Briefing: Donald Trump

O tiroteio fatal contra membros da Guarda Nacional em Washington foi um evento definidor, levando o Presidente Trump a condenar o ato como um crime nacional, a reforçar a presença militar na capital e a culpar as políticas de imigração anteriores, estabelecendo o cenário para novas medidas securitárias.

Na sequência do ataque em Washington, a administração Trump implementou uma drástica política de restrição à imigração, suspendendo pedidos do Afeganistão, prometendo travar a migração de "países de terceiro mundo" e iniciando uma revisão em massa de cartões de residência, justificando as medidas com a necessidade de garantir a segurança nacional.

A política de Donald Trump para a Venezuela oscilou entre a ameaça de uma intervenção militar terrestre contra o narcotráfico e uma inesperada abertura para negociações com Nicolás Maduro.

Esta estratégia ambígua aumentou a tensão regional, provocou alertas militares em Caracas e perturbou as ligações aéreas internacionais.

A iniciativa de paz de Donald Trump para a Ucrânia começou com um plano de 28 pontos favorável à Rússia, que foi recebido com forte oposição por parte de Kiev e da Europa. Após negociações tensas, a proposta foi revista para melhor acomodar as preocupações ucranianas, embora o processo tenha exposto profundas divisões entre os aliados ocidentais e a abordagem transacional da diplomacia de Trump.

O processo criminal contra Donald Trump na Geórgia por interferência eleitoral em 2020 foi arquivado, marcando o fim da última grande batalha legal que o Presidente enfrentava.

O procurador responsável citou a impossibilidade de julgar um presidente em exercício, resultando numa vitória judicial completa para Trump.

Donald Trump manteve uma postura hostil para com a imprensa, destacando-se por uma série de insultos dirigidos a jornalistas mulheres, a quem chamou "estúpida", "feia" e "porquinha".

Enquanto os ataques geraram condenação generalizada, a Casa Branca defendeu-os como uma forma de "honestidade", ilustrando a relação tensa do Presidente com os media.

Numa reviravolta inesperada, o Presidente Trump e o autarca eleito de Nova Iorque, Zohran Mamdani, realizaram um encontro cordial na Casa Branca, prometendo colaboração mútua após uma campanha de hostilidades. Apesar do tom amigável, Mamdani manteve a sua caracterização de Trump como "fascista", evidenciando a complexa dinâmica entre a retórica política e a necessidade de governação.

Sob intensa pressão política bipartidária, o Presidente Trump reverteu a sua oposição e sancionou uma lei que exige a divulgação dos ficheiros do caso Epstein.

Esta decisão, que coincidiu com uma rutura com uma aliada chave, força a sua administração a trazer a público documentos sobre um escândalo com o qual ele próprio teve ligações no passado.

Liderada pelo Secretário da Saúde Robert Kennedy Jr., a administração Trump promoveu a teoria desacreditada de uma ligação entre vacinas e autismo, alterando a orientação do CDC.

Esta ação foi amplamente condenada por especialistas e vários estados como "desinformação perigosa", minando a confiança na saúde pública e na ciência.

Numa intervenção diplomática direta, o Presidente Trump aconselhou o Japão a evitar provocações à China sobre Taiwan, após uma conversa com Xi Jinping.

Esta ação, juntamente com o anúncio de visitas de Estado mútuas, destacou a sua abordagem de equilibrar alianças estratégicas com a busca de acordos comerciais e uma relação estável com Pequim.

Numa mudança de estratégia, a administração Trump propôs a extensão dos subsídios do Obamacare por dois anos, com algumas modificações. Esta iniciativa representa uma tentativa de abordar o aumento dos custos de saúde e encontrar uma solução política, embora enfrente oposição tanto de conservadores que desejam a revogação total da lei como de democratas que defendem uma extensão mais abrangente.