Briefing: Donald Trump

A cimeira em Washington, que juntou Trump, Zelensky e líderes europeus, representou um esforço diplomático de alto nível para terminar a guerra na Ucrânia. As discussões centraram-se na busca por uma paz definitiva em vez de um cessar-fogo, com Trump a mediar ativamente entre Kiev e Moscovo, culminando na proposta de um encontro trilateral.

A administração Trump iniciou preparativos para uma cimeira entre Putin e Zelensky, seguida de um encontro trilateral com o presidente americano. A iniciativa, que representa um avanço diplomático significativo, visa forçar uma negociação direta entre os líderes da Rússia e da Ucrânia para alcançar um acordo de paz definitivo.

A oferta de garantias de segurança à Ucrânia, inspiradas no Artigo 5.º da NATO, marcou uma viragem na política externa de Trump. Esta concessão, alegadamente aceite por Putin, visa fornecer a Kiev uma proteção robusta fora da Aliança Atlântica, tornando-se uma peça fundamental para viabilizar um acordo de paz.

A revogação de mais de 6.000 vistos de estudantes pela administração Trump reflete uma política de imigração mais restritiva. Embora justificada com base em violações legais, a medida tornou-se polémica por visar também a expressão política de estudantes, nomeadamente em relação ao conflito israelo-palestiniano.

A crise diplomática entre EUA e Brasil intensificou-se com as sanções da administração Trump ao juiz Alexandre de Moraes e as críticas à política comercial brasileira. A defesa aberta de Trump a Jair Bolsonaro e a resposta assertiva de Lula da Silva evidenciam um profundo desalinhamento político e ideológico entre os dois governos.

A escalada de tensão entre EUA e Venezuela manifestou-se na oferta de uma recompensa pela captura de Maduro, à qual o líder venezuelano respondeu com a mobilização de milhões de milicianos. Este episódio insere-se na política de "pressão máxima" da administração Trump contra o regime de Caracas, acusado de narcotráfico e terrorismo.

A tentativa de Donald Trump de federalizar a polícia de Washington D.C.

e mobilizar a Guarda Nacional para combater o crime provocou uma crise institucional. Após uma ação judicial das autoridades locais, que acusaram a administração de uma "tomada hostil", o governo federal recuou, marcando uma vitória para a autonomia da capital.

Invocando alegações de fraude não comprovadas, Donald Trump anunciou planos para eliminar o voto por correspondência e as máquinas de voto através de uma ordem executiva. A medida representa um desafio à autoridade dos estados na organização de eleições e é vista por especialistas como um abuso de poder executivo.

A resposta das forças de segurança a protestos contra rusgas de imigração em Los Angeles foi classificada pela Human Rights Watch como "brutalidade deliberada".

A autorização do Presidente Trump para o uso da Guarda Nacional e a gravidade das lesões sofridas pelos manifestantes levantaram sérias preocupações sobre violações de direitos humanos.

Ao assumir controlo do Kennedy Center e ao ordenar uma revisão ideológica dos museus Smithsonian, a administração Trump demonstrou a intenção de usar instituições culturais como ferramentas políticas.

A iniciativa visa promover uma narrativa alinhada com a sua visão, silenciando vozes dissonantes e gerando preocupações sobre a liberdade artística e a censura.