Briefing: Donald Trump

O acordo no Senado marcou um passo crucial para o fim da paralisação recorde de 40 dias, que causou graves consequências económicas e sociais.

Apesar de restabelecer o funcionamento do governo e o pagamento dos funcionários, o compromisso expôs profundas divisões partidárias e gerou descontentamento na ala mais progressista do Partido Democrata.

Os perdões de Trump a aliados-chave da eleição de 2020 são um ato simbólico que não altera os processos judiciais estaduais em curso.

A medida reforça a narrativa do ex-presidente sobre a alegada injustiça eleitoral e representa mais um passo na sua tentativa de moldar a memória histórica do seu mandato e da sua derrota.

A trégua comercial entre os EUA e a China, assente na redução de tarifas por parte de Washington e no compromisso de Pequim no combate ao fentanil, proporciona um alívio temporário às tensões económicas globais. O acordo, alcançado em Busan, reflete um esforço pragmático de ambas as potências para estabilizar as suas relações após um período de conflito tarifário intenso.

A demissão dos mais altos cargos da BBC devido à edição controversa de um discurso de Trump gerou um intenso debate sobre a imparcialidade jornalística.

O incidente deu a Trump uma oportunidade para atacar a comunicação social, enquanto no Reino Unido aumentou a pressão por reformas na emissora pública.

A visita histórica do presidente sírio Ahmed al-Sharaa a Washington, promovida pela administração Trump, assinala uma reconfiguração estratégica no Médio Oriente.

Ao integrar a Síria na coligação anti-Estado Islâmico e levantar sanções, os EUA procuram estabilizar a região e garantir um novo aliado, enquanto a Síria busca o apoio internacional necessário para a sua reconstrução.

A decisão de Donald Trump de retomar os testes nucleares, seguida por uma resposta similar da Rússia, marca uma perigosa escalada nas tensões globais. Este retrocesso nas normas de controlo de armamento, alimentado pelo conflito na Ucrânia, reaviva o espectro de uma nova corrida nuclear não regulamentada entre as maiores potências mundiais.

Ao conceder à Hungria de Viktor Orbán uma isenção por tempo indeterminado das sanções ao petróleo russo, Donald Trump demonstrou uma política externa que privilegia relações bilaterais com líderes ideologicamente alinhados.

A medida, justificada por razões pragmáticas, enfraquece a frente comum ocidental contra a Rússia e reforça a posição da Hungria como um ator singular na geopolítica europeia.

O desafio legal à política de tarifas de Trump no Supremo Tribunal representa um momento decisivo sobre a separação de poderes nos EUA.

Uma decisão contra a administração poderia desmantelar uma ferramenta central da política externa e económica de Trump, forçando uma reavaliação da autoridade presidencial e com potenciais repercussões económicas significativas.

A administração Trump está a impulsionar ativamente um plano para uma força internacional em Gaza, uma iniciativa de política externa ambiciosa para estabilizar a região.

Embora a proposta conte com apoio diplomático, o seu sucesso depende da resolução do complexo desafio de desarmar o Hamas e garantir a segurança a longo prazo no território.

As vitórias democratas nas eleições locais, com destaque para a eleição de Zohran Mamdani em Nova Iorque, foram vistas como um claro sinal de descontentamento com a administração Trump. A reação defensiva do Presidente e as suas ameaças contra Nova Iorque sublinham a polarização política e indicam um cenário desafiador para o Partido Republicano nas próximas eleições intercalares.