Briefing: Donald Trump

A paralisação do governo, a terceira sob a administração Trump, resulta de um impasse sobre subsídios de saúde, afetando 750.000 funcionários e diversos serviços públicos.

A disputa política entre Republicanos e Democratas agrava a incerteza económica, com o Presidente a ameaçar despedimentos e a ver a situação como uma oportunidade para eliminar programas associados à oposição.

A ponderação do envio de mísseis Tomahawk e da partilha de informações secretas dos EUA à Ucrânia marca uma potencial escalada no conflito. A medida, solicitada por Zelensky, visa reforçar a capacidade ofensiva de Kyiv contra alvos na Rússia, mas provocou uma forte advertência de Moscovo sobre uma resposta "apropriada" e o risco de uma escalada militar.

A administração Trump mediou um plano de paz para Gaza com 20 pontos, obtendo o apoio de Israel e uma aceitação condicional do Hamas. A diplomacia incluiu um pedido de desculpas de Netanyahu ao Qatar, supervisionado por Trump, e a concessão de garantias de segurança sem precedentes a Doha, demonstrando uma forte intervenção dos EUA para reconfigurar a dinâmica do conflito no Médio Oriente.

A administração Trump está a remodelar as Forças Armadas com um foco no "espírito guerreiro", eliminando políticas de diversidade e impondo novos padrões físicos.

Simultaneamente, o Presidente ordenou o envio de tropas federais para cidades americanas, descrevendo-as como "campos de treino" para combater uma "guerra interna", uma medida que gerou forte oposição e preocupações sobre a militarização da política doméstica.

A administração Trump intensificou a sua política protecionista com novas tarifas sobre medicamentos, camiões, mobiliário e filmes.

A taxa de 100% sobre produtos farmacêuticos é a mais drástica, embora com exceções para empresas que invistam nos EUA e respeitando acordos prévios com a UE.

As medidas visam proteger a indústria nacional e a segurança, afetando principalmente parceiros comerciais asiáticos.

O FBI cortou laços com a ADL depois de esta ter classificado o grupo conservador Turning Point como extremista. O diretor do FBI acusou a ADL de espionagem e ativismo político, revertendo a política do seu antecessor. A controvérsia ocorre no contexto do recente assassinato do líder do Turning Point, Charlie Kirk, um aliado de Trump que será homenageado postumamente.

A administração Trump refutou as críticas do Papa Leão XIV, que classificou a política migratória dos EUA como "desumana".

Enquanto a Casa Branca defende que aplica a lei "da forma mais humana possível", o Papa questionou a coerência de tal política com a doutrina pró-vida e manifestou preocupação com a crescente retórica belicista do governo.

Donald Trump acusou a China de prejudicar os agricultores de soja dos EUA ao suspender as compras, prometendo abordar o tema com Xi Jinping e usar as receitas das tarifas para apoiar os produtores. A situação, atribuída às tarifas retaliatórias de Pequim, levou à perda de quota de mercado para concorrentes como o Brasil e a Argentina, e as declarações de Trump influenciaram de imediato os preços da matéria-prima.

Após pressão direta de Donald Trump, o ex-diretor do FBI James Comey foi acusado de obstrução à justiça e perjúrio.

Trump aplaudiu a decisão, sugerindo que mais acusações contra os seus adversários se seguirão, enquanto Comey se declarou inocente e vítima de perseguição política, descrevendo a ação como "a arma dos tiranos".

A alegação de Donald Trump sobre o envio de submarinos nucleares indetetáveis para a costa russa foi recebida com sarcasmo por Dmitry Medvedev, que insinuou que a ameaça era inexistente. Este episódio de confronto verbal evidencia a tensa e imprevisível dinâmica entre Washington e Moscovo, marcada por demonstrações de força e desdém mútuo.