Briefing: Donald Trump

A administração Trump lançou uma grande iniciativa diplomática para o Médio Oriente, apresentando um plano de paz detalhado que obteve o apoio crucial de Israel e de várias nações árabes.

O sucesso do plano depende agora da resposta do Hamas, representando um momento crítico nos esforços para resolver o conflito israelo-palestiniano.

A falha em alcançar um acordo orçamental entre Republicanos e Democratas, principalmente devido a divergências sobre subsídios de saúde, ameaça paralisar o governo federal.

Esta crise, com potenciais consequências económicas graves, ocorre num contexto de demissões em massa na função pública, aumentando a instabilidade na administração norte-americana.

A administração Trump intensificou a sua política comercial protecionista com a imposição de tarifas pesadas sobre produtos farmacêuticos, filmes, mobiliário e camiões.

As medidas, justificadas com a proteção da indústria e segurança nacional, geraram incerteza e críticas, nomeadamente da União Europeia, que contesta a legalidade da tarifa sobre medicamentos.

O envio da Guarda Nacional para Portland por ordem de Trump intensificou o conflito entre a administração federal e as autoridades estatais.

A medida é defendida pela Casa Branca como uma ação de segurança contra "terroristas domésticos", mas é contestada legalmente pelo Oregon como uma militarização inconstitucional da aplicação da lei interna.

Donald Trump reverteu a sua política para a Ucrânia, abandonando a ideia de cedências territoriais e passando a apoiar a reconquista total do território por Kiev.

Esta mudança, atribuída à sua crescente frustração com a Rússia, foi bem recebida pela Ucrânia, mas vista como um erro por Moscovo, redefinindo a posição dos EUA no conflito.

No seu discurso na ONU, Donald Trump apresentou uma visão isolacionista e crítica do multilateralismo, atacando a própria organização, as políticas climáticas e de imigração da Europa.

Apesar da retórica agressiva, que incluiu acusações de sabotagem, moderou o tom num encontro privado com o Secretário-Geral.

A acusação formal contra James Comey, impulsionada por uma campanha de pressão pública do Presidente Trump, representa um momento crítico na relação entre o poder executivo e o sistema judicial. Enquanto a Casa Branca celebra o que considera ser um ato de justiça, Comey e os seus apoiantes denunciam a ação como uma perseguição política e um abuso de poder.

A revogação do visto do Presidente Gustavo Petro pelos EUA, justificada por comentários considerados "incendiários", representa uma escalada diplomática significativa.

A medida reflete a deterioração das relações entre Washington e Bogotá, exacerbando as tensões existentes sobre política de drogas e alinhamentos internacionais.

Apesar de um período de forte tensão diplomática, com acusações mútuas e sanções comerciais, um encontro surpresa entre Trump e Lula na ONU abriu a porta a um diálogo. O anúncio de uma reunião formal na semana seguinte sugere uma tentativa de ambas as partes de normalizar as relações, embora as divergências de fundo permaneçam.

O acordo financeiro do YouTube com Donald Trump encerra um capítulo de litígios entre o ex-presidente e as grandes empresas de tecnologia sobre a suspensão das suas contas.

Este pagamento, que se segue a acordos semelhantes com a Meta e a X, reflete a contínua repercussão dos eventos de 2021 no cenário político e tecnológico.

A substituição do retrato de Joe Biden por uma caneta automática na nova galeria presidencial da Casa Branca é um ato simbólico e provocador de Donald Trump. A medida visa minar a legitimidade do seu antecessor, perpetuando a narrativa de incapacidade cognitiva, apesar de a prática em questão ser comum em administrações anteriores.

A declaração de Donald Trump a favor do abate de aviões russos que invadam o espaço aéreo da NATO marca uma escalada retórica significativa. Embora alinhada com as preocupações dos aliados da linha da frente, a sua posição gerou reações cautelosas de outros membros da aliança, como a Alemanha e a França, que preferem uma resposta mais contida para evitar uma escalada do conflito.

A administração Trump finalizou a reestruturação do TikTok nos EUA através de uma ordem executiva, transferindo o controlo da aplicação para um consórcio liderado pela Oracle.

A medida visa mitigar os riscos de segurança nacional, garantindo que o algoritmo e os dados dos utilizadores americanos fiquem sob supervisão norte-americana, enquanto permite que a popular aplicação continue a operar no país.