ontário, utilizando a imagem de Ronald Reagan para criticar tarifas, provocou uma reação intempestiva de Donald Trump, que cancelou as negociações comerciais com o Canadá e impôs novas taxas.

O incidente ilustra a fragilidade das relações comerciais e a sensibilidade da administração Trump a críticas públicas.

A visita de Donald Trump ao Japão resultou num fortalecimento visível da aliança bilateral, com o Japão a acelerar o aumento das suas despesas militares e a assinar um acordo estratégico sobre terras raras.

A reunião com a nova primeira-ministra, Sanae Takaichi, consolidou a cooperação em defesa e comércio, apesar das contínuas exigências protecionistas de Trump.

A vontade de Donald Trump para um novo encontro com Kim Jong-un foi evidente, mas a prioridade dada à reunião com Xi Jinping e os contínuos testes de mísseis da Coreia do Norte levaram ao adiamento de qualquer cimeira.

A diplomacia entre Washington e Pyongyang permanece num impasse, apesar das aberturas retóricas de ambos os lados.

A administração Trump está a utilizar a política comercial como uma ferramenta de pressão para obter cooperação da China no combate ao tráfico de fentanil. A oferta de uma redução de tarifas em troca de ações concretas de Pequim coloca a crise dos opioides no centro da agenda bilateral, ligando diretamente a segurança interna dos EUA às negociações económicas com a China.

O encontro direto entre Trump e Lula na Malásia marcou um ponto de viragem na crise tarifária entre EUA e Brasil, com ambos os líderes a comprometerem-se com uma negociação para resolver a disputa. A reunião também serviu para Lula se posicionar como um mediador regional, oferecendo-se para facilitar o diálogo entre Washington e Caracas.