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Sexta-feira, Agosto 8

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Dessalinização sustentável: uma inovação em terracota que transforma água do mar em água potável

Um jovem francês criou um dispositivo de terracota que transforma a água do mar em água potável, usando destilação simples, sem eletricidade, oferecendo uma solução acessível para comunidades com escassez hídrica. Saiba mais aqui!A World Wide Water, projetou um utensílio de terracota de baixa tecnologia que é simples e acessível a todos, promovendo o acesso à água potável através da destilação da água do mar.A escassez de água potável é um dos maiores desafios enfrentados por comunidades em regiões costeiras e insulares ao redor do mundo.Embora rodeadas por oceanos, muitas dessas populações sofrem com a falta de acesso a água própria para o consumo humano.Foi a viver essa realidade desde criança na ilha caribenha de Martinica que o jovem francês Tanguy Delaunay-Belleville desenvolveu uma solução inovadora, simples e acessível: um destilador de água feito a partir de terracota.Destilação Térmica O dispositivo, batizado de World Wide Water, utiliza um princípio físico clássico — a destilação térmica — para transformar água salgada em água potável, sem a necessidade de energia elétrica ou tecnologia complexa.O sistema é composto por dois recipientes de cerâmica encaixados um sobre o outro e uma tampa cónica. A água do mar é colocada no recipiente inferior e aquecida por uma fonte de calor (como fogo, fogão ou sol), produzindo vapor.Artigo relacionadoComo funciona uma central de dessalinização da água do mar? Qual é o seu tempo de vida?Esse vapor sobe, condensa-se na parte cónica superior e goteja no recipiente coletor, livre de sais e impurezas.A escolha da terracota, um tipo de cerâmica porosa e de baixo custo, é estratégica. Este material está amplamente disponível em diversas regiões do mundo e permite a produção artesanal dos dispositivos, promovendo uma cadeia de fabricação local e sustentável.O princípio da “baixa tecnologia” é criar sistemas simples e facilmente reparáveis para atender as necessidades básicas, como ��gua ou alimentos.Além disso, a terracota ajuda na retenção do calor e na eficiência do processo de condensação do vapor.O projeto de Delaunay-Belleville destaca-se pelo seu caráter ecológico, social e prático. O aparelho não gera resíduos, não depende de plásticos nem metais caros, e pode ser utilizado em situações de emergência, zonas de conflito, assentamentos informais e até mesmo em áreas rurais afastadas.A sua portabilidade e autonomia fazem dele uma ferramenta promissora no combate à crise hídrica global.Invenção com reconhecimento internacional A invenção recebeu reconhecimento internacional ao ser premiada no James Dyson Award 2025, uma das competições de design e engenharia mais prestigiadas do mundo.Além disso, o projeto arrecadou mais de 100 mil euros em financiamento coletivo, o que permitirá a ampliação da produção e o início de testes em comunidades da Índia e da África Subsaariana.Do ponto de vista científico, o princípio por trás da dessalinização por destilação é conhecido e validado. O que difere o World Wide Water de outras ferramentas do género é a forma como aplica este princípio com baixo custo, baixo impacto ambiental e alta aplicabilidade social.A iniciativa demonstra como a ciência e o design podem caminhar juntos para oferecer soluções reais a problemas urgentes, com base na observação do quotidiano e na empatia com as necessidades humanas.Artigo relacionadoAvanço da IA no tratamento da água promete um melhor acesso a água potável seguraNum mundo onde mais de 2 biliões de pessoas ainda não têm acesso seguro à água potável, tecnologias simples como esta podem ter um impacto transformador.O exemplo de Delaunay-Belleville evidencia como a criatividade aliada ao conhecimento científico pode gerar mudanças significativas, mesmo a partir de materiais tão antigos como a cerâmica.

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Espetáculo celestial: Solar Dynamics Orbiter capta eclipse duplo extremamente raro num só dia

No mesmo dia, o Solar Dynamics Orbiter observou um eclipse solar total, seguido de um eclipse solar parcial. O primeiro eclipse foi produzido pela Terra e o segundo pela Lua. Foi um acontecimento invulgar, visível apenas do espaço.Início de um eclipse solar total na Terra, observado pelo Solar Dynamics Orbiter. Crédito: NASA/SDO e as equipas científicas AIA, EVE e HMI.A sonda espacial SDO (Solar Dynamics Orbiter) pode ser considerada a nossa sentinela. Observa o Sol continuamente (ou quase continuamente) desde 2010 (ano do seu lançamento) e avisa-nos quando ocorrem fenómenos explosivos no Sol que podem afetar a Terra em diferentes níveis.O que vê o telescópio Solar Dynamics OrbiterO SDO monitoriza com uma variedade de instrumentos a bordo: alguns observam a cromosfera, outros a coroa solar, e outros a força do campo magnético solar e o movimento do plasma na superfície solar.A atmosfera solar é composta por várias camadas: a fotosfera é a camada atmosférica mais baixa, associada à superfície e emite radiação na gama do visível; mais acima, encontramos a cromosfera, que emite a radiação mais energética; depois existe uma fina camada de transição onde a temperatura aumenta rapidamente; e finalmente a coroa, que emite a radiação mais energética, do ultravioleta aos raios X.Os instrumentos a bordo do SDO registam imagens da cromosfera e da coroa solar de 12 em 12 segundos. Este ritmo elevado permite uma monitorização detalhada da evolução de fenómenos explosivos como as erupções solares ou as ejeções de massa coronal.A Lua passou entre o SDO e o Sol entre as 13:31 e as 15:56 UTC. Com uma duração de 2,5 horas, foi o trânsito lunar mais longo alguma vez captado pela missão SDO. Esta imagem foi obtida às 14:58 UTC, aproximadamente quando a Lua estava centrada no Sol. A imagem combina imagens individuais de dois comprimentos de onda de luz ultravioleta extrema, adquiridas em simultâneo.Quando as erupções e as ejeções de massa coronal ocorrem no lado do Sol virado para a Terra, espera-se que a radiação de alta energia e o vento solar atinjam a Terra, produzindo tempestades geomagnéticas, por vezes de grande intensidade, perturbando as telecomunicações e possivelmente a rede eléctrica, e causando mesmo a aurora boreal.Porque é que o SDO observa eclipses solares?Esta sonda solar está em órbita geoestacionária, o que significa que orbita a Terra à mesma velocidade que a Terra. Isto significa que está sempre sobre o mesmo ponto da Terra, a uma altitude de aproximadamente 36.000 km. Especificamente, o SDO está sobre o Novo México, onde duas antenas de 18 metros em White Sands recolhem dados do satélite que são enviados para a Terra.Artigo relacionadoDois satélites, uma sombra perfeita e uma nova forma de olhar para o Sol: a ESA cria o primeiro eclipse não naturalDevido ao facto de a órbita do satélite ser geossíncrona, a Terra ou a Lua encontram-se por vezes no meio da linha satélite-Sol, fazendo com que o satélite observe eclipses solares, causados pela Terra ou pela Lua, respetivamente, que se interpõem entre o satélite e o Sol.A inclinação da órbita foi escolhida para minimizar o número e a duração destes eclipses, que de facto constituem um problema ao interromperem a observação do Sol.Os eclipses do Sol provocados pela Terra duram geralmente uma hora e ocorrem em duas épocas do ano (chamadas “épocas de eclipses”), ocorrendo todos os dias durante duas ou três semanas consecutivas, enquanto os da Lua variam em número, até um máximo de cinco por ano.O duplo eclipseNo passado dia 25 de julho, durante uma destas épocas de eclipses, ocorreram dois eclipses no mesmo dia. Registou-se um duplo eclipse: um eclipse total provocado pela Terra e um eclipse parcial provocado pela Lua.The Sun in UltravioletThe SDO (Solar Dynamics Observatory) spacecraft captured the Sun in the extreme ultraviolet range, tracking its activity for a month. The image shows bright areas - these are flares and active regions where the magnetic field is especially intense. Such pic.twitter.com/WlD4a7iLCV— Black Hole (@konstructivizm) May 18, 2025A sonda espacial SDO captou o Sol no ultravioleta extremo, monitorizando a sua atividade durante um mês. A imagem mostra áreas brilhantes: erupções e regiões ativas onde o campo magnético é particularmente forte. Estas observações ajudam os cientistas a compreender os processos que ocorrem na atmosfera solar e a prever erupções e ejeções de massa coronal que podem afetar a Terra.Estes eclipses ocorreram durante a 31ª temporada de eclipses desde o início da missão SDO, e os eclipses terrestres continuarão a ocorrer diariamente até 7 de agosto.Um eclipse duplo, semelhante ao recente, só ocorreu em 2015 e 2016.Neste contexto, recordamos a frota PROBA-3, constituída por dois módulos: o “coronagraph” e o “occulter”, que produziu o primeiro eclipse solar artificial a partir do espaço, com uma duração de seis horas.Estes eclipses permitir-nos-ão estudar a coroa solar sem ter de esperar por eclipses naturais.

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Turismo vulcânico: vulcões visitáveis que tiram o fôlego com as suas paisagens e energia viva

Descubra o poder da natureza a partir do turismo vulcânico, explorando vulcões visitáveis que impressionam com as suas paisagens únicas, energia geotérmica e significado geológico e cultural.O turismo vulcânico tornou-se uma experiência multiatividade nos últimos anos para aventureiros que buscam combinar natureza com história geológica.O turismo vulcânico é uma tendência que ganhou força nos últimos anos. Longe de representar um risco, muitas destas maravilhas geológicas são adaptadas para serem exploradas por caminhantes, famílias e visitantes curiosos que desejam vivenciar a experiência de estar no topo de um dos fenómenos mais impressionantes do planeta.Algumas estão adormecidas há séculos, outras são monitorizadas continuamente para garantir a segurança dos visitantes. O resultado? Uma mistura única de aventura, natureza selvagem e paisagens que parecem de outro planeta.Monte Teide (Tenerife, Espanha): o teto da EspanhaCom 3.715 metros, o Monte Teide é o pico mais alto da Espanha e um dos vulcões mais acessíveis do mundo. Localizado no Parque Nacional do Teide, Património Mundial da UNESCO, este vulcão é uma atração imperdível.As encostas do Monte Teide são um ambiente único e acidentado.Pode subir ao seu cume de teleférico ou a pé, apreciando uma paisagem lunar, campos de lava solidificada e vistas espetaculares do Atlântico. É também um excelente local para observação de estrelas, combinando geologia com astroturismo.Kilauea (Havai, Estados Unidos)O vulcão Kilauea, na Ilha Havai, é um dos vulcões mais ativos do mundo e um símbolo da criação da Terra em tempo real. Apesar das suas erupções, muitas áreas do Parque Nacional dos Vulcões do Havai estão abertas ao público, oferecendo trilhas seguras, plataformas de observação e centros interpretativos.Um tubo vulcânico é um túnel natural formado pela lava à medida que a mesma arrefece na superfície e continua a fluir para dentro.Nesta área, pode ver campos de lava, tubos vulcânicos e, se tiver sorte, fluxos incandescentes à distância — uma experiência que conecta os visitantes com o puro poder geológico.Etna (Sicília, Itália): o mais ativo da EuropaO Monte Etna, o vulcão mais alto e ativo da Europa continental, está localizado na Sicília. Oferece uma experiência única para turistas aventureiros, permitindo-lhes escalar rotas guiadas, visitar crateras laterais e observar fumarolas em constante emissão.É o vulcão mais ativo da Europa e um dos poucos vulcões do mundo com erupções quase contínuas há mais de 500.000 anos.A combinação da sua história mitológica ligada ao deus Hefesto e a sua vitalidade vulcânica fazem do Etna um destino imperdível. Além disso, os vinhos produzidos nas suas encostas férteis adicionam um toque culinário à sua visita.Arenal (Costa Rica): um gigante cercado pela selvaEmbora o Vulcão Arenal esteja inativo desde 2010, continua a ser uma das principais atrações naturais da Costa Rica graças à sua paisagem natural, que oferece caminhadas por florestas tropicais, pontes suspensas e fontes termais naturais alimentadas pela atividade geotérmica.O ecoturismo é uma forma crescente de turismo que é prioridade para muitos turistas.O ecoturismo é altamente desenvolvido nesta região, permitindo uma experiência em contato com a natureza com uma infraestrutura de alta qualidade.Vulcão Villarica (Chile): para os mais ousadosLocalizado no sul do Chile, o Villarica é um dos poucos vulcões ativos que podem ser escalados com um guia especializado. Do seu cume, pode ver a cratera fumegante e, com sorte, um pouco de lava.Vulcão Villarica, no Chile.A paisagem inclui glaciares, florestas e lagos, proporcionando uma experiência única em todas as estações. No inverno, a área também se transforma numa estação de ski e, na primavera e no verão, é um espetáculo para os entusiastas de caminhadas.

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Descubra as 7 piscinas naturais mais espetaculares e bonitas do mundo

Imagine nadar em águas cristalinas cercadas por rochas vulcânicas, arte histórica ou paisagens de outro mundo? Piscinas naturais combinam a serenidade do oceano calmo com paisagens deslumbrantes criadas pela natureza.Estas piscinas naturais permitem que os visitantes aproveitem a água salgada sem se expor aos perigos do mar aberto.Piscinas naturais combinam o melhor dos dois mundos: a beleza selvagem do oceano e a tranquilidade de uma piscina segura. Estas joias escondidas são formadas pela natureza ou pela intervenção humana ecologicamente correta e permitem que os visitantes desfrutem da água salgada sem se expor aos perigos do mar aberto. Embora muitas estejam espalhadas por litorais remotos, várias são mais acessíveis do que imagina.As piscinas naturais mais espetaculares do mundoMergulhar numa piscina natural é uma das experiências mais autênticas que pode ter. Formadas pela ação do mar, da lava ou mesmo da mão do homem, cuidadosamente integradas no ambiente, estas maravilhas permitem que desfrute do oceano com segurança e tranquilidade.De sítios vulcânicos nas Ilhas Canárias a estruturas centenárias no Reino Unido, estas são algumas das piscinas naturais mais espetaculares do planeta, onde a natureza e a beleza se encontram em perfeita harmonia.1. Poço das Calcosas (El Hierro, Espanha)Localizada ao norte da ilha mais ocidental das Ilhas Canárias, esta piscina é um exemplo perfeito da harmonia entre a natureza e a intervenção humana.Rodeada por uma paisagem vulcânica que parece ter saído de outro planeta, a Poço das Calcosas combina uma piscina natural com uma artificial, conectadas por uma antiga tubulação do século XIX. É um local ideal para relaxar e mergulhar em águas cristalinas, longe das multidões.2. Piscinas Roque Prieto (Gran Canaria, Espanha)Mais perto do que muitos imaginam, na costa norte da Gran Canaria, estão estas piscinas que transformam um trecho acidentado da costa num verdadeiro paraíso balnear.Protegidas por blocos de betão que amortecem a força das ondas, estas duas piscinas permitem desfrutar do Atlântico em segurança. São especialmente populares entre quem procura um local tranquilo para nadar ou apanhar sol.3. A Carpa Olivera (Sinaloa, México)Uma mistura única de história, arquitetura e mar. Construída em 1914 pelo chef português Antonio Olivera, a Carpa Olivera está localizada em Mazatlán e demonstra como uma visão pessoal pode tornar-se num património coletivo.Existem piscinas naturais que são muito procuradas por quem procura tranquilidade. Restaurada em 2014 após danos causados por um furacão, esta piscina agora apresenta um impressionante toboágua escultural, um símbolo do estilo de vida costeiro mexicano e da resiliência do seu povo. 4. Chapel Rock Pool (Cornwall, Reino Unido)Escondida entre as formações rochosas da Baía de Perranporth, encontra-se uma piscina repleta de história. Construída em 1959 no local de uma antiga capela, a Chapel Rock Pool oferece aos moradores e visitantes um local abrigado para apreciar o Atlântico. É um dos lugares favoritos das famílias britânicas durante o verão, graças à sua acessibilidade e cenário pitoresco.5. Piscina de Lewinnick Cove House (Cornwall, Reino Unido)Também em Cornwall, esta piscina privativa é um testemunho de luxo e conexão com a natureza. Esculpida na rocha sob uma vila italiana da década de 1920, esta piscina revestida de mosaicos turquesa resistiu ao teste do tempo e às tempestades do Atlântico. Embora não esteja aberta ao público, a sua mera existência inspira aqueles que sonham em viver à beira-mar.6. Saltcoats Bathing Pond (Escócia, Reino Unido)Na costa oeste da Escócia, Saltcoats é muito mais do que um lago. Com mais de um século de história, foi recentemente reformado para se adaptar às necessidades modernas sem perder sua essência. A intervenção do escritório de arquitetura Studio Octopi melhorou a sua acessibilidade e tornou-o numa referência na restauração de espaços naturais para uso público.7. Harmony Park (Cidade do Cabo, África do Sul)Originalmente projetada durante o regime do Apartheid para uma população marginalizada, esta piscina foi transformada num espaço inclusivo e atraente. Possui estruturas que quebram ondas e pequenas ilhas internas, criando um espetáculo visual e sonoro único. O Harmony Park é um exemplo claro de como um espaço pode ser redefinido ao longo do tempo, mantendo a sua beleza natural.Existem piscinas naturais que se tornaram lugares muito atraentes onde a natureza é preservada.Estas piscinas naturais são refúgios refrescantes, além de testemunhas da história, da cultura e da interação respeitosa entre humanos e o meio ambiente. E o melhor: não precisa de viajar para o outro lado do planeta para se maravilhar com elas. Algumas estão a apenas um voo ou estrada de distância. Onde será o próximo mergulho?

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Os pores do sol mais bonitos do mundo, desde Roma ao Rio de Janeiro

Dizem que não há dois pores do sol iguais. Cada pôr do sol pinta o céu com tons únicos. Dos telhados de Roma às praias do Rio de Janeiro, viajamos pelo mundo para descobrir pores do sol tão lindos que lhe vão tirar o fôlego.O mundo está cheio de lugares onde o pôr do sol se torna um espetáculo.Alguns viajantes planeiam rotas para descobrir monumentos, sabores ou culturas... e outros buscam algo tão simples e mágico como o pôr do sol. Para muitos, ver o céu ficar vermelho, laranja ou roxo é um verdadeiro ritual que faz valer a pena atravessar oceanos.O mundo está cheio de lugares onde o pôr do sol se torna um espetáculo. Hoje, levamo-lo de Roma ao Rio de Janeiro, passando por Nova Iorque, Santorini e São Francisco, para descobrir alguns dos pores do sol mais bonitos do planeta.Quando o sol se despede, o mundo ilumina-seHá pores do sol que são quase um evento cultural por si só. Alguns acontecem entre arranha-céus, outros sobre mares infinitos ou entre montanhas de tom avermelhado. Cada um conta uma história única e oferece um momento que, para muitos, vale qualquer viagem. Aqui apresentamos alguns dos mais impressionantes e memoráveis.Roma vista do Monte PincioRoma, a Cidade Eterna, é um cenário de beleza infinita, mas quando o sol começa a pôr-se, a magia multiplica-se. Do Monte Pincio, uma das colinas mais icónicas, temos uma vista deslumbrante da cidade. Dos jardins da Piazza Napoleone, a cúpula de São Pedro domina o horizonte, enquanto os raios dourados iluminam as fachadas e as cúpulas barrocas. É um pôr do sol que, mais do que apenas visto, parece um poema.Manhattanhenge, o sol entre os arranha-céus de Nova YorkPoucos pores do sol urbanos são tão famosos quanto o Manhattanhenge, um fenómeno que ocorre apenas quatro dias por ano. Inspirado no famoso Stonehenge, aqui o sol alinha-se perfeitamente entre os canyons de aço e vidro que formam as ruas de Manhattan, da 14ª à 57ª Avenida, em Nova Iorque. Por alguns minutos, a cidade inteira para para contemplar um disco solar perfeitamente incrustado no horizonte urbano, que tinge o asfalto com fogo. É a magia da natureza a coexistir com a geometria da cidade grande.Santorini, pôr do sol sobre o Mar EgeuOia, em Santorini, é provavelmente o lugar mais famoso da Grécia para se despedir do dia. As suas casas caiadas, erguidas em penhascos e pontilhadas de cúpulas azuis, transformam-se conforme o sol se põe sobre o Mar Egeu.As casas brancas de Santorini transformam-se quando o sol se põe sobre o Mar Egeu.Os tons laranja, rosa e violeta refletem nas paredes caiadas, criando uma atmosfera quase irreal. É um pôr do sol vivenciado em silêncio, com turistas e moradores locais em busca do melhor local para fotografar a beleza fugaz do momento. Londres, horizonte e calma ao longo do TamisaEmbora Londres não seja normalmente associada a grandes pores do sol, há lugares onde o crepúsculo se torna um espetáculo. Perto do The Shard, o arranha-céu mais alto do Reino Unido, o sol põe-se por trás do horizonte moderno e clássico da cidade. Das margens do Tamisa, livre de multidões, pode observar o céu a assumir tons pastel, refletindo nas águas do rio e criando um horizonte londrino tão elegante como inesperado.Twin Peaks, São Francisco, a cidade aos seus pésSão Francisco (EUA), com as suas colinas ondulantes e atmosfera boémia, oferece um dos melhores miradouros para o pôr do sol em Twin Peaks. Desses picos gêmeos, é possível avistar a cidade inteira, incluindo a silhueta da Ponte Golden Gate a espreitar através da névoa. À medida que o sol se põe, as luzes da cidade começam a cintilar, e a baía banha-se em tons de dourado e roxo. É um pôr do sol que mistura natureza e urbanismo em perfeita harmonia.Monument Valley, nos Estados Unidos, fogo sobre terra vermelhaNo sudoeste dos Estados Unidos, o Monument Valley exibe uma das paisagens mais icónicas do cinema e da cultura americanos. Do John Ford Point, avista-se um horizonte de formações rochosas e terra avermelhada que, ao entardecer, parece explodir em chamas. Aqui, a natureza imponente lembra-nos da grandiosidade da paisagem navajo e do espírito do Velho Oeste.Música e cores fundem-se no Rio de JaneiroNo Rio de Janeiro, o pôr do sol em Ipanema é uma celebração. Entre as montanhas e o mar, o céu tinge-se de cores quentes enquanto os acordes da bossa nova emanam. Moradores e turistas reúnem-se para brindar ao dia que passa e receber a noite carioca com alegria. É impossível não se deixar levar pelo espírito festivo deste lugar onde cada pôr do sol é pura poesia tropical.O espírito festivo do Rio de Janeiro transforma-se ao entardecer.De Roma ao Rio, o pôr do sol lembra-nos que, não importa onde estamos, haverá sempre um momento no dia em que o mundo para para nos presentear com beleza pura. E para quem gosta de ver o pôr do sol, cada quilómetro vale a pena.

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IPMA emite novos avisos: todos os distritos do continente e duas regiões da Madeira estarão sob aviso devido ao calor

Faro, que era o único distrito sem qualquer aviso, passou a aviso amarelo. As Regiões Montanhosas e a Costa Sul da Madeira também se encontram sob o mesmo aviso, devido à persistência de valores elevados de temperatura.Apesar de ontem, dia 7 de agosto, termos sentido um pequeno alívio das temperaturas, especialmente ao longo da faixa litoral, o IPMA atualizou os seus avisos meteorológicos, onde elevou todos os distritos do continente a aviso amarelo, laranja e vermelho.O Norte e a faixa interior do país continuarão a registar os valores mais elevados no fim de semana, contando com os avisos mais gravesComo referimos em previsões anteriores, os distritos de Vila Real e Bragança poderão contar com aviso vermelho entre as 9h do dia 9 de agosto e as 18h do dia 10 de agosto. Os distritos de Beja, Castelo Branco, Évora, Guarda, Portalegre e Viseu contam com aviso laranja até às 18h de domingo, dia 10. Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações. No entanto, destes, Viseu e Guarda já contam com este aviso desde as 18:08h de ontem, dia 7, e Castelo Branco contará com o mesmo a partir das 9h de amanhã, dia 9. Os distritos do Alentejo terão o aviso em vigor a partir das 9h do dia 10. No domingo, aquando o registo das temperaturas mais elevadas, todo o continente contará com temperaturas acima da média climatológica, como podemos observar neste mapa de anomalias.Os restantes distritos contam com aviso amarelo, sendo que os do Norte já estão em vigor e os do Centro e Sul ficarão a partir de amanhã e domingo, permanecendo assim até às 18h do dia 10. Nos distritos do litoral, o aviso alerta para temperaturas elevadas no interior do distrito. Também as Regiões Montanhosas e a Costa Sul da Madeira se encontram sob aviso amarelo devido ao tempo quente.Os termómetros vão voltar a "escalar" depois de uma leve tréguaO litoral Norte e Centro, especialmente, sentiu um alívio dos termómetros, tanto durante o dia, como durante a noite, onde os valores baixaram dos 20ºC na maior parte da faixa. E ainda que hoje, sexta-feira, se possa denotar um pequeno aumento das temperaturas, será nos próximos dias que as mesmas aumentam de forma significativa, justificando os avisos lançados pelo IPMA. Sábado contará com calor tórrido, especialmente no Vale do Douro, onde o mercúrio pode elevar-se até aos 43ºC! Vila Real e Castelo Branco poderão ser dos distritos mais quentes, com 38ºC de máxima, mas com valores localmente mais elevados, na ordem dos 40ºC. A região onde se insere o vale do Rio Douro será das mais quentes nos próximos dias, senão a mais quente, podendo registar até 43ºC.No entanto, se formos por região, o Nordeste Transmontano será, consequentemente, a zona mais quente do país, especialmente nos locais onde se insere o vale do rio Douro, tal como podemos observar na imagem acima.A partir de domingo também se começará a sentir um aumento dos valores máximos no Sul do país, onde o Alentejo poderá registar, localmente, até 40ºC, assim como o Ribatejo. A Beira Baixa poderá chegar aos 41ºC e o Vale do Douro aos 42ºC.Artigo relacionadoAs temperaturas diminuem em Portugal continental, mas há novo aviso vermelho à vista: saiba para onde!Sem grandes surpresas, a mais recente atualização dos nossos mapas aponta para uma tendência de aumento dos valores máximos de temperatura no arranque da próxima semana, com maior expressão no Sul do país.

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Taxas turísticas “verdes”: pagar mais pode salvar os destinos que tencionamos visitar

Governos de vários países estão a criar taxas turísticas ligadas ao clima para financiar recuperação, adaptação e conservação. As cobranças são modestas face ao custo total de viagem, mas podem gerar centenas de milhões para proteger praias, recifes e trilhos.As taxas turísticas verdes procuram contribuir para preservar os recursos naturais que estão na origem do motivo de visita.Em plena fase de ondas de calor, incêndios florestais e tempestades cada vez mais intensas, multiplicam-se pelo mundo taxas turísticas com finalidade ambiental. O objetivo é simples: fazer com que quem visita também contribua para preservar os recursos naturais que motivam a viagem. Para os turistas, o acréscimo costuma ser pequeno. No entanto, para os destinos, a diferença pode ser enorme, se o dinheiro for bem aplicado e comunicado de forma clara.Alguns exemplos internacionais demonstram que há alguns caminhos para a sustentabilidade ambiental no turismoO caso mais emblemático surgiu no Hawai. Após os incêndios devastadores de agosto de 2023, que arrasaram Lahaina, o estado aprovou em maio uma “Green Fee” que acresce 0,75% aos impostos já aplicados no setor do alojamento. A partir de 2026, a medida deverá gerar cerca de 100 milhões de dólares por ano, canalizados para a recuperação pós-fogo, a restauração de recifes e a adaptação climática. A decisão assenta na constatação de que a pressão de 10 milhões de visitantes anuais exige financiamento estável para cuidar dos ecossistemas que sustentam a economia local.Na Europa, a Grécia substituiu, em janeiro de 2024, a taxa de pernoita por uma “Taxa de Resiliência à Crise Climática”. O valor varia entre 0,50 € e 10 € por noite, consoante a tipologia do hotel e a estação, com sobretaxas que podem chegar a 20 € por pessoa em ilhas de maior pressão turística, como Mykonos e Santorini, durante a época alta. O Governo estima arrecadar 400 milhões de euros anuais para reforçar a gestão da água, prevenir desastres e restaurar ecossistemas, prioridades particularmente sensíveis num país marcado por secas, incêndios e eventos extremos.A Grécia está a implementar um novo modelo de gestão turística sustentável, sustentada na "Taxa de Resiliência à Crise Climática". Nesta taxa prevê-se uma sobretaxa que se eleva consoante a maior pressão turística, tal como a que ocorre em Mykonos.Também na Ásia-Pacífico há mudanças. Bali passou a cobrar, em 2024, 150.000 rupias por visitante internacional, verba destinada à proteção ambiental. Nas Maldivas, o “Green Tax” existe desde 2015 e foi duplicada em janeiro de 2025, fixando-se, para a maioria dos hotéis e resorts, em 12 dólares por pessoa e por noite. A receita alimenta um fundo público orientado para gestão de resíduos e resiliência costeira. A Nova Zelândia, por sua vez, quase triplicou o seu International Visitor Levy desde 2019, aproximando-o dos 100 dólares neozelandeses em 2024, para financiar conservação e infraestruturas de turismo sustentável.Artigo relacionadoTurismo Verde em Prática: O Caso do Programa CopenPay em CopenhagaSe o montante acrescentado ao orçamento do viajante é, na maioria dos casos, residual, o impacte no território pode ser transformador – desde que haja regras e escrutínio. Investigadores e profissionais do setor sublinham que a chave está na transparência: comunicar claramente onde é aplicado cada euro e publicar relatórios regulares com projetos, custos e resultados. Há bons exemplos. As Maldivas divulgam relatórios mensais do “Green Fund”, detalhando alocações para proteção costeira, tratamento de resíduos e acesso à água. A Nova Zelândia publica balanços anuais sobre as iniciativas financiadas – como a recuperação de trilhos afetados por tempestades e o reforço das ciclovias com critérios de resiliência climática. No Hawai, após os incêndios, foi criado um grupo consultivo climático que definiu prioridades e fontes de financiamento, procurando cimentar a confiança pública no novo modelo.Pacotes turísticos sustentáveis não devem ser tratados como opções premium, mas um padrão das viagens turísticasOs inquéritos aos viajantes sugerem recetividade a este tipo de contribuição, desde que os objetivos e resultados sejam explícitos. O Relatório de Viagens Sustentáveis da Booking.com (2024) indica que 75% dos viajantes querem tornar as suas deslocações mais sustentáveis no próximo ano e 71% desejam “deixar o lugar melhor do que o encontraram”. Outro estudo, da Euromonitor (2023), aponta que quase 80% dos inquiridos aceitariam pagar pelo menos mais 10% por opções de viagem sustentáveis. Em termos práticos, muitos turistas encaram uma taxa de fração percentual na fatura do hotel como um pequeno preço a pagar por praias, florestas e recifes mais protegidos.Ao mesmo tempo, especialistas alertam que sustentabilidade não deve ser tratada como um extra opcional. A ambição é “incorporá-la” no desenho de serviços e operações, tornando-a o padrão, e não uma escolha premium. Isso implica governança robusta, metas claras e avaliação independente. Sem estes pilares, as taxas correm o risco de serem percecionadas como meras fontes de receita, corroendo a adesão de residentes e visitantes.Estas taxas devem ser tratadas como serviços e operação e não como escolhas premium, tal como advogam os vários especialistas.A tendência das “taxas climáticas” assinala, em última análise, uma mudança de paradigma: do turismo entendido como consumo para um modelo de colaboração. Em vez de simplesmente “chegar, usufruir e partir”, o viajante é convidado a participar na manutenção dos lugares que visita. Para destinos sob pressão e cada vez mais expostos a choques climáticos, este financiamento dedicado pode significar trilhos reabertos com segurança, recifes resilientes, gestão de resíduos mais eficiente e cidades mais preparadas para eventos extremos. Pequenas quantias, bem geridas, podem garantir que os destinos mais amados continuem a sê-lo – e a existir – nas próximas décadas.

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A Praia da Galé vai brilhar sob a lua cheia — e estão todos convidados

Concertos, espetáculos e animação gratuita invadem a Praia da Galé na véspera da lua cheia. A entrada é livre.Depois do sucesso registado nas edições anteriores, a celebração do ciclo lunar regressa a Albufeira. Foto: CM AlbufeiraPrepare-se para uma noite mágica à beira-mar, com pés na areia, música no ar e a lua como principal anfitriã. Neste dia 8 de agosto, sexta-feira, a Praia da Galé, em Albufeira, volta a receber uma das festas mais encantadoras do verão algarvio: a Full Moon.A festa acontece na véspera da primeira lua cheia do mês, que este ano aparece no céu a 9 de agosto. Mas é na noite anterior que tudo se transforma num cenário quase místico, com luzes, ritmos e surpresas a preencherem o areal.Este evento é promovido pela Câmara Municipal de Albufeira e tem como grande missão valorizar a cultura local, apoiar artistas e criar momentos únicos para quem vive ou visita o Algarve.Há quase 30 anos que esta celebração lunar é um marco das noites quentes de verão no concelho de Albufeira. Uma tradição que junta milhares de pessoas, num ambiente descontraído, onde o objetivo é apenas um: aproveitar o momento.O que esperar?A partir das 20:30 horas, o areal ganha vida com um programa cheio de cor e movimento. Há música ao vivo, performances artísticas, espetáculos de fogo, animação de rua, bancas de artesanato e até cabines fotográficas para eternizar a noite com os seus amigos.Artigo relacionadoPorque nem sempre se vê a Lua cheia?A abertura está a cargo da talentosa Isabel Carvalhaes, que vai encantar com o espetáculo “Violin”, ao pôr do sol. Depois, a noite continua com os sons de DJ China, Zé Black B2B Gonazelez, Bruno Zarra, entre outros nomes que prometem manter a energia bem lá em cima. Uma festa que atrai muitas pessoas. Foto: CM AlbufeiraA cantora Estela Mota também sobe ao palco para um concerto intimista com o mar como pano de fundo. E claro, o momento alto da noite: o espetáculo de fogo de Sofia Brito, que iluminará o céu e arrancará aplausos nesta que será certamente uma noite bem quente.Aliás, "em quase todo o território português já costuma estar bastante calor na primeira quinzena de agosto, mas aquilo que está previsto para os próximos dias diz respeito a valores anormalmente elevados para a época do ano em quase todo o território, tanto de dia como de noite", avisa Alfredo Graça. Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações. Para esta semana prevê-se um intenso calor noturno, com temperaturas mínimas que se situarão entre os 20 e 25 ºC em praticamente toda a geografia do Continente.Quer saber mais?E quanto ao dress code? O branco é obrigatório. Além de simbolizar paz e boas vibrações, ajuda a criar aquele ambiente etéreo e cheio de brilho quando a luz da lua bate nos tecidos.Vista-se de branco dos pés à cabeça e venha fazer parte deste espetáculo.Já sobre a entrada, vai gostar de saber que não precisa de gastar nem um cêntimo.Artigo relacionadoAlfredo Graça avisa para a duração da onda de calor em Portugal: “quase até meados de agosto”Sim, leu bem. A entrada é totalmente gratuita. Basta aparecer com boa disposição e vontade de celebrar. Se estiver por perto, leve amigos, família, ou vá sozinho. Afinal, esta é daquelas noites que vale mesmo a pena guardar na memória.

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A praga de verão mais comum nos vasos e como eliminá-la sem produtos químicos ou inseticidas

No verão, os nossos jardins ganham vida, as plantas crescem mais depressa, florescem mais e enchem-nos de alegria, mas também aparece um dos visitantes mais irritantes do mundo da jardinagem.Com apenas algumas mudanças na rega, um pouco de vigilância e alguns truques caseiros, pode dizer-lhes adeus sem colocar as suas plantas em risco.O verão é uma das estações mais bonitas para os amantes das plantas. Com o calor e os dias mais longos, as nossas plantas florescem como se estivessem a festejar. Tudo parece perfeito - a rega, a luz do sol, o solo... até que pequenos insetos pretos e irritantes começam a voar quando nos aproximamos para regar.Não, não são mosquitos que picam. São os famosos mosquitos de fungos, também conhecidos como Sciaridae, e embora possam parecer inofensivos, podem tornar-se um verdadeiro incómodo. A verdade é que esta praga ganhou a reputação de ser o problema de verão mais comum nos vasos de plantas.Artigo relacionadoUma nova via para melhorar a saúde e a produção dos solos: uma agricultura menos intensiva impulsiona a sustentabilidadeNão importa se as suas plantas estão dentro de casa, numa varanda ou no jardim - estes insetos podem aparecer sem serem convidados. Muitas pessoas não sabem o que são, porque aparecem ou como se livrar deles sem utilizar produtos químicos que podem prejudicar as suas plantas ou a sua saúde.Existe também um mito comum segundo o qual estes insetos não causam danos, apenas incómodos. Mas atenção: as larvas dos mosquitos dos fungos podem danificar as raízes das suas plantas, sobretudo se estas acabarem de brotar ou se forem espécies particularmente delicadas.O ciclo de vida de um mosquito de fungo dura entre 20 e 28 dias.Este problema é mais comum do que parece. Se alguma vez viu pequenos insetos semelhantes a mosquitos a voar para fora do solo quando rega ou mexe na sua planta, é muito provável que se trate desta praga. O que é interessante é que muitas pessoas pensam que eles vieram do exterior ou entraram por uma janela, quando na realidade o problema começa no solo.O que são mosquitos de fungos?Estes insetos, cientificamente conhecidos como Sciaridae, pertencem a uma família de pequenas moscas pretas que se desenvolvem em matéria orgânica em decomposição. Surpreendentemente, não é o inseto adulto que causa os maiores danos, mas sim as larvas, que vivem debaixo do solo, alimentando-se de raízes tenras, fungos e restos de plantas.Uma dica menos conhecida, mas muito eficaz, é regar com chá de camomila. Este ajuda a reduzir os fungos no solo sem prejudicar a planta, quebrando o ciclo de vida dos insetos.Têm um tempo de vida curto mas reproduzem-se rapidamente. Um adulto pode pôr até 200 ovos num solo húmido; as larvas têm o aspeto de pequenos vermes brancos com cabeças pretas. Se o solo permanecer húmido, o ciclo continua sem controlo e a infestação aumenta.São mais frequentemente encontradas em plantas de interior ou em vasos mantidos em áreas sombreadas, uma vez que adoram ambientes húmidos e escuros com pouco fluxo de ar. Também se desenvolvem bem em solos ricos em matéria orgânica. É por isso que o composto inacabado ou o solo demasiado rico podem tornar-se um buffet irresistível.Um sinal claro é ver pequenos insetos a voar perto do solo. Pode também notá-los quando se muda o vaso de lugar ou quando se rega. Mas a pista mais importante é se o solo permanecer húmido durante mais de três dias consecutivos sem secar.Uma dica simples: colocar uma armadilha amarela (pode ser um cartão com um pouco de mel) perto do pote.Outro sinal de alerta é quando as suas plantas - especialmente as plântulas ou as mais jovens - começam a parecer caídas e tristes sem razão aparente. Isto pode significar que as larvas estão a atacar as raízes.Como eliminá-los e evitar que voltemEm primeiro lugar: reduzir a humidade. Esta praga não consegue sobreviver se o solo ficar seco durante alguns dias. Por isso, é melhor parar de regar até que a camada superior do solo esteja completamente seca. Se necessário, substitua ou remova a camada superior e troque-a por terra seca ou areia de rio.Artigo relacionadoCurgete: propriedades e benefícios para a saúdeOutra opção é polvilhar canela na superfície do solo. Esta tem propriedades antifúngicas e ajuda a reduzir a fonte de alimentação das larvas. Uma camada fina sobre o solo é suficiente para reduzir a humidade. Também pode utilizar toalhas de papel secas ou areia grossa como barreira física.Para evitar que voltem a aparecer, o segredo está em melhorar a drenagem. Certifique-se de que os seus vasos têm buracos de drenagem suficientes e utilize terra mais leve que não retenha demasiada humidade. As misturas com perlite, areia ou fibra de coco ajudam a manter níveis de humidade mais equilibrados.É muito importante não deixar folhas mortas ou detritos orgânicos em cima do solo, pois isso atrai mosquitos que procuram pôr ovos.Não regue se o solo já estiver húmido. Ventilar o seu espaço também ajuda - especialmente no caso de plantas de interior. E, mais uma vez, mantenha a parte superior do solo livre de folhas mortas ou matéria vegetal para desencorajar a postura de ovos.O mosquito de fungo pode parecer uma praga insignificante, mas pode causar grandes problemas às suas plantas, especialmente no verão. A boa notícia é que não precisa de pesticidas ou produtos químicos agressivos para se livrar dele.Muitas vezes, o problema tem mais a ver com falta de conhecimento do que com gravidade. Mas agora que sabe o que procurar, será capaz de o identificar e agir rapidamente. E se já os viu este verão, agora sabe o que fazer para evitar que se repitam. Mas não subestime aquele pequeno mosquito preto que voa perto da sua planta!

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Investigadores da NASA propõem a utilização de algas para produzir alimentos e oxigénio na Lua

Os astronautas que exploram a Lua vão precisar de toda a ajuda possível e os cientistas têm despendido muito tempo e muito dinheiro na conceção de diferentes sistemas para o fazer.Os fotobiorreatores lunares poderão fornecer alimentos e oxigénio na LuaDuas das necessidades críticas de qualquer missão lunar a longo prazo são a comida e o oxigénio, ambos caros de transportar da Terra para a Lua. Assim, uma equipa de investigação da Universidade Técnica de Munique dedicou algum do seu tempo a analisar a eficácia da utilização de recursos lunares locais para construir um fotobiorreator (PBR), cujos resultados foram recentemente publicados. Fotobiorreator e algas: será esta a solução?O conceito dos PBRs é bastante simples - encerrar algum tipo de sistema biológico, como as algas, fornecer-lhe a matéria-prima de que necessita para viver, como o dióxido de carbono e a água, e recolher os produtos “residuais” resultantes, como o oxigénio e as próprias algas.A recolha dos materiais necessários para construir esse sistema de proteção é o ponto central deste artigo.A natureza tem uma forma de otimizar os seus processos, pelo que, dependendo da conceção do PBR e, especialmente, da escolha das algas, podem ser extremamente eficazes na criação desses produtos úteis com muito poucos resíduos.No entanto, não são tão bons a fazê-lo na superfície lunar, razão pela qual teriam de ser encerrados num sistema protegido do ambiente lunar, o que inclui a luz solar direta, uma vez que a radiação que a acompanha mataria os organismos vivos no interior do reator. A recolha dos materiais necessários para construir esse sistema de proteção é o ponto central do documento.Este projeto teria de ser feito num sistema protegido devido à radiação solar, que incide diretamente na Lua. (Imagem criada por IA) Foram considerados dois tipos diferentes de PBR - um elevador de ar “tubular” e um elevador de ar de “painel plano” (FPA). A variedade FPA era mais eficiente, mas exigia mais manutenção do que a sua congénere tubular. A construção de qualquer uma das variedades resultaria numa poupança de custos de pelo menos alguns milhões de dólares por sistema, assumindo um custo de lançamento de 100.000 dólares/kg para a Lua. Para o sistema tubular, poderia ser ainda mais, com algumas estimativas que vão até aos 50 milhões de dólares em poupanças, construindo-o a partir de recursos locais. Os recursos lunares, apesar de abundantes, não são suficientes Os recursos para a maior parte dos materiais estruturais já são abundantes na Lua, e já se trabalhou bastante no fabrico dos metais a partir do regolito lunar que seriam necessários para construir a estrutura da base. No entanto, as algas no interior do PBR necessitam de luz, e esta tem de vir ou da iluminação interna, que consome muita energia e requer componentes avançados como os LED, ou pode vir do sol, o que exigiria um vidro transparente em pelo menos parte da estrutura exterior. Até agora, ninguém conseguiu criar vidro transparente a partir de recursos lunares, embora essa seja uma área de investigação em curso. Os LEDs são um exemplo de outro componente necessário que é muito mais difícil de produzir localmente - a eletrónica e, a par disso, os plásticos, tais como os o-rings de vedação ou os rodapés para montagens de placas de circuito impresso. A investigação sobre a forma de produzir plástico na Lua também está em curso, mas ainda está muito longe de ser utilizada numa missão. Estão em curso uma série de investigações que poderão contribuir para a colonização da Lua. (Imagem criada por IA)No entanto, as próprias algas nos PBRs poderiam ser usadas como matéria-prima biológica para o plástico, embora isso ainda exigisse pelo menos uma semente inicial da Terra para dar início ao processo. O fósforo é outro elemento crítico da vida que precisa de ser de alguma forma recolhido na Lua para que haja uma presença biológica a longo prazo.Infelizmente, o carbono, um dos principais ingredientes dos plásticos, é relativamente raro na Lua, tal como os elementos críticos para a sobrevivência a longo prazo das algas, como o azoto e o cloro. Para garantir que nenhum desses materiais preciosos é desperdiçado, os autores sugerem a reciclagem das águas residuais dos astronautas, que também conterão pelo menos alguns desses elementos, como forma de “fechar o ciclo”. Estes fotobiorreatores não podem ser já integradosNo entanto, há muitos desafios a ultrapassar para que os PBRs possam ser integrados como um componente crítico de qualquer missão lunar a longo prazo. Os próprios autores sugerem uma abordagem híbrida que utilize métodos mais tradicionais de utilização de recursos in-situ (ISRU), como a eletrólise do regolito fundido, para a produção de oxigénio, ao mesmo tempo que utiliza os PBRs para a sua combinação de produção de alimentos com a produção de oxigénio.Artigo relacionadoCientistas revelam ameaça inesperada para as missões Artemis: estudo mostra atividade sísmica na Lua Ambas as tecnologias são úteis e acabarão por encontrar o seu lugar numa colónia lunar. Até lá, no entanto, continuará a investigação sobre a melhor forma de tirar o máximo partido dos recursos lunares a que podemos aceder e, sem dúvida, veremos até lá alguns designs melhorados de PBRs, vidro derivado da Lua e até métodos de colheita de algas. Referência da notíciaLina Salman, Francisco J. Guerrero-Gonzalez, Richard Ubiennyh, Gisela Detrell, Philipp Reiss. In-situ manufacturing of photobioreactors on the Moon using local resources. Acta Astronautica (2025).

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Estes são os 10 rios mais longos do mundo

Da floresta amazónica às planícies africanas, os rios mais longos do planeta atravessam continentes e sustentam ecossistemas únicos. Conheça-os e descubra o que os torna tão impressionantes!Os rios mais longos do mundo percorrem milhares de quilómetros, conectando ecossistemas, culturas e territórios na sua jornada até ao mar.Desde a antiguidade, os rios têm sido fontes de vida, desenvolvimento e conexão para civilizações humanas, marcando rotas comerciais, fronteiras naturais e nutrindo ecossistemas inteiros.Mas quais são os rios mais longos do mundo? A seguir, explicaremos os dez rios mais longos do planeta, classificados por extensão total, incluindo os seus principais afluentes. 1. Amazonas – América do Sul (6.400–7.062 km, segundo medição)O Amazonas pode ultrapassar o Nilo se um dos seus afluentes, o Apurímac, no Peru, for considerado em extensão.Imagem aérea do Rio Amazonas.O que não se discute é o seu volume: é o rio com maior vazão do mundo e atravessa a maior floresta tropical do planeta.2. Nilo – África (6.650 km aprox.)Embora historicamente considerado o rio mais longo do mundo, o Nilo continua em disputa com o Amazonas.Rio Nilo.Ele nasce no Burundi ou em Ruanda (dependendo da fonte) e desagua no Mar Mediterrâneo, atravessando países como Uganda, Sudão e Egito, fornecendo uma tábua de salvação vital para milhões de pessoas.3. Yangtsé – China (6.300 km)O rio mais longo da Ásia e o terceiro mais longo do mundo. Nasce no Tibete e atravessa a China até o Mar da China Oriental.Tremendo esto. Lo que se ve en las imágenes es el río Yangtsé, uno de los grandes ríos del mundo, a su paso por Chongqing (China). La extrema sequía deja esta insólita y alarmante estampa. pic.twitter.com/GrY6flrkyN— Antonio Giraldo (@giraldeo) August 24, 2022É uma via fundamental para transporte, agricultura e geração de energia, graças à Barragem das Três Gargantas.4. Mississippi-Missouri – Estados Unidos (6.275 km)Este sistema fluvial atravessa grande parte dos Estados Unidos, desde Minnesota ao Golfo do México.El río Misisipi y sus afluentes explican una parte importante de cómo llegó a ser Estados Unidos lo que es hoy. pic.twitter.com/1o9YBwuv9C— Martín (@tinmper) July 19, 2022Foi crucial na história do desenvolvimento económico e cultural da América do Norte.5. Yenisei – Ásia (5.539 km)Este rio nasce na Mongólia (Ásia) e desagua no Oceano Ártico.A passenger train moves along the bank of the Yenisei River in the Siberian Taiga forest covered with snow and hoarfrost outside Krasnoyarsk, Russia. pic.twitter.com/aAMf0Gvf4e— BBC Weather (@bbcweather) February 12, 2019É um dos três grandes rios da Sibéria e desempenha um papel importante no derretimento do gelo no norte da Rússia.6. Huang He (Rio Amarelo) – China (5.464 km) Conhecido como o berço da civilização chinesa, o Huang He foi essencial para o desenvolvimento agrícola do país.Huang He (Rio Amarelo), na China.No entanto, também é conhecido pelas suas inundações históricas devastadoras e significativas.7. Ob-Irtysh – Rússia/Cazaquistão (5.410 km)É um dos rios mais longos da Sibéria Ocidental. Nasce nas Montanhas Altai e desagua no Golfo de Ob.La familia nómada que vive a la orillas del río Irtish, cuenta con un especial "grupo musical de chicos" , que está formado por el padre que toca la guitarra, el hermano mayor que domina varios instrumentos y el hermano menor con una voz clara. Y su amor por la música los ha pic.twitter.com/4BsXt6JIKf— holaregionesoccidentales (@holaregionesoc) September 5, 2023 Apesar da sua extensão, permanece congelado durante grande parte do ano. 8. Rio da Prata-Paraná-Rio Grande – América do Sul (4.880 km)Este sistema fluvial atravessa o Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai.Rio da Prata. É um dos mais importantes do Hemisfério Sul, tanto em termos de volume quanto de importância económica e ecológica. 9. Congo-Chambeshi – África (4.700 km)Embora não seja o rio mais longo de África, é o mais profundo do mundo e o segundo mais longo de África.Le saviez-vous ? Le fleuve #Congo est l'un des plus longs et profonds du monde ! Avec ses 4 700 kilomètres de longueur, il est le huitième plus long fleuve du monde mais le second après l'Amazone pour son débit de 80 832 m3/s au maximum. Son bassin versant, d'une pic.twitter.com/f2joNTiqDZ— Paulette Kimuntu Kim (@KimKimuntu) July 2, 2025 Ele atravessa florestas tropicais e abriga uma biodiversidade excecional. 10. Amur-Argun – Ásia (4.444 km)Este rio marca a fronteira natural entre a Rússia e a China em grande parte da sua extensão. Nasce na Mongólia e desagua no Mar de Okhotsk, com uma rica história cultural e estratégica.

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Podem formar-se planetas num mundo sem estrelas? Académicos de St. Andrews encontram uma resposta

Uma nova investigação da Universidade de St. Andrews está a responder a uma das questões mais importantes da astrofísica: podem formar-se planetas sem uma estrela?Impressão gerada por IA de um jovem objeto de massa planetária flutuante rodeado por um disco de poeira. Imagem fornecida pela Universidade de St Andrews.Os planetas gigantes que flutuam livremente têm o potencial de formar os seus próprios sistemas planetários em miniatura, independentemente de uma estrela. Estes planetas podem ser a chave para questões importantes da astrofísica, dizem os investigadores da Universidade de St Andrews.Observação de planetas infantisInvestigadores da Escola de Física e Astronomia, juntamente com coautores dos EUA, Itália, Irlanda, Inglaterra e Portugal, observaram oito planetas flutuantes muito jovens, com massas 5 a 10 vezes superiores à de Júpiter.Estes planetas são muito ténues e irradiam sobretudo no infravermelho, o que os torna difíceis de observar; a equipa utilizou dois instrumentos de infravermelhos extremamente sensíveis no Telescópio Espacial James Webb (JWST) para saber mais sobre a infância dos planetas. Artigo relacionadoO projeto astronómico “Spot the Difference” deteta uma estrela em explosão em tempo realAs suas propriedades tornam-nos semelhantes a planetas gigantes, mas em vez de orbitarem uma estrela, estes planetas flutuam livremente no espaço. A investigação atual sugere que são os objetos de menor massa que se formaram, tal como as estrelas, a partir do colapso de nuvens de gás gigantes, mas, ao contrário das estrelas, não reúnem massa suficiente para iniciar quaisquer reações de fusão nos seus núcleos. Em teoria, alguns deles poderiam formar-se de forma semelhante aos planetas, em órbita à volta de uma estrela, mas são mais tarde ejetados dos seus berçários planetários.Formação planetária inicialO novo estudo descreve em pormenor estes planetas que flutuam livremente e descobriu que seis deles têm emissões excessivas no infravermelho. Isto é causado por poeira quente nas proximidades, um sinal caraterístico dos discos, as estruturas achatadas que são os locais de nascimento dos planetas. Os dados também revelaram emissões de grãos de silicato nos discos, com sinais claros de crescimento de poeira e cristalização, os primeiros passos na formação de planetas rochosos. Tais emissões têm sido observadas em estrelas e anãs castanhas, mas nunca antes em objetos de massa planetária. Este estudo é uma continuação de trabalhos anteriores da Universidade de St Andrews que mostram que os discos em torno de objetos de massa planetária que flutuam livremente podem durar vários milhões de anos, tempo suficiente para formar planetas.Impressão gerada por IA de um jovem objeto de massa planetária flutuante rodeado por um disco de poeira. Imagem fornecida pela Universidade de St Andrews.O Dr. Aleks Scholz, investigador principal, afirma: "Em conjunto, estes estudos mostram que objetos com massas comparáveis às dos planetas gigantes têm potencial para formar os seus próprios sistemas planetários em miniatura. Esses sistemas poderiam ser como o sistema solar, apenas reduzidos por um fator de 100 ou mais em massa e tamanho. Resta saber se tais sistemas existem ou não."A Dra. Belinda Damian, autora principal, acrescenta: "Estas descobertas mostram que os blocos de construção para a formação de planetas podem ser encontrados mesmo em torno de objetos que são pouco maiores do que Júpiter e que andam à deriva no espaço. Isto significa que a formação de sistemas planetários não é exclusiva de estrelas, mas pode também funcionar em torno de mundos solitários sem estrelas".Referência da notíciaSpectroscopy of Free-floating Planetary-mass Objects and Their Disks with JWST, The Astronomical Journal, July 2025. Damian, B., Scholz, A., et al.

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Estes são os 10 lugares mais bonitos do mundo que são Património Mundial da UNESCO

O mundo está cheio de lugares surpreendentes, mas poucos foram reconhecidos pelo seu valor universal. Estes dez, considerados os mais lindos, vão tirar-lhe o fôlego.A Lista do Património Mundial da UNESCO reúne alguns dos locais mais incríveis do planeta.De maravilhas arqueológicas a paisagens naturais de tirar o fôlego, a Lista do Património Mundial da UNESCO reúne alguns dos locais mais deslumbrantes do planeta. Estes lugares impressionam não apenas pela sua beleza, mas também pelo seu valor histórico, cultural e ecológico. Quais são os dez lugares mais bonitos do mundo que receberam este reconhecimento internacional? Veja abaixo.Do Egito ao MéxicoEm todo o mundo, existem locais que nos conectam com a nossa história, as nossas culturas e a beleza da natureza no seu esplendor. Entre eles, alguns foram oficialmente reconhecidos pela UNESCO como Património Mundial pelo seu valor excecional para toda a humanidade.1. Pirâmides de Gizé (Egito)Localizadas à beira do deserto, nos arredores do Cairo, as Pirâmides de Gizé são a única evidência remanescente das sete maravilhas do mundo antigo. A mais imponente, a Grande Pirâmide de Quéops, foi construída há mais de 4.500 anos. Este complexo funerário continua a surpreender o mundo com sua perfeição arquitetônica e o mistério que o cerca.2. Coliseu (Itália)O Coliseu de Roma é um dos monumentos mais famosos do mundo. Construído no século I d.C., este anfiteatro era o centro de entretenimento público da Roma Antiga. Gladiadores, animais selvagens e espetáculos de tirar o fôlego ocuparam as suas arquibancadas durante séculos. Hoje, é um símbolo da herança romana e uma das atrações turísticas mais visitadas da Europa.3. Taj Mahal (Índia)Localizado em Agra, este majestoso mausoléu de mármore branco foi construído pelo Imperador Xá Jahan em memória da sua esposa, Mumtaz Mahal. A sua arquitetura perfeitamente simétrica, os seus jardins e a sua beleza espiritual tornam-no numa das expressões mais puras da arte Mughal.O Taj Mahal é um ícone de amor eterno e uma das joias culturais da Ásia. É um ícone do amor eterno e uma das joias culturais da Ásia. 4. Mada’in Saleh (Arábia Saudita)Este sítio arqueológico no deserto saudita abriga impressionantes tumbas esculpidas na rocha, criadas pela civilização nabateia, o mesmo grupo que construiu Petra, na Jordânia. Com mais de 90 tumbas decoradas, poços de água e um sistema hidráulico avançado, Mada'in Saleh foi o primeiro sítio na Arábia Saudita a ser declarado Patrimônio Mundial da UNESCO.5. Chichén Itzá (México)No coração da Península de Yucatán, Chichén Itzá foi uma das grandes cidades da civilização maia. O seu edifício mais icónico, El Castillo ou a Pirâmide de Kukulcán, não é apenas uma maravilha arquitetónica, mas também revela o profundo conhecimento astronómico dos antigos maias. É uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo.6. Ilha de Páscoa (Chile)Famosa pelos seus moais, gigantescas estátuas de pedra vulcânica, a Ilha de Páscoa é um lugar repleto de mistério e espiritualidade. Essas figuras, criadas pelo povo Rapa Nui, contemplam o interior da ilha a partir de plataformas cerimoniais (ahu) que margeiam a costa. São quase 900 moais no total, tornando este local um dos mais impressionantes do Pacífico Sul.7. Parque Nacional de Serengeti (Tanzânia)Este parque é um dos ecossistemas mais ricos do planeta. Com uma área de quase 15.000 quilómetros quadrados, abriga a maior migração animal do mundo: mais de um milhão de gnus e centenas de milhares de zebras cruzam as suas planícies todos os anos. A biodiversidade e a beleza natural do Serengeti tornam-no num destino imperdível para os amantes da vida selvagem.8. Cidade Histórica de Ayutthaya (Tailândia)Fundada no século XIV, Ayutthaya foi a antiga capital do Reino do Sião. Cercada por três rios, a cidade abrigava templos, palácios e estátuas de Buda impressionantes. Embora tenha sido destruída no século XVIII, as suas ruínas permanecem um poderoso testemunho da arte e da cultura tailandesas.9. Caverna de Chauvet (França)Descoberta em 1994, a Caverna Chauvet abriga algumas das pinturas rupestres mais antigas e bem preservadas do mundo, datando de 36.000 anos. As suas paredes são decoradas com centenas de figuras de animais, retratadas com detalhes e expressividade impressionantes. Este local oferece uma janela única para o pensamento artístico dos primeiros humanos.10. Parque Nacional de Yosemite (Estados Unidos)Yosemite, na Califórnia, é um dos parques naturais mais espetaculares do mundo. Com majestosos penhascos de granito, cachoeiras imponentes, lagos cristalinos e as florestas de sequoias gigantes mais antigas do planeta, este parque é um verdadeiro santuário natural. Foi declarado Património Mundial em 1984 e continua a ser um destino favorito para os amantes da vida ao ar livre.O Parque Nacional de Yosemite foi declarado Patrimônio Mundial em 1984.Estes dez lugares são essenciais para a compreensão da história, da cultura e da biodiversidade do nosso planeta. São preciosidades que devemos proteger, conservar e, se tivermos sorte, visitar pelo menos uma vez na vida.

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Como é que a energia de um tsunami consegue atravessar todo o Oceano Pacífico? A ciência explica

Não se tratam apenas de ondas gigantes: tsunamis são impressionantes comboios de energia, capazes de viajar milhares de quilómetros sem perder potência significativa. Diferentes ciências entrelaçam-se para explicar este fenómeno, tão fascinante quanto devastador.Os tsunamis são um dos fenómenos mais destrutivos da natureza.Quando ocorre uma erupção vulcânica, um deslizamento massivo no fundo do oceano, um terramoto submarino ou um grande sismo próximo à costa, como ocorreu recentemente com o terramoto de magnitude 8,8 que atingiu a Península de Kamchatka, na Rússia, o mar responde violentamente.Um dos fenómenos mais surpreendentes e perigosos que podem ser desencadeados é um tsunami. Mas como é que é possível que esta energia atravesse o imenso Oceano Pacífico, às vezes percorrendo mais de 10.000 quilómetros, sem perder muito da sua força?The visualization of tsunami after the 9.1 Japan earthquake in 2011 shows how fast it moves. Hits North American shore in 8-10 hours and crosses most of the Pacific Ocean within 24 hours. pic.twitter.com/oTaVEkMVVC— Trung Phan (@TrungTPhan) July 30, 2025 A explicação está na ciência: física ondulatória, dinâmica de fluidos e geologia subaquática entrelaçadas num fenómeno com alta capacidade destrutiva. Uma demonstração impressionante de como a energia se pode mover eficientemente pelo planeta a ponto de atravessar continentes inteiros. A peça-chave é o comprimento de ondaAo contrário das ondas de superfície causadas pelo vento, os tsunamis são ondas gravitacionais de longo período, geradas pelo deslocamento repentino de uma grande massa de água.Aumento da temperatura pode gerar enormes tsunamis a partir da AntártidaCientificamente, um tsunami transporta energia cinética e potencial através do oceano na forma de uma sequência de ondas extremamente longa.Os tsunamis costumam ter comprimentos de onda superiores a 100 quilómetros, enquanto seu período varia de 10 a 60 minutos. Para se ter uma ideia, as ondas oceânicas normais raramente têm mais de 150 metros e um período inferior a 20 segundos.Velocidades semelhantes às de um avião comercialEsse longo comprimento de onda permite que um tsunami viaje a velocidades próximas a 800 km/h em águas profundas, quase tão rápido quanto um avião comercial.Em 2011, um terremoto de magnitude 9, seguido por um tsunami, devastou a costa nordeste do Japão.Mas ainda mais impressionante é a sua capacidade de atravessar um oceano inteiro com pouquíssima perda de energia. Isso deve-se, em parte, ao facto de que, em mar aberto, a sua amplitude (altura) é muito baixa, frequentemente inferior a um metro, de modo que o atrito com o ar e o fundo do mar é mínimo.Essa capacidade de conservação de energia e a sua baixa dispersão permitem que os tsunamis se espalhem numa onda muito longa, que não pode ser facilmente vista de um navio ou satélite, mas que pode manter a sua intensidade por milhares de quilómetros.Do fundo para a superfícieOutro fator contribuinte é a batimetria, que é a ciência de medir e representar as profundidades do fundo de corpos d'água.️ Hay que repasar una y otra vez (hoy con el #terremoto M7.7 de islas Lealtad) que un #tsunami no es una simple ola, si no una masa de agua de gradual arrastre y con una gran energía cinética, que pese a poca amplitud que tenga, puede ser suficiente para arrastrar una persona. pic.twitter.com/8ahGoFPlqv— lan (ON HIATUS!) (@AlMaXx8017) May 19, 2023Ao contrário das ondas típicas, que são afetadas pelo vento e pelas forças da superfície, os tsunamis propagam-se por toda a coluna d'água, do fundo para a superfície.Isso permite que eles mantenham a sua estrutura mesmo quando encontram cristas subaquáticas ou outras irregularidades no fundo do mar.Quando um tsunami se torna destrutivoQuando essas ondas finalmente atingem a costa, o seu comportamento muda radicalmente. Ao encontrarem águas rasas, toda a energia que estava distribuída em grandes profundidades é comprimida, e a altura da onda aumenta drasticamente.É nesse momento que os tsunamis se tornam uma ameaça mortal para as populações costeiras, principalmente no Oceano Pacífico, que, pelo seu tamanho e profundidade, funciona como uma 'rodovia' para este tipo de fenómeno.Da Rússia ao EquadorGraças a sistemas globais de monitorização, como o Pacific Tsunami Warning Center, no Havai, o tempo estimado de chegada de um tsunami a diferentes pontos do oceano pode ser calculado com grande precisão. No entanto, isto não diminui o seu perigo.NOAA Research animation showing the tsunami waves triggered by the M8.8 earthquake off the coast of Kamchatka, Russia..... pic.twitter.com/HOxCr7stMS— Volcaholic (@volcaholic1) August 1, 2025As ondas geradas pelo terremoto de Kamchatka atingiram as Ilhas Galápagos, no Equador, a quase 18.000 quilómetros do epicentro, embora não tenham causado danos.O mesmo não ocorreu com as ondas geradas por um grande terramoto no Chile em 1960, que atingiu o Japão em menos de 24 horas e causou a morte de centenas de pessoas.

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Eliminar o plástico? É impossível...mas podemos remediar

Uma crise feita à nossa medida: como podemos travar a catástrofe plástica? Saiba mais aqui!Um novo e ambicioso relatório da OCDE examina em profundidade o problema da poluição por plástico a nível global.Um novo e ambicioso relatório da OCDE, intitulado "Policy Scenarios for Eliminating Plastic Pollution by 2040", examina em profundidade o problema da poluição por plástico a nível global e apresenta cenários de política detalhados para combater o crescimento insustentável do plástico, com o objetivo de eliminar a poluição por plástico até 2040.O que nos diz o relatório?O relatório descreve um cenário de "Linha de Base" que projeta o que acontecerá se não forem implementadas políticas mais ambiciosas. Neste cenário, a produção e utilização anual de plástico aumentará 70%, de 435 milhões de toneladas (Mt) em 2020 para 736 Mt em 2040. Consequentemente, o lixo plástico mal gerido, que em 2020 era de 81 Mt, chegará a 119 Mt em 2040. O derrame de plásticos para o ambiente cresceria de 20 Mt para 30 Mt, e o stock de plástico em rios e oceanos quase duplicaria, passando de 152 Mt para 300 Mt no mesmo período. O ciclo de vida dos plásticos, dominado por combustíveis fósseis, também resultaria num aumento significativo das emissões anuais de gases com efeito de estufa (GEE), de 1.8 gigatoneladas (GtCO2) em 2020 para 2.8 GtCO2 em 2040.O relatório descreve um cenário de "Linha de Base" que projeta o que acontecerá se não forem implementadas políticas mais ambiciosas.Para reverter esta tendência alarmante, o relatório propõe um cenário de "Ambição Global" (Global Ambition). Este cenário, que representa a abordagem mais abrangente, preconiza a implementação de políticas rigorosas e integradas em todos os países e ao longo de todo o ciclo de vida do plástico, desde a produção até à gestão de resíduos. As políticas propostasAs políticas propostas incluem a contenção da produção e da procura de plástico, a promoção do ecodesign, a melhoria das taxas de reciclagem e o encerramento das vias de derrame de resíduos. A implementação destas medidas levaria a um crescimento zero da produção de plástico virgem a partir dos níveis de 2020 e um aumento quádruplo das taxas de reciclagem, para 42%.O novo relatório sublinha a necessidade de sistemas robustos de gestão de resíduos em países em desenvolvimento.O impacto deste cenário seria substancial. A quantidade de resíduos plásticos mal geridos seria reduzida em 97% em relação à linha de base, evitando que 74 Mt de plástico chegassem a rios e oceanos até 2040. As emissões de GEE relacionadas com o plástico seriam limitadas a 1.7 GtCO2e, ficando abaixo dos níveis de 2020. O relatório enfatiza que apenas medidas parciais, como as que se focam na melhoria da gestão de resíduos ou que se aplicam apenas em economias avançadas, não são suficientes para eliminar a poluição por plástico.Artigo relacionadoA produção de plástico aumenta enquanto as taxas de reciclagem se mantêm inalteradasEmbora os benefícios ambientais e para a saúde humana do cenário de "Ambição Global" sejam vastos, o relatório reconhece que existem custos. O custo macroeconómico é projetado para uma perda de 0.5% do PIB global em 2040 em comparação com a linha de base. No entanto, estes custos seriam desigualmente distribuídos, com os países não-OCDE a enfrentar um fardo maior, em média (0.6% de perda do PIB). A implementação destas políticas requer a superação de barreiras técnicas, económicas e de governação, bem como uma mobilização significativa de recursos financeiros e uma cooperação internacional reforçada. Artigo relacionadoA produção de plástico aumenta enquanto as taxas de reciclagem se mantêm inalteradasO relatório sublinha a necessidade de sistemas robustos de gestão de resíduos em países em desenvolvimento e a importância do financiamento internacional e da transferência de tecnologia. O relatório conclui que, mesmo com o cenário mais ambicioso, outras questões como a poluição por microplásticos e o stock de plástico já existente no ambiente continuariam a exigir intervenções específicas.Referência da notícia: OECD (2024), Policy Scenarios for Eliminating Plastic Pollution by 2040, OECD Publishing, Paris, https://doi.org/10.1787/76400890-en.

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Tempo em Portugal no fim de semana: depois de um curto alívio, o calor volta a intensificar-se nestas regiões!

O tempo quente vai continuar, mas nos próximos dias vão verificar-se algumas variações. Acompanhe a nossa previsão e prepare o seu fim de semana de férias da melhor forma!Mais informação: Temperaturas permanecem elevadas nesta quarta-feira, mas espera-se um abrandamento do calor extremo nos próximos diasO tempo quente continua sem dar tréguas e, de forma geral, é uma situação que se vai manter nos próximos dias. Hoje (quinta-feira, 7) ainda se registarão temperaturas acima dos 35 ºC no Alentejo e no interior Centro e Norte, contudo, espera-se que na sexta-feira (8) as temperaturas máximas desçam ligeiramente, registando-se condições mais favoráveis para o combate aos incêndios que não têm dado tréguas nas últimas semanas. Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações. Tanto para hoje como para amanhã, o IPMA mantém o aviso meteorológico laranja, o segundo mais grave, nos distritos de Vila Real, Bragança, Viseu e Guarda, devido à persistência de temperaturas elevadas. Por sua vez, os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja estarão sob aviso amarelo. A nebulosidade persistente, principalmente na faixa costeira a Norte do Cabo Raso, vai marcar os próximos dias, prolongando-se também para sábado (9).Praia com nuvens e calorO dia de sábado (9) vai ficar marcado por uma ligeira subida das temperaturas máximas em relação ao dia anterior. O tempo continuará quente e o céu deverá apresentar-se pouco nublado ou limpo, à exceção do litoral ocidental onde a nebulosidade será mais persistente. No litoral Oeste também se espera neblina ou nevoeiro às primeiras horas do dia. Tal como se prevê para o que resta da semana, também o dia de sábado ficará marcado pela nebulosidade persistente que como se pode ver pelo mapa, afeta toda a faixa costeira ocidental, mesmo a alentejana. O vento deverá soprar fraco a moderado de Este, no período da manhã, rodando para Oeste durante a tarde. As temperaturas mínimas deverão oscilar entre os 14 ºC de Coimbra e os 21 ºC de Vila Real e Bragança, sendo que as máximas deverão variar entre os 24 ºC de Viana do Castelo e os 38 ºC de Castelo Branco e Beja. Nos arquipélagos a previsão aponta para um cenário bem diferente do que se vive no continente. Nos Açores, está prevista chuva na forma de aguaceiros em todas as 9 ilhas, efeito da passagem mais a Norte do ciclone Dexter. As temperaturas mínimas deverão variar entre os 20 ºC e os 23 ºC, as máximas deverão variar entre os 24 ºC e os 27 ºC. No mapa da imagem é perfeitamente visível o efeito da passagem daquele que será já uma depressão tropical Dexter nos territórios insulares dos Açores e da Madeira. Para a Madeira prevê-se aguaceiros acompanhados de trovoadas na ilha homónima, sendo que na ilha de Porto Santo podem ocorrer aguaceiros de lama, devido ao efeito das poeiras vindas do Norte de África. As temperaturas mínimas deverão variar entre os 17 ºC e os 22 ºC, as máximas deverão variar entre os 23 ºC e os 30 ºC.Domingo é sinónimo de mais calorO dia de domingo (10) deverá ficar marcado por mais uma subida da temperatura, especialmente no Sul do país. No litoral ocidental a Norte do Rio Tejo até é provável que as máximas desçam ligeiramente, mas no Sul deverão voltar a aproximar-se dos 40 ºC. Em relação à nebulosidade, o padrão mantém-se o de sábado, com neblina ou nevoeiro matinal, que depois se torna em nebulosidade persistente no litoral Oeste. Em dias de calor, como os que se têm verificado em julho e agosto, nunca é demais relembrar a importância da utilização de protetor solar e de diminuição das horas de exposição ao Sol, já que os valores de radiação UV que chegam à superfície terrestre são bastante elevados. O Sul do território continental deverá ser afetado por poeiras vindas do Norte de África. Assim, aliado ao calor, será expectável uma deterioração da qualidade do ar nestas regiões. O vento também deverá manter o regime de sábado. As temperaturas mínimas deverão oscilar entre os 16 ºC de Viana do Castelo e os 23 ºC de Faro, com as máximas a variarem entre os 22 ºC também de Viana e os 40 ºC de Beja. O Porto deverá chegar aos 27 ºC e Lisboa aos 32 ºC.O mapa com a previsão da temperatura máxima para domingo mostra uma ligeira subida nas regiões do Sul e uma ligeira descida no litoral ocidental a Norte do Rio Tejo. Nas geografias açorianas, a previsão de aguaceiros mantém-se nas 9 ilhas, alternando com períodos de abertas. As mínimas deverão oscilar entre os 20 ºC e os 22 ºC, sendo que as máximas deverão variar entre os 24 ºC e os 26 ºC. Já para a Madeira, está prevista a bonança, depois de um sábado atípico. O céu deverá estar limpo, mas todos os territórios deverão ser afetados pelas poeiras em suspensão. Artigo relacionadoAlfredo Graça avisa para a duração da onda de calor em Portugal: “quase até meados de agosto”A subida das temperaturas máximas, previstas para domingo dá o mote a novo episódio de calor extremo que se deverá manifestar durante a próxima semana, com as máximas a estarem perto e em alguns casos, acima, dos 40 ºC. Sabe-se que o calor é normal no verão, mas nunca é demais alertar para os cuidados a ter com o calor extremo, que pode ser impactante na saúde dos seres humanos.

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Qual é a maior árvore do mundo, que é agora também um dos organismos vivos mais antigos do planeta?

Damos-lhe uma pista: a espécie ocupa uma área equivalente a 60 campos de futebol e sobreviveu à Idade do Gelo. Um novo estudo genético confirma também que detém o recorde de sobrevivência.O Pando tem 47 mil caules interligados num único sistema de raízes. Por serem clones de uma mesma planta, são considerados um único organismo. Foto: Jan Helebrant via FlickrHá décadas que um peculiar bosque de álamos, na Floresta Nacional Fishlake, no centro-sul do estado americano de Utah, atrai a atenção dos investigadores. Reconhecida pela primeira vez, nos anos de 1970, como um exemplar único e massivo, a história do Pando (que significa eu espalho, em latim), tem sido, desde então, estudada, tentando-se determinar a sua idade, a composição genética ou as ameaças que enfrenta.Várias investigações chegaram a calcular que a sua existência andaria à volta dos nove mil anos – ou 12 mil no máximo. Antes deste período, seria improvável sobreviver a temperaturas extremamente baixas da região, que se encontrava coberta de glaciares. Uma equipa americana de biólogos realizou agora a maior investigação alguma vez feita, concluindo que a sua idade estará entre os 16 mil e os 80 mil anos. O intervalo é grande, mas o trabalho confirma que o exemplar se encontra entre os organismos vivos conhecidos mais antigos da Terra.A sua ancestralidade, por si só, é espantosa, mas verdadeiramente impressionante é a sua dimensão e complexidade. Conhecida popularmente como uma floresta, este espécime é, na verdade, um único álamo tremedor (Populus tremuloides) com cerca de 47 mil caules interligados por um sistema comum de raízes. A sua extensão atinge os 43 hectares, na Floresta de Fishlake, ocupando uma área equivalente a quase 60 campos de futebol.Artigo relacionadoÁrvores “lembram-se” nos seus anéis de gigantesca tempestade solar da Idade do Gelo que seria devastadora na atualidadeO Pando é tecnicamente um triploide e isto significa que as suas células contêm três cópias de cada cromossoma, em vez de duas. A espécie, por isso, não pode reproduzir-se sexualmente nem tão-pouco misturar o seu ADN com o de outras árvores. Em vez disso, cria clones de si própria.O estudo concluiu que a área por onde se estende o Pando foi relativamente poupada às inóspitas condições da Idade do Gelo, continuando a desenvolver novos rebentos: J Zapell, domínio público, via Wikimedia CommonsAo sequenciar 500 amostras de ADN, os investigadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia, em Atlanta, e da Universidade de Utah conseguiram também rastrear padrões de variação genética espalhados pela árvore, obtendo pistas valiosas de como se adaptou e evoluiu ao longo da sua vida. Embora o processo de clonagem gere descendentes geneticamente idênticos, a espécie consegue acumular mutações genéticas à medida que as suas células se dividem. São essas variações que forneceram os dados sobre como a planta se modificou desde a primeira muda.Quatro mil mutações genéticas de uma espécie que se clona a si própria Para analisar essas alterações, os investigadores recolheram amostras de raízes, cascas, folhas e galhos de todo o clone Pando e ainda de outras árvores de álamo-trémulo não relacionadas para fazerem a comparação. Extraindo depois o ADN das amostras, foi possível sequenciar e analisar uma subsecção específica do genoma. Após remover variantes de outras espécies, os cientistas conseguiram isolar quase quatro mil transformações genéticas que surgiram ao longo dos milénios em que o álamo se clonou repetidamente.Foi também com base nestas mutações que os cientistas simularam a idade deste organismo. Se as variações genéticas detetadas forem “verdadeiros positivos” e a equipa não tiver falhado nenhuma, o Pando terá cerca de 34 mil anos. Consoante a margem definida para os cenários traçados, este exemplar poderá ter entre 16 mil e 81 mil anos. Além do estudo genético, a antiguidade do exemplar foi determinada também através dos sedimentos recolhidos no lago, onde foram encontrados vestígios do seu pólen com mais de 60 mil anos.A investigação, divulgada pela revista científica Nature, é também importante para compreender os processos evolutivos e adaptativos em organismos clonais de vida longa, particularmente como as plantas podem evoluir para preservar a integridade genética dos seus tecidos embrionários. Esta árvore, que se propaga em novas árvores geneticamente idênticas, comporta-se como um único organismo vivo. Foto: Scott Catron, obra do próprio, CC BY 2.5, via Wikimedia CommonsO Pando não é caso único e, embora com menores dimensões, há outras colónias desta espécie, não só na região de Utah, como no Colorado ou em Alberta, no Canadá. Mas é na Floresta Nacional Fishlake, que este exemplar assume a sua maior magnificência.O peso do Pando em número de baleias e elefantes é…Desconhece-se se há outro ser vivo mais pesado do que o Pando, pelo menos acima do solo. São seis mil toneladas, três vezes mais do que a maior árvore individual do planeta, a sequoia gigante na Califórnia, conhecida como General Sherman. Em massa, aliás, o álamo tremedor equivale aproximadamente a 35 baleias azuis ou mil elefantes.Não é à toa que é uma verdadeira celebridade. Já apareceu num selo postal em 2006 e, oito anos mais tarde, foi reconhecido como a árvore oficial do estado de Utah. A sua capacidade de regenerar, substituindo cada tronco que morre, por um novo rebento, permitiu-lhe chegar quase intacta até aos nossos dias. Mas, nas décadas mais recentes, tem vindo a ser cada vez mais ameaçada. A imagem aérea da floresta Fishlake, em Utah, mostra a área colorida a verde ocupada pela árvore Pando (43,6 hectares). Foto: Lance Oditt, Friends of Pando, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia CommonsAs suas mudas têm sido devoradas pelo gado e pelos veados, impedindo o seu desenvolvimento. A excessiva área de pastagem, a eliminação de predadores como lobos, ursos e onças-pardas alteraram o ecossistema, colocando este raríssimo exemplar em perigo.Imagem detalhada da árvore Pando, do fotógrafo Lance Oditt, mostra os olhos característicos da árvore e a mudança de cor das folhas no final do verão. Foto: Lance Oditt, Friends of Pando CC BY-SA 4.0, via Wikimedia CommonsMedidas de proteção são por isso urgentes para assegurar que o Pando continue por muitas mais gerações como a maior árvore do mundo e um dos mais antigos organismos de sempre ainda vivo. Referência do artigoM. Pineau, Karen E. Mock, Jesse Morris, Vachel Kraklow, Andrea Brunelle, Aurore Pageot, William C. Ratcliff, Zachariah Gompert. Mosaic of somatic mutations in one of Earth’s largest organisms, Pando. bioRxiv - The preprint server for Biology

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Já conhece esta praia portuguesa? O ‘The Guardian’ garante que é uma das mais bonitas da Europa

Diz-se que o paraíso não tem morada fixa, mas pode muito bem ter-se instalado no norte de Portugal.Concorda? Foto: WikipediaPode soar exagerado, mas há um cantinho no extremo norte de Portugal onde o rio Minho se despede do país e o Atlântico começa a ganhar força — e é aí que acontece algo de especial. Entre pinheiros altos, um areal dourado e o vaivém das marés, a natureza parece ter entrado em acordo com a história e criado um lugar quase fora do tempo: a Praia do Camarido, também conhecida como Praia da Foz do Minho.Na Mata Nacional do Camarido, esta praia já foi apontada pelo ‘The Guardian’ como uma das mais bonitas da Europa, e não é difícil de perceber o motivo. É que aqui, o que há de selvagem mistura-se com o que há de sereno, e cada recanto parece feito à medida para quem procura algo mais do que apenas sol e mar.Não foi à toa, aliás, que continua, ano após ano, a conquistar quem a visita pela primeira (ou quinta) vez. O ‘The Guardian’ descreveu-a até como um “refúgio das ondas do Atlântico”, e explicou que a praia entrou na lista graças ao formato em pirâmide do Monte Santa Tecla, "um dos cenários mais deslumbrantes de qualquer praia do mundo". “Um passeio pelo pinhal leva à atraente praia oceânica de Moledo; e um pouco mais adiante, em direção ao mar, encontra-se uma notável fortaleza do século XVII, outro deleite para os olhos”, lê-se.Já a conhece? Prepare o piquenique, o fato de banho e a máquina fotográfica. Vai querer guardar esta memória para sempre.Entre a tranquilidade do rio e a bravura do marA Praia do Camarido é perfeita para indecisos: aqui pode mergulhar no Atlântico ou dar um mergulho mais tranquilo nas águas doces do rio Minho. O areal estende-se por cerca de 1,2 quilómetros, e garantimos que há espaço para todos, mesmo nos dias mais concorridos de verão.A areia é branca e fina do lado oceânico, um pouco mais grossa perto da margem fluvial.Nas marés baixas, revelam-se bancos de areia que parecem saídos de um postal das Maldivas. O fenómeno é tão fotogénico que até ganhou destaque no TikTok, com alguns utilizadores da rede a descreverem o local como “um paraíso a uma hora do Porto”, acessível por passadiços de madeira que serpenteiam pela mata.Uma paisagem que conta históriasDo outro lado do rio, ergue-se o Monte de Santa Tecla (ou Santa Trega, para os vizinhos galegos), com o seu famoso castro celta — um dos mais bem conservados da Península Ibérica. Diz-se que daqui se controlava todo o tráfego marítimo e fluvial entre os dois países.Uma praia para todos os gostos. Foto: CM CaminhaVirando-se para o lado do mar, destaca-se o Forte da Ínsua, uma fortaleza do século XVII situada num pequeno ilhéu, a cerca de 400 metros da costa. É possível visitá-lo de barco e conhecer por dentro esta mistura de convento e bastião militar — uma verdadeira cápsula do tempo. Segundo a Câmara Municipal de Caminha, a origem do local remonta ao século XIV, quando ali se instalou uma comunidade franciscana. Mais tarde, o rei D. João IV mandou construir a estrutura militar que hoje vemos, agora classificada como Monumento Nacional. Para os que gostam de fazer… ou não fazer nadaQuer seja fã de aventura ou da arte de estender a toalha e ficar a olhar para o céu, esta praia tem algo para si. Além dos banhos de sol e mar (ou rio), há trilhos pela Mata do Camarido para quem gosta de caminhadas ou pedaladas em ambientes sombreados. Para os mais ativos, há ainda condições ideais para surf, bodyboard, vela ou windsurf. Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações. Na época balnear, a praia é vigiada, tem bar de apoio e parque de estacionamento. Só há dois pequenos "contras" a considerar: a água costuma ser fresquinha (bastante), e a típica “nortada” pode fazer-se sentir — mas nada que uma camisola leve ou um corta-vento não resolvam.A poucos quilómetros do paraísoLocalizada a cerca de 1h30 de carro do Porto, esta praia é ideal para uma escapadinha de fim de semana ou até para umas férias mais prolongadas. Caminha, com o seu centro histórico pitoresco, bons restaurantes e ligações fluviais e ferroviárias, serve como base perfeita para explorar a região do Alto Minho.Artigo relacionadoCalor extremo a chegar? Fuja para a Arrifana, uma das melhores praias da EuropaSe tiver tempo, vale a pena estender a viagem até Vila Nova de Cerveira, Valença ou até atravessar a fronteira e dar um salto a A Guarda, na Galiza. Afinal, uma paisagem tão rica como esta não se esgota num só dia.

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Durante os dias de calor extremo, eis as três formas mais fáceis de ajudar as aves no seu jardim

Quando o calor é extremo, as aves sofrem mais do que parecem. Com gestos simples a partir de casa, pode ajudá-los a sobreviver aos dias mais quentes do verão.As aves também sofrem com as altas temperaturas do verão, e podemos aliviar o seu calor com atos simples.O verão traz consigo paisagens radiantes, jardins floridos e céus limpos, mas também ondas de calor que afetam duramente a vida selvagem.As aves, em particular, enfrentam sérias dificuldades para se manterem hidratadas e frescas quando as temperaturas excedem os 35 °C, uma vez que o seu metabolismo rápido e a sua plumagem podem funcionar contra elas nestes episódios extremos.Três dicas para ajudar as aves numa onda de calorPor isso, se tem um jardim, um terraço ou mesmo uma varanda, pode transformá-lo num pequeno refúgio para estes aliados do ecossistema.Forneça água limpa e acessívelA prioridade número um numa vaga de calor para as aves é o acesso à água, não só para beberem, mas também para se refrescarem ao tomar banho, o que ajuda a regular a sua temperatura corporal.Échale una mano a nuestros vecinos alados Coloca bebederos caseros de agua en ventanas, terrazas, jardines o patios para que los pájaros puedan hidratarse.Un simple plato o una maceta con agua puede ayudar a aliviar el calor de las aves pic.twitter.com/SAXPqkyMG1— Fundación Biodiversidad (@FBiodiversidad) July 14, 2020É por isso que deve colocar taças pouco profundas com água limpa nas zonas de sombra do seu jardim ou varanda. Pode, por exemplo, utilizar pratos de cerâmica, fontes ou mesmo tabuleiros de vasos de flores.É importante que a água não fique estagnada durante dias: mude-a diariamente e limpe-a com frequência para evitar o crescimento de bactérias. Artigo relacionadoAqui estão 6 plantas que florescem na água e que são ideais para a sua casa Se vive numa zona com muito sol, tente colocar o contentor debaixo de árvores ou toldos e coloque algumas pedras no interior para que os pequenos pássaros possam pousar em segurança.Crie zonas de sombra e abrigoO segundo maior problema para as aves num jardim urbano quente é a exposição direta ao sol durante episódios de temperaturas muito elevadas, e a sombra natural é essencial para o seu empoleiramento e sobrevivência. Si tenéis un balcón o terraza, poned cuencos con agua y semillas. Los pájaros están aturdidos y sedientos. No cuesta nada mantener el equilibrio natural. Las ciudades pueden ser un infierno para los pájaros. Hoy se han dado un baño en uno de los baldes de agua.️️ pic.twitter.com/pF0koGMPme Marta Navarro (@martanomada) June 13, 2022Se o seu jardim não tiver vegetação alta, pode improvisar abrigos com elementos simples como guarda-chuvas, treliças com plantas trepadeiras ou mesmo caixas de madeira reciclada dispostas estrategicamente.As plantas autóctones ou resistentes, como o loureiro, o alecrim ou o buxo, podem cumprir esta função e, além disso, trazer benefícios para o resto do ecossistema. Além disso, muitas aves preferem abrigar-se perto de arbustos densos porque estes também lhes oferecem segurança contra os predadores.Assegure uma alimentação ligeira e nutritivaEmbora não seja necessário alimentar as aves durante todo o ano, em situações de calor extremo pode ser útil fornecer-lhes algum alimento adequado. Contudo, deve ter cuidado: os alimentos ricos em gordura (como os blocos típicos de inverno) não são recomendados durante o verão.️️En esta #OlaDeCalor ayuda a las #AvesDeBarrio1Pon platos con agua en tu balcón2Evita recipientes resbaladizos3Usa piedras para crear islas en el plato42 o 3 cm de agua máx.5En lugar seguro, que no pueda caer6Refresca el agua cada díahttps://t.co/Ak6CtwfVTT pic.twitter.com/FQDWt8AHUb— SEO/BirdLife (@SEO_BirdLife) June 25, 2019Em vez disso, pode oferecer sementes leves, fruta fresca (como maçã ou melão) e pequenas quantidades de aveia sem açúcar. Coloque-as nos comedouros longe da água e à sombra para evitar que se estraguem.Para além dos alimentos, pode também plantar flores que atraiam insectos benéficos. Por exemplo, malmequeres, alfazema ou girassóis não só embelezam o seu jardim, como também se tornam uma fonte de alimento natural para as aves insetívoras. Um jardim mais vivo, mesmo no verãoAjudar as aves durante uma vaga de calor não é apenas um ato de compaixão, mas também uma forma eficaz de manter o equilíbrio natural do seu ambiente. Estas pequenas ações não requerem muito esforço, mas o seu impacto é enorme.Artigo relacionadoUsa borra de café como fertilizante para plantas? Cuidado, pode não ser uma boa ideia!Observá-los a refrescar-se na água ou a esvoaçar nas sombras é uma das experiências mais reconfortantes e relaxantes do verão.

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Banco de Sementes na Palestina destruído pelo exército de Israel. CNA fala de “ataque à soberania agrícola palestiniana”

A Unidade de Multiplicação de Sementes do Banco de Sementes da União dos Comités de Trabalho Agrícola (UAWC), localizado na cidade de Hebron, no sul da Cisjordânia (Palestina), foi destruída pelo exército israelita, com recurso a bulldozers e outra maquinaria pesada.O Banco de Sementes de Hebron tem desempenhado “um papel crucial na proteção das variedades tradicionais de sementes e no empoderamento dos pequenos agricultores. Fonte: União dos Comités de Trabalho Agrícola (UAWC).A União dos Comités de Trabalho Agrícola (UAWC) é uma organização agrícola não governamental considerada uma das maiores instituições de desenvolvimento agrícola da Palestina. A UAWC foi fundada em 1986 por um grupo de agrónomos e detém comités agrícolas na Cisjordânia e em Gaza que prestam apoio técnico e logístico aos agricultores locais.Artigo relacionadoO Banco Mundial de Sementes de Svalbard: o que é?Em comunicado divulgado na última semana nas suas plataformas, a UAWC denunciou aquilo que considera ser “um ataque deliberado das forças israelitas à soberania alimentar e ao património das sementes autóctones de Hebron”, revelando que o exército de Israel tinha destruído as instalações do seu Banco de Sementes.A UAWC explica que os bulldozers e outra maquinaria pesada de Israel destruíram os armazéns e outras infraestruturas do Banco de Sementes de Hebron que albergavam equipamento considerado “essencial” à atividade agrícola, nomeadamente materiais de plantação e ferramentas para a reprodução de sementes autóctones. Várias organizações internacionais do setor agrícola, como a Via Campesina, a Growing Agriculture e, em Portugal, a CNA - Confederação Nacional da Agricultura já condenaram este ato de destruição, que ocorreu “sem aviso prévio e sob proteção militar”, o que, na opinião da CNA, “constitui um golpe direto aos esforços palestinianos para preservar a biodiversidade local e garantir a soberania alimentar”.Reprodução e partilha de sementes locais O Banco de Sementes de Hebron tem desempenhado “um papel crucial na proteção das variedades tradicionais de sementes e no empoderamento dos pequenos agricultores através da reprodução e da partilha de sementes locais”, refere a CNA, num comunicado divulgado esta semana.A Confederação, que “repudia veementemente” este ataque do exército de Israel, diz ainda que isto acontece “num contexto de crescente violência dos colonos, da apropriação ilegal de terras e dos esforços sistemáticos da ocupação israelita para desmantelar os meios de subsistência das comunidades palestinianas”.Para a CNA não há dúvidas sobre o que isto representa: “A destruição de um banco nacional de sementes é um ato de apagamento cultural, com o objetivo de quebrar os laços geracionais entre os agricultores e as suas terras. Artigo relacionadoFAO alerta que 67,6% das terras agrícolas em Gaza foram danificadas. Pomares e hortícolas são os mais afetadosE é, também, mais uma inaceitável e tenebrosa ação do Estado de Israel, que utiliza a alimentação – a fome – como arma de guerra contra a população palestiniana”, diz a CNA.A destruição causada pelo exército israelita às instalações do Banco de Sementes de Hebron (Palestina), da União dos Comités de Trabalho Agrícola (UAWC), que presta apoio técnico aos agricultores locais. Fonte: UAWCManifestando a sua “solidariedade aos camponeses, aos pescadores e ao povo da Palestina”, a CNA afirma que “apoia os seus direitos à alimentação, à água e às suas terras”, estendendo ainda a “solidariedade e apoio à organização camponesa palestiniana UAWC”.Por outro lado, a CNA “exige uma intervenção internacional imediata para responsabilizar a ocupação israelita pelas suas repetidas violações dos direitos agrícolas, ambientais e humanos”. E insta também o Governo português para que “avance para uma clara condenação destas ações e para o reconhecimento imediato do Estado da Palestina”. A União dos Comités de Trabalho Agrícola refere, aliás, no seu comunicado difundido para todo o mundo, que a destruição do Banco de Sementes da Palestina “não é apenas um ataque a um edifício, mas um ataque à biodiversidade, à memória cultural e à relação vital entre os agricultores e as suas terras”. A Via Campesina, fundada em 1993, que é um movimento internacional que reúne milhões de camponeses (trabalhadores sem terra, povos indígenas, pastores, pescadores, trabalhadores agrícolas migrantes, pequenos e médios agricultores, mulheres rurais e jovens camponeses de todo o mundo), também emitiu um comunicado internacional acerca da destruição do Banco de Sementes na Palestina. A União dos Comités de Trabalho Agrícola refere que o ataque ao Banco de Sementes da Palestina “não é apenas um ataque a um edifício, mas um ataque à biodiversidade, à memória cultural e à relação vital entre os agricultores e as suas terras”.“A Via Campesina condena veementemente este ataque”, lê-se no documento difundido à comunicação social, onde também é referido que olham para esta ação de Israel “como um ataque político ao direito de um povo viver com dignidade, cuidar da sua terra e determinar o seu próprio futuro”.4,2 mil milhões de dólares para a reconstruçãoA última avaliação geoespacial (em junho) realizada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pelo Centro de Satélites das Nações Unidas (UNOSAT) revelou que, na Faixa de Gaza, apenas menos de 5% da área de terras agrícolas continuava disponível para cultivo.Artigo relacionadoSoberania alimentar de Portugal. Governo lança Estratégia +CEREAIS para fomentar a autonomia alimentar do paísEm abril, estas duas organizações tinham feito uma primeira avaliação, revelando que, àquela data, “mais de 80% da área total de terras agrícolas” da Faixa de Gaza tinha sido danificada (12.537 hectares em 15.053). Em consequência, nessa altura 77,8% dos terrenos agrícolas “não estavam acessíveis aos agricultores”, sendo que a situação era “particularmente crítica em Rafah e nas províncias do norte, onde quase todas as terras cultiváveis não são acessíveis”.A estimativa da FAO quanto às necessidades de recuperação e reconstrução da Faixa de Gaza refere montantes acima dos 4,2 mil milhões de dólares.

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Cientistas japoneses descobrem uma nova forma de “ouvir” os buracos negros

Uma equipa de físicos japoneses conseguiu calcular com precisão as vibrações dos buracos negros após uma colisão, revelando estruturas ocultas e espirais matemáticas que nunca tinham sido medidas antes.Os buracos negros de Schwarzchild são o resultado da Teoria da Relatividade Geral.Imagine que um buraco negro colide com outro e, apesar de não “ouvirmos” nada, todo o espaço-tempo vibra. Chamamos a estas ondas modos quasinormais, que são basicamente os ecos da perturbação, como sinos invisíveis que tocam brevemente antes de desaparecerem no nada.Estes “ecos” e as suas frequências contêm informação chave sobre a massa, o tamanho e até a forma do buraco negro deixado para trás após o choque. Medir estes parâmetros é, em essência, ouvir a canção do abismo, mas calculá-los com precisão tem sido um desafio técnico. Artigo relacionadoCoruja Cósmica: fusão rara de galáxias intriga astrónomos com formato inusitadoOs mais difíceis são os modos altamente amortecidos, uma vez que se desvanecem rapidamente e, embora os detectores possam registar os mais fortes, a compreensão dos mais fracos exige fórmulas que atravessam delicadas fronteiras matemáticas. É aqui que entra uma ferramenta poderosa mas pouco utilizada na física: o método WKB exato.Um grupo de investigadores japoneses liderado por Taiga Miyachi decidiu aplicar este método ao estudo dos buracos negros e o que descobriram foi surpreendente: padrões espirais escondidos, cortes invisíveis na matemática do horizonte e uma nova forma de seguir as ondas que emergem da escuridão para o infinito. A colisão de buracos negros provoca ondas gravitacionais.Com esta técnica, foram capazes de traçar com precisão as vibrações do espaço-tempo desde o horizonte do buraco negro até regiões distantes, resolvendo estruturas que antes eram inalcançáveis. Além disso, conseguiram fazê-lo sem recorrer a simulações numéricas; apenas papel e lápis e muita matemática complexa.O que é o método WKB (e porque é que é tão especial)?É uma técnica que teve origem na mecânica quântica para resolver equações complexas sem conhecer a sua solução exata. A sua versão “exacta” permite também estender estas soluções ao plano complexo, revelando comportamentos que passam despercebidos nos métodos tradicionais.Ao contrário de outras abordagens, a WKB exacta não necessita de fechar contornos arbitrários nem de assumir limites extremos, podendo trabalhar diretamente sobre a linha real. De seguida, são analisadas as soluções globais das equações diferenciais, o que constitui um passo fundamental na descrição das vibrações espaço-temporais. Artigo relacionado'Tínhamos razão': Astrónomos descobrem o que o Cosmos estava a esconderUm dos conceitos centrais são as curvas de Stokes, os limites invisíveis onde a natureza de uma onda muda abruptamente, e descobre-se que estas curvas não são simples linhas mas podem formar espirais logarítmicas infinitas que emergem do horizonte do buraco negro.Estas espirais tinham sido ignoradas por muitos estudos anteriores. No entanto, foram fundamentais para compreender como as soluções próximas do buraco negro se ligam às que descrevem o espaço distante porque são, de certa forma, os caminhos ao longo dos quais os ecos gravitacionais viajam.Uma sinfonia matemática numa espiralAo aplicar o método WKB exato a um buraco negro de Schwarzschild, os investigadores descobriram uma estrutura rica e precisa nos modos quasinormais- de facto, os modos mais fracos e amortecidos, anteriormente difíceis de prever, puderam ser elegantemente calculados.Um buraco negro de Schwarzschild, ou buraco negro estático, é uma região do espaço-tempo limitada por uma superfície imaginária chamada horizonte de eventos e definida apenas pela sua massa [M].Para validar a sua abordagem, começaram por testar o método em modelos simples, como o oscilador harmónico e o potencial de Morse, sistemas que, embora clássicos, têm semelhanças estruturais com as equações do espaço-tempo em torno de um buraco negro. Curvas de Stokes para várias frequências em torno de um buraco negro. Crédito: Miyachi, T. et al.A grande descoberta foi que o comportamento das curvas de Stokes em torno dos pontos singulares do espaço-tempo influencia diretamente as frequências de eco. Assim, ao ter em conta estas espirais matemáticas, a equipa foi capaz de afinar as condições de fronteira necessárias.Ao fazê-lo, não só resolveram modelos exactos, como abriram a porta ao cálculo das frequências reais emitidas por um buraco negro após uma fusão. Algo como uma sinfonia matemática que, até agora, tínhamos ouvido mas não sabíamos a partitura.O Universo assina com um eco Este avanço não é apenas teórico, porque as ondas gravitacionais detetadas por observatórios como o LIGO ou o KAGRA poderiam ser analisadas com maior precisão se compreendêssemos melhor as suas componentes mais subtis, e é exatamente isso que esta nova formulação matemática permite.Cada modo quasinormal é como uma nota na canção do Universo. Saber interpretá-los, como o faria uma orquestra cósmica, poderia revelar se um objeto observado é um buraco negro clássico ou algo mais exótico, como uma estrela bosónica ou um remanescente quântico ainda desconhecido.Artigo relacionadoO "som do Big Bang" revela uma possível solução para o maior mistério do UniversoA equipa planeia agora alargar a sua análise a buracos negros rotativos ou de Kerr, onde a geometria é ainda mais complexa, e explorar a forma como este método pode ser aplicado a teorias para além da relatividade geral, incluindo possíveis efeitos quânticos na gravidade.Este trabalho não só resolve um problema antigo, como abre uma nova via para escutar com atenção e rigor os segredos mais profundos do Universo, porque, por vezes, o que parece ser um silêncio absoluto esconde o eco mais revelador. Referência da notíciaPath to an exact WKB analysis of black hole quasinormal modes. Taiga Miyachi, Ryo Namba, Hidetoshi Omiya, Naritaka Oshita. Phys. Rev. D 111, 124045. Published 24 June, 2025.

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Temperaturas permanecem elevadas nesta quarta-feira, mas espera-se um abrandamento do calor extremo nos próximos dias

Portugal registará nesta quarta-feira, 6 de agosto, temperaturas máximas até 40 ºC no interior Norte e Centro. Apesar de ligeiro alívio no litoral, mantém-se o alerta devido ao risco elevado de incêndios e alguma incerteza para os próximos dias.Mais informação: Amanhã, 6 de agosto, serão atingidos 40 ºC nestes 4 distritos: consulte-os aqui!Portugal continental encara nesta quarta-feira, 6 de agosto, mais um dia marcado por temperaturas extremamente elevadas, particularmente no interior Norte e Centro, onde quatro distritos poderão atingir valores de 40 ºC. Apesar da previsão de ligeira descida térmica em algumas áreas litorais, o calor persistirá com intensidade nas áreas mais afetadas por esta onda de calor prolongada.Persistência da onda de calor em Portugal, com temperaturas até 40 ºC no interior Norte e CentroO calor abrasador resulta da combinação entre um anticiclone localizado a norte do arquipélago dos Açores, estendendo-se até ao Golfo da Biscaia, e uma depressão térmica proveniente do Norte de África, que tem trazido uma massa de ar tropical continental, quente e seca, para a Península Ibérica. Este fenómeno também está associado ao transporte de poeiras do deserto do Saara, que conferirão uma tonalidade esbranquiçada ao céu.Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações.A situação mantém-se particularmente grave nos distritos de Vila Real, Bragança, Viseu e Guarda, que estarão sob aviso laranja devido à persistência de temperaturas máximas elevadas. Nestas regiões, localidades como Pinhão (Vila Real), Mirandela (Bragança), Vila Nova de Foz Côa (Guarda) e Folgosa (Viseu) destacam-se por registarem os valores mais elevados, que poderão alcançar os 40 ºC durante esta quarta-feira. Dez distritos mantêm também o alerta amarelo devido à persistência de temperaturas elevadas.Quatro distritos mantêm o alerta laranja devido à manutenção de temperaturas muito elevadas, designadamente os distritos de Vila Real, Bragança, Viseu e Guarda.O calor extremo e as condições atmosféricas secas elevam significativamente o risco de incêndios florestais, pelo que o estado de alerta decretado pelo Governo permanecerá em vigor pelo menos até quinta-feira, 7 de agosto. As autoridades reforçam apelos à população para adotar comportamentos preventivos, especialmente em áreas rurais e florestais, evitando atividades de risco e garantindo hidratação e proteção solar adequada.No litoral Oeste, especialmente a sul do Cabo Carvoeiro, a previsão é de céu parcialmente nublado até ao final da manhã e novamente ao fim da tarde, proporcionando um ligeiro alívio térmico. Contudo, as temperaturas máximas continuam significativamente acima da média habitual para esta época do ano, até 12 ºC superiores aos valores climatológicos de referência.Humidade em ascensão poderá trazer neblinas ao litoral, mas calor extremo persiste no interiorNa quinta-feira, 7 de agosto, prevê-se um aumento significativo da humidade relativa do ar em grande parte do país, especialmente durante a manhã. Este aumento de humidade trará mais nuvens, neblinas e eventualmente chuvisco (morrinha), particularmente no litoral e em áreas de vale. Porém, no interior Norte, o alívio térmico será mínimo, com temperaturas ainda próximas dos 40 ºC.Para esta quinta-feira, verifica-se uma redução das temperaturas em território nacional, embora se mantenham temperaturas muito elevadas e com anomalias de temperatura positivas até 10 ºCNos Açores, a previsão é de tempo húmido e abafado, com ocorrência de aguaceiros fracos a moderados e nevoeiros pontuais. Já na Madeira, espera-se céu limpo ou pouco nublado, com vento fraco e temperaturas estáveis, proporcionando condições típicas de verão.As previsões meteorológicas para o final da semana continuam incertas devido à influência do ciclone Dexter no Atlântico. Este fenómeno poderá intensificar novamente o anticiclone, prolongando o calor extremo em Portugal continental ou, por outro lado, induzir uma mudança significativa, trazendo temperaturas mais amenas.Artigo relacionadoCalor tórrido, incêndios e poeiras impactam saúde pública em Portugal: eis as regiões mais expostas até dia 7 de agostoEnquanto a incerteza permanece, é essencial acompanhar regularmente as atualizações meteorológicas, especialmente para residentes das regiões interiores, onde as condições de calor extremo poderão manter-se prolongadamente.Até lá, as recomendações são claras: evitar exposição prolongada ao sol, manter-se hidratado e seguir atentamente as orientações das autoridades para minimizar o risco de incêndios e problemas de saúde relacionados com o calor excessivo.

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Humanos têm os mesmos genes dos animais que hibernam e isso pode revolucionar tratamento de doenças

Estudo de geneticistas americanos sugere que os genes das espécies hibernantes estão adormecidos dentro de nós. Se desvendarmos como atuam, poderemos vir a curar patologias como diabetes ou AlzheimerA hibernação é um estado fisiológico complexo, envolvendo uma série de alterações genéticas e metabólicas. Fotos: CanvaPara sobreviver durante meses sem comida nem água, os animais que hibernam ultrapassam todas as fronteiras da biologia. Os seus músculos não atrofiam, a temperatura do corpo cai para próximo do zero, enquanto o cérebro e o metabolismo desaceleram drasticamente. Apesar das bruscas alterações, estas espécies são capazes de conservar a sua saúde e, ainda mais espantoso, recuperar de condições que se assemelham a doenças humanas, como Alzheimer, AVC ou diabetes.Essas habilidades há muito fascinam os investigadores, mas, até hoje, ninguém tinha perguntado se também nós, os humanos, poderíamos fazer o mesmo. Essa é a hipótese que uma equipa de investigadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, colocou agora em cima da mesa.O estudo publicado na Science revelou que regiões do DNA relacionadas à capacidade de hibernar também estão presentes no DNA humano. Foto: CanvaO estudo publicado na revista Science sugere que, embora oculta no nosso organismo, também nós carregamos essa resiliência no nosso DNA. Ou seja, os genes que alimentam a hibernação e que, até agora pareciam ser exclusivos do reino animal e vegetal, podem estar, afinal, adormecidos dentro de nós. Compreender e desvendar os seus mecanismos pode vir a representar um passo revolucionário no tratamento de doenças crónicas e neurodegenerativas.Anatomia da hibernaçãoPara desmontar a engrenagem da hibernação, os cientistas focaram-se num cluster de genes FTO (do inglês fat mass and obesity associated– associado à massa gorda e obesidade). Os animais que hibernam usam-no para controlar o armazenamento de gordura e energia durante o inverno.Para nós, humanos, essa sequência específica do DNA é um fator de risco genético mais forte para a obesidade. Nos animais que hibernam, contudo, essa região serve para ativar ou desativar a atividade dos genes. Artigo relacionadoPor que hibernam os animais e as plantas? A ciência concluiu que se trata, afinal, de um ato de pura bondadeO que estes controladores fazem não é alterar os genes em si. Em vez disso, regulam o seu comportamento, atuando como um maestro que, diante de uma orquestra de músicos, ajusta o volume e a intensidade dos instrumentos.São essas regiões não codificantes que ajudam os seres hibernantes a ganhar peso antes do inverno e a queimar gordura de forma eficiente enquanto dormem. Ao inserir os clusters de genes FTO no DNA de ratinhos, os resultados mostraram que alguns ganharam ou perderam peso consoante a dieta a que foram sujeitos. Outros apresentaram ainda alterações na recuperação da temperatura corporal ou no metabolismo.Os genes da obesidade (FTO), que os humanos também possuem, são usados pelos animais hibernantes para controlar o armazenamento de gordura e de energia durante o inverno. Foto: Canva"Quando eliminamos um dos elementos nessa pequena e aparentemente insignificante região do DNA, a atividade de centenas de genes muda", explicou Susan Steinwand, coautora do estudo, citada no comunicado da Universidade de Utah.Os desinibidores do metabolismoEsses reguladores de DNA não criam genes. Em vez disso, removem os bloqueios que limitam a flexibilidade do metabolismo. Os cientistas desconfiam que os animais hibernantes podem ter evoluído para perder este tipo de restrições. A capacidade permite-lhes alternar facilmente entre os estados de vigília e de inatividade. Se nós também conseguíssemos regular esses genes, poderíamos superar doenças como o diabetes tipo 2 da mesma forma, aliás, que estas espécies despertam da hibernação e regressam a um estado metabólico normal.A principal diferença entre humanos e animais hibernantes pode estar, então, na forma como este conjunto de genes é regulado. Essa habilidade poderá também significar que poderemos, um dia, ajustar o nosso metabolismo de formas semelhantes. Adaptação biológicaPara encontrar essas pistas genéticas, a equipa de geneticistas procurou primeiro as regiões de DNA que permaneceram estáveis na maioria dos mamíferos por mais de 100 milhões de anos, mas que revelaram mudanças recentes e drásticas em espécies que hibernam. Há forte indícios de que essas alterações repentinas no DNA são resultado de adaptações específicas ao comportamento de hibernação. Com esses clusters de genes identificados, os investigadores estudaram, de seguida, ratinhos em jejum. A abstinência reflete certas condições biológicas observadas na hibernação, incluindo a redução da ingestão de energia e o metabolismo mais lento. A privação de alimentos desencadeia uma cascata complexa de atividade genética. A equipa identificou os genes ativados ou desativados durante esse período e mapeou aqueles denominados de “centrais” e que são responsáveis por ajustar as redes regulatórias genéticas mais amplas. Para entender os processos biológicos da hibernação, os geneticistas testaram os genes que aumentam ou diminuem durante o jejum em ratinhos, desencadeando alterações metabólicas semelhantes à hibernação. Foto: Adobe StockMuitas regiões alteradas em seres hibernantes, curiosamente, estavam localizadas perto desses genes centrais. Essas sobreposições indicam que as mudanças evolutivas podem ter modificado os interruptores de controle genético para suportar a hibernação. Esses elementos regulatórios identificados parecem ser cruciais para coordenar funções metabólicas e neurológicas e, segundo os autores do estudo, são agora alvos-chave para futuras investigações genéticas.Aprender com os animaisEm vez de inventar novas características, a evolução em animais hibernantes pode ter quebrado bloqueios metabólicos. Embora os humanos não tenham ainda esses bloqueios, os seus genes possuem as mesmas ferramentas básicas.Significa isto que, tendo uma estrutura genética idêntica a destas espécies, só precisamos identificar os interruptores de controle para ativar essas características típicas dos animais que hibernam. Os humanos possuem as mesmas ferramentas genéticas básicas que os animais hibernantes, mas a ciência tem ainda de descobrir como podem ser usadas para controlar o metabolismo. Fotos: CanvaAs descobertas podem vir a ser um ponto de partida para novas investigações, abrindo inúmeras possibilidades para a medicina e para a genética. Se identificarmos e aproveitarmos esses interruptores regulatórios, poderemos encontrar novas formas de os humanos sobreviverem ao stress metabólico extremo, reverter o declínio relacionado com o envelhecimento ou tratar doenças crónicas.Artigo relacionadoHibernação tardia origina ataques de ursos no JapãoCompreender os processos genéticos ligados à hibernação poderá, como tal, ser uma oportunidade para encontrar novas abordagens no tratamento de doenças degenerativas e metabólicas. Se estes mecanismos estão ocultos no genoma humano, temos então de encontrar formas de ativá-los e aprender com os hibernantes a melhorar a nossa própria saúde.Referência da notíciaSusan Steinwand, Cornelia Stacher Hörndli, Elliott Ferris, Jared Emery, Josue D. Gonzalez Murcia, Adriana Cristina Rodriguez, Riley J. Spotswood, Amandine Chaix, Alun Thomas, Crystal Davey & Christopher Gregg. Conserved noncoding cis elements associated with hibernation modulate metabolic and behavioral adaptations in mice. Science

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Inventário multitemporal revela a importância dos glaciares da Ilha Heard nas últimas décadas

Estudo apresenta um inventário glaciológico multitemporal da Ilha Heard, uma remota ilha vulcânica subantártica localizada no sul do Oceano Índico. Saiba mais aqui sobre a sua importância!Localiza-se no sul do Oceano Índico, a cerca de 4.000 km da Austrália e 1.500 km da Antártida. É extremamente isolada e difícil de aceder.Este estudo apresenta um inventário glaciológico multitemporal da Ilha Heard, uma remota ilha vulcânica subantártica localizada no sul do Oceano Índico, revelando um recuo acelerado dos seus glaciares ao longo das últimas sete décadas. A investigação baseia-se na cartografia manual de glaciares com base em mapas topográficos de grande escala (1:50.000) datados de 1947, imagens de satélite SPOT (1988) e Pléiades (2019), bem como modelos digitais de elevação (DEM) ASTER e Pléiades.Qual a área total dos glaciares?A área total dos glaciares da Ilha Heard diminuiu de 289,4 ± 6,1 km² em 1947 para 260,3 ± 6,3 km² em 1988 e para 225,7 ± 4,2 km² em 2019, representando uma redução global de 22% entre 1947 e 2019. A taxa anual de perda de área glaciária quase duplicou, passando de −0,25% por ano (1947–1988) para −0,43% por ano (1988–2019). As maiores taxas de recuo ocorreram nos glaciares voltados a leste, particularmente o glaciar Stephenson, cujo recuo frontal de cerca de 5,8 km resultou na formação de uma grande lagoa proglaciária.Foi classificada em 1997, tanto pela sua biodiversidade única como pelas suas características geológicas e glaciológicas pouco perturbadas.Simultaneamente, observou-se um aumento substancial da cobertura superficial de detritos, que passou de 7,0% ± 6,0% em 1988 para 12,8% ± 5,5% em 2019, com a cota máxima desta cobertura a subir de 285 ± 20 m para 605 ± 20 m acima do nível médio do mar. Este fenómeno poderá estar associado à acumulação de material rochoso proveniente de processos gravíticos e/ou à deposição de matéria de origem vulcânica.A análise topográfica revelou que os glaciares de menor dimensão e menor altitude, localizados na Península Laurens, sofreram as maiores perdas relativas de área (cerca de 79%), devido à sua maior vulnerabilidade às alterações climáticas e à menor capacidade de armazenamento de massa de gelo.Séries climáticasEmbora não existam séries climáticas completas para a Ilha Heard, os dados de reanálise atmosférica ERA5 indicam um aumento de temperatura de cerca de 0,7 °C entre 1947 e 2019, particularmente desde a década de 1980.Esta tendência coincide com a aceleração do recuo glaciário observado e está alinhada com os padrões de aquecimento registados noutras regiões subantárticas, como as Ilhas Kerguelen. A resposta dos glaciares da Ilha Heard ao aquecimento atmosférico é típica de sistemas glaciários marítimos, caracterizados por elevada sensibilidade térmica e elevada precipitação, frequentemente sob forma de chuva em vez de neve.Um glaciar pode avançar alguns centímetros ou metros por dia. No entanto, alguns registaram movimentos súbitos chamados de "surges", com velocidades de vários metros por hora.O estudo comparou também os seus resultados com inventários glaciológicos anteriores (como os do GLIMS e RGI v6/v7), verificando inconsistências significativas na delimitação das margens glaciárias, sobretudo nos glaciares orientados a leste. O novo inventário corrige esses erros através de delineação manual precisa, constituindo um contributo valioso para estudos futuros.Adicionalmente, a formação e expansão de lagos proglaciares foi identificada como um importante acelerador do recuo glaciário, intensificando os processos de calving e de fusão subaquática. O caso do glaciar Stephenson exemplifica esta dinâmica, sendo o que apresentou o recuo mais acentuado em toda a ilha.No plano ecológico e de conservação, o estudo salienta que o recuo dos glaciares na Ilha Heard poderá ter impactos relevantes sobre os ecossistemas isolados da ilha, promovendo a ligação de habitats antes separados e facilitando a colonização por espécies generalistas, com potenciais implicações para a biodiversidade endémica.Artigo relacionadoDescoberto o glaciar mais antigo da Europa: um arquivo climático natural com 12 000 anos encontrado nos Alpes francesesO inventário glaciológico aqui apresentado fornece dados fundamentais para compreender a evolução dos glaciares da Ilha Heard no contexto das alterações climáticas globais. Com a disponibilização pública dos dados no repositório GLIMS, esta investigação contribuirá para o avanço da modelação glaciológica, estudos de balanço de massa, avaliação de riscos naturais e planeamento de estratégias de conservação em regiões polares e subantárticas.Referência da notícia: Tielidze, L. G., Mackintosh, A. N., and Yang, W.: Glacier inventories reveal an acceleration of Heard Island glacier loss over recent decades, The Cryosphere, 19, 2677–2694, https://doi.org/10.5194/tc-19-2677-2025, 2025.

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Os desertos mais impressionantes do planeta: silêncio, dunas e céu estrelado

Os desertos do mundo são muito mais do que areia e calor: são paisagens extremas onde o silêncio, a admiração e a possibilidade de observar um céu estrelado sem paralelo ganham o dia.Os desertos são uma atração turística, embora muitos não pensem assim.Quando imaginamos um deserto, pensamos normalmente num mar interminável de areia sob um sol escaldante, mas, na realidade, eles são muito mais variados e surpreendentes do que possa pensar.Longe de serem espaços vazios, estes lugares guardam um segredo que cativa todos os que neles se aventuram e, a seguir, vamos explicar-lhe alguns dos desertos mais impressionantes do planeta, onde reina o silêncio, as dunas dançam ao vento e o céu noturno oferece um espetáculo de estrelas sem paralelo. Deserto do Saara, África: o gigante da areiaO deserto mais famoso do mundo e o terceiro maior do planeta depois da Antárctida e do Ártico, o Saara estende-se por 9 milhões de km² e abrange vários países do Norte de África. | Un lago surgió en el desierto del Sáhara, cerca de Merzouga, sorprendiendo a residentes y turistas. La nueva masa de agua, rodeada de dunas y palmeras, ha captado la atención de numerosos visitantes. La región, ubicada en la provincia de Errachidia, recibió la mitad de su pic.twitter.com/wS7BCTCWth— Mundo en Conflicto (@MundoEConflicto) October 15, 2024As suas paisagens são tão variadas como deslumbrantes: dunas douradas, montanhas rochosas, oásis verdes e céus limpos que se transformam num planetário natural à noite.Artigo relacionadoEm chamas, engolida pelo deserto e parada no tempo. Conheça as cidades fantasmas mais intrigantes do mundoA sua vastidão e beleza tornam-no um destino obrigatório para os viajantes que procuram uma experiência única no meio do nada.Deserto de Atacama, Chile: o deserto mais seco do mundoO Deserto do Atacama é considerado o lugar mais seco da Terra, com áreas onde não chove há séculos. No entanto, é um território vibrante para os sentidos com o seu solo avermelhado, formações salinas e vales lunares, tornando-o quase uma paisagem alienígena. As paisagens extraterrestres do deserto de Atacama. Em noites claras, o céu parece uma tapeçaria infinita de estrelas e constelações, razão pela qual alberga alguns dos mais importantes observatórios do mundo. Wadi Rum, JordâniaTambém conhecido como o Vale da Lua, este deserto é famoso pelas suas formações rochosas avermelhadas e pelo seu valor histórico - foi o cenário das façanhas de Lawrence da Arábia e, mais recentemente, de filmes como The Martian ou Dune. Wadi Rum, Jordania pic.twitter.com/304fN6LMxZ— Sertumore Viajes ️ (@sertumore) December 7, 2024 E dormir num acampamento beduíno enquanto contempla a Via Láctea a partir deste canto do planeta é uma experiência inesquecível.Deserto do Namibe, Namíbia: dunas que chegam ao oceanoO Namibe é um dos desertos mais antigos do planeta, com mais de 55 milhões de anos, e as suas dunas cor de laranja, algumas das mais altas do mundo, contrastam de forma espetacular com o azul do Oceano Atlântico. Os contrastes entre a areia e o mar no deserto do Namibe.A sua fauna adaptada ao deserto, como o órix ou os escaravelhos que captam água do nevoeiro, mostra como a vida pode prosperar mesmo nas condições mais extremas.Deserto de Gobi, Mongólia e China Nem todos os desertos são quentes, mas o Gobi é uma exceção: é um deserto frio, onde as temperaturas podem descer drasticamente durante a noite. Formações espetaculares no deserto de Gobi.Este deserto é composto por estepes, rochas e algumas dunas, e alberga fósseis de dinossauros, camelos selvagens e uma rica história nómada, o que lhe confere uma paisagem austera.

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Os mais belos parques de campismo do mundo: durma entre árvores, glaciares ou junto ao mar

Estes 6 parques de campismo internacionais oferecem experiências alucinantes: paisagens de cortar a respiração, atividades únicas e estadias originais que o farão esquecer qualquer hotel. Isto é aventura na natureza.Existem locais perfeitos para acampar em todo o mundo: florestas silenciosas, praias ao nascer do sol e experiências selvagens, tudo em parques de campismo concebidos para cada preferência.Dormir sob as estrelas, respirar ar puro e conviver com o ambiente são algumas das razões pelas quais milhares de pessoas optam por acampar. Mas fazê-lo bem significa escolher um local especial, onde a paisagem e as oportunidades de lazer fazem a diferença. Não se trata apenas de improvisar uma tenda e fazer uma fogueira, mas de se integrar totalmente num cenário natural que tem tudo: beleza, fauna, percursos para explorar... E se houver praia, melhor ainda.Felizmente, há lugares em todo o mundo onde acampar é um ótimo plano. Quer prefira o silêncio de uma floresta, quer sonhe com o nascer do sol junto ao mar ou com uma experiência selvagem, existem belos parques de campismo prontos a responder a todas as suas expectativas.Tamarit Beach Resort, Tarragona: mar, castelos e atividades ininterruptasNo coração da Costa Dourada e a dois passos da cidade de Tarragona, este resort é muito mais do que um parque de campismo. Aqui, o Mediterrâneo é o protagonista, e não só por estar junto à praia, mas também pelas atividades que pode praticar: do paddle surf ao tai chi junto à água. Para além de ser considerado um dos melhores parques de campismo do mundo, o Tamarit Beach Resort também se pode gabar de ser um dos mais bonitos. Imagem: Tamarit Beach Resort.Os mais pequenos divertem-se à grande com espetáculos temáticos e ateliers diários organizados por uma equipa de animação que não pára. Como se não bastasse, o restaurante do hotel dispõe de um terraço com vista privilegiada para o castelo de Tamarit, perfeito para terminar o dia com um jantar inesquecível. Ideal para quem procura umas férias ativas junto ao mar.Ca' Pasquali Village, Itália: um clássico familiar de frente para o mar AdriáticoNa península de Cavallino-Treporti, perto de Veneza, esconde-se um verdadeiro oásis de férias. Este parque de campismo fica literalmente em frente à praia e o seu acesso direto ao mar faz dele um favorito para quem viaja com crianças.Para além de se situar numa das zonas mais bonitas de Itália, o parque de campismo Ca' Pasquali Village é perfeito para famílias. Veja a imagem: Aldeia Ca' Pasquali.O local tem tudo: parque aquático, piscinas, jogos ao ar livre, bons restaurantes e até alojamentos alternativos, como bungalows e casas móveis.Artigo relacionadoMelhor parque de campismo de Portugal? Descobrimos onde fica e é (ainda) melhor do que imaginaAqui não vem apenas para descansar, mas também para despertar os seus sentidos: a vista para o Adriático, o cheiro do pinhal, a areia entre os seus dedos dos pés e os sabores intensos da cozinha italiana fazem deste lugar uma experiência total.Gryta Camping, Noruega: a natureza em grande estilo nos fiordesEm Olden, uma pequena aldeia no oeste da Noruega, encontrará um dos parques de campismo mais deslumbrantes do planeta. Mesmo nas margens do lago com o mesmo nome, com o glaciar Briksdal como pano de fundo, o Gryta Camping é um destino que atrai os viajantes em busca de calma e da natureza na sua forma mais pura. Em Olden, na Noruega, o Gryta Camping oferece vistas espetaculares sobre o lago e o Glaciar Briksdal. Um destino ideal para quem procura paz e sossego e a natureza na sua forma mais pura. Imagem: Gryta Camping.O parque de campismo oferece uma mistura de serviços funcionais (wifi, restaurante, aluguer de bicicletas e cabanas) e planos ao ar livre. Além disso, o pessoal, especialista na zona, dá-lhe conselhos fundamentais para fazer excursões inesquecíveis. É perfeito para aqueles que querem desligar-se do mundo sem renunciar a algum conforto.Verde Ranch RV Resort, Arizona: aventura ao estilo americano A menos de duas horas de Phoenix, no meio do deserto do Arizona, encontra-se este espetacular resort para caravanas e cabanas. Foi escolhido como o melhor dos Estados Unidos em 2025, e não admira: combina ambiente, serviços e estilo em doses perfeitas.O Verde Ranch RV Resort, no Arizona, foi eleito o melhor parque de campismo da América em 2025. Imagem: Verde Ranch RV Resort.O resort tem uma piscina, escorregas aquáticos, áreas comuns e um ambiente ideal tanto para estadias curtas como para estadias mais longas. A partir daqui, é fácil explorar a área ou simplesmente relaxar enquanto ouve o silêncio do deserto. Um lugar que redefine o significado de acampar em solo americano.Willow Wood Camping, no coração da AustráliaO Willow Wood Glamping Retreat está localizado em Broadwater, na região da Austrália Ocidental, e é um verdadeiro parque de campismo de luxo. Pode ficar numa das suas tendas topo de gama, desfrutando da tranquilidade e da natureza na maravilhosa Reserva Natural de Ambergate.O Willow Wood Glamping Retreat na Austrália, no coração da Reserva Natural de Ambergate, é o retiro perfeito para descontrair e desfrutar da natureza. Imagem: Willow Wood Glamping Retreat.Enquanto passeia por este parque de campismo de luxo, poderá contemplar uma grande fauna que vai desde vacas peculiares a uma grande variedade de aves e, claro, os tradicionais cangurus.Artigo relacionadoGelo e fogo: prepare-se para uma jornada inesquecível pela nova rota da IslândiaOutro excelente plano deste luxuoso parque de campismo é o seu exclusivo Spa, onde apenas são utilizados produtos orgânicos feitos pelos aborígenes.África Safari Serengeti Ikoma Camping: no meio da natureza selvagem africanaQuer sentir-se como Meryl Streep em “África Minha”? Então o Africa Safari Serengeti Ikoma Camping é o local ideal para si. Localizado a 47 km do Parque Nacional Serengeti, na Tanzânia. Este parque de campismo oferece acomodações confortáveis, bem equipadas e variadas, com áreas de campismo, tendas de safari ou quartos confortáveis. Tudo numa área de conservação gerida pela Autoridade da Vida Selvagem da Tanzânia (TAWA). África Safari Serengeti O Ikoma Camping, junto ao Parque Nacional do Serengeti, é um dos mais belos parques de campismo do mundo. Veja a imagem: África Safari Serengeti Ikoma Camping.Estrategicamente localizado entre as reservas Serengeti de Seronera, Grumeti e Ikorongo, é a base ideal para explorar o Serengeti e desfrutar de tudo o que um dos maiores parques nacionais do país tem para oferecer. Artigo relacionadoFoi descoberta uma bolha gigante de rocha incandescente sob África que poderá dividir o continenteGraças à sua proximidade com o rio Grumeti, o Africa Safari Serengeti Ikoma tem uma presença abundante de vida selvagem nos seus arredores e, durante vários meses do ano, é uma testemunha privilegiada da passagem da Grande Migração.

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Os 5 melhores hotéis novos do mundo segundo a revista Traveler

Descubra cinco dos melhores hotéis que abriram recentemente e ganharam prémios da Traveler's Hot List. Estão a redefinir como e onde vale a pena viajar.O Atzaró Okavango, no Botswana, é um dos 60 alojamentos incluídos na Traveler's Host List das melhores aberturas de hotéis dos últimos doze meses. Imagem: Hotel Atzaró OkavangoJá não basta ter uma boa cama e um mini-bar. Os hotéis que importam hoje são lugares com alma, com uma proposta, com aquela faísca que faz do alojamento a verdadeira viagem. E é exatamente isso que a prestigiada Hot List da revista Traveler celebra todos os anos, onde são premiadas as melhores aberturas de novos hotéis do planeta.Na sua edição de 2025, a lista inclui as 60 melhores aberturas de hotéis dos últimos doze meses. Selecionámos cinco destes hotéis que se destacam não só pela sua arquitetura ou localização, mas também porque conseguiram captar o espírito do seu ambiente e transformá-lo numa experiência. Por isso, se está a pensar na sua próxima viagem, talvez a chave não esteja no destino, mas no hotel.Um sopro de arte e de calma em Madrid: Casa de las Artes A capital espanhola está a acrescentar uma nova referência de luxo com carácter: a Casa de las Artes, um hotel onde dormir é apenas o começo. Premiado na Hot List 2025, este espaço ocupa um antigo edifício de estilo clássico no vibrante Barrio de las Letras e transforma-o numa homenagem à cultura, ao design e à história de Madrid. O Hotel Casa de las Artes está repleto de referências literárias e de referências aos grandes nomes da arte espanhola. Veja a imagem: Hotel Casa de las Artes.Cada quarto foi concebido como uma pequena galeria, com referências literárias e referências aos grandes nomes da arte espanhola. Mas não é um museu: é acolhedor, elegante e cheio de pormenores que tornam a sua estadia especial.O restaurante do hotel oferece pratos que reinterpretam as tapas tradicionais sem cair no típico, e a sua pequena sala de cinema já se tornou um dos segredos mais bem guardados do centro. A Casa de las Artes não é apenas um hotel premiado, é um local onde a cidade respira de forma diferente.Viena perde o espartilho clássico com o The HoxtonNuma cidade famosa pela sua solenidade barroca, The Hoxton foi premiado na Hot List por trazer ar fresco e um toque rebelde à cena hoteleira vienense. Em vez de tentar misturar-se com a pompa local, este hotel adopta uma estética de meados do século com uma personalidade própria, ocupando o que foi outrora um edifício administrativo. O Hoxton foi reconhecido na Hot List por ter renovado a cena hoteleira de Viena com uma nova abordagem e um certo toque irreverente. Veja a imagem: Hotel The Hoxton. Agora, este espaço é puro estilo: sofás retro, terraços que ganham vida com os primeiros raios de sol e um rooftop (espaço no topo de um edifício) que parece saído de um postal das Caraíbas. Cocktails com vista, uma piscina e uma energia que o deixa viciado. O hotel não se gaba, simplesmente convence. A sua atmosfera informal, mas bem cuidada, seduziu tanto os locais como os visitantes. Um exemplo claro de como inovar sem perder o respeito pela cidade.Costa del Sol sem clichés: o refúgio mediterrânico do Fairmont La HaciendaUm dos nomes mais poderosos desta Hot List 2025 é o Fairmont La Hacienda, em San Roque, Cádis. Um resort gigantesco, sim, mas concebido ao milímetro para se integrar na paisagem e oferecer mais do que apenas sol e piscina. O Fairmont La Hacienda Hotel é um resort em grande escala, mas concebido com precisão para se misturar com os seus arredores e oferecer muito mais do que sol e piscina. Veja a imagem: Fairmont La Hacienda Hotel.Não há aqui qualquer vestígio de turismo de massas. Em vez disso, há villas com piscinas privadas, praias tranquilas, trilhos para caminhadas e até excursões para observação de golfinhos. Tudo com uma estética que mistura pedra, madeira e tons de terra, num claro compromisso com o natural.A cozinha tem a assinatura de um chef com estrela Michelin, mas sem cair no snobismo. Pratos saborosos, confeccionados com produtos da época, para partilhar enquanto olha para o mar. Este é o tipo de hotel que não precisa de gritar para se destacar.Bali por dentro: Anantara Ubud e a sua ligação à ilhaEntre os destinos premiados pela Hot List deste ano, o hotel Anantara Ubud Bali destaca-se por se afastar da imagem pré-fabricada da ilha. Este resort procura deslumbrar não com o óbvio, mas com o profundo: experiências reais, contacto com a comunidade e uma localização que parece suspensa entre a selva e o céu.O Alonantara Ubud Bali tem tudo a ver com autenticidade: experiências genuínas, ligações com a comunidade local e um ambiente natural espetacular. Imagem: Hotel Anantara Ubud Bali.Cada bungalow integra-se na montanha como se já lá estivesse há séculos. A partir deles, a vista é de arrozais, templos e paisagens verdes sem fim. Mas é o que acontece fora do quarto que é mais valioso: visitas guiadas a aldeias escondidas, autênticos rituais hindus e conversas que deixam uma impressão duradoura.A Hot List 2025 das melhores aberturas de hotéis é compilada por jornalistas de todas as edições da Condé Nast Traveler em todo o mundo.O luxo aqui é o silêncio, a natureza e a oportunidade de ver Bali como nunca antes. É por isso que está entre as escolhas de 2025. Dormir no meio da savana: o Atzaró Okavango muda tudo Há hotéis e experiências que beiram a ficção. O Atzaró Okavango, no Botswana, foi um dos mais aplaudidos nesta edição da Hot List, e com razão. Imagine um acampamento de safári com design requintado, piscina infinita, comida internacional e atenção aos detalhes, quase artesanal. Tudo isso, rodeado de elefantes, leões e céus impossíveis. O Hotel Atzaró Okavango fá-lo-á sentir-se como os protagonistas do filme “África Minha”. Veja a imagem: Hotel Atzaró Okavango.Não é fácil lá chegar - tem de chegar de helicóptero ou depois de longas horas de condução ao longo de um trilho - mas é isso que o torna tão único. As doze suites, distribuídas como se fizessem parte do ecossistema, oferecem-lhe privacidade e vistas inigualáveis.O ambiente é selvagem, mas o interior foi pensado até ao último milímetro. Do ioga ao nascer do sol às massagens com óleos locais, passando por jantares com produtos de África e da Ásia, este hotel prova que o luxo pode ser vivido mesmo no meio do paraíso mais remoto.Cada um destes cinco hotéis foi selecionado para a Traveler's Hot List 2025 por algo que vai para além da estética ou da localização. São espaços que o convidam a demorar-se, a sentir e a descobrir. Não são apenas quartos bonitos: são experiências que fazem a diferença.

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Compilação dos acidentes lunares dos astronautas: a NASA não devia orgulhar-se disto

Os 12 seres humanos que caminharam na Lua enfrentaram grandes desafios. Um deles era a baixa gravidade do nosso satélite natural, o que tornava difícil andar lá em cima.Pequenos passos para estes 12 astronautas, saltos gigantescos para a Humanidade. No passado dia 20 de julho assinalou-se o 56º aniversário do momento histórico em que o Homem pisou a Lua pela primeira vez. Neil Armstrong marcou um ponto de viragem ao dar “um pequeno passo para o homem, um salto gigante para a humanidade”. Desde esse feito, em 1969, 11 outros astronautas também pisaram a superfície lunar, perfazendo um total de 12 pioneiros que deixaram a sua marca no nosso satélite natural.Por detrás da glória de chegar à Lua, os astronautas também tropeçaram, caíram e até se riram de si próprios. Em condições de baixa gravidade e com fatos desconfortáveis, cada passo foi um desafio. Estas cenas inesperadas recordam-nos que até os heróis podem perder o equilíbrio... e continuar a andar! Bloopers from NASA showing astronauts losing their footing while walking on the moon pic.twitter.com/Dpj4UXYfXT Latest in space (@latestinspace) July 21, 2025A deslocação na superfície lunar coloca um conjunto único de desafios físicos e operacionais. As condições ambientais exigem uma aclimatação constante do corpo humano e dos sistemas de suporte de vida. Os astronautas da Apollo foram documentados a tropeçar, cair e rir enquanto tentavam caminhar ou trabalhar na superfície lunar. Apesar de humorísticas, estas cenas são completamente reais e revelam o quão difícil era deslocar-se na Lua: quanto menor a gravidade, mais difícil era.Menos gravidade, mais dificuldadeA gravidade na Lua é de 1,6 m/s2, seis vezes menos do que na Terra, pelo que cada passo é complexo. Os movimentos tornam-se mais parecidos com saltos do que com passos, o corpo responde com maior inércia, os fatos espaciais dificultam a mobilidade e o terreno irregular, coberto de poeira solta, aumenta o risco de escorregar ou perder o equilíbrio.O que é a gravidade? A gravidade é uma força de atração entre dois corpos com massa. É a razão pela qual os planetas orbitam o Sol, a Lua gira à volta da Terra e os objetos caem no chão quando são libertados.Os astronautas pesavam muito menos, mas a sua massa (inércia) continuava a ser a mesma. Como resultado, tinham mais dificuldade em parar quando começavam a mover-se. Também perdiam facilmente o equilíbrio quando mudavam de direção, e os seus movimentos eram mais bruscos e menos precisos.Outras razões que explicam as quedas A falta de experiência motora naquele ambiente tornou as quedas comuns, apesar do intenso treino a que os exploradores espaciais foram submetidos. Não existia uma forma “correta” ou natural de caminhar na Lua: os astronautas improvisavam com saltos, passadas largas e técnicas que iam testando ao longo do tempo. De facto, com o tempo, desenvolveram uma forma eficiente chamada “bunny hop”, que lhes dava maior estabilidade. Artigo relacionadoNovo telescópio da NASA prevê detetar 100 000 explosões cósmicasA superfície da Lua está coberta de regolito, uma poeira fina e solta, muito diferente da da Terra. Esta poeira não se compacta bem, pelo que é fácil escorregar, especialmente em áreas com declives, crateras ou rochas soltas. Na Lua, não há atmosfera, as sombras são muito escuras e não há desfocagem, o que torna difícil avaliar a profundidade ou o relevo do terreno.Os fatos da Apollo, concebidos para proteger contra o vácuo, o calor e a radiação, eram pesados e rígidos. Restringiam os movimentos, dificultavam as curvas e as viragens e complicavam as tarefas manuais.Além disso, a mochila de suporte de vida nas costas alterava o equilíbrio, tornando mais fácil perder a estabilidade quando se deslocava na superfície lunar.As atividades extra-veiculares (EVAs) eram longas e exigentes, com tarefas físicas e técnicas que causavam fadiga, coordenação deficiente e aumento das quedas.Alguns momentos cómicos para a históriaApesar de parecerem vídeos caseiros engraçados, estas cenas mostram a humanidade e a vulnerabilidade dos astronautas. Destacam a complexidade de trabalhar num ambiente alienígena. As quedas faziam parte das expedições, mas os astronautas levavam sempre com humor o facto de caírem, rirem, levantarem-se e continuarem. As quedas eram esperadas e não proibidas, mas evitavam-se impactos que pudessem danificar o fato ou a mochila.Aprenderam a cair com cuidado, usando os braços e os joelhos para não comprometer os componentes vitais do equipamento. Fizeram parte do treino e das lições para melhorar futuros fatos e veículos. Isto é algo que está a ser tido em conta para a próxima visita ao nosso satélite: a missão Artemis III, prevista para setembro de 2026.

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Os castelos medievais mais bonitos do mundo

Levamo-lo numa viagem fantástica pelos castelos medievais mais impressionantes do planeta. Alguns estão em grutas, outros foram concebidos por génios e todos o deixarão de boca aberta.O Alcázar de Segóvia, que data do início do século XII, é um dos castelos medievais mais famosos do mundo e um dos monumentos mais visitados de Espanha.Mais do que simples pedras empilhadas com torres pontiagudas, os castelos são testemunhas silenciosas do passado. Cada um deles guarda segredos, lendas e uma arquitetura que desafia a passagem do tempo. De fortalezas no topo de penhascos a palácios escondidos entre florestas, todos eles têm algo a contar.Na última década, essas construções ganharam ainda mais visibilidade graças a redes como o Instagram, onde perfis especializados acumularam milhares de seguidores mostrando castelos que parecem ter sido tirados de outro mundo. Hoje, damos-lhe a conhecer os castelos medievais mais bonitos, invulgares e fotogénicos que existem. O Alcázar de Segóvia: fortaleza, palácio e prisão real No alto de um promontório rochoso em Castela e Leão, ergue-se um edifício que parece saído de um tabuleiro de xadrez. Embora as suas torres se assemelhem a uma coroa, este castelo foi muito mais do que um bonito postal. O Alcázar de Segóvia serviu de bastião, residência real e prisão estatal. No Alcázar de Segóvia tiveram lugar grandes acontecimentos históricos, como a celebração das Cortes Gerais em 1256 e a proclamação de Isabel I como rainha em 1474.Com estilos arquitectónicos que vão do mudéjar ao gótico, o Alcázar foi palco de monarcas, nobres e revolucionários. Foi declarado Património da Humanidade pela UNESCO e é, sem dúvida, uma das estruturas mais representativas do poder medieval na Península Ibérica.Castelo de Edimburgo: história, atrações e tradição no coração da EscóciaO Castelo de Edimburgo, situado na Colina do Castelo, é o símbolo mais conhecido da capital escocesa. Rodeado por penhascos íngremes em três lados, a sua única entrada é no início da Royal Mile, o que o torna um ponto de partida perfeito para explorar a Cidade Velha. Das suas alturas obtém algumas das vistas mais espetaculares da cidade, atraindo mais de um milhão de visitantes todos os anos. Edinburgh Castle A mighty fortress, the defender of the nation and a world-famous visitor attraction Edinburgh Castle has dominated the skyline for centuries.Edinburgh Castle is a historic castle in Edinburgh, Scotland. pic.twitter.com/RuXlD8qeyu Beyond Daily (@KieuPhan120820) June 6, 2025Entre as suas muitas atracções contam-se o famoso tiro de canhão da uma hora, uma tradição diária desde 1861, e as Honras da Escócia, um dos mais antigos conjuntos de jóias da coroa na Europa. Também digno de nota é a Pedra do Destino, um símbolo ancestral recuperado após séculos de ausência. A Capela de Santa Margarida, o edifício mais antigo de Edimburgo, dá um toque espiritual à fortaleza.Artigo relacionadoDo castelo da Bela Adormecida à torre de Rapunzel: há uma rota na Europa onde os contos de fadas são reais A visita inclui também o impressionante canhão Mons Meg, reconstituições de prisões em tempo de guerra, o Memorial Nacional de Guerra e salas do antigo palácio real. Se tiver mais tempo, pode visitar o Museu da Guerra ou mesmo o pequeno cemitério onde os cães do exército descansam. Castelo de Himeji: a garça branca a voar no céu do JapãoAtravessando continentes, espera-nos uma das mais antigas e bem conservadas fortalezas do Japão. O Castelo de Himeji destaca-se não só pela sua pureza estética, o branco brilhante que lhe dá o nome, mas também pelo seu complexo projeto de defesa. O Castelo de Himeji é uma das estruturas mais antigas do Japão medieval, e ainda sobrevive em muito bom estado.Os seus muitos caminhos emaranhados tornavam quase impossível aos invasores chegarem à torre principal sem se perderem. Declarado Tesouro Nacional, este castelo não foi derrubado por guerras ou terramotos. E isso, no Japão, é dizer alguma coisa.Castelo de Stahleck, Alemanha: um tesouro medieval no RenoErguendo-se a mais de 160 metros de altura num penhasco com vista para o rio Reno, o Castelo de Stahleck é um dos mais encantadores exemplos da arquitetura medieval na Alemanha. As suas origens remontam ao século XII e a sua localização estratégica na região da Renânia-Palatinado conferiu-lhe um papel fundamental na história local."Castillo Stahleck" es un castillo fortificado del siglo XII en el valle superior del Medio Rhin en Bacharach en Renania-Palatinado , Alemania . Se encuentra en un peñasco de aproximadamente 160 m sobre el nivel del mar #YoMeRebelo18O pic.twitter.com/lc9cFIPSjy— Janet (@A30Janet) October 18, 2022Ao longo dos séculos, o castelo foi destruído duas vezes, primeiro em 1666 e depois em 1689, deixando-o em ruínas durante mais de dois séculos. Só em 1926 é que foi meticulosamente reconstruído, respeitando os planos originais para lhe restituir o seu esplendor gótico.Artigo relacionadoO castelo mais antigo da Península Ibérica situa-se na Andaluzia: tem mais de 1000 anos e continua intactoHoje em dia, o Castelo de Stahleck combina história e juventude: alberga uma popular pousada da juventude e recebe visitantes de todo o mundo para admirarem as suas muralhas, desfrutarem das suas vistas panorâmicas e absorverem a atmosfera única deste canto medieval do Reno.Castelo de Ashford: de fortaleza medieval a hotel de luxo na IrlandaNa verdejante Irlanda, muito perto da pequena cidade de Cong, esconde-se um castelo que conseguiu reinventar-se com elegância. O Ashford Castle começou por ser uma fortaleza normanda e acabou por se tornar num dos alojamentos mais exclusivos do país. Os terrenos do Castelo de Ashford, bem como a aldeia vizinha de Cong, serviram de cenário para grande parte do filme “The Quiet Man”, protagonizado por John Wayne....Mantém a essência medieval, mas oferece o conforto do século XXI: quartos luxuosos, cozinha de primeira classe e actividades ao ar livre num cenário idílico. Dormir numa torre aqui não só é possível, como faz parte da experiência.Castelo de Ponferrada: o legado templário que vigia El BierzoNo coração do Caminho de Santiago, o castelo de Ponferrada vigia os peregrinos há séculos. A sua história está ligada aos Templários e, ainda hoje, conserva o ar de mistério que envolve esta ordem.O Castelo de Ponferrada foi construído em 1178 pela Ordem do Templo, tendo sido reconstruído em 1340 por Pedro Fernández de Castro, mordomo de Afonso XI.A sua estrutura, alargada em diferentes fases, é uma viagem em si mesma. Destaca-se a Biblioteca Templária, um espaço único dedicado ao estudo desta enigmática ordem e das fortalezas medievais. Ideal para quem quer aprender enquanto desfruta de uma visita épica. Artigo relacionadoCastelos centenários ameaçados pela subida do nível do mar no Reino UnidoA cortina fecha-se, mas não a história. Cada castelo desta lista é uma janela para outra era, um postal vivo que nos convida a imaginar como era a vida entre muralhas e ameias. Não precisa de ser um amante de História para se deixar cativar pelo seu encanto. Por vezes, só tem de se deixar levar.

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A Revolução silenciosa: como a IA está a mudar a investigação das Ciências Sociais

De acordo com um novo estudo, a inteligência artificial pode afetar a investigação realizada nas ciências sociais. Mas como? Fique aqui a saber mais!As simulações exatas e verificáveis de grandes modelos de linguagem (LLM) de sujeitos de investigação humanos prometem uma fonte de dados acessível para compreender o comportamento humano e treinar novos sistemas de IA.Nos últimos anos, os modelos de linguagem de grande escala (LLMs, na sigla em inglês), como o GPT-4, tornaram-se ferramentas cada vez mais presentes em diversas áreas da investigação científica.Um dos usos emergentes e inovadores desses sistemas ocorre nas ciências sociais, onde investigadores têm começado a utilizar agentes simulados baseados em IA para representar participantes humanos em experiências.Um estudo recente conduzido por investigadores da Universidade de Stanford destaca o potencial e os desafios dessa abordagem.O estudo aponta que modelos de linguagem podem ser programados para simular respostas humanas a questionários, entrevistas e experiências de decisão, atuando como sujeitos virtuais.Isso permite aos cientistas testar hipóteses preliminares, estimar tamanhos de amostra ideais e refinar o desenho experimental antes de envolver participantes reais, reduzindo significativamente custos e tempo de execução.Os investigadores devem dar prioridade ao desenvolvimento de modelos conceptuais e avaliações iterativas para tirar o melhor partido dos novos sistemas de IA.Os investigadores desenvolveram uma arquitetura que permite condicionar modelos de linguagem com perfis baseados em dados reais de entrevistas, permitindo que esses agentes respondam de forma personalizada, refletindo crenças, atitudes e comportamentos de indivíduos específicos.Numa das experiências, os agentes simulados conseguiram prever com 85% de precisão as respostas que os participantes reais dariam duas semanas depois.Esse grau de precisão aproxima-se da consistência interna observada entre respostas humanas ao longo do tempo, sugerindo que, em determinados contextos, os LLMs podem funcionar como uma aproximação válida de sujeitos humanos.Entretanto, a utilização de IA como substituto de seres humanos em experiências comportamentais levanta preocupações metodológicas e éticas importantes.Limitações desafiosUm dos problemas mais citados é a falta de variabilidade nas respostas dos modelos.Enquanto os seres humanos apresentam uma ampla diversidade cognitiva, emocional e cultural, os LLMs tendem a produzir respostas mais homogéneas, influenciadas pela tendência a procurar respostas socialmente desejáveis.Além disso, estudos apontam que, embora os LLMs consigam replicar efeitos principais em experiências clássicas da psicologia com certa precisão, têm desempenho substancialmente inferior na replicação de interações mais complexas entre variáveis.Artigo relacionadoO uso intensivo de chatbots de inteligência artificial atrofia o cérebro humanoIsso indica que, embora úteis para testes preliminares e exploração de ideias, os agentes simulados ainda não são substitutos adequados para a complexidade das experiências humanas.Do ponto de vista ético, o uso de dados pessoais e entrevistas para “alimentar” esses agentes simulados requer atenção especial.Perspetivas futuras para a investigação híbridaO consentimento dos participantes, a proteção da privacidade e a transparência quanto ao uso dos seus dados tornam-se ainda mais relevantes em contextos onde a IA reproduz traços comportamentais de indivíduos reais.Apesar das limitações, o uso de LLMs em investigações sociais representa uma oportunidade promissora. Se utilizados com rigor metodológico e ética clara, esses agentes podem acelerar o ciclo de desenvolvimento científico, tornando as experiências mais eficientes e acessíveis.Artigo relacionadoA inteligência artificial explica-se a si mesma: entrevistámos um chatbot sobre o novo livro de Arlindo OliveiraA expectativa dos investigadores de Stanford é que, com mais um ou dois anos de desenvolvimento direcionado, os agentes simulados tornar-se-ão ainda mais precisos e úteis, especialmente como complemento, e não substituto, de participantes humanos.Assim, o futuro da investigação em ciências sociais poderá incorporar uma abordagem híbrida, combinando o poder analítico das IAs com a complexidade inigualável da experiência humana, avançando de forma ética, rigorosa e inovadora.Referência da notíciaJacy Reese Anthis, Ryan Liu, Sean M. Richardson, Austin C. Kozlowski, Bernard Koch, James Evans, Erik Brynjolfsson, Michael Bernstein "LLM Social Simulations Are a Promising Research Method" Computer Science, 2025

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As 5 cidades da Europa que ainda não estão cheias de turistas e que deve visitar o mais rapidamente possível

Antes que as massas as descubram e elas percam o seu carácter genuíno, explore estas jóias europeias que combinam história, cultura e belas paisagens sem as multidões. De encantadoras aldeias medievais a capitais discretas, eis porque as deve visitar agora.Impressionante vista aérea de Wroclaw, a “Veneza polaca”.Num continente particularmente atrativo para o turismo, onde destinos como Paris, Roma ou Barcelona figuram regularmente nas listas de desejos dos viajantes, há ainda lugares que parecem imunes às massas.Nestas cidades europeias de charme único, ainda pode passear sem pressa, absorver as tradições locais e desfrutar de uma autenticidade que é cada vez mais difícil de encontrar.Por isso, se quiser mergulhar no espírito autêntico da velha Europa, faça as malas o mais depressa possível, porque estas cidades ainda conservam a sua essência e proporcionar-lhe-ão memórias inesquecíveis, longe da saturação dos destinos mais emblemáticos.Gante, BélgicaNa sombra da popular Bruges, Ghent, no noroeste da Bélgica, é uma cidade portuária na confluência dos rios Lys e Scheldt.A cidade é um tesouro medieval que surpreende a cada esquina. Os seus canais, castelos e fachadas góticas criam uma atmosfera mágica sem a saturação de visitantes que a cidade vizinha experimenta. Gante é apreciada pela sua arquitetura gótica, os seus portos e canais.Recomenda-se vivamente um passeio pelos antigos cais de Graslei e Korenlei, uma prova de cerveja local numa taberna centenária ou admirar o políptico do Cordeiro Místico na Catedral de São Bavo. Tudo isto sem as longas filas de espera ou os empurrões.Ljubljana, EslovéniaPoucas capitais europeias combinam tão bem o charme boémio com a tranquilidade como a bela Liubliana da Eslovénia. Ljubljana é uma das poucas capitais europeias que ainda não estão sobrelotadas pelo turismo.As suas ruas pedonais ao longo do rio Ljubljanica, ladeadas por esplanadas e arte urbana, prestam-se a longos passeios. E a sua pequena dimensão torna fácil conhecer a cidade em poucos dias.O castelo que domina a cidade foi construído sobre os restos das primeiras povoações da cidade no final da Idade do Bronze e da Idade do Ferro. Ljubljana, a city in #Slovenia, is home to marvelous architecture and boasts the oldest wooden wheel (over 5,000 years old) found to date. pic.twitter.com/TyWefAsnhG— European Beauty (@MagicalEurope) June 15, 2020A partir dele (o acesso por funicular poupa-o da subida sufocante da colina onde se situa) terá vistas espetaculares de telhados vermelhos e montanhas alpinas.Girona, EspanhaA apenas uma hora de Barcelona, Girona oferece-lhe uma impressionante cidade velha com muralhas, ruas medievais e um dos bairros judeus mais bem preservados da Europa.A cidade catalã de Girona continua a manter a sua autenticidade.Ao contrário da cosmopolita Barcelona, Girona mantém um ritmo calmo e uma atmosfera local que a capital catalã já perdeu.Os seus restaurantes, muitos deles premiados, são outra boa razão para visitar, especialmente se for um amante da boa gastronomia. Se for esse o seu caso, não deixe de provar o seu famoso “mar e montanha” ou o suquet de tamboril e camarão. Delicioso. Wrocław, PolóniaConhecida como a “Veneza polaca” pelas suas muitas pontes e ilhas, Wrocław é um caldeirão de influências germânicas e eslavas. O centro histórico de Wroclaw parece saído de um conto de fadas.Situada na região da Nova Silésia, esta cidade pertenceu à Alemanha até 1945, altura em que terminou a Segunda Guerra Mundial. A sua localização é estratégica devido à sua proximidade com a Alemanha e também com a Áustria e a República Checa.A sua Praça do Mercado, uma das maiores da Europa, está rodeada de casas coloridas que parecem saídas de um conto de fadas. Esta es la Plaza del Mercado en Wroclaw (Breslavia) Polonia, donde se encuentra el nuevo y el antiguo Ayuntamiento de estilo gótico. Unas auténticas delicias arquitectónicas. rodeadas de antiguas casas burguesas, también de estilo gótico y renacentista. Una gozada de ciudad. pic.twitter.com/dZ59fFcanL— Paco Nadal (@paconadal) July 3, 2024Se está a pensar visitar, a melhor altura para o fazer (apesar do frio intenso) é na altura do Natal, quando se torna mágico.Turim, ItáliaLonge da azáfama de Roma ou Florença, Turim, a grande desconhecida de Itália, seduz com os seus cafés históricos, galerias elegantes e o inconfundível estilo piemontês.Turim, a grande cidade esquecida de Itália, é um destino ideal para os viajantes que fogem das multidões.É considerada o berço do aperitivo, do vermute e do chocolate gianduia, pelo que uma experiência gastronómica aqui é obrigatória.O seu rico passado histórico deixou à cidade um importante legado cultural e arquitetónico (impressionante arquitetura barroca), que pode ser apreciado a cada passo pelo seu centro histórico.Uma boa altura para visitarNão nos podemos esquecer que a ascensão do turismo low-cost e a constante divulgação nas redes sociais estão também a acelerar a descoberta destes lugares maravilhosos.Artigo relacionadoAs cidades de que ninguém fala, mas que todos deviam visitarE se, mais cedo ou mais tarde, estes destinos acabarão por receber um afluxo muito maior de visitantes, por enquanto continuam a ser ideais para os viajantes que procuram alternativas menos concorridas.Por isso, vale a pena viajar para eles agora, porque significa poder apreciá-los ao seu ritmo genuíno, interagir com os seus habitantes sem pressas e contemplar o seu património sem multidões.

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Amanhã, 6 de agosto, serão atingidos 40 ºC nestes 4 distritos: consulte-os aqui!

Apesar do temporário alívio térmico previsto para os próximos dias, prevê-se que as temperaturas continuem demasiado elevadas para a época do ano, pelo que continuaremos em situação de onda de calor. Eis as regiões mais expostas aos 40 ºC!A atual onda de calor está a ser gerada pela combinação de um centro de altas pressões localizado a norte do arquipélago dos Açores (anticiclone dos Açores), que se vai estendendo em crista até ao Golfo da Biscaia, e por uma depressão térmica que se desdobra desde o Norte de África até à Península Ibérica.Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações.Nesta ação conjunta ocorrerá o transporte de uma massa de ar tropical continental (origem no Norte de África), muito quente e seco.Condições meteorológicas gerais previstas para esta quarta-feira, 6 de agosto, em Portugal continentalPara amanhã - quarta-feira, 6 de agosto - prevê-se um estado do tempo bastante estável e muito quente, com céu pouco nublado ou limpo. Não obstante, haverá algumas nuvens no litoral Oeste a sul do Cabo Carvoeiro, especialmente até ao final da manhã e a partir do fim da tarde.Para as regiões costeiras de Portugal continental preveem-se temperaturas máximas até 12 ºC acima da média climatológica de referência nesta quarta-feira, 6 de agosto, evidenciando por um dia mais, o carácter intenso e persistente da onda de calor.Além disto, é preciso ter em conta que, no transporte da massa de ar tropical continental, muito quente e seca, virão poeiras do Saara que 'emprestarão' uma tonalidade esbranquiçada aos céus portugueses, ao ficarem em suspensão sobre a nossa geografia.Apesar da expectável descida ligeira das temperaturas em grande parte do país nesta quarta-feira, 6 de agosto, em especial dos valores das máximas e em particular nas regiões costeiras (com destaque para o litoral Oeste), é preciso realçar que haverá 4 distritos de Portugal continental com provável registo de temperaturas máximas até 40/41 ºC.Adicionalmente, espera-se que o vento sopre fraco, predominantemente do quadrante Sul, tornando-se do quadrante Oeste no período vespertino (tarde), e soprando por vezes forte de Leste nas terras altas do Norte e Centro até ao início da manhã.Interior Norte e Centro com persistência de valores muito elevados da temperatura máximaDe acordo com os critérios de emissão estabelecidos pelo IPMA para os avisos meteorológicos de tempo quente, relacionados com os valores de temperatura máxima e mínima previstos, há 4 distritos da geografia do Continente (Vila Real, Bragança, Viseu e Guarda) que, amanhã (6) e depois de amanhã (7) se enquadrarão no referido aviso laranja de tempo quente. O resto do país estará sob aviso amarelo ou sem avisos.Para quarta e quinta-feira, dias 6 e 7 de agosto, o aviso laranja de tempo quente estará em vigor em 4 distritos do interior de Portugal continental.Para os distritos acima mencionados, o aviso laranja de tempo quente aplica-se especificamente quando: no mínimo, são registadas temperaturas máximas de 34 ºC e, no máximo, são registadas temperaturas máximas iguais ou superiores a 39 ºC.Porém, o calor previsto para quarta, dia 6 e quinta, dia 7, é de tal forma intenso, que há várias zonas nestes 4 distritos que poderão vir a atingir 40 ou 41 ºC. Detalhamos abaixo.De facto, segundo os mapas de referência da Meteored, espera-se que localidades como o Pinhão (Vila Real), Mirandela (Bragança), Vila Nova de Foz Côa (Guarda) e Folgosa (Viseu) estejam entre as mais quentes do nosso país nesta quarta-feira, 6 de agosto, uma vez que se prevê que registem temperaturas máximas entre os 38 e os 41 ºC.Calor tórrido e incêndios obrigam a precauções redobradasTendo em conta o risco significativo de tempo quente nestes 4 distritos e o risco máximo de incêndios florestais em grande parte da geografia continental portuguesa, o Governo manterá o estado de alerta até quinta-feira, 7 de agosto, não se excluindo a possível extensão deste período devido à provável continuidade do calor abrasador e à ausência de precipitação significativa nos próximos dias.Artigo relacionadoCalor severo continua e prevê-se um agravamento no final da semana em PortugalAs autoridades recomendam precauções redobradas, especialmente em atividades ao ar livre, bem como medidas de hidratação e proteção solar adequadas para enfrentar as condições meteorológicas extremas que continuarão a afetar Portugal nos próximos dias.

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A batalha climática oculta entre as florestas e os oceanos

Entre 2003 e 2021, a Terra registou um aumento líquido da fotossíntese, principalmente graças às plantas terrestres que prosperaram em condições mais quentes e húmidas, contudo, as algas oceânicas lutaram em águas tropicais cada vez mais estratificadas e pobres em nutrientes.As florestas e os oceanos estão a reagir de forma diferente às alterações climáticas. Enquanto as florestas se adaptam, os oceanos sofrem.Entre 2003 e 2021, a Terra registou um aumento líquido da fotossíntese, principalmente graças às plantas terrestres que prosperaram em condições mais quentes e húmidas, especialmente em regiões temperadas e de alta latitude.No entanto, as algas oceânicas lutaram em águas tropicais cada vez mais estratificadas e pobres em nutrientes. Os cientistas monitorizaram esta mudança global de energia utilizando dados de satélite, revelando que os ecossistemas terrestres não só adicionaram mais biomassa, como também ajudaram a estabilizar o clima ao capturar mais carbono. A batalha climática das florestas e dos oceanosAs plantas terrestres impulsionaram um aumento da fotossíntese global entre 2003 e 2021, uma tendência parcialmente compensada por um ligeiro declínio na fotossíntese - o processo de utilização da luz solar para produzir alimento - entre as algas marinhas, de acordo com um novo estudo publicado na Nature Climate Change. Estas descobertas podem apoiar as avaliações da saúde planetária, melhorar a gestão dos ecossistemas e orientar as projeções de alterações climáticas e as estratégias de mitigação.Segundo este novo estudo, houve um declínio da fotossíntese das algas marinhas. Os organismos fotossintéticos (também conhecidos como produtores primários) constituem a base da cadeia alimentar, tornando possível a maior parte da vida na Terra. Utilizando a energia do sol, os produtores primários fixam, ou convertem, o carbono do ar em matéria orgânica, ou seja, à base de carbono. Mas os produtores primários também libertam carbono através de um processo chamado respiração autotrófica, que é semelhante à respiração. A taxa de ganho de carbono após a contabilização da perda pela respiração é designada por produção primária líquida. "A produção primária líquida mede a quantidade de energia que os organismos fotossintéticos captam e disponibilizam para sustentar quase todas as outras formas de vida num ecossistema. Como base das teias alimentares, a produção primária líquida determina a saúde do ecossistema, fornece alimento e fibras aos humanos, mitiga as emissões antropogénicas de carbono e ajuda a estabilizar o clima da Terra."Yulong Zhang, primeiro autor do estudo e investigador do laboratório de Wenhong Li na Escola Nicholas de Ambiente da Universidade de Duke. As investigações anteriores sobre a produção primária líquida centram-se geralmente nos ecossistemas terrestres ou oceânicos, deixando lacunas na nossa compreensão da produção primária líquida em toda a Terra e nas suas potenciais implicações para a mitigação climática. Para este estudo, a equipa explorou as tendências anuais e a variabilidade na produção primária líquida global, com foco na interação entre os ecossistemas terrestres e oceânicos.Observações de satéliteAs observações de satélite oferecem uma perspetiva contínua sobre a fotossíntese por plantas e algas marinhas chamadas fitoplâncton. Especificamente, instrumentos de satélite especializados medem o verde da superfície, que representa a abundância de um pigmento verde chamado clorofila, produzido pela vida fotossintética. Os modelos computacionais estimam então a produção primária líquida combinando os dados de verde com outros dados ambientais, como a temperatura, a luz e a variabilidade dos nutrientes.Os autores do novo estudo utilizaram seis conjuntos de dados diferentes, baseados em satélites, sobre a produção primária líquida - três para a terra e três para os oceanos - para os anos de 2003 a 2021. Utilizando métodos estatísticos, analisaram as variações anuais da produção primária líquida para a terra e, separadamente, para o oceano.Os maiores declínios de fotossíntese marinha ocorreram no Oceano Pacífico.Verificaram um aumento significativo da produção primária líquida terrestre, a uma taxa de 0,2 mil milhões de toneladas métricas de carbono por ano, entre 2003 e 2021. A tendência foi generalizada, das áreas temperadas para as boreais, ou de alta latitude, com uma notável exceção nos trópicos da América do Sul.Em contrapartida, a equipa identificou um declínio geral na produção primária líquida marinha, de cerca de 0,1 mil milhões de toneladas métricas de carbono por ano, no mesmo período. Fortes declínios ocorreram principalmente nos oceanos tropicais e subtropicais, particularmente no Oceano Pacífico. No geral, as tendências em terra dominaram as dos oceanos: a produção primária líquida global aumentou significativamente entre 2003 e 2021, a uma taxa de 0,1 mil milhões de toneladas métricas de carbono por ano. Implicações GeraisO estudo aponta para o importante papel dos ecossistemas terrestres na compensação dos declínios da produção primária líquida entre o fitoplâncton marinho, de acordo com os autores.Artigo relacionadoO "pulmão secreto" da Amazónia fechou: pela primeira vez em décadas, uma zona húmida no Peru deixou de capturar carbono Mas acrescentaram que o declínio da produção primária líquida nos oceanos tropicais e subtropicais, juntamente com a estagnação em terra nos trópicos, pode enfraquecer a base das teias alimentares tropicais, com efeitos em cascata sobre a biodiversidade, a pesca e as economias locais. Com o tempo, estas perturbações poderão também comprometer a capacidade das regiões tropicais funcionarem como sumidouros de carbono eficazes, intensificando potencialmente os impactos do aquecimento climático. Referência da notíciaYulong Zhang, Wenhong Li, Ge Sun, Jiafu Mao, Matthew Dannenberg, Jingfeng Xiao, Zuchuan Li, Haipeng Zhao, Qianru Zhang, Shineng Hu, Conghe Song & Nicolas Cassar. Contrasting biological production trends over land and ocean. Nature Climate Change (2025).

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Calor severo continua e prevê-se um agravamento no final da semana em Portugal

Portugal encontra-se perante mais uma semana de calor severo, com temperaturas superiores a 40 ºC, noites tropicais e elevado risco de incêndios florestais. As condições poderão agravar-se a partir de sexta-feira, sem previsão de chuva significativa.Mais informação: Alfredo Graça avisa para a duração da onda de calor em Portugal: “quase até meados de agosto”.A onda de calor que se instalou em Portugal desde finais de julho parece não ter data de fim, com nova subida das temperaturas prevista a partir de sexta-feira, dia 8 de agosto. Os modelos meteorológicos indicam ainda a possível formação de um ciclone tropical no Atlântico, aproximando-se dos Açores, o que aumenta a incerteza nas previsões.Temperaturas permanecem elevadas nos próximos diasPara esta terça-feira, dia 5 de agosto, prevê-se um aumento significativo das temperaturas em todo o país, com vários locais a superar os 40 ºC, especialmente nas regiões do interior Norte, Centro e Alentejo. Castelo Branco deverá registar temperaturas na ordem dos 40 ºC, sendo possivelmente o dia mais quente desta semana em Portugal Continental. O litoral, apesar de alguma moderação devido à presença de neblinas e nevoeiros ocasionais, também deverá sentir o calor intenso, com máximas entre os 26 ºC em Aveiro, os 32 ºC em Lisboa e os 28 ºC em Faro.Temperaturas mantêm-se elevadas nesta terça-feira com várias localidades a ultrapassar os 40 ºC.As condições meteorológicas serão particularmente agravadas devido ao vento sul moderado, o que poderá intensificar os riscos de incêndios florestais. A presença das poeiras saarianas, previstas para se intensificarem durante a semana, poderá ainda agravar problemas de saúde pública, nomeadamente problemas respiratórios, especialmente em grupos mais vulneráveis como idosos e crianças.Na quarta-feira, dia 6 de agosto, prevê-se um ligeiro alívio das temperaturas, sobretudo junto à faixa costeira, com descidas entre 2 e 3 ºC relativamente ao dia anterior. Mesmo assim, o interior deverá continuar com temperaturas muito elevadas, acima dos 38 ºC em várias localidades. O Vale do Douro, a Beira Baixa e o Alentejo continuam a ser as regiões mais afetadas pelo calor extremo, com máximas locais até aos 40 ºC.Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações.Quinta-feira, dia 7, trará alguma nebulosidade e até a possibilidade de precipitação fraca em algumas regiões do Centro do país. Contudo, esta chuva será escassa e poderá nem chegar ao solo devido às temperaturas elevadas.Espera-se uma ligeira descida das temperaturas máximas, com valores entre os 20 ºC em Viana do Castelo e os 37 ºC em Vila Real e Bragança. Apesar deste ligeiro alívio, o Vale do Douro permanece uma das regiões mais quentes, com máximas previstas na ordem dos 42 ºC.Fim de semana pode registar novo agravamento das condições meteorológicas com aumento das temperaturasA partir de sexta-feira, dia 8, os termómetros voltam a subir acentuadamente, prevendo-se temperaturas máximas acima dos 40 ºC em várias localidades, especialmente no Ribatejo e Alentejo, onde podem atingir os 41 ºC. As regiões do Interior, como Castelo Branco, Évora e Beja, serão particularmente afetadas. Esta tendência prolonga-se pelo fim de semana, com sábado, dia 9, a registar temperaturas máximas entre 25 ºC em Viana do Castelo e novamente os 41 ºC em Beja.As noites continuarão muito quentes, com valores tropicais que raramente descerão abaixo dos 20 ºC em várias regiões do país, contribuindo para um agravamento das condições de desconforto térmico e saúde pública. A anomalia térmica permanece positivamente elevada, com temperaturas entre 3 e 6 ºC acima das médias climatológicas para esta época do ano.Para o fim de semana prevê-se a manutenção de calor extremo, com as noites a apresentar valores de temperatura raramente inferiores a 20 ºC.Além do calor severo, as previsões apontam para uma atividade tropical crescente no Atlântico, com a possibilidade de um ciclone tropical aproximar-se dos Açores dentro dos próximos 10 a 12 dias. Embora ainda não esteja confirmada, esta possibilidade aumenta a incerteza das previsões e obriga a uma vigilância mais apertada da evolução meteorológica, especialmente nas ilhas.Artigo relacionadoCalor tórrido, incêndios e poeiras impactam saúde pública em Portugal: eis as regiões mais expostas até dia 7 de agostoFace ao risco máximo de incêndios florestais, o governo mantém o estado de alerta até quinta-feira, sendo provável a extensão deste período devido à continuação das condições extremas de calor e à ausência de precipitação significativa em todo o território continental nos próximos dias. As autoridades recomendam precauções redobradas, especialmente em atividades ao ar livre, bem como medidas de hidratação e proteção solar adequadas para enfrentar as condições meteorológicas extremas que continuarão a afetar Portugal nos próximos dias.

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Estudo encontra correlação inesperada entre a força do campo magnético da Terra e os níveis de oxigénio

A descoberta pode redefinir a nossa compreensão sobre os fatores que tornaram a Terra habitável e como procuramos vida noutros planetas.O campo magnético protege o planeta dos efeitos das erupções solares.A capacidade de sustentar a vida na Terra pode ir além da existência de água e atmosfera. Um artigo recente, liderado por investigadores da NASA, descobriu que o campo magnético do planeta pode estar muito mais envolvido na produção de oxigénio e, portanto, na habitabilidade do que se pensava anteriormente.A investigação, publicada na revista Science Advances, explorou a relação entre o nível de oxigénio da Terra e o momento de dipolo axial geomagnético — um indicador que permite o estudo da evolução do campo magnético em escalas de tempo geológicas — ao longo dos últimos 540 milhões de anos.Eles concluíram que existe uma forte correlação linear entre os dois, sugerindo uma ligação entre processos geofísicos profundos no planeta e a oxidação na superfície.Estudo pioneiro sobre o campo magnéticoA equipe de investigadores levanta a possibilidade de que a atividade geodinâmica interna da Terra influencie significativamente a composição da atmosfera e, portanto, a sua habitabilidade.Infográfico mostra a proteção que o campo magnético fornece à Terra."A Terra é o único planeta conhecido por abrigar vida complexa. As correlações que encontramos podem ajudar-nos a entender como a vida evolui e como ela se conecta com os processos internos do planeta", disse Weijia Kuang, geofísico da NASA e coautor do estudo, num comunicado.Para chegar a esta conclusão, Kuang e os seus colegas analisaram dois conjuntos de dados distintos. Eles descobriram que o campo magnético planetário segue padrões de subida e descida semelhantes aos do oxigénio na atmosfera há quase 540 milhões de anos, desde a explosão cambriana, que deu origem à vida complexa na Terra."Esta correlação levanta a possibilidade de que tanto a força do campo magnético quanto os níveis de oxigénio atmosférico respondam a um único processo subjacente, como o movimento dos continentes da Terra", disse o coautor do estudo Benjamin Mills, biogeoquímico da Universidade de Leeds.Simulações anteriores haviam mostrado que o campo magnético poderia ser responsável por impedir que a atmosfera fosse danificada por atividades espaciais, como o vento solar. Mas, até agora, não tinham sido feitas comparações diretas entre registos de longo prazo do campo magnético e os níveis de oxigénio.Novos fatores para a descoberta de exoplanetasCientistas propuseram duas hipóteses para explicar esta relação. A primeira é que um forte campo geomagnético é fundamental para proteger a atmosfera, reduzindo a fuga de oxigénio. Mas isso é menos plausível porque trata-se de uma interpretação baseada na compreensão atual do ciclo do oxigénio e da fuga não térmica ao longo da história da Terra.O vento solar flui em torno do campo magnético da Terra. Imagem: Centro de Voos Espaciais Goddard/Laboratório de Imagens Conceituais da NASA.A segunda opção é que processos geodinâmicos na Terra — como a solidificação do núcleo interno e os ciclos dos supercontinentes — influenciam tanto o oxigénio quanto o campo magnético. Esta é a hipótese defendida por eles.Eles também reconheceram que a correlação pode ser mera coincidência, porque o período analisado (540 milhões de anos) é apenas uma pequena fração da história da Terra e abrange eventos significativos, como a tectónica de placas e a formação do núcleo interno.Seja como for, o estudo fornece um novo fator a ser considerado na busca por mundos semelhantes à Terra noutras galáxias. Atualmente, a busca concentra-se apenas na superfície, mas o seu interior também deve ser analisado.Referências da notíciaStrong link between Earth’s oxygen level and geomagnetic dipole revealed since the last 540 million years. 13 de junho, 2025. Kuang, et al.NASA scientists find ties between Earth’s oxygen and magnetic field. 23 de junho, 2025. Jenny Marder.

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Serão estas as praias mais perigosas do mundo?

Cuidado onde mergulha. Embora pareçam o paraíso, estas praias são um verdadeiro perigo. Saiba quais deve admirar à distância — e o que evitar.Descubra o que não deve aparecer no seu roteiro. Foto: UnsplashHá praias que são verdadeiras tentações para os olhos: mar cristalino, areia dourada, paisagens dignas de cartão‑postal. É fácil imaginar-se a estender a toalha, a mergulhar sem pensar duas vezes e a brindar ao descanso com um coco na mão. Mas, e se lhe dissermos que algumas dessas praias escondem perigos que nem sempre vêm à tona?Correntes traiçoeiras, ataques de tubarões, águas poluídas, animais selvagens e até riscos geológicos — o planeta está cheio de zonas costeiras que são tudo menos seguras, mesmo que o cenário diga o contrário. Se gosta de viajar com os pés bem assentes na areia, mas também com a cabeça no lugar, vale a pena conhecer as praias mais perigosas do mundo. Não queremos arruinar os seus planos de férias, mas talvez o ajude a repensar o próximo mergulho.E, atenção, porque, apesar de esta lista não ser “oficial” — no sentido de ter sido emitida por uma entidade internacional única, como a UNESCO ou a ONU —, há um consenso muito claro entre especialistas e entidades locais de segurança costeira de que estas praias representam riscos reais e significativos.Hanakāpīʻai Beach, Kauaʻi (Havai, EUA)Situada na ilha de Kauaʻi, esta praia é deslumbrante e relativamente isolada, acessível apenas através de uma caminhada pelo Kalalau Trail. Mas não se deixe enganar pelo cenário de filme: o mar aqui é traiçoeiro, com correntes fortíssimas e sem qualquer barreira natural de proteção. Artigo relacionadoÁgua de lagoa em Maui, no Havai, adquire uma misteriosa coloração rosaEntre os anos 70 e 2010, ocorreram dezenas de afogamentos, sendo que o número de vítimas ultrapassava as três dezenas há mais de uma década. Por estar longe de qualquer ajuda imediata, até nadadores experientes podem não conseguir regressar à areia. O melhor é mesmo ficar pelo trilho e pela fotografia.New Smyrna Beach, Flórida (EUA)Esta praia tem o desconfortável título de “capital mundial das mordidas de tubarão”. E não é exagero: só no condado de Volusia, onde se situa, ocorrem tantos ataques que é difícil acompanhar. A culpa é de vários fatores — águas turvas, presença constante de cardumes e uma enorme quantidade de banhistas e surfistas. A combinação não podia ser pior. Evite riscos desnecessários. Foto: UnsplashApesar de muitas das mordidas não serem fatais, o simples facto de mergulhar ao lado de um tubarão já não parece tão relaxante, pois não?Praia de Boa Viagem, Recife (Brasil)A beleza desta praia urbana contrasta com o perigo à espreita nas águas. Desde os anos 90, os ataques de tubarões tornaram-se um problema grave, sobretudo por parte de espécies como o tubarão‑touro e o tubarão‑tigre. As autoridades locais chegaram mesmo a proibir o surf e a natação em águas mais profundas. Artigo relacionadoTubarões estão a mudar o seu comportamento em várias regiões do mundo e isso não é uma boa notíciaCom dezenas de incidentes registados, alguns fatais, é um dos casos mais mediáticos do mundo. Se visitar, não dispense as placas de aviso — elas não estão lá só para enfeitar.Fraser Island / K’gari, Queensland (Austrália)Imagine uma ilha paradisíaca feita apenas de areia, com lagos cristalinos e florestas tropicais. Agora junte-lhe correntes marítimas perigosas, tubarões, águas-vivas potencialmente mortais e dingos selvagens que já atacaram humanos. Fraser Island, agora oficialmente chamada K’gari, é isto tudo ao mesmo tempo. Para os mais aventureiros pode ser um destino de sonho, mas para os desatentos é um pesadelo à espera de acontecer. As autoridades locais têm reforçado os avisos, mas todos os anos surgem novos incidentes. Gansbaai, Cabo Ocidental (África do Sul)Gansbaai é famosa por um motivo que arrepia: é aqui que se localiza o chamado “Shark Alley”, onde milhares de focas atraem tubarões-brancos. Muitos turistas vão de propósito para mergulhar em jaulas, o que já diz muito sobre o ambiente marinho da zona. É uma atividade muito procurada. Foto: ViatorNadar livremente aqui é, sem qualquer dúvida, um risco real. Entre as águas agitadas do Atlântico, os fundos rochosos e os predadores à espreita, o melhor é manter os pés secos — ou, no máximo, dentro da gaiola.Playa Zipolite, Oaxaca (México)Apesar do nome encantador e do ambiente relaxado, esta praia já foi apelidada de “praia da morte”. A razão são as poderosas correntes de retorno que, silenciosas, mas eficazes, arrastam mesmo nadadores experientes. Zipolite tem agora nadadores-salvadores e sinalização reforçada, mas os riscos continuam bem presentes. Vale pela atmosfera boémia e pela beleza natural, mas exige respeito e prudência.Ilha Reunião (território francês no Índico)Reunião é um verdadeiro paraíso tropical com uma particularidade que ninguém deseja: ataques de tubarão. Desde o início dos anos 2000, ocorreram vários incidentes, alguns fatais, o que levou à proibição de nadar e surfar em muitas zonas costeiras. Algumas praias têm hoje redes de proteção e sistemas de alarme, mas o receio persiste. A ilha continua a atrair visitantes, claro, mas as autoridades não facilitam — e os turistas também não devem fazê-lo.E as outras praias?Algumas praias entram frequentemente nestas listas por razões diversas, mesmo que não apresentem o mesmo grau de perigo.Artigo relacionadoPraia de areia preta na Islândia, que já foi cenário de série famosa, guarda um ‘perigo oculto’A Costa Jurássica, em Inglaterra, é mais conhecida pelos seus deslizamentos de terra e erosão costeira do que por perigos no mar. Staithes, no Reino Unido, levanta preocupações devido à qualidade da água, com níveis de poluição que afastam os nadadores. Em Mumbai, a praia de Chowpatty é considerada uma das mais poluídas do mundo, sendo um risco para a saúde pública. E, nas Ilhas Marshall, o Atol de Bikini continua inabitado devido à radiação deixada pelos testes nucleares dos anos 40 e 50.No Triângulo Vermelho, ao largo da Califórnia, há registos de tubarões e naufrágios, mas o número de ataques não é tão elevado quanto o nome possa sugerir. E sim, até a famosa Copacabana, no Rio de Janeiro, pode esconder perigos — assaltos, poluição e, ocasionalmente, águas agitadas. Então… são mesmo as mais perigosas?As que mencionámos com mais detalhe aparecem regularmente nas listas das praias mais perigosas do mundo — e não por acaso. Os dados, os registos de acidentes e os alertas oficiais sustentam essa classificação. A Praia de Chowpatty é uma das mais poluídas do mundo. Foto: WikimediaClaro que há praias perigosas em praticamente todos os cantos do planeta, mas estas reúnem um conjunto de riscos particularmente preocupantes — sejam naturais ou provocados pelo homem.Como evitar problemas?Viajar com informação é meio caminho andado para se manter em segurança. Nunca ignore sinais de aviso ou bandeiras vermelhas, evite nadar sozinho ou ao entardecer — quando os tubarões estão mais ativos — e aprenda a reconhecer correntes de retorno. Numa situação dessas, não tente lutar contra a corrente: nade paralelamente à costa até sair da zona de perigo.Informe-se sempre com os guarda-vidas locais, siga os conselhos das autoridades e, se estiver numa zona remota, pense duas vezes antes de entrar na água. A maioria dos acidentes ocorre por excesso de confiança ou desconhecimento.

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A lógica da batata reside afinal num tomate com nove milhões de anos

Investigadores chineses descobriram que este alimento resultou de um encontro casual com um parente improvável. Esta é a incrível história de um tubérculo, que nos lembra a importância de recuperar as nossas raízesA resiliência e a grande capacidade de reprodução da batata devem-se ao cruzamento genético com um antepassado do tomate ocorrido há milhões de anos. Foto: Marwib /PixabayA batata, domesticada pelos povos andinos da América do Sul, começou a ser cultivada há oito milhões de anos. Mas como surgiu este alimento que está hoje entre os mais consumidos do mundo? A sua origem sempre foi misteriosa. Como as plantas não se preservam bem no registo fóssil, os estudiosos sobre os primórdios das espécies vegetais têm sempre grandes dificuldades em progredir nas suas investigações. Mas, agora, o enigma da batata foi finalmente desvendado por uma equipa de cientistas chineses que se deu ao trabalho de analisar mais de 400 genomas de espécies cultivadas e selvagens relacionadas com este tubérculo.A investigação permitiu conhecer a verdadeira história por detrás da batata. Tudo começou há cerca de nove milhões de anos quando o Etuberosum, um antepassado primitivo do tomate, se cruzou acidentalmente com este alimento básico, versátil e rico em amido. O superpoder dos tubérculosEssa combinação genética favoreceu o rápido desenvolvimento das estruturas conhecidas como tubérculos, sistemas subterrâneos que armazenam nutrientes e energia. Embora os tomates nem os seus antepassados tivessem a capacidade de desenvolver bolbos e rizomas no subsolo — como as batatas modernas, os inhames, os nabos, as cenouras e os taros— a planta híbrida que resultou desse cruzamento, tratou de percorrer esse caminho.Os Etuberosums (à esquerda) são plantas semelhantes à batata que não produzem tubérculos, mas as plantas de batata (à direita) evoluíram para os produzir. Imagem: Instituto de Genómica Agrícola de Shenzhen/Academia Chinesa de Ciências Agrícolas (AGIS-CAAS)Os tubérculos evoluíram como uma forma verdadeiramente engenhosa de armazenarem nutrientes debaixo do solo à medida que o clima e o ambiente nos Andes se tornavam mais frios.Artigo relacionadoQuando devo colher as minhas batatas? Como é que as armazeno corretamente?As batatas conseguiram, deste modo, reproduzir-se sem sementes ou polinização, dando origem a novas plantas a partir dos próprios rebentos. Esta habilidade evolutiva facilitou a sua expansão por diferentes habitats, desde planícies às montanhas, na América Central e do Sul."A evolução de um tubérculo deu às batatas uma enorme vantagem em ambientes hostis, impulsionando uma explosão de novas espécies e contribuindo para a sua rica diversidade das quais hoje dependemos"Sanwen Huang, coautor do estudoAtualmente, existem mais de 100 espécies de batata selvagem que também produzem tubérculos, embora algumas não sejam comestíveis por conterem toxinas.A resiliência codificada nos genesA equipa de biólogos evolucionistas descodificou também quais os genes fornecidos por cada planta para criar os tubérculos. Compreender a génese e a evolução das batatas não é apenas um mero exercício sem utilidade prática. O seu estudo, em última análise, poderá ajudar os investigadores a desenvolver batatas e outros tubérculos mais resilientes às doenças e aos efeitos das alterações climáticas.A memória enterrada em espécimes rarasUma outra grande inovação que o estudo trouxe foi a metodologia usada pelos investigadores. Os antepassados comuns dos tomates e do Etuberosum já não estão entre nós, nem sequer as espécies que divergiram dessas linhagens sobreviveram para contar a sua história. Para recuperar a memória geológica perdida, os cientistas foram à procura de marcadores genéticos nas plantas, tentando desfiar o novelo da sua existência desde a sua raiz até à atualidade. Tratou-se, no fundo, de procurar um sinal que veio do passado, mas que ainda está presente nas plantas que hoje cultivamos. Para rastrear este vestígio ao longo do tempo, os investigadores compilaram uma base de dados genética para as batatas. Nesse catálogo incluíram a análise de espécimes raras só encontradas em museus e em vales circunscritos na região dos Andes.O mapeamento da linhagem destas espécies permitiu reconstituir vários excertos da sua história, do primeiro capítulo ao epílogo dos tempos contemporâneos. Artigo relacionadoAprenda a plantar rosas de forma fácil, utilizando… batatas!O esforço valeu a pena porque, segundo os autores do estudo, resultou na coleção mais “abrangente de dados genómicos de batatas selvagens já analisada”, revelou em comunicado Zhiyang Zhang, investigador do Instituto de Genómica Agrícola de Shenzhen.A empreitada permitiu chegar à primeira espécie e todas as outras que vieram a seguir. Os diferentes tipos de batata seguiram a sua estrada, ramificaram, divergiram, bifurcaram e afastaram-se dos seus antecessores. Há mais de 20 espécies de batatas que hoje são cultivados comercialmente. Foto: StockSnap/PixabayMas todas as batatas, por mais distintas que sejam, incluem uma combinação de material genético derivado do Etuberosum e do tomate, mostrando que, por mais sinuosos que os caminhos possam vir a se revelar, não é possível renegar as origens.Referência da notíciaZhiyang Zhang, Pingxian Zhang, Yiyuan Ding2, Zefu Wang, Zhaoxu Ma, Edeline Gagnon, Yuxin Jia, Lin Cheng, Zhigui Bao, Zinan Liu, Yaoyao Wu, Yong Hu, Qun Lian, Weichao Lin, Nan Wang, Keyi Ye, Hongru Wang, Jinzhe Zhang, Yongfeng Zhou, Liang Liu, Suhua Li, William J. Lucas, Tiina Särkinen, Sandra Knapp, Loren H. Rieseberg, Jianquan Liu, Sanwen Huang. Ancient hybridization underlies tuberization and radiation of the potato lineage. Cell Magazine.

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Alfredo Graça avisa para a duração da onda de calor em Portugal: “quase até meados de agosto”

A atual onda de calor em Portugal manter-se-á intensa e extremamente persistente, segundo as últimas atualizações do modelo de referência da Meteored. Algumas zonas poderão atingir 43 ou 44 ºC. Saiba a previsão completa!Esta semana arranca com valores extremamente elevados da temperatura máxima, mantendo a toada dos últimos dias, em que praticamente todo o território continental de Portugal está sob aviso meteorológico de calor. A Região Norte está toda sob aviso vermelho (distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real e Bragança) e quase todos os restantes distritos estão sob aviso laranja, exceto Beja (aviso amarelo) e Faro (livre de avisos).No vídeoA massa de ar muito quente que ‘abraçará’ Portugal nos próximos dias trará temperaturas de 28-30 ºC a cerca de 1500 metros de altitude, valores muito elevados e até raros durante uma onda de calor.De facto, alguns cenários probabilísticos preveem que poderá ser uma das ondas de calor mais longas desde que há registos em Portugal (datam da década de 1940). Há mapas que revelam que este episódio de calor extremo se prolongaria pelo menos até ao meio ou final da próxima semana, algo que todos esperamos que não aconteça, não só devido a questões de saúde, como também por causa dos incêndios florestais.Este calor muito intenso poderá durar até quase meados do mêsPara compreender as causas deste panorama meteorológico, é preciso olhar ao pormenor para a configuração sinóptica prevista. A crista subtropical será renovada verticalmente sobre a geografia ibérica - anticiclone, massa de ar extremamente quente, seca e persistente e depressão térmica - o que favorecerá a ascensão e ‘estacionamento’ de ar muito quente sobre Portugal continental.A massa de ar que está a afetar a geografia continental portuguesa será extremamente quente e persistente.Em quase todo o território português já costuma estar bastante calor na primeira quinzena de agosto, mas aquilo que está previsto para os próximos dias diz respeito a valores anormalmente elevados para a época do ano em quase todo o território, tanto de dia como de noite. Além disso, especialmente nas Regiões Norte e Centro, estes valores extremamente elevados ainda se deverão manter durante bastante tempo, com os riscos que isso implica.Temperaturas diurnas e noturnas extremamente elevadasAlém da configuração sinóptica já referida, Portugal continental e Espanha peninsular vão gerar o seu próprio calor (fenómeno conhecido como “forno ibérico”), com a isoterma de 28 ºC a aparecer a cerca de 1500 metros de altitude durante praticamente toda a semana. É certo que se prevê um alívio temporário das temperaturas, com alguns altos e baixos térmicos a surgirem, mas em capitais de distrito como Coimbra, Castelo Branco e Santarém as temperaturas máximas vão chegar a atingir os 40 ºC esta semana (sexta-feira, 8 de agosto), embora boa parte do tempo oscilem entre 35 e 39 ºC.Artigo relacionadoPrimeira semana de agosto arranca com aviso vermelho de calor na Região Norte, mas há alívio das temperaturas à vistaAo longo desta semana espera-se que noutras cidades e povoações do país, em particular do interior do Alentejo, no vale do Tejo, na Beira Baixa e no vale do Douro, as temperaturas rondem também os 40 ºC, podendo chegar aos 41/42 ºC facilmente em várias localidades. Prevê-se, inclusive, que em algumas delas sejam alcançados os 43/44 ºC (Pinhão, distrito de Vila Real, Mirandela, distrito de Bragança e Ponte de Sor, distrito de Portalegre, por exemplo).Mesmo na Região Norte e em particular no Noroeste (regiões a oeste da Barreira de Condensação), onde o calor não costuma ser tão intenso no verão, as temperaturas irão aproximar-se do patamar dos 40 ºC, podendo inclusive superar ligeiramente este valor. Nas cidades da costa atlântica, as temperaturas não deverão subir tanto durante o dia, mas a sensação térmica de calor será muito acentuada.Na quinta-feira, 7 de agosto, poderá ocorrer um alívio térmico temporário em boa parte da nossa geografia, especialmente nas regiões costeiras, mas logo de seguida, para sexta-feira, dia 8, prevê-se nova subida das temperaturas, que se manterão muito acima da média para as datas. Por outro lado, também para estes dois dias está prevista a possibilidade de atividade elétrica (trovoada), o que poderá constituir mais um fator de risco ou de agravamento dos incêndios florestais em Portugal. Adicionalmente, saliente-se o intenso calor noturno previsto para esta semana, com temperaturas mínimas que se situarão entre os 20 e 25 ºC em praticamente toda a geografia do Continente. As noites tropicais estão previstas para quase todas as regiões: Alentejo, Lisboa e vale do Tejo, Beira Baixa e Algarve (onde costumam ser mais comuns), mas também na Região Norte e na Região Centro (onde são menos frequentes).Não é só o calor diurno que será notícia: as noites vão ser tropicais (quando as temperaturas mínimas atingem valores iguais ou superiores a 20 ºC) em quase todo o território de Portugal continental ao longo de grande parte desta semana.Em conclusão, o maior perigo da onda de calor em curso não será apenas as temperaturas elevadíssimas que serão registadas (intensidade), mas também a sua persistência (duração). Devido a isto, é da maior importância que preste atenção aos avisos meteorológicos e às recomendações emitidas pelas instituições e organizações oficiais, como o IPMA e a Proteção Civil.Eis os fenómenos que poderão travar as temperaturas durante o período mais quente dos próximos diasTal como noutros eventos anteriores de ondas de calor, será necessário ter em conta o aparecimento de certos fenómenos que poderão contribuir para travar a subida das temperaturas diurnas nalgumas regiões portuguesas. Em primeiro lugar, as poeiras em suspensão espalhar-se-ão de sul para norte ao longo de várias fases.Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações.Por outro lado, os mapas sugerem que poderá haver nuvens de média altitude, sobretudo a partir de quinta-feira (7), com possibilidade de aguaceiros e trovoada. Cautela com esta situação, pois com o risco de incêndio elevado, muito elevado ou extremo e com a possível ocorrência de atividade elétrica, todos os cuidados são poucos. Monitorizaremos tudo isto aqui na Meteored.

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Cientistas desenvolvem um ecrã holográfico inteligente semelhante aos óculos de ficção científica

A fusão das realidades física e virtual para criar um novo domínio de experiência percetiva poderá em breve ser possível, de acordo com a investigação mais recente. Os dispositivos portáteis que integram ótica avançada e holografia guiada por IA vão mudar a forma como vemos o mundo. Crédito: PixabayOs cientistas desenvolveram um dispositivo para facilitar uma experiência de realidade mista, permitindo que as pessoas percebam o seu mundo físico ao lado de objectos virtuais gerados por inteligência artificial e hologramas. O objetivo final dos investigadores é ultrapassar um “teste de Turing visual”, no qual o utilizador não consegue distinguir entre objetos/paisagens do mundo real e objetos projetados digitalmente.Fundamentos da holografiaA holografia baseia-se na divisão de um feixe de luz laser em dois feixes: um feixe interage com uma folha de vidro, um sensor ou outro meio (para registar o comportamento da luz) e o outro feixe é dirigido a um objeto específico.Quando os dois feixes se encontram no meio de registo, as ondas de luz interagem para produzir um padrão de interferência, que pode ser descrito como um traço ou sinal distintivo do comportamento da luz quando entra em contacto com este objeto. Esta pegada 3D é um registo do objeto real, transcrito a partir da linguagem da luz.Artigo relacionadoArtemis II: estes são os astronautas que irão voar à volta da LuaEmbora os sistemas holográficos convencionais registem e representem campos físicos de luz numa estrutura volumosa e normalmente bidimensional, a investigação do primeiro autor Suyeon Choi e colegas oferece uma abordagem inovadora que combina algoritmos de holografia gerada por computador (CGH) baseados em IA e ótica de guia de ondas para fornecer aos utilizadores imagens holográficas num formato compacto, semelhante a óculos.Desde a ótica estrutural até ao ecrã em forma de lente, o protótipo de dispositivo semelhante a óculos inteligentes mede menos de 3 mm, o que o torna leve e fácil de usar durante horas a fio. O método SAWH do investigador combina várias imagens holográficas utilizando técnicas de abertura sintética, imagens com maior clareza e profundidade para os utilizadores. Uma das suas principais vantagens é o facto de oferecer uma caixa de visão muito ampla e uma vasta gama de visualização, permitindo aos utilizadores captar mais informações visuais, preservando a autenticidade e a profundidade das imagens.Este método melhora a experiência visual ao otimizar o desempenho ótico do ecrã em comparação com os sistemas holográficos ou estereoscópicos tradicionais.Após mais investigação e desenvolvimento, a equipa espera comercializar o produto final. Talvez esta tecnologia leve de realidade mista possa ser utilizada nas escolas para otimizar o ensino e a aprendizagem, proporcionando experiências de aprendizagem personalizadas aos estudantes, desde a escola até à universidade.No entanto, deve ter em conta que seriam necessários estudos para avaliar os possíveis efeitos da tecnologia no funcionamento cognitivo e no bem-estar mental. Outras aplicações poderiam estender-se ao entretenimento, como os videojogos, e à formação. Referência da notíciaSynthetic aperture waveguide holography for compact mixed-reality displays with large étendue. Nature Photonics. July, 2025. Choi, S.; Jang, C.; Lanman, D., and Wetzstein, G.

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Prejuízos dos incêndios até 10 mil euros vão ser pagos sem necessidade de “papéis”, garante o Governo

O ministro da Economia e da Coesão Territorial garante que “não vamos estar a pedir papéis” e que o apuramento dos prejuízos será feito “na base da prova testemunhal, vendo no local, com alguém da Câmara Municipal ou da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR)”.O incêndio que deflagrou a 28 de julho em Arouca chegou a ter cerca de 50 quilómetros de perímetro e consumiu neste município uma área de cerca de 4000 hectares de floresta, alastrando depois aos concelhos vizinhos de Castelo de Paiva e Cinfães.O território continental de Portugal encontra-se, até à próxima quinta-feira, em situação de alerta, devido ao aumento acentuado da temperatura e ao consequente risco de incêndios, que, de resto, têm lavrado nas últimas semanas, com prejuízos materiais consideráveis na agricultura e na floresta.Só o incêndio no Parque Nacional da Peneda-Gerês já consumiu "mais de 75 mil hectares" daquela zona natural protegida e os prejuízos são "avultados" em várias áreas, nomeadamente com a perda de área florestal e de animais que ficaram sem pasto, disse esta segunda-feira, 4 de agosto, o presidente da Câmara de Ponte da Barca.O autarca, Augusto Marinho, adiantou que "a nossa zona de parque foi quase toda consumida. A Serra Amarela e as zonas à volta ficaram todas queimadas. Somando os hectares que arderam no nosso concelho aos de Terras de Bouro, foram consumidos mais de 75 mil hectares no PNPG".Compensar prejuízos com os incêndiosEsta é, contudo, uma das situações em que há prejuízos resultantes dos incêndios ocorridos nas últimas semanas. Com a agravante de que os apoios aos agricultores para compensar os prejuízos com os incêndios ocorridos em 2024 ainda não estão todos liquidados.Há cerca de 300 agricultores que ainda “não receberam, por razões burocráticas”, e o Governo não quer que a situação se repita este ano.Artigo relacionadoCalor tórrido, incêndios e poeiras impactam saúde pública em Portugal: eis as regiões mais expostas até dia 7 de agostoManuel Castro Almeida, ministro da Economia e da Coesão Territorial, garantiu durante os últimos dias que, especialmente para os agricultores, haverá apoios céleres e também “uma atenção particular” às pessoas que têm as suas casas afetadas.Apoio específico ao turismo de habitaçãoEstá igualmente previsto um apoio específico para as empresas ligadas ao turismo de habitação, sendo que o Governo se compromete também a comparticipar na reposição dos equipamentos municipais.O fogo em Arouca provocou danos numa casa devoluta, alguns anexos agrícolas e pequenos danos em duas habitações, tendo ainda destruído parte dos Passadiços do Paiva.O ministro Castro Almeida espera que, com a “experiência adquirida no ano passado”, o processo de atribuição dos apoios às vítimas dos incêndios possa ser “ainda mais rápido este ano, sobretudo para os agricultores”.“Quero que as coisas funcionem pelo menos como funcionaram no ano passado”, disse o governante, citado pela agência Lusa após uma reunião com a presidente da Câmara de Arouca, com vista a decidir como é que o Estado e a autarquia vão colaborar para apoiar as pessoas que foram vítimas do incêndio que fustigou aquele concelho do distrito de Aveiro durante três dias.Manuel Castro Almeida não quer que os atrasos de 2024 se repitam. Para além de garantir que o Governo irá “apoiar rapidamente as pessoas afetadas pelos incêndios florestais que lavraram nos últimos dias”.Artigo relacionadoO fumo dos incêndios afeta gravemente a qualidade do ar e é uma ameaça à saúde respiratória: conheça os seus impactosO ministro da Coesão assegurou ainda que os prejuízos que se cifram em “pequenos valores” - “abaixo de 10 mil euros” - serão pagos sem necessidade de apresentação de formulários pelos proprietários visados.“Não vamos estar a pedir papéis"“Na próxima semana, o Governo vai avaliar a situação e definir os termos do apoio. Eu não venho para aqui com um livro de cheques na mão para passar um cheque. O que vamos é ser muito rápidos a definir os termos do apoio. Já na próxima semana isso será feito”, garantiu Castro Almeida.“Não vamos estar a pedir papéis. É na base da prova testemunhal, vendo no local, com alguém da Câmara Municipal ou da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), define-se o valor e pagamos imediatamente”, disse o governante.Ao lado do ministro da Coesão, Margarida Belém, presidente da Câmara de Arouca, disse que numa primeira estimativa, o incêndio provocou um “prejuízo superior a 10 milhões de euros”, mas ainda sem contabilizar as perdas na receita turística e as relacionadas com a imagem do município.O território continental de Portugal encontra-se, até à próxima quinta-feira, em situação de alerta ditada pelo aumento acentuado da temperatura e pelo consequente risco de incêndios. Este esses prejuízos está a destruição de parte dos Passadiços do Paiva, que são utilizados anualmente por milhares de visitantes, nacionais e estrangeiros, e que que são uma das principais fontes de receita para a economia local.A autarca de Arouca, Margarida Belém, disse ainda que, nesta altura, a principal preocupação da autarquia é “arranjar medidas e equipamentos para apoiar as pessoas”, nomeadamente aquelas que ficaram sem abastecimento de água potável. Mais de 4000 ha de floresta ardidosPor essa razão, emitiu um despacho excecional para garantir que o município dá resposta a essa necessidade imediata, fornecendo a tubagem para as pessoas poderem repor a situação.O incêndio que deflagrou a 28 de julho em Arouca chegou a ter cerca de 50 quilómetros de perímetro e consumiu neste município uma área de cerca de 4000 hectares de floresta, alastrando depois aos concelhos vizinhos de Castelo de Paiva e Cinfães.

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Primeira semana de agosto arranca com aviso vermelho de calor na Região Norte, mas há alívio das temperaturas à vista

Para além do Norte, as regiões Centro e Sul também contam com avisos meteorológicos devido ao calor persistente. No entanto, espera-se uma pequena descida dos valores. Saiba em que dias!A semana inicia quente, à semelhança dos últimos dias, onde praticamente todo o território continental se encontra sob aviso meteorológico de calor. No Norte estes avisos são vermelhos e abrangem os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real e Bragança.Beja encontra-se sob aviso amarelo e Faro está livre de avisos. Os restantes distritos estão sob aviso laranja. Os critérios de emissão do IPMA para os avisos meteorológicos variam conforme as regiões e não conforme as temperaturas por si só.Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações.No caso do Norte, à exceção de Vila Real, qualquer distrito acima dos 38 ºC já é considerado para aviso vermelho. No caso específico de Vila Real, é considerado o aviso vermelho acima dos 39 ºC. No caso de Santarém, Évora e Beja, por exemplo, este aviso é emitido quando se esperam valores acima dos 43 ºC.Até 7 de agosto os avisos estarão ativos, mas dar-se-á um pequeno alívio dos termómetrosPara hoje, segunda-feira, esperam-se máximas entre os 24 ºC em Viana do Castelo e os 38 ºC em Vila Real. O Vale do Douro deverá ser a região mais quente do país, com os valores a rondar os 41 ºC em alguns pontos.Para hoje, os valores devem ultrapassar os 40 ºC em vários pontos do Norte, especialmente na região do Vale do Douro.Também a partir de hoje, as poeiras saarianas darão entrada no território devendo permanecer durante a semana e até mesmo intensificar a sua concentração à medida que os dias passam.Para amanhã, terça-feira, espera-se um novo aumento das temperaturas, onde as mesmas deverão oscilar entre os 27 ºC em Aveiro e os 40 ºC em Castelo Branco. Localmente, serão vários os locais a ultrapassar os 40 ºC de Norte a Sul do país, podendo este ser o dia mais quente da semana.Entre quarta e quinta-feira poderemos notar algum alívio em alguns locaisNa quarta-feira poderá sentir-se um pequeno alívio das temperaturas, especialmente nos locais mais próximos da linha costeira, ainda que mesmo no interior se denotem diminuições de 2/3 ºC. Os valores máximos de temperatura deverão oscilar entre os 23 ºC em Viana do Castelo e os 38 ºC em Beja. A faixa interior deverá registar os valores mais elevados a nível local, registando até 40 ºC em locais como o Vale do Douro, Beira Baixa e Alentejo.Na quinta-feira não se descarta a possibilidade de chuva fraca em alguns locais do Centro do país.Ainda que os primeiros dias da semana possam contar com céu geralmente limpo, não se descartando a presença de algumas nuvens altas, quinta e sexta-feira poderão ser os dias mais nublados da semana, contando com boas abertas. Como podemos observar no mapa acima, quinta-feira pode, inclusive, contar com alguma precipitação fraca, ainda que, devido aos valores elevados de temperatura, a mesma pode não chegar ao solo.Artigo relacionadoCalor tórrido, incêndios e poeiras impactam saúde pública em Portugal: eis as regiões mais expostas até dia 7 de agostoQuinta-feira poderá contar com uma nova descida dos valores, sendo esperadas máximas entre os 20 ºC para Viana do Castelo e os 37 ºC para Vila Real e Bragança. Mais uma vez, o Vale do Douro poderá ser a região mais quente do país, com vários locais a chegar aos 42 ºC.A partir de sexta, os valores podem voltar a aumentarPara quem está cansado deste calor, temos más notícias. Os nossos modelos apontam para uma nova subida dos valores de temperatura a partir de sexta-feira, dia 8 de agosto. As noites continuarão quentes, com algumas oscilações. No entanto, com valores noturnos tropicais, a anomalia térmica mantém-se positivamente elevada em todo o país.Desta forma, esperam-se máximas entre os 24 ºC em Viana do Castelo e os 39 ºC em Castelo Branco, Santarém, Évora e Beja. Neste dia, as regiões do Ribatejo e Alentejo deverão ser as mais quentes, com valores localmente elevados, na ordem dos 41 ºC.Esta tendência de aumento manter-se-á no sábado, dia 9 de agosto, principalmente na faixa interior. Para este dia, esperam-se máximas entre os 25 ºC em Viana do Castelo e os 41 ºC em Beja. As cidades de Castelo Branco, Santarém e Évora devem registar 40 ºC de máxima.

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Como surgem os raios? A ciência revela um mistério em cadeia

Um novo estudo sugere que os raios começam com uma avalanche de eletrões acelerados nas nuvens, desencadeada por partículas cósmicas. E também explica os flashes gama invisíveis detetados antes do relâmpago.O mistério dos raios está resolvido: raios cósmicos libertam avalanches de eletrões e iluminam o céu.Durante séculos, os raios foram um dos fenómenos naturais mais espetaculares e enigmáticos da Terra. Desde as primeiras observações científicas até às modernas câmaras de alta velocidade, a origem dos raios permaneceu envolta em mistério.Um eletrão vindo do espaço pode ser a faísca que provoca um raio na Terra.Agora, um novo estudo publicado na revista Journal of Geophysical Research: Atmospheres, liderado por Victor Pasko, professor de engenharia elétrica na Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual da Pensilvânia, oferece uma resposta que parece mais ficção científica do que meteorologia: os raios podem começar com uma inundação de eletrões relativísticos desencadeada por raios cósmicos.Um disparo do cosmosO mais surpreendente sobre o novo modelo é que ele sugere que um raio pode começar com algo tão pequeno quanto um único eletrão. Esse elétron "semente" pode vir de um raio cósmico, aquelas partículas de alta energia que viajam pelo espaço e atingem constantemente a nossa atmosfera.Quando este pequeno viajante espacial entra numa nuvem com o campo elétrico adequado, ele ganha velocidade e colide com moléculas de ar. Esse impacto produz radiação na forma de raios X e fotões gama, além de libertar mais eletrões para se juntar à equipa. Este é o início do que os cientistas chamam de Avalanche de Eletrões Relativística (RREA).Um pequeno eletrão cósmico pode desencadear, em microssegundos, uma avalanche invisível capaz de libertar um raio.O processo é como um efeito dominó ultrarrápido: em microssegundos, milhões de eletrões percorrem a nuvem, gerando uma explosão de energia que pode transformar-se num raio visível — ou não.O que não sabíamos antesA teoria das avalanches de eletrões não é inteiramente nova, mas este trabalho fornece uma descrição quantitativa detalhada do fenómeno pela primeira vez. Utilizando simulações de alta precisão, a equipa conseguiu demonstrar como os campos elétricos da nuvem podem acelerar eletrões a velocidades próximas à da luz.Ao longo do caminho, esses eletrões emitem radiação gama e desencadeiam um efeito fotoelétrico: mais eletrões são libertados, amplificando a reação em cadeia.Um flash de raios gama bem alto pode ser a faísca invisível que inicia um raio visível vários quilómetros abaixo.Este modelo também ajuda a resolver outro mistério: os raios gama terrestres (TGFs), rajadas de radiação altamente energética detetadas em tempestades, que às vezes ocorrem sem raios visíveis ou trovões audíveis.De acordo com esta investigação, a cascata de eletrões pode ocorrer numa área muito localizada da nuvem, gerando radiação, mas sem produzir a clássica descarga repentina. É o que alguns meteorologistas chamam de 'tempestades fantasmas'.Raios invisíveis... mas poderososUm dos aspetos mais impressionantes dessa teoria é que ela explica por que parte da atividade elétrica de uma tempestade pode passar completamente despercebida a olho nu. Imagine que acima da sua cabeça, a vários quilómetros de altura, uma reação elétrica capaz de gerar radiação gama está a ocorrer... e não consegue ver absolutamente nada.Mesmo que não haja relâmpagos, a energia está lá. Isso abre caminho para novas linhas de investigação para entender como estes processos podem afetar aviões, satélites ou até mesmo as telecomunicações.Entender precisamente como e quando os raios caem pode melhorar as previsões meteorológicas e os alertas de tempestades severas.Imagine ser capaz de detetar as condições exatas quando um raio "invisível" está prestes a cair e fornecer um alerta antecipado para quem trabalha ou viaja em áreas de risco. Isso também poderia aprimorar modelos climáticos e ferramentas de monitorização, como sensores de raios já em operação em terra e em satélites.Além disso, essa descoberta conecta o clima do nosso planeta com processos que ocorrem em escala cósmica. Um eletrão nascido a anos-luz de distância pode ser a faísca que desencadeia um raio numa tempestade em algum lugar na Terra.Os raios nas nuvens são a chave para o desenvolvimento da vida, segundo estudo de HarvardEntão, da próxima vez que ouvir um trovão ou vir um relâmpago cruzar o céu, considere que talvez tudo tenha começado com um minúsculo eletrão viajando das profundezas do cosmos. E que, graças à ciência, estamos a chegar mais perto de compreender todas as etapas dessa espetacular reação em cadeia.Referências da notíciaScience Daily. Los científicos finalmente resuelven el misterio de qué desencadena los rayos.Journal of Geophysical Research. El efecto fotoeléctrico en el aire explica la iniciación de los rayos y los destellos de rayos gamma terrestres.

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Interrupção da dispersão de sementes limita o recrescimento das florestas tropicais

Será que os animais são assim tão importantes na dispersão de sementes nas florestas tropicais? Saiba mais aqui!As florestas tropicais cobrem apenas cerca de 6% da superfície da Terra, mas abrigam mais de 50% das espécies conhecidas de plantas e animais!O estudo científico demonstra que cerca de 81% das espécies de árvores tropicais dependem de animais para a dispersão de sementes. Realçando uma série de estudos recentes que vieram a destacar um elo menos visível, mas absolutamente essencial neste processo: os animais, especialmente os frugívoros, que dispersam as sementes de grande parte das árvores tropicais — sobretudo aves, primatas e outros mamíferos frugívoros.A perda desses dispersores, resultante da fragmentação do habitat, da caça e do declínio da biodiversidade, leva a uma interrupção crítica nos processos ecológicos que sustentam a regeneração natural das florestas. Os dados utilizadosUtilizando um extenso conjunto de dados — mais de 17 mil parcelas de vegetação em regiões tropicais — e modelos computacionais avançados, os autores revelam que áreas florestais onde os dispersores foram eliminados ou reduzidos podem sofrer uma diminuição de até 57% na capacidade de sequestro de carbono ao longo do tempo. Ou seja, sem a ação dos animais, menos sementes são levadas a locais apropriados para germinar, o que compromete o crescimento de novas árvores e, por consequência, a capacidade da floresta de absorver CO₂ da atmosfera.Apesar da vegetação densa, os solos da floresta tropical são geralmente pobres em nutrientes, pois a maior parte da matéria orgânica é rapidamente reciclada na superfície.Por exemplo, através de uma análise quantitativa detalhada da contribuição das aves frugívoras na regeneração da Mata Atlântica. Usando modelos ecológicos e simulações em larga escala, os investigadores demonstraram que a presença de grandes frugívoros — responsáveis por transportar sementes de espécies de árvores com madeira densa e elevado potencial de sequestro de carbono — é fundamental para garantir a recuperação funcional das florestas. O estudo identificou um limiar crítico: em paisagens com menos de 40% de cobertura florestal ou com fragmentos separados por mais de 133 metros, a capacidade de dispersão e regeneração natural decresce drasticamente. Nestes casos, a regeneração ativa, com plantação assistida e enriquecimento ecológico, torna-se imprescindível. Ideias a reterAo perdermos os animais dispersores, perdemos também a infraestrutura ecológica necessária para manter florestas tropicais saudáveis e resilientes às alterações climáticas. A presença ativa de dispersores não apenas assegura a regeneração da floresta, mas também determina que espécies de árvores irão prosperar — favorecendo espécies de crescimento rápido e grande porte que são mais eficazes na captura de carbono. Portanto, conservar animais dispersores é também conservar o potencial climático das florestas tropicais.As estratégias de mitigação das mudanças climáticas devem incorporar a conservação da fauna como um componente central. Isso inclui restaurar populações de dispersores, conectar fragmentos florestais por meio de corredores ecológicos e combater a caça e o comércio ilegal de fauna. Além disso, os modelos climáticos globais — e mesmo os projetos de reflorestamento e compensação de carbono — devem considerar o papel funcional da fauna na estrutura e dinâmica da floresta. A simples plantação de árvores, sem a presença de agentes naturais de dispersão, poderá resultar em ecossistemas empobrecidos e menos eficazes na remoção de carbono.Artigo relacionadoAlterações na floresta tropicalEm suma, a mensagem a passar é: proteger a fauna não é apenas proteger a biodiversidade — é proteger a própria funcionalidade ecológica das florestas tropicais, essenciais no combate às alterações climáticas. A integração da conservação da fauna em políticas ambientais pode aumentar a eficácia das florestas como sumidouros de carbono. Essa nova visão amplia e aprofunda o conceito tradicional de restauração ecológica, colocando os animais como agentes indispensáveis na regeneração de florestas tropicais e na estabilização do clima global.Referência da notícia Bello, C., Crowther, T.W., Ramos, D.L. et al. Frugivores enhance potential carbon recovery in fragmented landscapes. Nat. Clim. Chang. 14, 636–643 (2024). https://doi.org/10.1038/s41558-024-01989-1 C.A. Peres, T. Emilio, J. Schietti, S.J.M. Desmoulière, & T. Levi. Dispersal limitation induces long-term biomass collapse in overhunted Amazonian forests, Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 113 (4) 892 897, https://doi.org/10.1073/pnas.1516525113 (2016).E.C. Fricke, S.C. Cook-Patton, C.F. Harvey, & C. Terrer, Seed dispersal disruption limits tropical forest regrowth, Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 122 (30) e2500951122, https://doi.org/10.1073/pnas.2500951122 (2025).

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Portugal no pódio das viagens em família: e com toda a razão

De norte a sul, Portugal reúne tudo o que as famílias procuram: segurança, boa comida, sol, cultura e passeios para todas as idades — sem stress, nem grandes distâncias.Descubra porquê. Foto: UnsplashViajar em família pode ser uma experiência mágica — ou um verdadeiro teste à paciência. Encontrar um destino onde os miúdos não se aborreçam, os avós não se cansem, e os pais consigam relaxar sem precisar de um plano militar, não é tarefa fácil. Mas Portugal tem vindo a mostrar que, afinal, é possível agradar a gregos e troianos. E agora, essa qualidade foi oficialmente reconhecida: Portugal é o 2.º melhor destino da Europa para viagens em família multigeracional.Quem o diz é um estudo da ‘Mirador Living’, que analisou 36 países europeus, tendo em conta tudo aquilo que realmente importa quando se viaja com toda a família às costas: alojamentos adequados para todos, atrações para crianças, preços acessíveis, qualidade nos cuidados de saúde, facilidade de deslocação e — claro — a quantidade de sol por metro quadrado.O que faz de Portugal um país “family-friendly”?Antes de mais, o tamanho conta. E neste caso, o facto de Portugal ser um país compacto é uma vantagem. É possível passar uma manhã a explorar uma cidade histórica, fazer uma pausa para almoçar peixe grelhado numa vila costeira e, à tarde, acabar numa praia ou numa serra — tudo sem perder meio dia em deslocações. Lisboa, Porto ou Faro estão a curta distância de praticamente tudo o que se queira ver, fazer e provar — já para não falar que se exploram bem a pé.E, se falarmos em comida, em Portugal come-se bem, muito e barato. A nossa gastronomia é simples e reconfortante — ideal para crianças esquisitas e avós com saudades da comidinha “de verdade”. Bacalhau, frango assado, sopa caseira e arroz de tomate são só alguns dos pratos que reúnem toda a família à mesa. E sim, há gelados e pastéis de nata suficientes para manter todos bem-humorados.Artigo relacionadoCalor a mais? Esta praia fluvial tem tudo o que precisaAlém disso, somos um povo que gosta genuinamente de receber. Aqui, ninguém torce o nariz a crianças em restaurantes, e os mais velhos são tratados com respeito e carinho. O ambiente descontraído e a simpatia dos portugueses fazem com que as famílias se sintam em casa — mesmo quando estão a milhares de quilómetros da sua.Sol, segurança e passeios para todosOutro ponto a favor? O clima. Com mais de 300 dias de sol por ano em muitas regiões, há poucas probabilidades de ver uma semana de férias estragada pela chuva. Além disso, Portugal continua a ser considerado um dos países mais seguros da Europa, o que dá uma dose extra de tranquilidade a quem viaja com crianças pequenas ou familiares mais vulneráveis.Concorda? Foto: UnsplashQuerem natureza? Há trilhos simples no Gerês, praias calmas no Alentejo e parques temáticos no Algarve. Preferem cultura? Lisboa, Évora, Guimarães ou Coimbra oferecem museus, monumentos e histórias fascinantes, contadas de forma acessível a todas as idades.Portugal pode não ter ficado em primeiro lugar (esse lugar foi para Malta), mas estar no top 2 da Europa é motivo de orgulho — e mais uma prova de que o nosso país tem muito para oferecer a quem viaja em grupo, com gerações diferentes e interesses variados.Artigo relacionadoAçores em alta: perceba como um arquipélago discreto derrotou o Havai“Portugal impressionou-nos bastante no ranking de países favoráveis às famílias. É um país que equilibra cultura, conforto e acessibilidade de uma forma que funciona para todos, desde crianças pequenas até avós. O que destaca Portugal não são apenas os números. É a forma como as cidades são fáceis de percorrer a pé, as refeições são acessíveis e agradam a todos, e os habitantes locais fazem tudo para receber bem as famílias”, notou Dharam Khalsa, CEO e cofundador da ‘Mirador Living’.Segue-se Itália em terceiro, Países Baixos em quarto e Grécia em quinto. Bélgica, Reino Unido, Eslovénia, França e Suíça completam o top 10.Da próxima vez que estiver a planear uma viagem em família, talvez a melhor resposta não esteja a várias horas de avião, mas mesmo aqui ao lado. Com mar, sol, boa comida, segurança e um povo que trata todos como se fossem da casa.

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Como proteger os oceanos da pesca predatória? Com satélites de última geração, respondem os investigadores

As Áreas Marítimas Protegidas mais remotas continuam a ser um alvo contínuo de atividades ilegais, mas os dois estudos publicados na Science demonstram que as tecnologias avançadas podem alterar rapidamente este cenário.Com comunicações de última geração e inteligência artificial é possível fiscalizar a atividade piscatória, dizem os investigadores. Foto: Céréales Killer, CC BY-SA 1.0, via Wikimedia CommonsAs Áreas Marítimas Protegidas cobrem atualmente 8% dos oceanos. O objetivo das Nações, no entanto, é chegar aos 30% em 2030. Mas o grande desafio, esse, passa por conseguir assegurar a vigilância destas águas em todo o mundo, protegendo-as da pesca predatória.Se a monitorização mais próxima da costa é relativamente eficiente, o mesmo não se poderá dizer das zonas remotas e inacessíveis. O estudo conduzido pela Universidade Montpellier, em França, levanta uma realidade preocupante.Procurando quantificar a atividade pesqueira em mais de seis mil Áreas Marítimas Protegidas (AMP), os investigadores recorreram a imagens de satélite para concluir que quase metade destas zonas (47%) foram alvo de pesca ilegal entre 2022 e 2024.Apesar da interdição, os instrumentos de vigilância atuais foram incapazes de detetar a invasão nas zonas mais afastadas. Bastou desligar os dados de sistema automático (AIS, na sigla em inglês) para as embarcações passarem desapercebidas no radar das autoridades marítimas.O mapa mostra as AMP (a azul) sobrepostas às imagens de satélite, com as percentagens de embarcações detetadas em cada continente. Imagem: ScienceMais de 80% dos barcos não rastreados foram localizados precisamente nas águas cuja atividade extrativa está totalmente interdita. No estudo, publicado na revista Science, os autores defendem que estes resultados evidenciam uma presença contínua da pesca industrial.A vulnerabilidade das Áreas Marítimas ProtegidasAs AMP são ferramentas cruciais para a conservação da biodiversidade marinha, mas o que esta investigação expõe é uma lacuna relevante que pode comprometer a sua eficácia. O estudo é por isso uma chamada de atenção, mas também serve para mostrar que a resposta pode estar no uso da tecnologia avançada.Artigo relacionadoParlamento Europeu quer combater práticas de pesca não sustentáveis por países terceiros. Novas regras aprovadasDo mesmo modo que os investigadores usaram a ciência e soluções inovadoras para estudar a atividade piscatória ilegal, também as autoridades de cada país poderão utilizar recursos semelhantes para vigiar as AMP sob a sua alçada. É importante, como tal, investir em tecnologia de satélite de radar de abertura sintética (SAR, na sigla em inglês). Utilizando comunicações de última geração e inteligência artificial (IA), os cientistas demonstraram que é possível monitorizar e fiscalizar a pesca ilegal, mantendo estas áreas protegidas não somente no papel, mas sobretudo no terreno, que é o que efetivamente importa.O SAR envia impulsos de radar para a superfície do oceano e mede as reflexões, permitindo que os modelos de IA identifiquem a maioria das embarcações com mais de 15 metros de comprimento, mesmo quando os dados do sistema automático estão desligados.A eficácia da vigilância no combate à pesca ilegalQuando a vigilância funciona o que se verifica, aliás, é que é possível travar as atividades extrativas nas águas delimitadas como protegidas. Essa é a boa notícia revelada por um outro estudo também publicado na mesma altura pela revista científica Science.O mapa mostra como os investigadores monitorizaram a atividade pesqueira industrial, usando satélites e inteligência artificial para detetar embarcações ilegais. Imagem: Jennifer Raynor, Sara Orofino e Gavin McDonald/ScienceA investigação, coordenada pela Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, monitorizou 1380 áreas classificadas como “altamente” e “totalmente” protegidas localizadas próximas de zonas costeiras.Os resultados revelaram que, em 78,5% das AMP estudadas, a pesca comercial era inexistente. Nas restantes águas em que foram detetadas operações ilegais, 82% tinham uma média de menos de 24 horas de atividade por ano. Os cálculos demonstraram que essas Áreas Marítimas Protegidas tinham em média, nove vezes menos embarcações por quilómetro quadrado dos que as zonas costeiras não protegidas.Significa isto que a vigilância funciona e que investir em tecnologia traz resultados imediatos. E, quando se protegem as áreas marítimas, todos saem a ganhar. Os ecossistemas regeneram, a vida marinha recupera e a pesca é o primeiro setor da economia a beneficiar com o aumento dos stocks pesqueiros.A pesca ilegal, por outro lado, compromete não apenas o futuro desta atividade, como representa uma ameaça global para a saúde dos oceanos. Proteger os nossos mares das atividades extrativas contribui também para contrariar o arrefecimento das águas.A exploração ilegal dos stocks pesqueiros afeta a sustentabilidade dos ecossistemas marinhos, a segurança alimentar e os meios de subsistência de comunidades costeiras. Foto: Adiprayogo Liemena/PexelsA captura de pescado ilegal, muitas vezes associada a práticas destrutivas, como a pesca de arrasto de fundo, danifica ecossistemas vulneráveis e liberta gases de efeito estufa.Artigo relacionadoOs tubarões estão em risco de extinção devido à pesca. Um novo estudo explica porque é que esta prática tem de mudarO fenómeno, como sabemos, agrava o aquecimento global, afetando as cadeias alimentares e a sobrevivência de inúmeras espécies. “Por outras palavras, a indústria pesqueira beneficia com o cumprimento das regras”, remata Eric Sala, um dos autores do estudo, citado no comunicado da Universidade de Wisconsin-Madison.Referências da notíciaRaphael Seguin, Frédéric Le Manach, Rodolphe Devillers, Laure Velez & David Mouillot. Global patterns and drivers of untracked industrial fishing in coastal marine protected areas. ScienceJennifer Raynor, Sara Orofino, Christopher Costello, Gavin McDonald, Juan Mayorga & Enric Sala. Little-to-no industrial fishing occurs in fully and highly protected marine areas. Science

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Jacarandá: a árvore com flores roxas que transforma as ruas e os jardins

Sombra, cor e elegância unem-se nesta árvore, que ilumina a primavera chilena com a sua floração espetacular. Ideal para avenidas e parques.ChatGPT disse: As flores do jacarandá tornam as ruas e os jardins roxos na primavera, tornando-o numa das árvores ornamentais mais admiradas.Originário da América do Sul, o jacarandá (Jacaranda mimosifolia) ganhou fama nas ruas, parques e jardins de todo o mundo graças às suas flores roxas brilhantes. No Chile, encontra-se frequentemente em cidades de clima temperado, como Santiago, Rancagua ou La Serena, onde proporciona uma sombra ligeira e uma paisagem única quando floresce na primavera.Esta árvore, que pode atingir até 15 metros de altura, distingue-se pela sua copa larga e elegante e pela sua folhagem composta e caducifólia no inverno. A sua espetacular floração ocorre entre o final de setembro e outubro, coincidindo com a chegada do bom tempo e a polinização de muitas espécies de insectos.Porque é que é tão popular como árvore de rua? O seu crescimento relativamente rápido, a sua copa larga mas leve e a sua resistência à poluição tornam-na ideal para as zonas urbanas. Ao contrário de outras árvores, as suas raízes não levantam facilmente os pavimentos e os seus ramos deixam entrar alguma luz, criando uma sombra agradável sem escurecer excessivamente os espaços.O Jacarandá é uma escolha segura para plantar perto de estradas e passeios, sem risco de danos causados por raízes invasoras.Além disso, a sua floração primaveril oferece um espetáculo único que contrasta com a aridez de algumas cidades do norte e do centro do país, trazendo frescura e cor.Onde o plantar e o que precisa para floresceruO jacarandá precisa de sol pleno para florescer abundantemente e de um solo bem drenado, embora possa adaptar-se a solos pobres se forem enriquecidos com composto. Prefere os espaços abertos, longe dos edifícios baixos, para que a sua copa possa crescer livremente.As plantas jovens são sensíveis às geadas, por isso, se a cultivar em regiões com invernos frios, é preferível plantá-la em locais abrigados ou em encostas viradas a norte.Cuidados essenciais para um crescimento ótimo:Rega: Moderada, frequente no verão e quase inexistente no inverno.Poda: ligeira, apenas para eliminar os ramos secos ou desalinhados, de preferência após a floração.Fertilização: O composto ou o adubo equilibrado na primavera favorecem uma floração abundante.Bem cuidado, o jacarandá torna-se uma árvore de vida longa e pouco exigente, ideal para quem procura beleza sem grandes constrangimentos.Onde é que o jacarandá cresce melhor no Chile?O jacarandá adapta-se bem às regiões onde as temperaturas invernais raramente descem abaixo de 0 °C. Encontra, por isso, condições ideais na zona chico central e norte do Chile, nomeadamente em cidades como La Serena, Valparaíso, Viña del Mar e Santiago. Nestas regiões, a sua floração é abundante e regular na primavera e o seu crescimento é relativamente rápido.O jacarandá adapta-se bem ao clima temperado do Chile e é comum em cidades da zona central e do norte do país.Por outro lado, nas regiões meridionais, onde as geadas são frequentes e severas, como Ñuble, La Araucanía e a Região dos Lagos, o seu cultivo ao ar livre é mais arriscado, especialmente para as plantas jovens, que podem não sobreviver a vários episódios de frio abaixo de zero.Artigo relacionadoNem petúnias nem gerânios: as melhores plantas de pouca água para um verão quenteNestas regiões, se desejar plantar um jacarandá, é melhor fazê-lo em microclimas protegidos, como os pátios interiores virados para o norte, e oferecer-lhe proteção invernal durante os seus primeiros anos.Esta sensibilidade ao frio explica porque é que o jacarandá se tornou tão popular como árvore ornamental urbana nas cidades de clima temperado: a sua resistência à poluição, as suas raízes não invasivas e a sua floração espetacular fazem dele uma escolha ideal para as avenidas e praças.Valor ecológico e precauções Para além do seu valor ornamental, o jacarandá proporciona sombra, ajuda a filtrar os poluentes urbanos e atrai insetos polinizadores durante a sua floração. Quando em flor, o jacarandá atrai abelhas e outros insectos polinizadores, contribuindo para a biodiversidade urbana.No entanto, como espécie introduzida, o jacarandá pode representar um risco se for plantado perto de ecossistemas nativos. Em algumas regiões onde se naturalizou, como na Austrália e na África do Sul, é considerado invasor porque tende a suplantar a flora local. No Chile continental, ainda não foi registada como uma espécie invasora, mas é prudente evitar a sua plantação em zonas rurais ou perto de espaços naturais.

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A mitologia das constelações: o cavalo alado Pégaso

Com este artigo, juntamos a quarta peça a um dos mais belos mitos da Grécia clássica. Estamos a falar do mito de Andrómeda, cuja salvação depende do cavalo alado Pégaso, montado por Perseu, que a salva das garras do monstro marinho.Representação da constelação de Pégaso, ilustrada por Johannes Hevelius no século XVII. Na versão original da qual esta imagem foi retirada, Pégaso aparece de cabeça para baixo. O mito de Andrómeda deve ter sido muito precioso, com cerca de seis constelações para descrever a sua história. Grande parte do céu do norte é inteiramente dedicado a este conto mitológico. Pégaso na mitologiaNa mitologia grega, Pégaso é o mais importante dos cavalos alados. Nasceu da terra encharcada de sangue da górgona Medusa, cuja cabeça Perseu cortou a pedido de Polidectes. E Pégaso está novamente ligado a Perseu no mito de Andrómeda. Artigo relacionadoViaje pela mitologia das constelações: Cefeu, rei da EtiópiaPégaso, inicialmente utilizado por Zeus para transportar raios para o Olimpo, a residência dos deuses, foi domado por Belerofonte, que o utilizou como montada para matar a Quimera, um monstro mitológico com cabeça de leão, corpo de cabra e cauda de serpente.Após a morte do herói, causada pela queda de Pégaso, o cavalo alado volta para os deuses.Perseu em Astronomia Perseu é uma das mais antigas das 48 constelações enumeradas por Ptolomeu (astrónomo, astrólogo e geógrafo egípcio do século II d.C.) na sua obra Almagest. É uma constelação setentrional caracterizada por um grande quadrilátero (o quadrado de Pégaso), o que a torna facilmente reconhecível.Constelação de Pégaso. As estrelas mais brilhantes mostradas aqui estão marcadas com letras gregas. Também têm nomes árabes.É composto por numerosas estrelas variáveis. As variáveis do tipo Mira (estrelas pulsantes) incluem R e S Persei; IM Pegasi está entre as variáveis eclipsantes; e IK Pegasi, uma candidata a uma explosão de supernova. Numerosos sistemas planetários encontram-se na direção desta constelação, incluindo o famoso 51 Pegasi.Artigo relacionadoO mistério de Albireo, uma estrela inesquecível na constelação do Cisne51 Pegasi b foi o primeiro exoplaneta descoberto em 1995 (usando o método da velocidade radial). A semelhança desta constelação com a figura do cavalo alado é maior do que a das outras seis constelações míticas.Visibilidade da constelaçãoA constelação de Pégaso é claramente visível todas as noites, de julho ao início do inverno, na direção nordeste.Devido à rotação da Terra, as constelações, bem como toda a esfera celeste, giram em torno do pólo norte durante a noite. No entanto, devido à revolução da Terra em torno do Sol, mesmo que sejam observadas à mesma hora da noite, a sua posição no céu muda de semana para semana (movem-se no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio). Captura de ecrã do céu noturno a partir do Stellarium. O retângulo a tracejado indica a posição da constelação de Pégaso depois da meia-noite, entre julho e agosto. Crédito: Fabien e Guillaume Chereau.Para os entusiastas, recomendamos-lhe o poderoso software gratuito Stellarium. Permite-lhe ver o céu noturno e tudo o que nele existe, desde estrelas a constelações, planetas e outros objetos celestes, selecionando qualquer hora em qualquer data, recuando séculos ou milénios no passado ou avançando para o futuro. Este software também tem uma versão web que não requer instalação.

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Pirocúmulo ou cumulonimbus flammagenitus: saiba mais acerca da nuvem formada pelo incêndio em Vila Real

Se vive na Região Norte e olhou para o céu no dia de ontem, pode bem ter visto uma nuvem que, à primeira vista, é semelhante a uma nuvem de tempestade, no entanto, era uma pirocúmulo. Saiba mais aqui!A nuvem de fumo associada ao incêndio que continua ativo em Vila Real, próximo de Sabrosa, foi avistada em vários concelhos e distritos do Norte de Portugal no dia 2 de agosto.À data da redação deste artigo, encontram-se ainda no local deste incêndio, próximo de Sabrosa (em Andrães), segundo o Fogos.pt, 311 operacionais, 102 viaturas e 1 meio aéreo para o combate às chamas. Contudo, a informação mais recente é que o mesmo se encontra em resolução.Para além deste, existem outros dois incêndios a deflagrar no distrito de Vila Real. Um em Torgueda, onde estão no local 79 operacionais e 24 viaturas, e outro em Pena, Quintã e Vila Cova - Sirarelhos, onde se encontram no local 192 operacionais, 58 viaturas e 9 meios aéreos.Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações.Também no distrito de Braga, em Celorico de Basto, ainda se encontra ativo o incêndio que deflagrou ontem, onde estão 271 operacionais, 80 viaturas e 7 meios aéreos. Todos estes incêndios se encontram numa das regiões com o risco mais elevado para o mesmo. Risco este que deverá permanecer ao longo dos próximos dias, onde se esperam temperaturas abrasadoras, estando os distritos do Norte sob aviso vermelho devido ao tempo quente.Nuvem de fumo peculiar avistada em vários locais da Região NorteAo longo do dia de ontem, sábado, dia 2 de agosto, foi avistada, em vários concelhos de vários distritos do Norte, uma nuvem curiosa. À primeira vista parecia uma típica cumulonimbus, que geralmente está associada à ocorrência de tempestades de granizo e trovoada. No entanto, e ainda que até fosse provável que fosse o caso, infelizmente a causa da nuvem que surgiu não está associada às mesmas causas que originam uma cumulonimbus "normal".Esta imagem é ilustrativa, mas mostra uma nuvem semelhante, formada a partir de um incêndio na Califórnia.O que muitos de nós observamos foi uma pirocúmulo ou cumulonimbus flammagenitus. Originada a partir do incêndio que ocorre em Vila Real, o primeiro que referimos neste artigo.O que é uma nuvem pirocúmulo?Pirocúmulo ou nuvem de fogo, é uma nuvem densa cumuliforme associada ao fogo, à atividade vulcânica e até mesmo à explosão de uma arma nuclear. Este tipo de nuvem pode formar-se através do intenso aquecimento do ar a partir da superfície.Este tipo de nuvem atinge a parte superior da troposfera, ou até mesmo níveis inferiores da estratosfera e pode envolver precipitação (embora, normalmente, leve), granizo, raios, ventos fortes de baixos níveis, e, em alguns casos, tornados, especialmente se forem particularmente grandes.Artigo relacionadoCalor tórrido, incêndios e poeiras impactam saúde pública em Portugal: eis as regiões mais expostas até dia 7 de agostoPara além disto, a pirocúmulo contém turbulência severa, que se manifesta com fortes rajadas na superfície, o que pode agravar a situação de combate aos incêndios, como também foi observado no incêndio de Andrães, em que as rajadas fortaleciam as chamas e pareciam formar "tornados".

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Calor tórrido, incêndios e poeiras impactam saúde pública em Portugal: eis as regiões mais expostas até dia 7 de agosto

Portugal continental atravessa a fase mais crítica do verão 2025. A prolongada onda de calor e os incêndios devastadores não dão tréguas, contribuindo para impactar a saúde pública, já para não falar das poeiras do Saara. Saiba a previsão completa!A atual onda de calor está a ser gerada pela combinação de um centro de altas pressões localizado a norte do arquipélago dos Açores (anticiclone dos Açores), que se vai estendendo em crista até ao Golfo da Biscaia, e por uma depressão térmica que se desdobra desde o Norte de África até à Península Ibérica. Nesta ação conjunta ocorrerá o transporte de uma massa de ar tropical continental (origem no Norte de África), muito quente e seco.Persistência de temperaturas extremamente elevadas desencadeia múltiplos avisos na nossa geografiaOs mapas de referência utilizados pela Meteored antecipam que este episódio de calor tórrido persista, pelo menos, até à próxima quinta-feira, 7 de agosto, não se excluindo a hipótese de que se prolongue para lá desta data. O período de tempo quente entre domingo (3) e terça-feira (5) será particularmente crítico, estando previstos valores de temperatura máxima do ar muito elevados.Prevê-se que a a atual onda de calor tórrido dure, pelo menos, até quinta-feira, 7 de agosto.Prevê-se que os termómetros registem entre 35 e 40 ºC em grande parte da geografia de Portugal continental, e entre 41 e 44 ºC no Alentejo (Portalegre, Évora, Beja), vale do Tejo (Lisboa, Santarém e Setúbal) e vale do Douro (Bragança, Vila Real, Viseu e Guarda). Nalguns locais das regiões supracitadas, a temperatura máxima poderá escalar até aos 45 ºC! Mesmo assim, é expectável uma descida temporária da temperatura máxima na segunda-feira (4) no Algarve.Incêndios libertam dióxido e monóxido de carbono. Em excesso estes gases são perniciosos para a saúdeSegundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o fumo dos incêndios florestais é uma combinação de poluentes atmosféricos perigosos, como as PM2.5, o dióxido de azoto, o ozono ou o chumbo, que tornam o ar contaminado. O fumo tóxico gerado pela combustão existente nos incêndios afeta o clima uma vez que são libertadas para a atmosfera quantidades enormes de dióxido de carbono e outros gases com efeito de estufa (GEE).Especialistas de universidades norte-americanas e britânicas esclarecem que no momento em que estas partículas chegam ao pulmão, o ser humano fica sujeito a uma inflamação sistémica, com todos os outros sistemas do corpo a ficarem potencialmente afetados. "O pulmão fica junto ao coração, pelo que há provas de que a exposição à poluição atmosférica pode afetar a saúde cardíaca."Colleen Reid, especialista da Universidade do Colorado em Boulder Ainda segundo estes especialistas, devemos estar conscientes de todos os perigos que os incêndios florestais representam, e não apenas do risco imediato para a vida. "Um dos poluentes resultantes dos grandes incêndios florestais é o monóxido de carbono", explica Kelly, professor e perito em saúde ambiental e poluição do Imperial College de Londres.Como papel químico! As concentrações de monóxido de carbono previstas para as próximas horas e dias em Portugal continental corresponde na perfeição às localidades e regiões mais afetadas pelos incêndios florestais. O Noroeste (Minho e Douro Litoral) poderão registar concentrações elevadíssimas (superiores a 400/500 µg/m³!)De acordo com este especialista, está provado que o monóxido de carbono é um poluente muito perigoso em concentrações elevadas, com potencial impacto na função cognitiva. Deste modo, é possível que, quando expostos repetidamente a incêndios florestais, os seres humanos possam desenvolver a médio ou longo prazo defeitos cardíacos e doenças degenerativas.Nos próximos 3 dias espera-se que os distritos mais afetados pelas concentrações excessivas de monóxido de carbono sejam: Viana do Castelo, Braga e Porto (níveis entre 350 e 550 µg/m³). Porém, é preciso cautela também nos de Vila Real, Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém, Lisboa, e partes dos de Setúbal, Portalegre e Castelo Branco (níveis de monóxido de carbono superiores a 200/250 µg/m³).Poeiras do Saara previstas pelo menos até quinta-feira, 7 de agosto, saiba os riscos para a saúdeAlém do vários perigos para a saúde humana e animal causados pelo calor extremo e pelos incêndios florestais, existem os riscos decorrentes do transporte de poeiras do Saara, cuja ocorrência é frequente quando Portugal continental fica condicionado por uma configuração sinóptica como a atual.A massa de ar tropical muito quente e seca proveniente do continente africano e, em concreto, do Deserto do Saara, conterá as já conhecidas poeiras. Estas partículas acarretam inúmeros benefícios para os solos e para a vegetação (por exemplo, são ricas em minerais que fertilizam culturas agrícolas e nutrem as paisagens, tornando-as verdejantes).Por outro lado, trazem malefícios para a saúde humanaDeterioração da qualidade do ar - a concentração de poeiras pode, em certas ocasiões, atingir números equivalentes aos de grandes cidades e metrópoles com elevados níveis de poluição atmosférica;Causam ou agravam problemas em pessoas com doenças respiratórias e/ou cardiovasculares;Podem desencadear reações alérgicas e ataques de asma.O perigo gerado pelas poeiras reside no conteúdo de bactérias, vírus, esporos, ferro, mercúrio e pesticidas.Na quarta-feira, 6 de agosto, espera-se que as poeiras do Saara fiquem em suspensão, sobretudo, sobre as regiões a sul da Serra da Estrela.Prevê-se que as poeiras do Saara cheguem de forma faseada a Portugal continental entre hoje, domingo (3) e quinta-feira (7), sendo possível que perdurem em território nacional para lá desta data. Apesar dos riscos para a saúde humana que as poeiras por vezes acarretam, as concentrações dos próximos dias não serão particularmente elevadas para colocar em perigo a saúde dos portugueses. Já no que concerne aos gases libertados pelos incêndios florestais, 'a história é outra', tal como comentámos acima.Artigo relacionadoPortugal sob calor extremo e vento forte esta segunda, 4 de agosto. Aviso vermelho no Norte e risco máximo de incêndioPrimeiro afetarão mais as regiões Sul e Centro na segunda (4), posteriormente - já na terça (5) - cobrirão o Norte também, e na quarta-feira, 6 de agosto, espera-se que condicionem a qualidade do ar e tornem o céu mais esbranquiçado/turvo na Beira Baixa, Alentejo, Algarve e Área Metropolitana de Lisboa.

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Novo estudo científico descreve as suas descobertas como um alerta planetário

Estudo recente, publicado na revista Science Advances, analisou mais de duas décadas de observações por satélite da NASA para estudar a evolução da água doce existente no globo.Água doce é um bem imprescindível para a vida na Terra. De acordo com o estudo o planeta sofreu perdas massivas de água doce nas últimas duas décadas devido aos efeitos combinados das alterações climáticas, do consumo excessivo de águas subterrâneas e das secas extremas.Registos contínuos são essenciais para compreender as mudanças de longo prazo no ciclo da águaPara avaliar as mudanças no armazenamento de água na Terra, os investigadores analisaram mais de vinte anos de observações por satélite, desde abril de 2002 a abril de 2024, das missões Gravity Recovery and Climate Experiment (GRACE) e GRACE Follow-On da NASA.Os autores deste estudo definiram o armazenamento de água terrestre como toda a água da superfície e da vegetação da Terra, a humidade do solo, o gelo, a neve e as águas subterrâneas armazenadas na terra.Foram identificadas mudanças significativas nos níveis de armazenamento de água comparando com estudos globais anteriores.Neste estudo da Universidade do Estado do Arizona também foi identificado um «ponto de viragem» em 2014-2015, anos que os meteorologistas geralmente caracterizam como “mega El Niño”. Na América do Norte, os anos de El Niño geralmente envolvem seca e calor no norte dos EUA e Canadá, com aumento das inundações no sul.Perto do ponto de inflexão, os extremos climáticos começaram a acelerar, levando a um aumento no uso de águas subterrâneas e ao ressecamento continental que ultrapassou as taxas de derretimento dos glaciares e camadas de gelo, de acordo com o estudo.Os investigadores identificaram o tipo de perda de água na terra e, pela primeira vez, descobriram que 68% provinha apenas das águas subterrâneas, contribuindo mais para o aumento do nível do mar do que os glaciares e calotas polares na terra.Quatro regiões do Globo com perda elevada de armazenamento de águaAvaliando os 22 anos de dados, os cientistas destacam o surgimento de quatro mega-regiões de seca à escala continental, todas localizadas no hemisfério norte, com implicações impressionantes para a disponibilidade de água doce.Tendências das alterações no armazenamento de água terrestre (fevereiro de 2003 a abril de 2024) calculadas para cada país.Essas quatro regiões incluem o Sudoeste da América do Norte e América Central, Alasca e norte do Canadá, Norte da Rússia e Oriente Médio-Norte da África e Pan-Eurásia que inclui grandes cidades desérticas, como Dubai, Casablanca, Cairo, Bagdad e Teerão.A 1ª região inclui as principais regiões produtoras de alimentos do sudoeste americano, juntamente com as principais cidades do deserto, como Phoenix, Tucson e Las Vegas, e as principais áreas metropolitanas, como Los Angeles e Cidade do México.A 2ª região inclui o derretimento dos glaciares alpinos no Alasca e na Colúmbia Britânica, o derretimento da neve e do permafrost nas altas latitudes canadenses e a seca em importantes regiões agrícolas, como a Colúmbia Britânica e Saskatchewan.A 3ª região, o Norte da Rússia, está passando por um grande derretimento da neve e do permafrost nas altas latitudes.Finalmente a 4ª região inclui grandes regiões produtoras de alimentos, incluindo Ucrânia, noroeste da Índia e região da Planície da China Setentrional, os mares Cáspio e Aral, em retração e grandes cidades, como Barcelona, Paris, Berlim, Daca e Pequim.A equipa de investigação relata que as áreas de seca em terra estão a expandir-se a uma taxa aproximadamente duas vezes maior do que a Califórnia a cada ano.A taxa na qual as áreas secas estão a ficar mais secas agora ultrapassa a taxa na qual as áreas húmidas estão a ficar mais húmidas, revertendo padrões hidrológicos de longa data. Desde 2002, 75% da população vive em 101 países que têm vindo a perder água doceDesde 2002, apenas os trópicos continuaram a ficar mais húmidos em média por latitude, algo que não foi previsto pelos modelos climáticos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. O autor principal do estudo comentou ser impressionante a quantidade de água não renovável que estamos a perder.Os glaciares e as águas subterrâneas profundas estão a ser utilizadas normalmente em vez de ficarem reservadas para momentos de necessidade.Artigo relacionadoSabia que um quarto da vida selvagem de água doce do mundo está em perigo? Como é que podemos evitar a sua extinção?Hrishikesh Chandanpurkar também lamentou o facto de os seres humanos não estarem a reabastecer os reservatórios de água subterrânea durante os anos chuvosos e, assim, estarem a aproximar-se de “uma falência iminente de água doce”.Descrevendo as suas descobertas como um alerta planetário, os autores do estudo salientaram a necessidade de investigação contínua que possa ajudar a informar os decisores políticos sobre estes graves desafios hídricos.Os investigadores chamaram a atenção para a necessidade de serem criadas oportunidades ao nível da comunidade para fazer mudanças significativas, particularmente no que diz respeito à extração excessiva de águas subterrâneas.As consequências do uso excessivo das águas subterrâneas restantes podem ameaçar a segurança alimentar e hídrica de milhares de milhões de pessoas em todo o mundo.A equipa de investigação acrescenta que a gestão estratégica da água, a cooperação internacional e políticas sustentáveis são essenciais para preservar a água para as gerações futuras e mitigar mais danos aos sistemas planetários.Referência da notícia“Unprecedented continental drying, shrinking freshwater availability, and increasing land contributions to sea level rise”, Hrishikesh A. Chandanpurkar et al., Science Advances, volume 11, Published: 25 July 2025.

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Há 80 mil anos, uma criança neandertal percorreu as dunas do Algarve. As suas pegadas foram agora encontradas

Estudo internacional liderado pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa identificou as primeiras pegadas fossilizadas dos neandertais em território português.Reconstituição do sítio de Monte Clérigo, detalhando as pegadas de neandertais. Imagem gerada por IA, com ilustrações finais de J.M. Galán. Foto: Nature / J.M. GalánO período Neandertal, também conhecido como Pleistoceno Médio e Superior, estendeu-se de cerca de 400 mil anos atrás até há aproximadamente 40 mil anos. Durante este período, os neandertais (Homo neanderthalensis) habitaram a Europa, a Ásia Central e o Médio Oriente. Organizaram-se em sociedades igualitárias, sem líderes nem hierarquias impostas, coexistindo e interagindo também com o Homo Sapiens, o nome científico atribuído ao homem moderno.Os nossos antepassados também andaram pela região do Algarve, constituíram famílias, caçaram em grupos nas dunas, usaram o fogo para cozinhar e levaram uma vida nómada com estratégias de sobrevivência adaptadas às condições ambientais.Todo esse percurso pôde ser reconstituído com as pegadas de neandertais agora localizadas na costa sudoeste de Portugal, nos sítios de Monte Clérigo, no município de Aljezur e da Praia do Telheiro, em Vila do Bispo. Pés de crianças e de adultos nas areias do passadoOs vestígios, preservados em arenitos fossilizados, datam de cerca de 82 mil a 78 mil anos atrás. Foram descobertos por uma equipa internacional de cientistas, liderada pelo paleontólogo Carlos Neto de Carvalho, investigador do Instituto Dom Luiz da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e coordenador científico do Geopark Naturtejo.Em Monte Clérigo, os investigadores identificaram várias pegadas, incluindo a de um adulto e de um rapaz entre os sete e os nove anos. A descoberta mais impressionante, no entanto, foi a marca de um pé de uma criança com menos de dois anos, sem o arco que caracteriza os humanos modernos. Essa particularidade corresponde, aliás, ao que já se conhece sobre o crescimento dos neandertais, muito semelhante ao desenvolvimento da atual primeira infância.Vista geral dos rastros deixados por hominídeos na falésia norte da praia de Monte Clérigo, em Aljezur. Foto: Carlos Neto de Carvalho/NatureNa Praia do Telheiro, foi encontrada uma única pegada, que os investigadores acreditam pertencer a um adolescente ou a uma mulher jovem. Embora não existam outros vestígios neste sítio, a descoberta é a confirmação de que os neandertais habitaram estas zonas costeiras durante o Pleistocénico.Uma família à beira-marO estudo, publicado na revista Scientific Reports, abre uma nova perspetiva sobre como os neandertais viviam nas paisagens dunares, planeando as suas rotas para definir as melhores estratégias de caça. A investigação é por isso um contributo relevante para conhecer detalhes fascinantes sobre a sua dieta, o comportamento social e a adaptação aos ambientes costeiros.Artigo relacionadoNovo estudo ajuda a compreender o desaparecimento dos neandertais Os registos recolhidos mostram que os neandertais viviam perto do mar, aproveitando os recursos marítimos, como moluscos e peixes. O alimento principal, todavia, eram os herbívoros, como cervos, cavalos, auroques e lebres.Recorrendo a um método denominado de análise de redes, os paleontólogos estudaram as relações entre neandertais e outras espécies. A equipa descobriu, por exemplo, que os cavalos eram um recurso-chave, surgindo em quase todos os sítios analisados. Embora menos abundantes e mais difíceis de caçar, os animais como hipopótamos ou porcos-espinhos também fizeram parte da sua dieta.Aprender a caçar com as gerações mais velhasAo estudar os vestígios em Monte Clérigo, os paleontólogos obtiveram algumas pistas sobre o modo de vida dos contemporâneos do Homo Sapiens. Viviam em grupos familiares pequenos, com os mais novos a participarem também nas caçadas e outras atividades diárias, aprendendo desde cedo a sobreviver em ambientes desafiantes.As pegadas de animais encontradas de cervos e de outros grandes herbívoros levaram os investigadores a concluir que as dunas eram um elemento natural importantíssimo para o sucesso da caça. Num dos trilhos, inclusive, os autores do estudo encontraram evidências de interação entre pegadas humanas e de cervídeos, sugerindo perseguições ou emboscadas.O mapa identifica os sítios costeiros da Península Ibérica onde os neandertais estiveram, ocupando desde grutas a territórios a céu aberto. Imagem: NatureAs dunas, com o seu terreno irregular e vegetação escassa, eram locais ideais para acossar presas, o que, aliás, está em linha com investigações anteriores em sítios como Matalascañas em Espanha, onde foram encontradas pegadas de neandertais junto com ferramentas de pedra e restos de animais.O estudo fornece, por isso, novas informações sobre o estilo de vida dos neandertais. O trabalho - defendem os seus autores - vem reforçar a tese de que esta espécie de hominídeo era muito mais adaptável do que se julgava, aproveitando os recursos disponíveis para ajustar a sua dieta.Subida do nível do mar é um obstáculo à investigaçãoAs pegadas, por outro lado, constituem uma evidência direta da presença de neandertais num período em que as regiões costeiras estavam muito mais expostas. A subida dos níveis do mar, após a última glaciação, dificultou a preservação e deteção de indícios da sua presença na zona costeira do Atlântico. Daí que, “cada nova descoberta é especialmente valiosa”, destaca o comunicado da Universidade de Lisboa.Os sítios costeiros da Península Ibérica mostram que os neandertais não conseguiram somente sobreviver durante 400 mil anos, mas souberam também tirar partido dos recursos naturais para prosperar em paisagens hostis.Artigo relacionadoAlguma vez se perguntou porque é que os humanos modernos substituíram os Neandertais?Além do paleontólogo Carlos Neto de Carvalho, o estudo contou ainda com a participação de Mário Cachão, também investigador no Instituto Dom Luiz, além de outros cientistas de instituições em Portugal, Espanha, Gibraltar, Itália, Dinamarca e China.Referências da notíciaJoão Silva. Pegadas no tempo: Neandertais caminharam pelas dunas do Algarve. Faculdade de Ciências da Universidade de LisboaCarlos Neto de Carvalho, Pedro Proença Cunha, João Belo, Fernando Muñiz, Andrea Baucon, Mário Cachão, Silvério Figueiredo, Jan-Pieter Buylaert, José María Galán, Zain Belaústegui, Luis Miguel Cáceres, Yilu Zhang, Cristiana Ferreira, Joaquín Rodríguez-Vidal, Stewart Finlayson, Geraldine Finlayson & Clive Finlayson. Neanderthal coasteering and the first Portuguese hominin tracksites. Scientific Reports.

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Soluções científicas para a poluição luminosa: como salvar insetos, melhorar o sono e voltar a ver o céu estrelado

Observar um céu estrelado faz parte do que nos torna humanos. A luz das estrelas viajou milhares de quilómetros para chegar aos nossos olhos, mas nem sempre conseguimos vê-la.Sem a visão das estrelas à noite, Don McLean nunca teria sido capaz de escrever Vincent e Vincent van Gogh não teria pintado A Noite Estrelada.Agora, a maioria dos europeus vive sob céus noturnos anormalmente brilhantes. A tal luz estelar está agora diluída pela poluição luminosa provocada pelo homem. Então, de onde vem toda esta luz extra? Um estudo alemão recente revela que, ao contrário do que se pensa, a iluminação pública pode não ser a maior causa da poluição luminosa. As fontes estão mais próximas de casa. A melhoria da eficiência energética na tecnologia LED significa que a luz artificial está agora mais barata do que nunca. Como resultado, as pessoas estão a iluminar portas de entrada, telheiros e caminhos de jardim como nunca antes. A luz artificial foi revolucionária, mas pode ser um problemaA luz artificial à noite revolucionou, sem dúvida, a nossa produtividade e transformou o nosso ambiente social ao pôr-do-sol. No entanto, quando utilizada em excesso ou de forma inadequada, a luz artificial durante a noite transforma-se em poluição luminosa. Isto altera os nossos espaços exteriores, criando condições diurnas à noite.Quando utilizada em excesso ou de forma inadequada, a luz artificial durante a noite transforma-se em poluição luminosa. Em particular, sabe-se que os LED que emitem altos níveis de luz azul-branca intensa se espalham mais amplamente na atmosfera, aumentando os níveis de poluição luminosa, o que pode ter consequências indesejadas, interrompendo os nossos ciclos de sono e ritmos circadianos e perturbando a natureza durante a noite. A poluição luminosa pode afetar a qualidade do nosso sono.Uma única lâmpada pode atrair centenas de insetos, muitos deles importantes polinizadores noturnos, para longe do seu ambiente natural, todas as noites. Uma vez presos no que se chama o "efeito aspirador" da luz artificial, os cientistas estimam que mais de 30% destes insetos morrerão antes do amanhecer por exaustão ou predação. Isto perturba o equilíbrio dos ecossistemas noturnos.Os investigadores alemães usaram uma aplicação móvel especialmente desenvolvida, chamada NightLights, para pesquisar fontes de luz à noite. Mais de 250 cientistas cidadãos pesquisaram os seus arredores locais. Os resultados desafiaram as suposições comuns de que a iluminação pública é a principal responsável pela poluição luminosa urbana e mostraram que as fontes de iluminação residenciais, comerciais e outras fontes de iluminação não públicas desempenham um papel significativo no branqueamento do nosso céu noturno.O exemplo da Irlanda Na Irlanda, os investigadores estão a coordenar uma investigação semelhante como parte de um programa piloto para sensibilizar a população para a poluição luminosa. Algumas das fontes mais notáveis de luz noturna incluem luzes de segurança doméstica inclinadas para cima em vez de para baixo, luzes de passeios de jardim iluminando excessivamente os caminhos durante a noite e luz considerável que sai de grandes janelas sem persianas ou cortinas. Outro problema crescente na Irlanda é a intensidade crescente de campos desportivos iluminados, frequentemente reportada à organização ambiental sem fins lucrativos Dark Sky Ireland por residentes preocupados.Campos desportivos iluminados também podem ser um problema no que à poluição luminosa diz respeito.Estes problemas podem ser facilmente resolvidos. A poluição luminosa é praticamente o mais simples de todos os poluentes a corrigir. Este estudo centra-se no Parque Dark Sky do Condado de Mayo, um local onde os céus naturalmente escuros são protegidos e reconhecidos internacionalmente como uma forma valorizada de património natural. Foram examinados o papel do turismo de céu escuro e do envolvimento da comunidade no combate à poluição luminosa. Fazendo algumas alterações simples no tipo de luz e sendo um pouco mais criteriosos sobre a forma como é utilizada, o nível de luz desnecessária que atualmente polui os nossos céus noturnos pode ser reduzido.Newport conseguiu reduzir a poluição luminosa de forma significativaA comunidade de Newport, no condado de Mayo, liderou o caminho para estas mudanças, com resultados impressionantes. A poluição luminosa na cidade de Newport foi reduzida em 50% com a reformulação do sistema de iluminação da cidade - este projeto premiado centrou-se na substituição do excesso de iluminação artificial em estruturas históricas e arquitetónicas por um sistema de iluminação criteriosamente concebido para melhorar a paisagem noturna da cidade. No âmbito desta iniciativa, o belo vitral da Igreja de São Patrício em Newport, criado pelo artista do século XX Harry Clarke, é delicadamente interpretado com luz à noite.Artigo relacionadoPoluição luminosa pode aumentar o risco de Alzheimer, aponta estudo de ChicagoAs soluções de iluminação que ajudam a proteger o céu escuro incluem inclinar as luzes exteriores para baixo e utilizar lâmpadas com proteção para evitar iluminar o céu. Dirija a luz apenas para a área que precisa de ser iluminada, e não para o jardim ou para a casa de um vizinho. Utilize uma cor de luz visualmente mais quente (como o âmbar) para reduzir o encandeamento e melhorar as condições para a vida selvagem e os ciclos naturais de sono. A utilização de temporizadores garante que as luzes são acesas apenas quando necessário. Ao fazer pequenas mudanças na forma como iluminamos as nossas casas e jardins à noite, a beleza de uma noite estrelada pode ser restaurada para as gerações futuras.Referência da notícia Team Nachtlichter. Citizen science illuminates the nature of city lights. Nature Cities (2025).

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Portugal sob calor extremo e vento forte esta segunda, 4 de agosto. Aviso vermelho no Norte e risco máximo de incêndio

Portugal continental enfrenta condições meteorológicas severas esta segunda-feira, 4 de agosto. O Norte está sob aviso vermelho devido ao calor extremo, com temperaturas que poderão atingir 43 °C nos vales interiores.Mais informação: Atenção, Portugal: persistência de temperaturas extremamente elevadas faz disparar aviso vermelho nestes 5 distritosEsta segunda-feira, 4 de agosto de 2025, Portugal continental será atingido por uma onda de calor intensa, especialmente no Norte do país, onde o IPMA emitiu aviso vermelho devido às temperaturas excecionalmente elevadas. Este cenário meteorológico é agravado pela previsão de vento forte, com rajadas até 70 km/h em algumas áreas, o que coloca o país sob alerta máximo para a ocorrência de incêndios florestais.Calor acima dos 40 °C no Norte e risco de recordes locaisAs previsões apontam para um dia excecionalmente quente no Norte, com temperaturas máximas acima dos 40 °C em várias localidades, sobretudo no interior. Os vales do Tâmega, Sousa e Douro poderão registar valores superiores, colocando em causa alguns recordes locais.Em cidades como Porto ou Vila Nova de Gaia, mais próximas da costa, os termómetros deverão rondar os 38 a 40 °C. Até terça-feira, dia 5 de agosto, 5 distritos no Norte de Portugal Continental estarão sob a aviso vermelho devido à persistência de valores extremamente elevados de temperatura máxima. São os distritos de Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real.Previsões meteorológicas apontam para um dia excecionalmente quente na região Norte nesta segunda-feira, 4 de agosto.O IPMA justifica o aviso vermelho na região Norte com a intensidade do calor, considerada anormal mesmo para esta altura do ano. Curiosamente, no Sul do país, como no Alentejo e Algarve, os avisos são apenas amarelos ou laranja, ou até inexistentes em alguns casos, devido à influência de vento de sul que inibe a subida acentuada das temperaturas.No entanto, os especialistas alertam que, apesar dos avisos mais suaves no Sul, as condições de perigo não são menores. A conjugação de vento forte, vegetação seca e humidade relativa baixa é suficiente para gerar situações de perigo extremo de incêndio.Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações.O vento de sudeste, com rajadas até 70 km/h no Algarve logo desde a madrugada, deverá estender-se progressivamente a outras regiões do país ao longo do dia. Nas terras altas do Centro e Norte, espera-se vento moderado a forte, por vezes com variações repentinas de direção devido à influência de uma pequena perturbação atmosférica a oeste da Península Ibérica. Este padrão atmosférico, influenciado também pela tempestade Floris, que afetará as Ilhas Britânicas no mesmo dia, contribui para a incerteza das previsões e para a variabilidade dos fenómenos extremos.Artigo relacionadoOnda de calor não dará tréguas em Portugal nos próximos dias – saiba onde e como se protegerEm termos de incêndios, este poderá ser um dos dias mais críticos do ano. A presença simultânea de temperaturas muito elevadas, vento forte e humidade inferior a 30% cria um cenário perfeito para a rápida ignição e propagação de fogos florestais. As autoridades apelam a que a população evite qualquer comportamento de risco, como o uso de fogo, máquinas agrícolas ou churrascos, e que alerte os bombeiros perante qualquer sinal de fumo.Ilhas com tempo mais calmo, mas atenção ao solNos Açores, espera-se um dia com céu parcialmente nublado, com abertas em todas as ilhas. Existe uma pequena probabilidade de aguaceiros fracos nas áreas montanhosas durante a manhã. O vento soprará de sudoeste nas Ilhas Ocidentais, noroeste nas Centrais e de nordeste nas Orientais. As temperaturas deverão manter-se ligeiramente acima da média, com valores agradáveis e mar calmo.Na Madeira, o cenário será também relativamente tranquilo, com céu pouco nublado na generalidade do arquipélago, exceto nas encostas voltadas a norte e nas zonas montanhosas, onde a nebulosidade será mais persistente. O vento soprará fraco, de nordeste, e o mar apresentará ondas até 2 metros na costa norte, com temperatura da água nos 23 °C.Ambos os arquipélagos apresentam índices de radiação UV muito elevados, entre 8 e 10, pelo que é aconselhável uso de protetor solar, óculos escuros e evitar exposições prolongadas ao sol durante as horas de maior intensidade.A região Norte regista temperaturas bem acima da média, enquanto o Algarve se encontra com as temperaturas dentro ou abaixo do normal.Um dos aspetos mais relevantes desta previsão é a inversão térmica entre Norte e Sul, pouco habitual nesta época. Enquanto o Norte regista temperaturas mais de 10 °C acima da média, o Algarve terá valores ligeiramente abaixo do normal, devido ao efeito refrescante do vento marítimo.A água do mar estará bastante convidativa no Sul, com temperaturas entre os 21 e 22 °C na Costa Sul do Algarve, e mar muito calmo. Já na Costa Ocidental, as temperaturas da água variam entre 16 e os 19 °C, com ondulação moderada até 1 metro.

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Atenção, Portugal: persistência de temperaturas extremamente elevadas faz disparar aviso vermelho nestes 5 distritos

Prevê-se que a onda de calor em curso em Portugal continental seja particularmente crítica no arranque da próxima semana, especialmente nestes 5 distritos do nosso país. Saiba quais e até quando se prevê que dure este episódio de tempo quente!A atual onda de calor - em curso desde a passada quinta-feira, 31 de julho - está a ser provocada pela combinação de um centro de altas pressões localizado a norte do arquipélago dos Açores (anticiclone dos Açores), que se vai estendendo em crista até ao Golfo da Biscaia, e por uma depressão térmica que se desdobra desde o Norte de África até à Península Ibérica. Nesta ação conjunta ocorrerá o transporte de uma massa de ar tropical continental (origem no Norte de África), muito quente e seco.Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações.Mais do que os fatores que estão a contribuir para as atuais condições meteorológicas de calor abrasador, importa perceber o que é efetivamente o fenómeno onda de calor, e o porquê de o atual episódio de tempo quente vir a ser, muito provavelmente, classificado a posteriori como uma onda de calor.O que é uma onda de calor?Uma onda de calor é um evento meteorológico (ou climático) extremo que coloca em risco a saúde humana e, em específico, os grupos de população mais vulneráveis (idosos, crianças, grávidas, entre outros). Devido à sua complexidade, em muitas ocasiões, só é classificada como onda de calor a posteriori, após a devida análise e validação dos dados recolhidos pelas estações meteorológicas oficiais do IPMA.A definição estabelecida oficialmente pela OMM refere que uma onda de calor ocorre quando, durante pelo menos 6 dias consecutivos, a temperatura máxima diária é superior, em 5 ºC ou mais, ao valor médio diário do período de referência.Contudo, por vezes, um evento extremo como uma onda de calor pode ser significativamente mais perigoso em termos de impacto de saúde pública quando é observado num período mais curto do que o acima referido, ou seja, inferior a 6 dias.A instituição responsável pela classificação, ou não, do atual episódio de tempo quente como uma onda de calor é o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), numa análise que será feita a posteriori, tendo em conta fatores de natureza climática, geográfica, cronológica e humana.Na próxima segunda-feira, 4 de agosto, estarão ativos avisos meteorológicos de tempo quente de nível amarelo, laranja e vermelho. Nas regiões com litoral preveem-se temperaturas até 13/14 ºC acima dos valores médios de referência.A título de exemplo, a ocorrência de 3 dias em que a temperatura seja 10 ºC acima da média terá certamente mais impacto na saúde humana do que 7 dias com temperatura 5 ºC acima da média.Estes serão os distritos sob aviso vermelho. E a onda de calor, até quando poderá durar?Prevê-se que este episódio de calor tórrido persista, pelo menos, até à próxima quarta-feira 6 de agosto, não se excluindo a possibilidade de que se prolongue para lá desta data. Realce-se que o período de tempo quente entre domingo (3) e terça-feira (5) será particularmente crítico, sendo expectáveis valores de temperatura máxima do ar muito elevados. Artigo relacionadoOnda de calor atinge Portugal: entre 3 e 6 de agosto preveem-se temperaturas até 44 ºC, eis o que esperar na sua região!Espera-se que os termómetros registem entre 35 e 40 ºC em grande parte da geografia de Portugal continental, e entre 41 e 44 ºC em praticamente todo o Alentejo, vale do Tejo e vale do Douro. Apesar disto, espera-se uma descida temporária da temperatura máxima na segunda-feira (4) no Algarve, que também poderá ocorrer na restante faixa costeira e estender-se para terça-feira, 5 de agosto.Calor tórrido de norte a sul de Portugal continental. Entre segunda e terça-feira, dias 4 e 5 de agosto, a Região Norte estará sob aviso vermelho devido à previsão de persistência de valores extremamente elevados das temperaturas máximas.Não obstante, é precisamente entre segunda e terça-feira, dias 4 e 5 de agosto, que se espera que o aviso vermelho entre em vigor nas regiões de Portugal continental mais expostas ao calor abrasador. A Região Norte - distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real e Bragança - viverá um período especialmente entre as 06:00 de segunda (4) e as 12:00 de terça-feira (5).De acordo com os mapas de referência da Meteored, prevê-se para a próxima segunda-feira, 4 de agosto, que as 5 capitais de distrito da Região Norte registem nas horas centrais do dia - período correspondente à altura mais quente do período diurno (11:00 - 18:00) - uma temperatura máxima entre 26 ºC em Viana do Castelo (previsão de 39 e 40 ºC em Ponte da Barca e Arcos de Valdevez, localidades do interior de distrito) e 39 ºC em Vila Real.Nas três restantes capitais distritais do Norte estão previstas máximas de 32 ºC no Porto (até 40 ºC em Amarante - interior do distrito), de 37 ºC em Bragança (até 42 ºC em vários locais do Nordeste Transmontano e também vale do Douro) e de 35 ºC em Braga (37 ºC em Guimarães e 38 ºC em Amares e Terras de Bouro).Perante este episódio de calor extremo e temperaturas superiores a 35/40 ºC é importante que a população adote medidas de proteção, sobretudo os mais vulneráveis. Deste modo, aqui na Meteored Portugal, aconselhamos fortemente que nos próximos dias, evite a exposição solar nas horas de maior calor, procure hidratar-se constantemente e procure ambientes frescos e à sombra.

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Cientistas revelam ameaça inesperada para as missões Artemis: estudo mostra atividade sísmica na Lua

Uma nova investigação mostra que antigos tremores de terra na Lua, e não impactos de meteoritos, foram responsáveis pela alteração da paisagem no local de aterragem da Apollo 17. A descoberta coloca riscos importantes para futuras missões humanas.O astronauta Harrison H. Schmitt, da Apollo 17, recolhe amostras de uma rocha na Estação 7, localizada na base do Maciço Norte, no Vale Taurus-Littrow. Esta grande rocha foi deslocada por um poderoso terramoto lunar que ocorreu há cerca de 28,5 milhões de anos. O terramoto teve provavelmente origem num evento na Falha Lee-Lincoln. Crédito: NASA/JSC/ASUUm estudo científico recente desafia décadas de suposições sobre a geologia lunar. De acordo com uma investigação publicada na revista Science Advances, as alterações na superfície lunar observadas no Vale Taurus-Littrow, onde a missão Apollo 17 aterrou em 1972, não foram causadas por impactos de meteoritos, como se acreditava anteriormente, mas por terramotos lunares - ou “moonquakes” - que abanaram o solo durante milhões de anos.Os autores do artigo, Thomas R. Watters, cientista sénior emérito do Smithsonian Institution, e Nicholas Schmerr, professor associado de geologia da Universidade de Maryland, analisaram provas geológicas recolhidas pelos astronautas da Apollo 17, tais como deslizamentos de rochas e colapsos de blocos. Estes vestígios permitiram-lhes estimar a força dos antigos sismos e determinar a sua origem mais provável.Uma falha que pode ainda estar ativaO estudo aponta a Falha Lee-Lincoln como a principal suspeita por detrás destes movimentos. Esta fratura geológica atravessa o fundo do vale e, segundo os investigadores, gerou tremores de magnitude 3.0 nos últimos 90 milhões de anos. Embora ligeiros para os padrões da Terra, estes terramotos seriam significativos se ocorressem perto de uma base lunar.Artigo relacionadoVídeo muito raro do terramoto devastador em Myanmar: o solo desloca-se ao longo da falha“A distribuição global de falhas de empuxo jovens como a Lee-Lincoln, o seu potencial para permanecerem ativas e a possibilidade de formação de novas falhas devido à contínua contração tectónica devem ser consideradas no planeamento de colonizações permanentes na Lua”, explicou Watters.Avaliar o risco sísmico em futuras missõesWatters e Schmerr também desenvolveram um modelo para calcular o risco sísmico lunar.Estimam que há uma hipótese em 20 milhões de ocorrer um terramoto potencialmente prejudicial num determinado dia, perto de uma falha ativa. Embora esse número possa parecer insignificante, vai-se acumulando ao longo do tempo.“Tudo na vida envolve um risco calculado”, disse Schmerr. “Embora o perigo seja baixo, não pode ser ignorado quando se pensa numa infraestrutura permanente na Lua.”Assim, enquanto as missões de curto prazo como o programa Apollo enfrentaram um risco mínimo, os projectos de longo prazo - como os do programa Artemis da NASA - estão expostos a uma probabilidade crescente. Por exemplo, se uma base lunar permanecer ocupada durante uma década, o risco cumulativo de um terramoto prejudicial aumenta para 1 em 5.500.Estimam que há uma probabilidade em 20 milhões de ocorrer um sismo potencialmente prejudicial num determinado dia perto de uma falha ativa.Além disso, estruturas altas como o novo módulo do Sistema de Aterragem Humana da Starship podem ser especialmente vulneráveis aos tremores de terra causados por estes sismos próximos.Um aviso para o futuro lunarSchmerr acredita que este trabalho abre um novo campo na paleossismologia lunar, que estuda terramotos antigos noutros mundos. Uma vez que não é possível escavar trincheiras para estudar falhas na Lua, como acontece na Terra, os investigadores têm de recorrer a métodos criativos e a dados recolhidos ao longo de décadas.Artigo relacionadoUm material comum na Terra pode ser a chave para a construção na Lua (se aprendermos como fazê-lo)Com o avanço da tecnologia, as imagens orbitais de alta resolução e a próxima geração de sismómetros a serem instalados pelas missões Artemis, este campo promete expandir-se rapidamente.“Queremos que a exploração lunar seja conduzida em segurança e que os investimentos sejam feitos com um planeamento cuidadoso”, concluiu Schmerr. "O nosso conselho é claro: não construa mesmo em cima de uma falha ativa. Quanto mais longe estiver de uma escarpa, menor é o perigo." Referência da notíciaThomas R. Watters et al, Paleoseismic activity in the moon's Taurus-Littrow valley inferred from boulder falls and landslides, Science Advances (2025). DOI: 10.1126/sciadv.adu3201

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O enigmático e incomum rio que flui em duas direções. Como é isto possível?

Existe um rio no mundo que nasce e flui em duas direções que divergem da sua nascente, tendo propriedades e razões especiais.Um rio em Manitoba, Canadá, atravessa o centro de uma imagem de satélite. As setas indicam o fluxo de água a partir do centro, tanto para a esquerda quanto para a direita. O terreno em redor do rio é pantanoso e apresenta áreas verde-escuro, verde-claro e bege. Pequenos lagos e outros cursos de água também são visíveis. Imagem do Landsat-9 de 23 de maio de 2025. NASA.Localizado na paisagem plana e pantanosa do centro de Manitoba, no Canadá, a nascente do Rio Echimamish é incomum. Em vez de um riacho remoto e borbulhante ou de uma nascente fresca nas montanhas, acredita-se que a sua nascente seja um lago formado por represas de castores no meio do curso do rio. De lá, o Echimamish, nome que se acredita significar "água que flui nos dois sentidos", corre de leste a oeste, do centro para as extremidades.Um rio desconcertanteO Operational Land Imager-2 (OLI-2) do satélite Landsat 9 capturou a imagem acima de um trecho do Rio Echimamish em 23 de maio de 2025. De acordo com relatos em primeira mão, o rio bifurca-se numa área inundada por castores a oeste de Painted Stone Portage.Em ambas as extremidades dos seus 67 quilómetros de extensão, o Echimamish liga-se com o Rio Nelson a oeste e com o Rio Hayes a leste, que desaguam na Baía de Hudson, cerca de 500 quilómetros a nordeste desta.Rio fervente: fenómeno único na natureza fica na Amazónia e tem água de quase 100 °COs comerciantes de peles consideravam esta hidrologia pouco convencional para transportar as suas mercadorias para postos comerciais do outro lado da baía, já que o Rio Hayes oferece uma alternativa navegável ao turbulento Rio Nelson. No entanto, cientistas que tentam analisar a dinâmica do rio descreveram-no como "intrigante".O padrão divergente do fluxo é subtil devido ao terreno plano, de acordo com um estudo liderado pelo engenheiro civil Rob Sowby, da Universidade Brigham Young. Os canoístas que navegam pela hidrovia nem sempre percebem a mudança na corrente.Além disso, a divisão do fluxo pode variar em vários quilómetros, dependendo da localização dos segmentos inundados por castores (a localização exata não pode ser determinada com a resolução desta imagem e sem observações terrestres de uma represa de castores).“Estas condições deram origem a registos históricos contraditórios, sem mencionar especulações míticas, algumas das quais permanecem sem solução”, escreveram os investigadores.Uma possível explicação para a ambiguidade, segundo a análise de Sowby, é que o Echimamish é um rio em limbo, com a sua formação ainda em andamento. Talvez, com o tempo, ele absorva o curso superior do Hayes ou se separe completamente nas bacias de Hayes e Nelson.Embora possa confundir os cientistas, o Rio Echimamish e os seus cursos d'água têm sido cultural e economicamente importantes para a humanidade há milhares de anos. Sítios arqueológicos ao longo das suas margens demonstram a sua antiga importância para os povos indígenas, e o Porto de Pedra Pintada permanece um local sagrado.O rio Nilo vê-se todo iluminado à noite do espaço: esta é a razãoNa história mais recente, o Rio Echimamish proporcionou aos comerciantes de peles acesso ao Rio Hayes navegável e ao importante centro comercial na sua foz.A Fábrica de York foi estabelecida ali no final do século XVII e serviu como entreposto de comércio de peles para a Companhia da Baía de Hudson durante quase 300 anos. Devido a essa história, o Hayes, o Echimamish e parte do Nelson são designados como parte do Sistema Fluvial do Património Canadiano.

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Está farto dos preços do Algarve? Zanzibar responde com mar quente e hotéis a 20€

Areia branca, águas cristalinas, refeições por 10€ e experiências únicas a preços simpáticos. Zanzibar está a conquistar os portugueses com charme tropical e orçamento amigo.Zanzibar está a conquistar os portugueses. Perceba porquê. Foto: Unsplash Já pensou em fugir da atual onda de calor extremo que deverá persistir — e até agravar-se — nestes primeiros dias de agosto em Portugal continental? "O nosso modelo meteorológico de confiança prevê temperaturas máximas que podem aproximar-se, ou tocar, de forma persistente dos 40 ºC no interior e em algumas áreas do litoral, como a Área Metropolitana de Lisboa", escreveu Alfredo Graça. E que tal, passá-la à beira-mar, com um belo cocktail na mão e o som do mar ao fundo? Mas, atenção, a nossa sugestão não é viajar rumo ao Algarve. Ou melhor, até pode ser, mas daí continua a seguir para sul. Artigo relacionadoOnda de calor não dará tréguas em Portugal nos próximos dias – saiba onde e como se protegerEstá na hora de dizê-lo sem rodeios: o Algarve continua lindo, sim, mas já não é para todas as carteiras. Entre noites que custam tanto como um mês de renda e almoços que desafiam qualquer dieta e orçamento, muitos portugueses começam a olhar para o mapa com olhos de ver. E eis que surge Zanzibar — sim, leu bem — a ilha que parece saída de um postal das Maldivas, mas com preços que não o fazem suar antes mesmo de chegar à praia.Zanzibar, parte da Tanzânia, é um daqueles destinos que parece demasiado bom para ser verdade. E, no entanto, está lá, firme e tropical, a menos de uma dúzia de horas de avião, com areia branca, mar azul-turquesa e... contas bem mais simpáticas do que as do nosso sul. Dormir, comer e passear sem 'derreter' a carteiraPara começar, vamos falar de alojamento. Enquanto no Algarve se paga facilmente 150€ por noite num hotel com vista para os carros estacionados, em Zanzibar encontra opções desde 20€ por noite — com direito a quarto privado e ventilador a funcionar. Se quiser algo mais composto, há hotéis com piscina, pequeno-almoço incluído e palmeiras a acenar-lhe por cerca de 70€. Um dos que está a dar nas vistas, segundo a revista ‘Away’, é o Frangipwani Hotel, em Paje — a dois minutos da praia, com ambiente descontraído e tudo o que precisa para se desligar do stress.Um destino promissor. Foto: UnsplashMas Zanzibar não é só dormir bem. É acordar com o som do mar, mergulhar em águas quentes (sem precisar de apanhar um escaldão nos pés primeiro), fazer snorkeling em recifes de coral incríveis e, se lhe apetecer, nadar com golfinhos ou dar um mergulho ao lado de tartarugas. Tudo isto com guias locais, boa disposição e preços que não exigem um segundo emprego. Um passeio de barco para visitar ilhas vizinhas? A partir de 25€. Uma experiência para ver a vida marinha de perto? Menos do que gastaria num brunch em Lisboa.E comer? A maravilha continua. Nos restaurantes locais, consegue refeições completas por cerca de 10€ por pessoa — e estamos a falar de peixe fresco, caril de coco e frutas tropicais que sabem mesmo a fruta. Se for explorador gastronómico, siga os conselhos do 'TripAdvisor' e descubra autênticos tesouros fora das rotas mais turísticas. Vai comer bem, gastar pouco e, com sorte, fazer amizade com alguém que lhe ensina a dançar ao som de música africana ao vivo.Um destino exótico com preços surpreendentemente acessíveisClaro que há o custo dos voos — ninguém diz que é a próxima vila ao lado. Mas, se planear com alguma antecedência, consegue viagens de ida e volta por valores bastante razoáveis. Tudo junto (voo, estadia, alimentação e passeios), uma semana em Zanzibar pode rondar os 1.200€. Compare isso com uma semana no Algarve em plena época alta, com filas de trânsito, praias a abarrotar e preços inflacionados, e a escolha começa a parecer evidente.Artigo relacionadoAlgarve ou Caraíbas? O que lhe sai mais caro pode não ser o que pensaNo fundo, Zanzibar é aquele segredo bem guardado que está a deixar de o ser. Um destino autêntico, com cultura vibrante, natureza generosa e um ritmo de vida que nos obriga a abrandar — no melhor dos sentidos. Se ainda não considerou trocar a tosta mista à beira-mar por um sumo de manga ao som das ondas do Índico, talvez esteja na altura de pensar nisso.Quem sabe, no próximo ano, o seu verão não acontece do outro lado do mundo — e com troco.

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Apesar da redução no volume armazenado na última semana de julho, a maioria das albufeiras mantém níveis elevados

A 28 de julho de 2025, todas as bacias hidrográficas registaram uma descida nos volumes de água armazenada face à semana anterior. Ainda assim, a maioria das albufeiras mantém níveis elevados. O Governo avançou com novas medidas para reforçar a segurança hídrica, inclusive no Algarve.O mês de julho mantém níveis de armazenamento de água elevados na maioria das bacias hidrográficas do território nacional.O mais recente boletim da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), divulgado a 28 de julho de 2025, revela que todas as bacias hidrográficas do território nacional registaram uma descida nos volumes de água armazenada face ao boletim anterior, de 21 de julho. Este comportamento é típico dos meses de verão, marcados por menor precipitação e maiores consumos, mas reforça a necessidade de garantir uma gestão eficiente dos recursos hídricos, particularmente em áreas mais vulneráveis.Apesar de redução dos níveis de armazenamento na última semana, os valores permanecem muito elevadosApesar da descida generalizada, a situação hidrológica mantém-se, à data, relativamente confortável em termos nacionais. 60% das albufeiras monitorizadas apresentam níveis de armazenamento superiores a 80% da sua capacidade total, e apenas uma apresenta valores inferiores a 40%.Em termos históricos, os volumes atuais são superiores à média do mês de julho no período de 1990/91 a 2023/24, excetuando-se as bacias do Mira e das Ribeiras do Barlavento, ambas localizadas no sul do país. No final do mês do julho, verifica-se um volume total armazenado de água de 85%, uma descida de 163 hm3 entre 21 e 28 de julho (-1,23%). Cifra-se, neste momento, em 11 267 hm3. A 28 de julho, o volume total armazenado de água cifrava-se nos 85%, um decréscimo de 1,23% comparativamente à semana anterior. Fonte: Boletim Semanal das Albufeiras, APA/SNIRH.Este cenário nacional revela contrastes regionais. No Norte e Centro, as albufeiras continuam em geral com bons níveis de armazenamento, o que garante o abastecimento público e agrícola durante o verão. Em particular, as bacias hidrográficas do Lima (84,8%), Douro (90,2%) e Vouga (89,4%).Já no Sul, onde a pressão climática e turística se faz sentir com maior intensidade, os níveis continuam mais baixos. O Algarve, em particular, mantém uma situação estável, mas frágil, em particular, Mira (55,9%) e Barlavento (52,8%).Governo aposta na resiliência hídrica com novas infraestruturas e combate ao desperdícioDeve salientar-se que o Governo anunciou um pacote de medidas com vista ao reforço da resiliência hídrica em todo o país, com especial destaque para o sul. Recentemente a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, confirmou o avanço da nova barragem de Alportel, no Algarve, após assinatura de um protocolo com a associação de regantes do Sotavento. A infraestrutura servirá múltiplos usos (agrícola, urbano e ecológico) e pretende ainda mitigar riscos de cheia, nomeadamente em Tavira, onde as inundações cíclicas da ribeira de Alportel têm causado prejuízos relevantes. O projeto já se encontra em fase de estudo de impacto ambiental e o projeto de execução deverá estar concluído nas próximas semanas. O custo da nova albufeira ronda os 20 milhões de euros, com prazo estimado de quatro a cinco anos para conclusão.A par das novas infraestruturas, o Governo tem em curso a construção da primeira dessalinizadora do país, também no Algarve, uma obra já adjudicada e classificada como prioritária. No entanto, a ministra foi clara ao apontar um dos maiores desafios estruturais do país: a ineficiência das redes públicas de distribuição. “Não faz sentido construir uma dessalinizadora e perder a mesma quantidade de água nas redes”, alertou, exigindo maior empenho das autarquias na modernização das infraestruturas.De acordo com a tutela, o Programa Operacional Sustentável, que financia até 60% dos investimentos nesta área, está com baixa execução, o que levou a ministra a reforçar o apelo à aceleração das candidaturas e da implementação de projetos. A preocupação é transversal ao território, já que as perdas nas redes públicas continuam acima dos 30% em muitos municípios.Artigo relacionadoAquecimento global: estas barragens ameaçam entrar em colapsoOutra medida relevante prende-se com o levantamento das restrições à abertura de furos artesianos em várias áreas do Algarve. A decisão, sustentada por dados técnicos, resulta da “recuperação significativa” das massas de água subterrânea, designadamente nas zonas de Luz de Tavira, São Brás de Alportel, Peral, Moncarapacho e Arade. Ainda assim, os especialistas alertam que esta flexibilidade deve ser acompanhada de monitorização apertada e critérios rigorosos de licenciamento. No que toca à barragem da Foupana, promessa antiga e tantas vezes adiada, o Governo limitou-se a garantir que “serão feitos estudos”, sem compromissos quanto à sua viabilidade ou calendário. Esta indefinição contrasta com o avanço firme da barragem de Alportel e da dessalinizadora, que se apresentam como as principais apostas no curto e médio prazo.A nível nacional, o desafio da gestão da água continua a ser central na adaptação às alterações climáticas. Os modelos climáticos apontam para verões mais longos, quentes e secos, o que tornará mais frequentes os períodos de stress hídrico, sobretudo no sul e interior do país. Por isso, a resiliência do sistema não depende apenas de mais infraestrutura, mas também de maior eficiência no consumo, combate às perdas e uma cultura pública de poupança.

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Onda de calor não dará tréguas em Portugal nos próximos dias – saiba onde e como se proteger

O calor não vai dar tréguas nos próximos dias em Portugal, situação positiva para alguns, mas com potenciais efeitos negativos para outros. Prepare as suas férias acompanhando a nossa previsão!Mais informação: Onda de calor atinge Portugal: entre 3 e 6 de agosto preveem-se temperaturas até 44 ºC, eis o que esperar na sua região!A última semana foi marcada pelo calor e pelos incêndios que assolaram (e continuam a assolar) o território continental de Portugal. As temperaturas elevadas e a baixa humidade relativa foram responsáveis por milhares de ocorrências que resultaram na queima de milhares de hectares de mato, pasto, explorações agrícolas e floresta. Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações. Se este cenário pouco animador se verificou nos últimos dias é expectável que os próximos não sejam melhores, com uma nova subida das temperaturas a verificar-se já hoje e a agravar-se nos próximos dias. Para hoje, o IPMA emitiu um aviso amarelo para todos os distritos do país, sendo que no domingo todo os distritos estarão sobre aviso laranja, à exceção de Faro. Primeiro domingo de agosto será escaldanteNo primeiro domingo (3) do mês de agosto as temperaturas máximas vão subir substancialmente em relação a sábado (2), sendo previsível que superem os 40 ºC em grande parte do território nacional a Sul do Rio Tejo. É expectável que o dia se inicie com alguma nebulosidade na faixa costeira ocidental, a Norte do Cabo Raso. A humidade relativa vai estar abaixo dos 20% em grande parte do território de Portugal continental, no dia de domingo.O vento deverá soprar fraco a moderado, de Este, da parte da manhã, sendo que ao longo do dia deverá aumentar de intensidade e rodar para o quadrante Norte. No litoral algarvio deverá soprar de Sul. As temperaturas mínimas deverão oscilar entre os 18 ºC (Bragança) e os 23 ºC (Castelo Branco e Portalegre), sendo que as máximas deverão variar entre os 29 ºC (Viana do Castelo) e os 42 ºC (Santarém). Tanto Lisboa como o Porto deverão chegar aos 36 ºC. Atente a mais um período de calor e proteja-se da melhor forma, principalmente se fizer parte de um dos grupos populacionais mais vulneráveis (...)A humidade relativa deverá registar valores muito baixos, algo que pode potenciar a ocorrência de incêndios rurais. Nos Açores a toada é de amenidade, com períodos de céu nublado alternado com períodos de boas abertas. A previsão de chuva, na forma de aguaceiros será para as áreas costeiras na vertente Norte da ilha de São Miguel (Grupo Oriental). As temperaturas mínimas deverão oscilar entre os 19 ºC e os 21 ºC, sendo que as máximas deverão situar-se entre os 24 ºC e os 25 ºC. As temperaturas abaixo dos 30 ºC nos arquipélagos contrastam com as temperaturas abrasadoras que se verificam e podem verificar no continente, por estes dias.Na Madeira, são esperados períodos de céu muito nublado na vertente Norte da ilha homónima e no Funchal, com céu pouco nublado ou limpo na parte mais Ocidental da vertente Sul e na ilha do Porto Santo. As temperaturas mínimas deverão oscilar entre os 18 ºC e os 21 ºC, sendo que as máximas deverão variar entre os 23 ºC e os 26 ºC.No início da próxima semana o padrão mantém-seNo início da semana e até meio da mesma espera-se que o tempo continue quente e seco. Contudo, para os dias de segunda-feira (4) e terça-feira (5), espera-se que o céu se apresente com alguma névoa de poeira no Alentejo e no Algarve, sendo mesmo esperada nebulosidade mais persistente no barlavento algarvio. O vento, por sua vez, soprará mais forte ao longo do dia, do quadrante Oeste primeiramente e depois de leste. No inicío da semana é perfeitamente visível a interação entre vários anticiclones que vai condicionar o estado do tempo em Portugal, empurrando a nebulosidades para os territórios insulares e a chuva para latitudes mais a Norte.As temperaturas mínimas deverão variar entre os 19 ºC (Guarda) e os 24 ºC (Castelo Branco), sendo que as máximas deverão oscilar entre os 28 ºC (Viana do Castelo) e os 41 ºC (Santarém). Nos Açores, a previsão aponta para alguma precipitação nas ilhas do Grupo Ocidental e na ilha Terceira (Grupo Central). Nas restantes ilhas deste grupo o céu estará pouco nublado ou limpo, mas para as ilhas do Grupo Oriental espera-se períodos de maior nebulosidade. Nunca é demais alertar para os perigos da exposição prolongada à radiação solar nestes dias de verão, situação que pode potenciar problemas de saúde na pele a médio-longo prazo.Para a Madeira, o céu estará pouco nublado ou limpo em todas as geografias, com as temperaturas mínimas a variar entre os 17 ºC e os 21 ºC, sendo que as máximas deverão oscilar entre os 23 ºC e os 26 ºC. Para o dia de terça-feira (5) espera-se uma ligeira descida da máxima no litoral Oeste, mas com a toada de calor tórrido a afetar o restante território continental. A previsão aponta, mais uma vez, para nebulosidade no litoral e vento que se intensificará ao longo do dia. Artigo relacionadoPrimeira semana de agosto com onda de calor em Portugal continental, mas haverá um alívio térmico temporário, eis quandoAtente a mais um período de calor e proteja-se da melhor forma, principalmente se fizer parte de um dos grupos populacionais mais vulneráveis, como é o caso do idosos, os doentes crónicos ou obesos.

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Esta é a doença de Lyme, a patologia que o cantor Justin Timberlake confessou sofrer

A infeção, cuja incidência está a aumentar em todo o mundo devido a causas relacionadas às alterações climáticas, é transmitida por carraças e causa fadiga crónica, dores nas articulações e distúrbios neurológicos. Sem tratamento, pode levar a complicações mais graves.O cantor e ator Justin Timberlake numa imagem de arquivo.Justin Timberlake chocou o mundo ao revelar que foi recentemente diagnosticado com a doença de Lyme, uma condição pouco conhecida, mas cada vez mais comum.O depoimento do renomado cantor, ator e produtor musical serve para destacar os riscos dessa infeção, que muitas vezes é subestimada ou diagnosticada incorretamente.Casos como o de Timberlake ajudam a consciencializar sobre a doença e lembram-nos da importância do diagnóstico precoce, que pode fazer a diferença entre uma recuperação completa ou uma batalha prolongada contra a doença.Como se contrai a doença de Lyme?A doença de Lyme é uma infecção bacteriana causada pela espiroqueta Borrelia burgdorferi, transmitida aos humanos pela picada de carraças infetadas, especialmente os do género Ixodes.Ilustração da bactéria da doença de Lyme, Borrelia burgdorferi, transmitida pela carraça Ixodes.É mais comum em áreas florestais da América do Norte e da Europa, embora a sua incidência tenha aumentado em várias regiões do mundo devido às alterações climáticas e à expansão do habitat das carraças.A transmissão geralmente ocorre durante atividades ao ar livre, como caminhadas, acampamentos ou jardinagem. Se a carraça permanecer presa à pele por mais de 24 horas, ela pode transmitir a bactéria para a corrente sanguínea.Estágios e sintomasA doença apresentar-se por estágios, e os seus sintomas variam dependendo do momento do diagnóstico.Nos estágios iniciais, um dos sinais mais característicos é o eritema migratório, uma erupção cutânea em forma de anel que aparece ao redor da picada, juntamente com sintomas semelhantes aos da gripe: febre, fadiga, dor de cabeça e dores musculares.Algunos de los síntomas de la enfermedad de Lyme pic.twitter.com/wJJn1eeakL— ALCE-Asociación Lyme España (@AlceLyme) January 9, 2020Se não for tratada, a infeção pode progredir e causar problemas articulares, neurológicos e até cardíacos.Timberlake não é a única celebridade a falar publicamente sobre a condição. Outras, como Avril Lavigne e Shania Twain, também partilharam as suas experiências com a doença, descrevendo longos períodos de fadiga, confusão mental e dificuldade em obter um diagnóstico preciso.Histórias pessoais de pessoas famosas que foram fundamentais para aumentar a consciencialização pública e fomentar a investigação.Diagnóstico e tratamentoO diagnóstico clínico da doença de Lyme, que depende de testes sorológicos que às vezes são inconclusivos, não é simples nos estágios iniciais, dificultando a deteção precoce.Espécime de uma carraça Ixodes a entrar na pele humana.O tratamento padrão consiste em dar ao paciente um tratamento com antibióticos – como doxiciclina ou amoxicilina – por várias semanas.A maioria dos pacientes tratados prontamente recupera completamente, mas alguns desenvolvem o que é conhecido como síndrome da doença de Lyme pós-tratamento, uma condição na qual os sintomas persistem durante meses ou até anos.Necessidade de visibilidadeO caso de Justin Timberlake atraiu atenção mundial por essa condição e, principalmente, pelo seu impacto na vida quotidiana de quem sofre com ela.Fadiga crónica, dor persistente e efeitos cognitivos podem interferir no trabalho e nas atividades pessoais, por isso é necessária uma maior consciencialização e visibilidade dessa condição. Nueva Infografía de @salusplay Enfermedad de Lyme, prevención y detección precoz Accede a la Web ICOES para descargarla#EnfermedadDeLyme #PrevenciónSalud #DetecciónPrecoz #SalusPlay #ICOES pic.twitter.com/Yr0soGuvzn— Colegio de Enfermería de Sevilla (@ICOESevilla) May 28, 2025Algo que o famoso cantor pôde vivenciar em primeira mão, tendo sido criticado recentemente por demonstrar uma atitude "indolente" em alguns dos seus concertos.Como é que isto pode ser prevenido?Especialistas recomendam tomar medidas preventivas ao praticar atividades ao ar livre para evitar ser picado por carraças transmissoras.Isso inclui usar roupas de mangas compridas, de preferência de cor clara para facilitar a visualização dos carraças presas, aplicar repelente de insetos e inspecionar o corpo após possível exposição, especialmente em áreas sensíveis, como dobras da pele.Além disso, é crucial remover qualquer carrapaça com uma pinça assim que for detetada, pois o risco de infeção aumenta quanto mais tempo ela permanecer presa à pele.

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O núcleo de gelo mais antigo do mundo: cientistas prontos para reconstruir 1,5 milhões de anos do clima da Terra

O núcleo de gelo mais antigo alguma vez perfurado chegou ao British Antarctic Survey, e os investigadores estão a iniciar o meticuloso processo de análise para encontrar pistas sobre o clima passado do planeta.Os núcleos Beyond EPICA foram recolhidos do Domo C na Antárctida Oriental ao longo de vários anos. Crédito_PNRA:IPEV e British Antarctic Survey. Demorou anos, mas o núcleo de gelo mais antigo de sempre foi extraído da Antártida. É isso mesmo - 2800 metros de gelo que guardam os segredos do clima da Terra nos últimos 1,5 milhões de anos. Este núcleo de gelo chegou agora ao British Antarctic Survey, pronto para os cientistas analisarem cada centímetro. Extrair o gelo: Não é tarefa fácilExtrair 2800 metros de gelo não é fácil. Exige muito tempo e trabalho. E a extração requer uma precisão extrema. O projeto para extrair, analisar e reconstruir o clima do planeta faz parte do projeto Beyond EPICA - Oldest Ice. Este projeto é financiado pela Comissão Europeia e a recolha do núcleo de gelo teve início em 2022, quando uma equipa de 15 cientistas se dirigiu ao Little Dome C, na Antártida. Isto aconteceu após anos de procura do gelo mais antigo do planeta. O local do projeto de perfuração Beyond EPICA situa-se na Antártida Oriental. Crédito da imagem: British Antarctic Survey.Little Dome C é uma das zonas mais remotas e extremas do planeta, com uma temperatura média de -35 °C no verão. Situa-se perto do centro da Antárctida e contém alguns dos gelos mais antigos do mundo."Não há nenhum outro lugar na Terra que mantenha um registo tão longo da atmosfera passada como a Antártida. É a nossa melhor esperança para compreender os factores fundamentais das alterações climáticas da Terra", afirmou a Dra. Liz Thomas, chefe da equipa de núcleos de gelo do British Antarctic Survey.Os investigadores que extraíram o gelo tiveram de ter cuidado com as rupturas, o calor e outros factores, uma vez que trouxeram para cima 2800 metros de gelo que se estendiam até ao leito rochoso da Antártida. 15 researchers 3km ice core ️1.5 million years of climate history Scientists are heading to East Antarctica this month to locate the oldest ice on Earth! https://t.co/rAkM2SoVkl pic.twitter.com/2Vdn0gkamv— British Antarctic Survey (@BAS_News) December 7, 2022Analisar o clima passado da TerraAnteriormente, tinham sido extraídos núcleos de gelo que permitiram aos cientistas recriar os últimos 800.000 anos do clima da Terra. Este novo núcleo irá quase duplicar esse valor.Através de uma técnica de ponta chamada análise de fluxo contínuo, os cientistas vão derreter lentamente secções do núcleo de gelo para analisar tudo, desde a concentração de dióxido de carbono a impurezas e elementos químicos encontrados no gelo. Artigo relacionadoPorque é que os cientistas estão a transferir núcleos de gelo para a Antártida?Os núcleos de gelo funcionam como uma máquina do tempo para o passado. O gelo retém as condições atmosféricas e armazena-as à medida que mais gelo se acumula em cima delas, e depois o processo continua. Assim, cada pedaço do núcleo de gelo de 2800 metros pode mostrar uma época diferente dos últimos 1,5 milhões de anos e como era o clima do planeta.Uma grande questão para responderAgora, existem outras formas de recriar dados paleoclimáticos, incluindo a análise de sedimentos do mar profundo. Mas estas amostras de sedimentos não captam as condições da atmosfera como acontece com um núcleo de gelo.Análises anteriores mostraram, no entanto, que ocorreu uma grande mudança climática há 1 milhão de anos e os cientistas continuam a formular hipóteses sobre a razão.Os cientistas chamam a esta mudança a Transição do Pleistoceno Médio. Antes disso, o clima da Terra passava por ciclos glaciares e interglaciares a cada 41.000 anos, aproximadamente. Após a transição, essa linha temporal aumentou para 100 000 anos.The Beyond EPICA ice core drilling has finally reached the bedrock at a depth of 2800 m: this is a huge success for our project and for ice core science! We have strong indications that 1.2 million years of climate record are stored in the uppermost 2480 m of ice.PNRA/IPEV pic.twitter.com/rmlJjBhsAh— Beyond EPICA (@OldestIce) January 9, 2025Este novo núcleo de gelo fornecerá informações valiosas sobre esta mudança e os 500 000 anos que a precederam."Os nossos dados permitirão obter as primeiras reconstruções contínuas de indicadores ambientais fundamentais - incluindo temperaturas atmosféricas, padrões de vento, extensão do gelo marinho e produtividade marinha - abrangendo os últimos 1,5 milhões de anos. Este conjunto de dados sem precedentes sobre núcleos de gelo fornecerá informações vitais sobre a ligação entre os níveis atmosféricos de CO₂ e o clima durante um período anteriormente desconhecido da história da Terra, oferecendo um contexto valioso para a previsão de futuras alterações climáticas", afirmou o Dr. Thomas. Referência da notíciaAntarctica’s oldest ice arrives for climate analysis. British Antarctic Survey.

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Porque é que a biodiversidade é tão importante para evitar a extinção humana?

De acordo com vários estudos científicos, a perda de biodiversidade e o colapso dos ecossistemas representam um dos principais riscos ambientais que enfrentaremos nos próximos anos.Nos últimos anos, vários estudos têm tentado atribuir um valor económico a essas conexões, para explicar como e em que medida a natureza contribui direta ou indiretamente para o nosso bem-estar.Biodiversidade refere-se à riqueza da vida na Terra. A Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (CDB) define biodiversidade como a variedade e variabilidade dos organismos vivos e dos ambientes em que vivem.Todos nós pensamos em biodiversidade como a diversidade de espécies animais e vegetais, e de facto o é, mas também refere-se à variabilidade genética dentro de uma única espécie, bem como à diversidade de ecossistemas. De florestas a desertos, de lagos a pradarias, estamos a falar de ecossistemas muito diferentes uns dos outros, cada um regido por delicados equilíbrios naturais.A principal característica da TerraA Terra é um lugar surpreendente pela riqueza de vida que abriga. É justamente graças a essa riqueza que nós, humanos, continuamos a viver neste planeta. De facto, os humanos estão ligados à natureza, aos seus mecanismos reguladores e à sua biodiversidade.Nos últimos anos, vários estudos têm tentado atribuir um valor económico a essas conexões, para explicar como e em que medida a natureza contribui direta ou indiretamente para o nosso bem-estar.A biodiversidade fornece-nos matérias-primas essenciais para a nossa sobrevivência e para a nossa economia, como alimentos e energia, que regulam todos os mecanismos essenciais para a sobrevivência humana, como os ciclos de nutrientes, o ciclo da água e até mesmo as temperaturas.Cada um de nós pode fazer algo. Opte por alimentos orgânicos, que limitem o uso de produtos sintéticos prejudiciais aos polinizadores (e à nossa saúde), evite o desperdício de água, corte a relva de forma a respeitar a fauna local ou limite ao máximo o uso de plástico e microplásticos.Todos estes benefícios, que nós, humanos, muitas vezes consideramos garantidos e que a natureza nos oferece de forma totalmente gratuita, são chamados de serviços ecossistémicos.O que acontece quando a biodiversidade é perdida?O desaparecimento de espécies é um fenómeno natural. Sempre aconteceu e sempre acontecerá. O que nos preocupa como comunidade de cientistas, e o que deveria preocupar a todos, é que a taxa de extinção de espécies é agora de 100 a 1.000 vezes mais rápida do que em condições naturais.De acordo com vários estudos científicos, a perda de biodiversidade e o colapso dos ecossistemas representam um dos principais riscos ambientais que enfrentaremos nos próximos anos.As causas da perda de biodiversidade estão ligadas às alterações climáticas, espécies exóticas invasoras, perda e perturbação de habitats naturais, consumo e esgotamento do solo, poluição e superexploração dos recursos naturais. Tudo isso corre o risco de criar desafios significativos para o crescimento humano.Como proteger a biodiversidade?Cientistas e políticos em todo o mundo lutam por soluções, no meio da inércia e dos desafios impostos pelos enormes interesses em jogo. Em 2022, a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP15) estabeleceu metas significativas para proteger 30% da biodiversidade terrestre e 30% da biodiversidade marinha até 2030, e atingir metas de longo prazo até 2050.Após um debate acalorado, a Comissão Europeia finalmente estabeleceu, pela primeira vez na história, uma Lei de Restauração da Natureza, que entrou em vigor em fevereiro de 2024.A Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP28), realizada em Dubai em dezembro de 2023, reconheceu unanimemente pela primeira vez a necessidade de iniciar um processo concreto de transição ecológica para eliminar a dependência de combustíveis fósseis.De acordo com vários estudos científicos, a perda de biodiversidade e o colapso dos ecossistemas representam um dos principais riscos ambientais que enfrentaremos nos próximos anos.Cada um de nós pode fazer algo. Opte por alimentos orgânicos, que limitem o uso de produtos sintéticos prejudiciais aos polinizadores (e à nossa saúde), evite o desperdício de água, corte a relva de forma a respeitar a fauna local ou limite ao máximo o uso de plásticos e microplásticos.Em resumo, pequenos gestos quotidianos podem ajudar-nos a proteger a biodiversidade, preservando a natureza e os ecossistemas, aos quais a humanidade está profundamente conectada.

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Cientistas da Universidade de Lisboa investigam se o oceano consegue absorver ainda mais CO2 e calor

Portugal é um dos 19 países envolvido num esforço global com vista a estudar as consequências de um aumento controlado da alcalinidade na água do mar para potenciar os seus benefíciosMais de 90% do excesso de calor é absorvido pelos oceanos, que retém também 30% do dióxido de carbono emitido pelas atividades humanas. Será que o seu desempenho pode ser ainda melhor? Foto: Three Shots/ PixabaySem os oceanos, a Terra teria temperaturas extremas, semelhantes às de Vénus ou Marte. A sua capacidade para absorver o calor gerado pelo aquecimento global ultrapassa os 90%, evitando que as temperaturas terrestres subam de forma descontrolada. Além de regular o clima, também funcionam como grandes sumidouros de carbono, retendo aproximadamente um terço do CO₂ emitido pelas atividades humanas.Os oceanos já fazem imenso pela vida no Planeta, mas os cientistas querem saber se podem fazer ainda mais. Esse é o intuito do OAEPIIP - Ocean Alkalinity Enhancement Pelagic Impact Intercomparison Project. A experiência, liderada pela Universidade da Tasmânia e apoiada pelo Surface Ocean–Lower Atmosphere Study (SOLAS), envolve 19 países, incluindo Portugal. Nova Zelândia, China, Canadá, Espanha, Chile, Quénia e, um pouco por todo o mundo, várias equipas de oceanógrafos estão a tentar perceber se, subindo ligeiramente a alcalinidade da água do mar, é possível aumentar ainda mais a captura de carbono da atmosfera sem ameaçar a vida marinha. A técnica é conhecida por Ocean Alkalinity Enhancement (OAE), que em português pode ser traduzida para Aumento da Alcalinidade do Oceano.Da baía de Cascais até LisboaEm Portugal, os ensaios estão a ser conduzidos pelo Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) e pela Rede de Investigação Aquática (ARNET), da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Saber se esta solução pode funcionar e quais as consequências levaram os investigadores até à baía de Cascais para colher amostras da água do mar.A água foi transportada até à Faculdade de Ciências Lisboa e utilizada em experiências microcosmos num ambiente com temperatura e luz controladas.Um conjunto de nove tanques transparentes permitiu criar três cenários distintos. O primeiro replicou as condições marinhas naturais, sem alterações; o segundo testou o que acontece logo após a adição de alcalinidade, antes de o CO₂ entrar na água; e o último simulou a água do mar que já atingiu o equilíbrio de CO₂ com a atmosfera.Os investigadores portugueses encheram vários tanques com a água do mar de Cascais que depois foram transportados para a Faculdade de Ciências de Lisboa para serem alvo de experiências. Imagens: CHASE / MARE-ULisboaDoze parâmetros físico-químicos e biológicos foram depois medidos ao longo de 20 dias. Foram necessárias mais de mil observações para estudar os organismos planctónicos, considerados cruciais para o equilíbrio dos oceanos.São estas as comunidades que formam a base da cadeia alimentar marinha, tendo uma função crítica no ciclo global do carbono. Saber como reagem à alteração química da água do mar é, por isso, essencial para avaliar os riscos ecológicos e a sustentabilidade de soluções climáticas como o aumento da alcalinidade do oceano.Artigo relacionadoTratado de Alto Mar pode ser uma realidade em 2026. Eis o que significaria para a conservação dos mares e oceanosPortugal encontra-se atualmente na fase de análise laboratorial de todas as amostras colhidas durante a experiência. Os resultados deverão começar a surgir nos meses que se seguem, podendo trazer mais pistas para ajudar os investigadores a estudar os efeitos da alcalinidade nos ecossistemas oceânicos.A medida certa para não ameaçar a vida marinhaO projeto OAEPIIP pretende ir muito além da experiência de laboratório. É, acima de tudo, um esforço global para produzir dados comparáveis e sólidos, capazes de orientar políticas públicas e decisões sobre o futuro do oceano. Espera-se que os resultados obtidos em várias partes do mundo possam permitir encontrar a fórmula certa para corrigir o desequilíbrio de carbono atmosférico sem comprometer a vida marinha. Embora a absorção de calor e de CO₂ pelos oceanos seja essencial para manter o equilíbrio climático, esse processo tem limites. O aumento contínuo das temperaturas do mar pode reduzir a sua capacidade de reter carbono, criando um efeito dominó que intensifica o aquecimento global.O projeto internacional conta com 19 países que, do Quénia à China, passando pela Austrália ou Canadá estão a desenvolver experiências idênticas às realizadas pela equipa portuguesa. Imagens: OAEPIIP Gallery O calor acumulado nos oceanos também pode alterar padrões de vento, afetar o ciclo das chuvas e contribuir para secas ou inundações em diferentes partes do planeta.Artigo relacionadoTratado de Alto Mar pode ser uma realidade em 2026. Eis o que significaria para a conservação dos mares e oceanosO aumento da temperatura das águas oceânicas já está, aliás, a causar mudanças significativas, como maior frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como ondas de calor marinhas, tempestades tropicais ou mudanças nos padrões de circulação atmosférica.Referências da notíciaPode o oceano ajudar-nos a equilibrar o clima? Portugal está a contribuir para testar essa hipótese. Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.Ocean Alkalinity Enhancement Pelagic Impact Intercomparison Project (Website do projeto OAEPIIP)

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Será que a dieta dos Neandertais era só baseada em carne de grande herbívoros?

Ao que parece a dieta dos Neandertais não era só baseada em carne, mas em algo mais. Contamos-lhe tudo aqui!Os Neandertais eram excelentes caçadores, capazes de abater grandes animais como mamutes. No entanto, a sua dieta não se restringia apenas à carne.Uma nova pesquisa revolucionária sugere que os Neandertais, longe de serem apenas caçadores de grandes mamíferos, podem ter complementado a sua dieta.O estudo, publicado baseia-se na análise de isótopos estáveis de nitrogénio (δ¹⁵N) encontrados em vestígios de Neandertais. Valores elevados de δ¹⁵N eram tradicionalmente interpretados como prova de uma dieta rica em carne de grandes herbívoros, como mamutes e renas.Alguns estudos sugerem que os Neandertais foram os autores de algumas das mais antigas pinturas rupestres encontradas em cavernas. No entanto, a nova investigação propõe que estes valores elevados podem, em parte, refletir o consumo regular de larvas de mosca enriquecidas em ¹⁵N, que ocorrem em alimentos de origem animal armazenados. Os cientistas realizaram análises de δ¹⁵N em larvas de mosca de três famílias diferentes, recolhidas de carcaças em putrefação.Os resultados mostraram que, enquanto a putrefação da carne resultava em mudanças modestas nos valores de δ¹⁵N do tecido muscular (entre -0,6 e 7,7‰), as larvas de mosca associadas à putrefação apresentavam valores significativamente mais elevados, variando de 5,4 a 43,2‰. Esta vasta gama de valores, especialmente os mais altos (até 43,2‰), excede em muito qualquer outra fonte alimentar potencial para hominídeos do Pleistoceno Superior.O consumo de insetos, incluindo larvas, não é uma novidade. É um hábito alimentar praticado há milénios e ainda hoje é comum em várias culturas em partes da África, Ásia e América Latina.Os autores do estudo argumentam que, nutricionalmente, o consumo de uma dieta exclusivamente de carne magra por humanos (incluindo Neandertais) é problemático. Um humano moderno de cerca de 80 kg, peso estimado de um Neandertal, não pode consumir mais de aproximadamente 300g de proteína por dia sem sérias consequências para a saúde, uma condição conhecida como "fome de coelho" ( dieta composta principalmente de proteínas, mas carece de gordura e carboidratos). Isso sugere que os Neandertais teriam de procurar fontes de gordura e que uma parte substancial da carne magra das suas presas seria provavelmente descartada.Então o que comiam para além da carne?É aqui que entram as larvas. O registo etnohistórico, que documenta práticas de povos indígenas, contém inúmeros exemplos de consumo rotineiro de alimentos de origem animal putrefatos com larvas. Estes povos consideravam frequentemente a carne decomposta e infestada de larvas como uma iguaria, e não apenas uma ração de fome. As larvas são uma fonte rica em gordura e proteína, densa em nutrientes, ubíqua e facilmente obtida.Os Neandertais, como caçadores, dependiam de reservas de alimentos para compensar a imprevisibilidade da caça. Estas reservas, muitas vezes armazenadas em fossas subterrâneas, pilhas de rochas ou suspensas em árvores, inevitavelmente atraíam moscas e putrefaziam.O estudo sugere que as larvas, mais do que os próprios tecidos da carcaça, poderiam ter fornecido aos Neandertais uma rica fonte de gordura e uma fonte de proteína altamente enriquecida em ¹⁵N, explicando assim os altos valores de δ¹⁵N observados nos seus restos.Artigo relacionadoNovos alimentos. Nutri’Earth autorizada a comercializar pó de larvas inteiras para incorporar na alimentação humanaEm suma, esta pesquisa oferece uma nova perspetiva sobre a dieta dos Neandertais, sugerindo que a ingestão de larvas pode ter sido um contribuinte significativo para os seus elevados valores de isótopos de nitrogénio, desafiando a visão de que a sua dieta era estritamente carnívora no sentido de consumir apenas carne fresca de grandes mamíferos. O estudo destaca a complexidade dos sistemas alimentares no Paleolítico Superior e abre caminho para futuras investigações sobre o papel das larvas na nutrição humana pré-histórica.Referência da notíciaMelanie M. Beasley et al., Neanderthals, hypercarnivores, and maggots: Insights from stable nitrogen isotopes. Sci. Adv.11,eadt7466(2025). DOI:10.1126/sciadv.adt7466

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Rúcula: um alimento funcional que pode cultivar em casa

A rúcula é uma hortaliça de sabor levemente picante, rica em vitaminas A, C e K. Descubra aqui a sua versatilidade e os seus benefícios para a saúde!A rúcula oferece diversos benefícios à saúde devido à sua riqueza em nutrientes. A rúcula (Eruca sativa), também conhecida como mostarda-persa, é uma hortaliça de folhas verdes pertencente à família Brassicaceae, a mesma do brócolo, couve-flor e repolho. Com um sabor levemente picante e amargo, ela tem ganho espaço na culinária e na nutrição funcional pelas suas propriedades nutricionais, medicinais e pela facilidade de cultivo.Propriedades nutricionais e benefícios da rúculaA rúcula é um alimento de baixo valor calórico, rica em fibras, vitaminas e minerais. Em 100 g da folha crua há apenas cerca de 25 calorias, sendo composta maioritariamente por água, o que a torna excelente para dietas de controlo de peso e hidratação.É especialmente rica em vitamina K, importante para a coagulação sanguínea e saúde óssea. Também fornece boas quantidades de vitamina A (importante para a visão e imunidade), vitamina C (antioxidante e protetora celular), folato, cálcio, magnésio e potássio.Artigo relacionadoCalendário de plantações: o que posso cultivar no mês de agosto?Entre os principais compostos bioativos estão os glucosinolatos, substâncias típicas das crucíferas, que ao serem digeridas transformam-se em isotiocianatos, conhecidos pela sua ação anticancerígena, anti-inflamatória e antioxidante. Além disso, a rúcula contém flavonoides, como a quercetina e o kaempferol, que ajudam a combater o estresse oxidativo.Estudos científicos apontam ainda que o consumo regular de rúcula pode ajudar a proteger o fígado e os rins, favorece a eliminação de toxinas.Controla a glicemia, beneficia pessoas com pré-diabetes ou diabetes tipo 2;melhora o funcionamento intestinal, graças às fibras; fortalece os ossos, devido à presença de cálcio, magnésio e vitamina KA rúcula contribui para a saúde cardiovascular, por conter nitratos naturais que auxiliam na regulação da pressão arterial.Como plantar rúcula em casa ou na hortaUma das vantagens da rúcula é a sua facilidade de cultivo. Ela adapta-se bem a climas amenos e pode ser plantada em vasos, canteiros ou até jardineiras em varandas e quintais. Para dar início a esta plantação, primeiro deve escolher o local e o recipiente.A rúcula precisa de sol direto pelo menos 4 horas por dia. Pode usar vasos com pelo menos 15 cm de profundidade, com furos para drenagem. As fibras presentes na rúcula ajudam a regular a absorção de carboidratos e reduzem os níveis de açúcar no sangue.Se for plantar no solo, escolha um canteiro bem drenado e com boa matéria orgânica. Na preparação do solo, misture terra vegetal com composto orgânico ou húmus de minhoca. O solo deve ser leve, fértil e bem aerado.A rúcula prefere um pH levemente ácido a neutro (entre 6 e 7). Se optar por semear a rúcula, distribua as sementes diretamente no solo ou vaso, em fileiras ou aleatoriamente. Cubra levemente com uma fina camada de terra (cerca de 0,5 cm). Mantenha o solo húmido, sem encharcar.Cuidados durante o crescimentoA germinação ocorre entre 5 a 7 dias. Quando as mudas tiverem 4 a 5 folhas, faça o desbaste (retire as mais fracas) para manter espaçamento de 10 a 15 cm entre as plantas.Regue regularmente, preferencialmente pela manhã, evitando molhar excessivamente as folhas. A colheita pode começar 30 a 40 dias após o plantio, quando as folhas atingem cerca de 10–15 cm.Artigo relacionadoPoderá a seca transformar fruta e legumes em artigos de luxo?A colheita pode ser feita em etapas, retirando apenas as folhas maiores, o que permite que a planta continue produzindo por mais algumas semanas.A rúcula é uma planta funcional, saborosa e fácil de cultivar, ideal para quem procura alimentação saudável e um estilo de vida mais natural.Seja na salada, em sumos verdes ou como acompanhamento, vale a pena incluí-la com frequência no cardápio e, se possível, colhida da própria horta!

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Primeira semana de agosto com onda de calor em Portugal continental, mas haverá um alívio térmico temporário, eis quando

O IPMA emitiu aviso laranja devido ao tempo quente para todos os distritos para o dia 3 de agosto, à exceção de Faro que se encontra sob aviso amarelo. No entanto, espera-se um alívio ligeiro das temperaturas.O fim de semana contará com um aumento das temperaturas, sendo que o IPMA já emitiu aviso laranja para 17 distritos de Portugal continental, e aviso amarelo para o distrito de Faro. Estes estarão em vigor entre as 9h e as 18h de domingo, dia 3 de agosto.Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações.Nesse dia são esperados valores máximos entre os 28 ºC em Viana do Castelo e os 41 ºC em Santarém. Localmente, os valores podem exceder os 41 ºC em vários pontos do Ribatejo, Alentejo e Beira Baixa. Junto ao litoral Norte, os valores podem chegar aos 40 ºC, como podemos observar na imagem abaixo.Domingo será um dia extremamente quente, com zonas do litoral a poderem chegar aos 40 ºC.Mais uma vez, o modelo americano GFS mostra um cenário mais grave, com temperaturas na ordem dos 45 ºC na zona de Coruche, no distrito de Santarém, que, segundo ambos os modelos (americano e europeu), será o distrito mais quente do país no domingo.A partir de segunda-feira sentir-se-á um ligeiro alívio das temperaturasAinda que as temperaturas continuem elevadas no arranque da próxima semana, os valores diminuem ligeiramente, podendo oscilar entre os 26 ºC em Viana do Castelo e os 40 ºC em Santarém. Castelo Branco e Vila Real serão das cidades mais quentes, com 39 ºC.Ainda que as anomalias térmicas continuem acima da média, desta vez serão maiores na faixa interior.À noite, os valores continuarão elevados, especialmente na faixa interior, onde junto à fronteira podem registar-se cerca de 33 ºC tanto no Nordeste Transmontano, como na Beira Baixa e no Alentejo. Já no litoral, um dos locais mais frescos será a zona da Póvoa de Varzim, que poderá registar 17 ºC. Desta forma, as anomalias térmicas estarão acima da média em praticamente todo o território.Na noite de segunda-feira a faixa interior Norte e Centro registará a maior anomalia térmica do país, com valores até 14 ºC acima da normal climatológica.Na terça-feira sentir-se-á uma diminuição das temperaturas junto à faixa litoral. Desta forma, os valores podem variar entre os 23 ºC em Viana do Castelo e os 39ºC em Vila Real. Neste dia, o Vale do Douro será a região mais quente do país, podendo registar até 42 ºC.O alívio continua na quarta-feira, com mais impactoA faixa litoral continuará a sentir um alívio contínuo das temperaturas, onde na quarta-feira se esperam máximas entre os 21 ºC em Viana do Castelo e os 39 ºC em Beja. Ainda assim, o Vale do Douro poderá ser, mais uma vez, a região mais quente do país, com valores locais na ordem dos 41 ºC, seguido da Beira Baixa e do Baixo Alentejo, cujos valores podem chegar aos 40 ºC, localmente.Artigo relacionadoOnda de calor em Portugal provocará temperaturas acima dos 40 ºC: eis as áreas mais expostas ao calor nos próximos dias!A acompanhar esta tendência de descida, poderemos contar com valores mais frescos também nas horas noturnas. Nas últimas horas do dia de quarta-feira, esperam-se valores de temperatura entre os 17 ºC em Aveiro e os 28 ºC em Castelo Branco.Para além desta diminuição gradual, ainda que pouco significativa, das temperaturas, também se espera alguma nebulosidade entre segunda e quarta-feira, principalmente junto à costa.

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Até 100 meteoros por hora: evento noturno em Sintra assinala noite das Perseidas

Este sábado há uma caminhada noturna na Serra de Sintra e inclui rituais celtas, trilhos naturais e observação da "melhor" e mais esperada chuva de estrelas do ano. Não perca a "melhor chuva de estrelas do ano". Foto: UnsplashPronto para uma noite inesquecível? Na noite de 2 de agosto — sim, já este sábado —, os céus da Serra de Sintra prometem um espetáculo digno de registo. Do que é que estamos a falar? De uma das melhores noites do ano para observar a chuva de meteoros Perseidas, fenómeno que atrai entusiastas da astronomia e amantes da natureza de todo o mundo em meados de agosto. Este ano, poderá vivê-lo de forma ainda mais intensa com uma caminhada noturna organizada pela Lynx Travel, numa experiência onde natureza, história e tradição celta se cruzam sob o brilho das estrelas.“As Perseidas são legitimamente consideradas a melhor chuva de meteoros do ano ao norte do equador: elas atingem o pico durante as noites quentes de agosto e produzem muitos meteoros rápidos e brilhantes”, nota a empresa.A proposta convida a um percurso de aproximadamente cinco quilómetros por trilhos envoltos em vegetação densa e silêncio, com início no histórico Convento dos Capuchos. A partir deste ponto, o grupo será conduzido até um dos locais mais altos da serra, onde se encontra um monumento megalítico com vista privilegiada sobre a paisagem — bem longe da poluição luminosa das grandes cidades. Com sorte e céu limpo, poderão ser visíveis até cem meteoros por hora. Artigo relacionadoChuva de estrelas Perseidas ilumina os céus noturnos de agosto“A Lua estará na fase de quarto crescente durante o pico da chuva. Até o radiante se elevar ao mais alto, a Lua ocultar-se-á no horizonte e não será um problema”, explica a organização. “Isto significa que, se o tempo estiver bom, poderá ver até 100 meteoros por hora.”Uma celebração celta no coração do bosqueDepois da travessia até ao ponto alto da serra, o grupo descerá até ao chamado Bosque dos Druidas — um espaço rodeado de lendas e simbolismo ancestral. Ali terá lugar uma celebração discreta, mas cheia de significado, dedicada à chegada das estrelas cadentes. No local descrito como “mágico e secreto”, será servido a cada participante um elixir celta, “uma bebida afrodisíaca” ligada a antigos rituais de comunhão com a natureza. Após este momento, inicia-se o regresso ao ponto de partida.Faça já a inscrição. Foto: UnsplashQuer saber quem é que pode participar? A experiência está aberta a adultos e crianças a partir dos seis anos. O valor de participação é de 10€ por adulto e 5€ para os mais pequenos. A atividade inclui seguro de acidentes pessoais, guias e acompanhamento permanente, bem como a bebida temática. As inscrições são obrigatórias e devem ser efetuadas até ao final do dia de hoje (1 de agosto). Para garantir o lugar, é necessário enviar um e-mail para lynxtravel11@gmail.com, indicando o nome completo, número do Cartão de Cidadão e data de nascimento de cada participante. O pagamento pode ser feito por transferência bancária (NIB: 0033 0000 0010 7863 225 05) ou através de MB Way (para o número 917 940 888). Atenção, porque a inscrição só fica validada após o envio do comprovativo por email. O que deve levar consigo?Para que possa aproveitar a noite com total conforto e segurança, recomenda-se o uso de calçado adequado para trilhos, como botas de caminhada ou ténis com boa aderência. É também importante levar roupa leve e prática, lanterna ou frontal, água e algum reforço alimentar — uma sandes, barras energéticas ou fruta, por exemplo. Se for amante de fotografia, não se esqueça da máquina: esta é uma daquelas noites que merecem ser eternizadas.´Artigo relacionadoTelescópio ALMA: novas imagens indicam que planetas formam-se quase em simultâneo com estrelasAvisamos que as vagas são limitadas e a procura tem sido elevada. Se quiser fazer parte desta noite singular, a inscrição deve ser feita o mais rápido possível. Depois, basta aparecer à hora marcada, pronto para caminhar, observar e deixar-se levar por uma noite diferente, onde as estrelas serão as verdadeiras protagonistas.

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Cientista propõe caçar asteroides com helióstatos: método de baixo custo para detetar rochas espaciais a partir da Terra

John Sandusky, cientista do Sandia Space Telescope, propõe uma ideia arrojada: reutilizar os helióstatos durante a noite para detetar asteroides próximos da Terra. A sua proposta promete ser uma alternativa de baixo custo aos telescópios convencionais. Embora os helióstatos possam recolher energia do sol, o cientista John Sandusky colocou-os a trabalhar à noite. As suas descobertas podem ajudar a detetar objetos próximos da Terra, como os asteroides. Crédito: Craig FritzOs helióstatos são dispositivos que seguem o Sol para concentrar a sua energia num ponto fixo, normalmente com o objetivo de gerar eletricidade. Mas o que é que acontece a estes grandes espelhos quando a noite cai? Nada, pelo menos por enquanto...John Sandusky, um cientista do Laboratório Nacional Sandia, quer mudar isso. Propõe a utilização destes espelhos para detetar asteroides à noite, tirando partido das infraestruturas existentes. "Os campos heliostáticos não têm um trabalho noturno. Ficam ali parados, sem uso. O país tem a oportunidade de lhes dar um trabalho noturno a um custo relativamente baixo para encontrar objetos próximos da Terra", explicou Sandusky. “Se soubéssemos de antemão que um asteroide se aproxima e onde pode atingir, teríamos mais hipóteses de nos prepararmos e minimizar os danos”.A maior parte dos esforços atuais de defesa planetária baseiam-se em telescópios especializados que captam imagens do céu noturno. Nessas imagens, os sistemas informáticos identificam os asteroides pelos rastos que deixam. Embora este seja um método preciso, é também caro e lento, e a construção de novos observatórios nem sempre é viável. Um teste noturno no deserto Para testar a sua hipótese, Sandusky realizou uma experiência durante várias noites de verão no National Solar Thermal Test Facility, no âmbito de um projeto de investigação e desenvolvimento dirigido pelo laboratório. Aí, utilizou um dos 212 helióstatos disponíveis sem qualquer modificação, utilizando simplesmente o software existente para o fazer oscilar de forma controlada."As torres solares recolhem um milhão de watts de luz solar. À noite, queremos recolher um femtowatt, que é um milionésimo de milionésimo de watt da luz solar espalhada pelos asteroides", explicou.Em vez de captar imagens como fazem os telescópios, Sandusky propõe uma técnica baseada na medição da velocidade relativa do asteroide em relação às estrelas. “Estou a tentar detetar o asteroide pela sua velocidade em relação às estrelas”, explicou. O cientista John Sandusky no campo de helióstatos. John conduziu uma pesquisa noturna que demonstrou que os helióstatos podiam detetar asteroides. Crédito: Craig Fritz Durante a experiência, o helióstato foi programado para se mover para a frente e para trás uma vez por minuto. Sandusky observou a partir do topo da torre solar, a cerca de 60 metros do solo, e utilizou instrumentos ópticos convencionais para detetar a luz focada na torre pelo espelho."Passa-se muito tempo à espera. Entre cada ponto de recolha de dados, passavam-se cerca de 20 minutos. Estive a recolher informação até de madrugada", recorda. Embora a experiência não se destinasse a encontrar asteroides, demonstrou que o sistema pode detetar estrelas em movimento, o que valida o conceito básico.Vantagens económicas e estratégicasPara além do seu baixo custo em comparação com a construção de observatórios, Sandusky acredita que esta tecnologia pode ter outras aplicações estratégicas. "Poderá ajudar a Força Espacial dos EUA na sua tarefa de seguir as naves espaciais, especialmente na região cislunar. As órbitas próximas da Lua são difíceis de seguir a partir da Terra", observou. Artigo relacionadoNovo telescópio da NASA prevê detetar 100 000 explosões cósmicasOs seus resultados já foram apresentados numa conferência da International Society for Optics and Photonics e publicados na revista Unconventional Imaging, Sensing, and Adaptive Optics 2024. Nesta fase inicial, sublinha a importância de receber críticas e sugestões da comunidade científica. "Queremos ouvir os nossos colegas nos domínios da ótica e da caça aos asteroides. Os seus comentários ajudar-nos-ão a compreender as incertezas que rodeiam o funcionamento desta tecnologia".Próximas etapas: ampliar a ideiaPara o futuro, Sandusky pretende aumentar a escala da experiência: testar vários helióstatos e apontá-los a planetas conhecidos para medir melhor as limitações do sistema. "Queremos demonstrar que podemos detetar objetos próximos da Terra. Também queremos provar que esta tecnologia pode ser escalada para detetar asteroides ainda mais pequenos", concluiu. Referência da notíciaJohn Sandusky et al, Prospect for cislunar spacecraft and near-earth asteroid detection using heliostat fields at night , Unconventional Imaging, Sensing, and Adaptive Optics 2024 (2024). DOI: 10.1117/12.3028242

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Uma planta que é uma obra de arte e que se move ao sabor do sol, ideal para dar elegância à sua casa

É delicada, colorida e tem movimentos quase coreografados. A calateia pena de pavão não só embeleza cada canto, como também purifica o ar e liga-nos à natureza.As folhas da calateia pena de pavão distinguem-se pelos seus padrões simétricos e pelo intenso contraste de verdes e roxos.Com folhas que parecem ter sido desenhadas por um artista, esta planta tropical conquistou decoradores, colecionadores e amantes da botânica. O seu aspeto exótico, a sua origem na selva e as suas necessidades particulares fazem dela uma joia natural tão impressionante quanto delicada.A Calathea makoyana, popularmente conhecida como calateia pena de pavão, é originária do norte do Brasil e pertence à família das marantáceas. Ao contrário de outras plantas de interior, não se destaca pelas suas flores - que nesta espécie são pequenas e discretas - mas pela sua folhagem espetacular.Cada folha é uma obra de arte: fundo verde-claro com padrões de plumas escuras, margens irregulares e faces inferiores roxas. Daí o seu nome comum, que evoca as penas do pavão. Vistas de perto, as suas folhas parecem ser pintadas à mão: uma característica que a tornou famosa na decoração de interiores.Esta espécie é perfeita para quem procura uma planta vistosa mas não invasiva. Tem um tamanho médio, com folhas que podem atingir 30 cm de comprimento, e dá-se bem em vasos, desde que seja bem cuidada.Para a manter feliz: luz, água e humidadeA calateia pena de pavão não é uma planta difícil, mas requer atenção. Precisa de luz indireta - nunca de sol direto - de um ambiente húmido e de água sem cloro ou flúor.É sensível às mudanças bruscas de temperatura e ao excesso de rega, por isso utilize um substrato solto e bem drenado e regue apenas quando a parte superior estiver seca.Uma dica importante é agrupá-la com outras plantas ou colocá-la em tabuleiros com pedras molhadas para manter uma atmosfera húmida à sua volta. Também aprecia as regas regulares com água morna. Evite a exposição direta ao sol e utilize água sem cloro: estas medidas são fundamentais para preservar a sua cor e saúde.Fertilize a cada três ou quatro semanas na primavera e no verão com um fertilizante equilibrado. E se as folhas começarem a enrolar ou a apresentar bordos castanhos, é sinal de que algo está errado: geralmente é falta de humidade ou água inadequada. Uma planta que se move? Uma das curiosidades desta espécie - e de outras calatheas - é o facto de poder mover-se. Sim, embora não se mova, as suas folhas abrem-se durante o dia e dobram-se ao anoitecer, num fenómeno chamado nyctinastia. Este movimento responde a alterações de luz e humidade, e é regulado por estruturas chamadas pulvínulas, localizadas na base dos pecíolos. Artigo relacionadoSim, as plantas podem gritar quando sofrem e há um inseto que pode ouvi-lasEste comportamento, para além de ser fascinante, tem uma função ecológica: no seu habitat natural, o movimento permite que as folhas recolham melhor a luz durante o dia e se protejam durante a noite. Alguns entusiastas afirmam mesmo que o movimento produz um ligeiro ruído, o que lhe valeu a alcunha de “planta que faz barulho”. Mais do que um ornamentoA Calathea makoyana não é apenas bonita. Tal como outras marantáceas, ajuda a melhorar a qualidade do ar interior, pois consegue filtrar as substâncias voláteis comuns nos ambientes domésticos. É também uma das poucas plantas ornamentais seguras para casas com gatos ou cães, uma vez que não é tóxica para os animais de estimação. Artigo relacionadoAqui estão 6 plantas que florescem na água e que são ideais para a sua casaÉ uma planta versátil, estética e com uma origem fascinante. Para além das suas folhas vistosas e da sua curiosa sensibilidade à luz, a calateia pena de pavão é um excelente aliado para aqueles que procuram adicionar natureza e design às suas casas. Com os cuidados adequados, pode tornar-se o protagonista silencioso de qualquer ambiente.

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Céus cheios de arco-íris e “sundogs”: estudo revela que podem ser visíveis sinais ópticos nas atmosferas de exoplanetas

Por vezes, os cristais de gelo na atmosfera da Terra alinham-se na perfeição para criar vários efeitos visuais impressionantes, desde um halo à volta da Lua, a pontos brilhantes chamados "sundogs" em ambos os lados do sol num céu de inverno, ou um pilar de arco-íris, chamado crown flash, por cima de uma nuvem de tempestade.Imagem de um halo com "sundogs" ou parélios, da NOAA Photo Library, parte da coleção "Maravilhas do Tempo" do Serviço Meteorológico Nacional norte-americano (NWS). Crédito da Imagem: Grant W. Goodge, data e local não listados, Wikimedia Commons.Fenómenos semelhantes podem aparecer nos céus de alguns exoplanetas da variedade “Júpiter quente”, um tipo comum de gigante gasoso que orbita sempre perto da sua estrela hospedeira, descobriram os astrónomos de Cornell.No WASP 17b, um exoplaneta de Júpiter quente, ventos de 10.000 milhas por hora podem alinhar partículas em nuvens feitas de quartzo e outros aerossóis minerais cristalinos, criando condições em que a poeira polarizada pode interagir com a luz das estrelas da mesma forma que cristais de gelo alinhados interagem com a luz do Sol na Terra.“Tal como o alinhamento dos cristais de gelo na atmosfera da Terra produz fenómenos observáveis, podemos observar o alinhamento dos cristais de silicato nos exoplanetas quentes de Júpiter”.Elijah Mullens, M.S. '24, estudante de doutoramento em astronomia e coautor do estudo."Silicate Sundogs: Probing the Effects of Grain Directionality in Exoplanet Observations" foi publicado no The Astrophysical Journal Letters. No artigo, Mullens e a coautora Nikole Lewis, professora associada de astronomia na Faculdade de Artes e Ciências, propõem que existem condições na atmosfera deste exoplaneta para que o vento alinhe os cristais de silicato - um processo chamado alinhamento mecânico - criando efeitos visuais.Ideia de alinhamento mecânico foi avançada em 1952 para explicar o que alinha a poeira no meio interestelarDe acordo com Lewis, o professor de astronomia da Universidade de Cornell Tommy Gold propôs em 1952 que o movimento do gás alinhava as partículas de poeira, como se o ar estivesse a soprar sobre elas. A sua teoria do alinhamento mecânico caiu em desuso para as partículas de poeira do ISM. Mas agora, os investigadores dizem que é mais provável que os campos magnéticos e os torques radiativos, em que a luz das estrelas aquece um dos lados, façam com que as partículas se alinhem.“Agora vemos que a proposta de 1952 não funciona para o meio interestelar, mas provavelmente funciona para um exoplaneta Júpiter quente, uma atmosfera planetária muito quente com ventos de alta velocidade”, disse Lewis, cuja especialidade é a dinâmica atmosférica destes exoplanetas. “Quando começámos a olhar para as atmosferas planetárias, em particular para estes Júpiteres quentes, ocorreu-me que, com ventos de 10.000 milhas por hora a zumbir nestas atmosferas muito densas, certamente os grãos se alinhariam”. Lewis e Mullens tiveram esta ideia quando ambos faziam parte da equipa que utilizou o Telescópio Espacial James Webb (JWST) para encontrar provas da existência de nanocristais de quartzo nas nuvens de grande altitude do WASP-17 b, um exoplaneta quente de Júpiter a 1300 anos-luz da Terra, que será divulgado em 2023. “Não esperávamos ver cristais de quartzo numa atmosfera quente de Júpiter”, disse Lewis. “Estávamos a prever algo completamente diferente”. Os cristais de quartzo são minúsculos: com 10 nanómetros de diâmetro, 10.000 poderiam caber lado a lado num cabelo humano. E têm uma forma alongada, como os barcos, disse Mullens. Num vento, os cristais comportam-se como um grupo de barcos num rio com uma corrente forte. “Se colocar um monte desses cristais em ventos muito fortes, como esperamos em Júpiteres quentes, eles vão alinhar-se com o vento como barcos numa corrente”, disse.Artigo relacionadoE se não houver vida noutros planetas? Os cientistas calculam quantos exoplanetas nos dirão Mas mesmo que não se alinhem horizontalmente com o vento, como proposto neste trabalho, disse Mullens, os cristais são suscetíveis de serem dispostos de alguma forma - talvez verticalmente, ou com campos elétricos, ou mesmo aleatoriamente - que criem efeitos visuais a partir de interações com a luz da sua estrela. Tanto na Terra como num exoplaneta, efeitos visuais revelam muito sobre o que se está a passar na atmosfera Os investigadores podem ver estes efeitos com o JWST, um telescópio de infravermelhos. Não podem tirar fotografias do WASP 17b porque está muito longe, disse Lewis, mas “se conseguíssemos tirar uma fotografia do WASP 17b em comprimentos de onda ópticos e resolver o disco do planeta, veríamos este tipo de caraterísticas sundog”.Segundo Mullens, quer na Terra quer num exoplaneta, os efeitos visuais revelam muito sobre o que se está a passar na atmosfera. (Imagem criada por IA)."Para além de serem bonitos, estes efeitos podem ensinar-nos como os cristais estão a interagir na atmosfera. É realmente rico em informação, tal como na Terra, onde as condições atmosféricas precisam de ser de uma certa forma para que estejam orientados horizontalmente para produzir um sundog", disse. “Se virmos algo semelhante num Júpiter quente, podemos saber algo sobre a forma como os cristais estão a interagir com as forças locais”.Mullens vai continuar a estudar a direcionalidade das partículas no WASP 17b muito em breve. É o investigador principal de uma proposta para mais observações do exoplaneta, aceite pelo JWST para o próximo ano.Referência da notíciaElijah Mullens et al, Silicate Sundogs: Probing the Effects of Grain Directionality in Exoplanet Observations, The Astrophysical Journal Letters (2025). DOI: 10.3847/2041-8213/ade885

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Onda de calor em Portugal provocará temperaturas acima dos 40 ºC: eis as áreas mais expostas ao calor nos próximos dias!

Segundo o modelo europeu ECMWF, as temperaturas vão continuar a aumentar e no fim de semana atingirão o pico desta semana. Confira quais os locais mais quentes do país!O último dia de julho será marcado por alguma nebulosidade crescente a partir das primeiras horas da tarde, ainda que as temperaturas se mantenham elevadas tanto durante o dia, como à noite. São esperados valores máximos entre os 25 ºC em Viana do Castelo e os 37 ºC para Beja e Santarém.O país continua quase todo sob aviso amareloSegundo o IPMA, todos os distritos, à exceção de Faro, que se encontra livre de aviso, e de Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa, cujo aviso amarelo será levantado hoje às 18h, se encontram sob aviso amarelo devido ao tempo quente, até às 18h do dia 2 de agosto, próximo sábado.No domingo poderão registar-se perto de 40 ºC em vários locais de Norte a Sul do país. Esta tendência poderá manter-se no arranque da próxima semana.Amanhã, sexta-feira, poderá denotar-se uma ligeira diminuição da temperatura junto à faixa litoral, assim como uma noite mais fresca, também na mesma área. Na faixa interior, mesmo nas horas noturnas, as temperaturas poderão rondar os 30 ºC.O litoral Oeste continua a ser das regiões mais frescas do país, tanto durante o dia como à noite, com temperaturas a oscilarem entre os 22/24 ºC durante o dia e os 16/17 ºC à noite.No fim de semana os termómetros voltam a subir de forma significativaNo sábado, os termómetros voltam a aumentar, sendo esperadas máximas na ordem dos 40 ºC no Baixo Alentejo, Ribatejo e Beira Baixa. Nas horas noturnas, os valores podem manter-se nos 30 ºC no Vale do Douro, Beira Baixa e Alentejo.Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações.Domingo poderá ser o dia mais quente da semana, com o mercúrio a ultrapassar os 40 ºC em diversos locais de Norte a Sul do país, tanto na faixa interior como na faixa litoral. O Ribatejo e o Alentejo poderão ultrapassar os 42 ºC, sendo das regiões mais quentes do país. Com este aumento, o risco de incêndio aumenta para o nível máximo principalmente nas regiões Norte e Centro.Artigo relacionadoPrimeiro fim de semana de agosto: onda de calor em Portugal intensificará e estas serão as zonas mais afetadas!Esta previsão é feita com base no nosso modelo de referência, ECMWF, no entanto, o modelo americano, GFS, aponta para temperaturas ainda mais elevadas para as zonas supracitadas. Convém referir que as mesmas podem mesmo alcançar os 45 ºC na região de Abrantes (Santarém) e na região de Mora (Évora). No entanto, mantenha-se atento às próximas atualizações.

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A piscina mais bonita do mundo está em Portugal — e não é num hotel de luxo

Alimentada pelo Atlântico e encaixada numa falésia em Sintra, esta piscina natural foi eleita uma das mais belas do mundo pela imprensa internacional. O melhor é que continua surpreendentemente acessível.Foi considerada uma das piscinas oceânicas mais bonitas do mundo. Foto: PixabayHá sítios que parecem ter nascido para o encanto — e Azenhas do Mar é um deles. Não precisa de filtros, legendas poéticas nem drones para brilhar. Basta-lhe ser o que é: uma aldeia pendurada sobre o Atlântico, onde as casas se empilham como conchas e uma piscina natural se encaixa, com toda a modéstia, num recorte da falésia. Esta não é uma piscina qualquer E, atenção, porque não somos só nós que o dizemos. É, nada mais, nada menos, do que uma das mais bonitas do mundo — palavras da ‘Condé Nast Traveler’, que a incluiu entre as 14 piscinas oceânicas mais deslumbrantes do planeta.E, não, não é só pela vista (que, diga-se, já seria motivo suficiente). Esta piscina, alimentada pela própria maré, tem o dom raro de juntar o lado selvagem do oceano ao sossego de um mergulho sem sustos. Está ali, à beira da areia, como se a natureza tivesse decidido oferecer um spa à vila. E tudo isto a menos de uma hora de Lisboa.“A sensação de um mergulho selvagem em mar aberto é incomparável a um mergulho nos limites de uma piscina aquecida. Mas as piscinas oceânicas oferecem o melhor dos dois mundos. Elas oferecem aos banhistas todo o conforto da piscina com a emoção de um mergulho à beira-mar — sem a necessidade de se preocupar com as ondas a rebentar”, começam por notar a autora do artigo.Artigo relacionadoCinco praias portuguesas que (ainda) escapam aos mapas turísticos“A menos de uma hora de carro da capital de Portugal, a poucos passos das impressionantes casas pintadas de branco, encontra-se uma piscina natural que se reabastece com água doce do Atlântico”, lê-se depois.Um orgulho nacionalSituada no concelho de Sintra, bem perto de Lisboa, a piscina das Azenhas do Mar é daquelas joias que muitos estrangeiros sonham visitar — e que, tantas vezes, nós próprios esquecemos que temos à porta de casa. Rodeada por escarpas e casas brancas empoleiradas nas encostas, esta pequena enseada transforma-se, no verão, num refúgio para quem procura um mergulho com charme e vista.Ao contrário das típicas piscinas artificiais, aqui não há azulejos azuis nem cheiro a cloro. A água é do mar, entra naturalmente e renova-se com a maré, criando um ambiente que junta o melhor dos dois mundos: a segurança e tranquilidade de uma piscina, com a frescura autêntica do oceano.“Sintra não é um destino turístico popular, mas com a sua localização próxima à falésia, tons naturais de verde e azul e restaurantes espetaculares de marisco, vale a pena uma visita”, acrescenta o artigo da ‘Condé Nast Traveler”.O melhor dos dois mundos. Foto: WikimediaMais uma boa notícia? A entrada é totalmente gratuita. Esta piscina natural está aberta ao público, sem qualquer bilheteira à porta ou barreira turística. Só precisa de descer até à pequena enseada — por escadas ou rampa — e aproveitar. Ainda assim, vale a pena espreitar o horário das marés antes da visita: com a maré alta, a piscina pode ficar parcialmente submersa, e com maré baixa revela-se por completo.Mergulhos, marisco e magia atlânticaE para quem gosta de aliar o mergulho à boa mesa, há mais um trunfo irresistível: mesmo ali ao lado, com vista direta para a piscina e o mar, encontra um restaurante especializado em peixe e marisco que faz crescer água na boca. Um cenário perfeito, diríamos. Foto: WikimediaAfinal, poucos prazeres se comparam a saborear umas amêijoas fresquinhas depois de um mergulho revitalizante.A vila das Azenhas do Mar, com o seu casario branco encaixado nas rochas, tem um encanto difícil de explicar por palavras. É preciso lá ir, sentir o cheiro do mar, ouvir o som das ondas a rebentar nas pedras e deixar-se conquistar por este pequeno paraíso atlântico.Portanto, da próxima vez que pensar em ir a banhos, já sabe: entre as melhores piscinas do mundo há uma que fala português. E está mais perto do que imagina. No entanto, recomendamos que tenha cuidado com o sol. Artigo relacionadoAlfredo Graça revela-lhe o tempo que nos espera em agosto: “não temos boas notícias sobre o calor extremo”As últimas previsões do modelo Europeu (ECMWF) mostram que o mês de agosto começará provavelmente com uma nova subida das temperaturas, pelo que o calor extremo na geografia de Portugal continental irá manter-se por bastantes mais dias. Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações. “Com o arranque da canícula, o período estatisticamente mais quente e seco do ano em Portugal (15 de julho–15 de agosto), está-se a testemunhar um dos maiores episódios de calor intenso e generalizado deste verão (por generalizado entenda-se em toda a geografia do Continente)”, escreveu Alfredo Graça.

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O fumo dos incêndios afeta gravemente a qualidade do ar e é uma ameaça à saúde respiratória: conheça os seus impactos

O fumo dos incêndios afeta gravemente a qualidade do ar, ameaçando a saúde pública, reduzindo a visibilidade e agravando problemas respiratórios. Saiba aqui como se prevenir.A exposição ao fumo proveniente dos incêndios possui elevados níveis de partículas e toxinas que podem ter efeitos nocivos a nível respiratório, cardiovascular e oftalmológico.Atualmente, Portugal enfrenta uma das piores vagas de incêndios do ano, com 39 incêndios ativos, segundo fontes oficiais, sendo 9 considerados de grande dimensão, espalhados de norte até ao centro do país.Desta forma, os incêndios florestais, além de causarem destruição ambiental e perdas materiais, libertam grandes quantidades de fumo que representam sérios riscos para a saúde humana.O fumo contém uma mistura complexa de gases tóxicos e partículas finas que podem penetrar profundamente nos pulmões e até atingir a corrente sanguínea.Partículas PM2.5 Um dos principais componentes perigosos do fumo dos incêndios é o material particulado fino (PM2.5), que tem menos de 2,5 micrómetros de diâmetro.Por serem extremamente pequenas, essas partículas são facilmente inaladas e podem atingir os alvéolos pulmonares, causando inflamação e agravando doenças respiratórias e cardiovasculares.Pessoas com asma, bronquite, enfisema ou doenças cardíacas são especialmente vulneráveis.Artigo relacionadoO fumo dos incêndios florestais é um perigo latente para o cérebro, pulmões e coraçãoAlém do PM2.5, o fumo dos incêndios também contém monóxido de carbono (CO), um gás incolor e inodoro que pode reduzir a capacidade do sangue de transportar oxigénio.A exposição ao CO pode provocar dores de cabeça, tontura, fraqueza e, em níveis mais altos, até perda de consciência.Crianças, idosos e gestantes estão entre os grupos de risco mais elevadosOutros poluentes presentes no fumo incluem compostos orgânicos voláteis (COVs), dióxido de nitrogénio (NO₂) e aldeídos tóxicos, como o formaldeído. Estas substâncias podem irritar os olhos, nariz e garganta, causar tosse persistente, dificultar a respiração e desencadear crises de asma.A exposição prolongada ou repetida também pode ter efeitos a longo prazo, incluindo o aumento do risco de cancro no pulmão. Mesmo quem está longe da linha de fogo pode ser afetado, já que o fumo pode espalhar-se por centenas ou até milhares de quilómetros, dependendo das condições atmosféricas.Imagens do satélite Copernicus mostram a grande nuvem de fumo gerada pelos incêndios na região de Arouca. Incêndios em Ponte da Barca, Penafiel, Seia e Nisa continuam a preocupar. Fonte CopernicusNas cidades, os efeitos podem ser agravados pela poluição urbana já existente, criando um ambiente ainda mais prejudicial à saúde.Saiba como se protegerSegundo a DGS, para se proteger, é recomendável evitar atividades ao ar livre durante os períodos de fumo intenso, manter portas e janelas fechadas, usar purificadores de ar e, se possível, máscaras N95, que filtram partículas finas.Em casos de emergência, procure abrigo em locais públicos climatizados pode ser uma medida eficaz para reduzir a exposição.Além disso, é fundamental estar atento a sintomas como falta de ar, chiadeira no peito, dor no peito ou palpitações.Artigo relacionadoQual é a razão para o fumo dos incêndios florestais ser tão tóxico? Especialistas de Stanford explicamPessoas com condições de saúde pré-existentes devem seguir rigorosamente as orientações médicas e ajustar a medicação, se necessário.Por fim, embora os incêndios florestais sejam, em parte, fenómenos naturais, o aumento na frequência e intensidade desses eventos está ligado às mudanças climáticas e à ação humana.Assim, promover a preservação das florestas e investir em políticas ambientais eficazes também é uma forma de proteger a saúde coletiva.

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Eis o hidrogénio branco, segundo os especialistas, uma fonte de energia limpa, barata e pronta a ser explorada

O mundo enfrenta um desafio energético sem precedentes. Enquanto fontes renováveis, como a solar e a eólica, avançam, cientistas identificaram uma alternativa promissora: o “hidrogénio branco”. Presente em vastos reservatórios sob os nossos pés, vê a corrida pela sua procura começar.Enquanto fontes de energia renovável, como a solar e a eólica, avançam, cientistas identificaram uma alternativa promissora: o “hidrogénio branco”. Conheça as suas vantagens e desvantagens.O hidrogénio tem sido apontado como o "combustível do futuro". Só emite calor e água quando arde, o que o torna numa alternativa apelativa aos combustíveis fósseis. Mas a maior parte da produção de hidrogénio depende atualmente do gás ou do carvão, em processos que emitem muito dióxido de carbono (CO2).O hidrogénio, a menor, mais simples e mais leve molécula da Terra, é atualmente utilizado principalmente nas indústrias de refino e química, como na produção de amoníaco para fertilizantes. A grande maioria desse hidrogénio é produzida a partir do poluente gás metano ou da gaseificação do carvão.Mas já existem outras maneiras de produzir hidrogénio com menor emissão de carbono. O “hidrogénio verde", produzido a partir de energias renováveis, constitui uma alternativa promissora, mas dispendiosa. O “hidrogénio azul", produzido a partir de combustíveis fósseis e que utiliza captura e armazenamento de carbono para reduzir as emissões, é outra alternativa, mas também apresentam desvantagens significativas.E se houvesse uma forma de eliminar completamente estes processos de produção?A Terra possui vastas reservas de hidrogénio natural que podem ser extraídas do solo. Uma enorme descoberta do chamado “hidrogénio branco" em França, no início deste ano, suscitou o entusiasmo de que poderia tornar-se uma fonte de energia limpa, barata e renovável.O “hidrogénio branco”, também conhecido como hidrogénio natural, é uma forma deste elemento que se encontra em abundância no subsolo terrestre. Ao contrário do hidrogénio produzido industrialmente, que depende de hidrocarbonetos e gera emissões de CO2, o “hidrogénio branco” é totalmente livre de emissões.O "hidrogénio branco" pode surgir como alternativa natural ao "hidrogénio verde", considerado como promissor, mas dispendioso.Este hidrogénio "geológico” é produzido naturalmente quando a água subterrânea encontra rochas ricas em ferro, num processo conhecido como serpentinização. Como o hidrogénio é tão leve, geralmente penetra em rochas porosas e rachaduras, e acaba por subir para a atmosfera, se não for primeiro consumido em reações subterrâneas ou comido por micróbios subterrâneos.Mas, em alguns cenários geológicos, o hidrogénio pode ficar preso sob rochas com baixa permeabilidade, como rochas salinas ou de xisto, o que cria uma camada protetora sob a qual o gás se pode acumular. São essas bolsas de hidrogénio no subsolo da Terra que os exploradores esperam que possam ser viáveis para extração comercial.Um recurso difícil de explorarDe acordo com um estudo de 2024 do Serviço Geológico dos Estados Unidos da América (USGS), pode haver entre mil milhões e 10 milhões de biliões de toneladas de hidrogênio no subsolo, com uma estimativa de cerca de 5,6 milhões de biliões de toneladas presas em formações geológicas.Apesar de a maior parte do hidrogénio natural se encontrar em locais inacessíveis, já foram descobertos depósitos na Austrália, Europa de Leste, França, Omã, Espanha, Estados Unidos da América e Mali. No entanto, crê-se que se apenas 2% desse “hidrogénio branco” fosse recuperável, poderia responder à procura global por cerca de 200 anos.Pelo menos sessenta empresas declararam publicamente que estão a explorar “hidrogénio branco”, com investimentos estimados em mil milhões de dólares. Cadeias de montanhas como os Alpes ou Himalaias são apontados como possíveis alvos preferenciais para exploração desta fonte de energia.A sua exploração é ainda uma incógnita. O único lugar onde o “hidrogénio branco” é extraído da Terra é na vila de Bourakebougou, no oeste do Mali. O destino da comunidade local mudou em 1987, quando o cigarro de um trabalhador que cavava um poço de água provocou uma pequena explosão enquanto este se inclinava sobre a borda do mesmo. Mais tarde, foi encontrado no fundo do poço hidrogénio quase puro, que agora é usado para produzir eletricidade para a vila.Inodoro, incolor e insípido, o hidrogénio é difícil de detetar sem o procurar especificamente. Mas, no início de 2025, uma equipa de geólogos anunciou ter encontrado uma pista sobre onde começar a procurar.Através simulações de processos tectónicos de placas, mostraram que rochas que foram empurradas para mais perto da superfície durante a formação de montanhas poderiam ser pontos críticos para o “hidrogénio branco”. Os investigadores identificaram cadeias de montanhas que se estendem dos Alpes aos Himalaias, como possíveis alvos para exploração.Insuficientes evidências quanto à sua real viabilidade como recurso renovável de larga escalaEmbora a exploração de “hidrogénio branco” esteja a ganhar força, ainda não foram encontrados reservatórios comercialmente viáveis. Na revisão global de hidrogénio de 2024, a Agência Internacional de Energia (AIE) descreveu a tecnologia de produção de “hidrogénio branco” como tendo pontuação cinco de nove na sua escala de prontidão tecnológica.Ainda não há evidências suficientes para comprovar que o “hidrogénio branco” seja um recurso renovável para uso em larga escala, segundo alguns cientistas. Tudo porque não está claro se o hidrogénio é gerado com rapidez suficiente para substituir o que pode ser extraído de reservatórios.Artigo relacionadoMaior depósito de hidrogénio natural do mundo é descoberto na AlbâniaTambém é improvável que o hidrogénio produzido naturalmente esteja localizado onde é necessário, e o hidrogénio é difícil de transportar e armazenar. Outra desvantagem prende-se com impactos no clima que podem anular alguns dos benefícios da substituição de combustíveis fósseis.Os reservatórios de hidrogénio podem conter metano, o que poderia anular os benefícios do “hidrogénio branco”, a menos que fosse capturado. Além disso, uma vez na atmosfera, o hidrogénio compete com o metano pela hidroxila, um composto que decompõe as moléculas de metano. Isso significa que qualquer hidrogénio que escape durante a extração também faria com que o metano na atmosfera durasse mais e causasse ainda mais aquecimento.

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Primeiro fim de semana de agosto: onda de calor em Portugal intensificará e estas serão as zonas mais afetadas!

Nos próximos dias, os termómetros vão continuar a registar temperaturas elevadas em todo o país. Saiba onde e por quanto tempo se prevê que esta situação de onda de calor irá durar, acompanhando a nossa previsão!Mais informação: Onda de calor em Portugal poderá agravar-se entre os dias 2 e 5 de agosto: "estão à vista temperaturas até 44 ºC"Os últimos dias têm ficado marcados pelo calor intenso. Os avisos amarelos do IPMA para o tempo quente têm estado em vigor em todos os distritos de Portugal continental, à exceção de Faro, onde as máximas têm sido mais razoáveis. Durante o dia de hoje os avisos meteorológicos mantêm-se para as mesmas áreas, sendo que para amanhã, para além de Faro também Lisboa, Leiria, Coimbra e Aveiro deixam de estar sob aviso. Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações. Isto pode significar que até ao final da semana seja possível que as temperaturas desçam ligeiramente, ajudando os bombeiros a combater um dos maiores flagelos de todos os verão: os incêndios! A área ardida, de Norte a Sul, já é de milhares de hectares, sendo mais expressiva nos incêndios de Ponte da Barca, de Arouca e de Penamacor (este último já se encontra em fase de resolução). O primeiro fim de semana de agosto ficará marcado por nova subida das temperaturas.Em pleno verão o calor pode acalmar, mas estará sempre presente, sendo que voltará em força durante o fim de semana. A ingestão de líquidos, a utilização de protetor solar e o cuidado com a não exposição ao fumo dos incêndios deve estar no topo das prioridades, nestes dias.Sábado com temperaturas máximas a escalarO dia de sábado (2) vai ficar marcado por nova subida das máximas, depois de um período de certa acalmia, no último dia de julho e, principalmente, no primeiro dia de agosto. Espera-se que as máximas subam com mais vigor na região Sul de Portugal continental. O céu vai estar pouco nublado ou limpo, sendo que é expectável alguma nebulosidade persistente no litoral Oeste, durante a manhã.Durante um fim de semana como este, em que as condições meteorológicas serão consideradas extremas, todo o cuidado com a pele é pouco para evitar lesões na pele, a médio-longo prazo.O vento voltará a soprar fraco a moderado, de Noroeste, com rajadas que poderão chegar a valores entre os 40 km/h e os 50 km/h, principalmente nas terras altas do litoral ocidental. As temperaturas mínimas poderão variar entre os 16 ºC de Viana do Castelo e os 22 ºC de Portalegre, sendo que as máximas deverão oscilar entre os 27 ºC de Viana do Castelo e os 39 ºC de Beja. Nos arquipélagos, a interação entre o anticiclone dos Açores e uma depressão barométrica de origem térmica sobre o Oceano Atlântico, mas vinda do Norte de África, está a ser responsável pela ocorrência de períodos de céu muito nublado, alternado com outros de boas abertas. Nos Açores, apenas se espera alguma precipitação na vertente Norte da ilha de São Miguel (Grupo Oriental). As temperaturas mínimas deverão oscilar entre os 19 ºC e os 21ºC e as máximas estarão a rondar os 24 ºC/25 ºC.As rajadas de vento vão condicionar, pelo segundo fim de semana consecutivo, o comportamento das temperaturas, podendo ter um efeito adverso no combate aos incêndios que atualmente afetam o território continental. Na Madeira haverá mais nebulosidade durante mais tempo, principalmente na vertente Norte da ilha. As temperaturas mínimas nas geografias madeirenses deverão oscilar entre os 18 ºC e os 21 ºC, sendo que as máximas deverão variar entre os 23 ºC e os 26 ºC. Domingo tórrido define a toada da semanaO primeiro fim de semana de agosto ficará marcado por nova subida das temperaturas, sendo o domingo (3) o dia em que subida das máximas no território continental pode indiciar o início de um episódio de calor extremo, que se desenrolará durante a semana. Tal como no dia anterior, o céu vai apresentar-se, de forma geral, limpo, estando previstos alguns períodos de nebulosidade no litoral Oeste, durante a manhã. A neblina ou nevoeiro matinal também estarão presentes em várias áreas da faixa costeira, entre Lisboa e o Porto. Ao início da manhã de domingo será perfeitamente visível a relação entre o anticiclone dos Açores e uma depressão de origem térmica, com efeitos na nebulosidade que afeta os territórios insulares.Tal como no dia anterior, o vento também deverá soprar fraco a moderado, no início do dia e ao final da tarde, mas desta ver do quadrante Este. As temperaturas mínimas deverão variar entre os 18 ºC (Viana do Castelo, Coimbra e Guarda) e os 23 ºC (Castelo Branco e Portalegre). Já as máximas deverão oscilar entre os 28 ºC de Viana do Castelo e os 41 ºC de Beja, sendo que Castelo Branco também deverá chegar aos 40 ºC. Nos territórios insulares, a previsão do estado do tempo aponta para um domingo muito idêntico ao sábado anterior. Na Madeira, mais nebulosidade na vertente Norte da ilha homónima e também na ilha de Porto Santo. A vertente Sul poderá contar com boas abertas ao longo do dia. As mínimas deverão variar entre os 17 ºC e os 21 ºC, sendo que as máximas deverão variar entre os 23 ºC e os 26 ºC. A nossa previsão aponta para temperaturas a rondar os 40 ºC em algumas regiões do país, situação que se vai verificar até dias 5 de agosto, pelo menos.Nos Açores está previsto um ligeiro agravamento do estado do tempo, especificamente na ilha do Pico, estando previstos alguns aguaceiros fracos. Deverá acontecer o mesmo na vertente Norte da ilha de São Miguel. Nas restantes geografias açorianas esperam-se períodos de céu nublado, alternando com boas abertas. As temperaturas mínimas deverão variar entre os 19 ºC e os 21 ºC, sendo que as máximas não deverão ultrapassar os 24 ºC /25 ºC. Artigo relacionadoOnda de calor continuará em Portugal: aviso amarelo por temperaturas elevadas persiste, eis as regiões mais afetadas!O dia de hoje, tal como o dia de amanhã revestem-se de especial importância para os agentes de proteção civil e para os operacionais que combatem as chamas, já que a ligeira acalmia antecede uma nova subida dos termómetros que durará, pelo menos, até terça-feira (5).

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Cara de macaco, bailarina, pomba: descubra 7 espécies de orquídeas exóticas com formatos inusitados

As orquídeas são flores lindas e admiradas por muitos em todo o mundo mas, o que talvez não saiba, é que existem espécies com formatos inusitados que lembram animais ou objetos. Descubra abaixo.Orquídea cara-de-macaco (Dracula simia). Crédito: Divulgação.As orquídeas são plantas fenomenais, com uma gama tão variada de formas e cores; aliás, existem cerca de 35 mil espécies de orquídeas na natureza. Mas sabia que algumas dessas espécies têm formatos inusitados que lembram animais e até mesmo objetos? Pois é… mostramos-lhe abaixo 7 dessas espécies impressionantes. Acompanhe!Seis espécies inusitadas de orquídeasE olhe que nem precisa de muita criatividade para perceber as diferentes formas nessas orquídeas! Veja abaixo.Orquídea cara-de-macaco (Dracula simia)Encontrada nas florestas do Equador e do Peru, esta orquídea é considerada muito rara. Produz flores exóticas e perfumadas, e geralmente floresce uma vez por ano. A sua coroa, combinada com os pistilos e a coloração, faz com que ela se pareça com o rosto de um pequeno macaco. Orquídea pomba (Peristeria elata)Esta orquídea de flores brancas, cerosas e perfumadas, é semelhante a uma pomba. Mas também é conhecida como orquídea Esp��rito Santo ou Santíssima Trindade. É nativa da América Central e do Sul, incluindo Panamá, Venezuela e Equador.Orquídea pomba (Peristeria elata). Crédito: Divulgação.Podem chegar a mais de 3 metros de altura e conter uma dúzia de flores, as quais têm um perfume que lembra o cheiro de cerveja. Orquídea bailarina (Caladenia melanema)Uma espécie rara de orquídea nativa do sudoeste da Austrália Ocidental. Recebeu este nome devido à sua semelhança com uma bailarina em movimento, com as suas pétalas e sépalas lembrando os braços e o rabo da dançarina. Orquídea bailarina (Caladenia melanema). Crédito: Reprodução/Tudo Sobre Plantas.A planta é relativamente pequena, com cerca de 30 a 40 cm de altura. As suas flores são grandes e vibrantes, chegando a 12 cm de diâmetro e possuem um aroma exótico. Orquídeas sapatinho (Paphiopedilum sp)Estas orquídeas possuem um labelo bastante desenvolvido, que assemelha-se a um sapatinho de boneca ou princesa; e nele acumula-se um líquido que atrai os insetos. A primeira floração demora cerca de 3 anos, mas é de longa duração, podendo chegar de 6 a 8 semanas.Orquídeas sapatinho (Paphiopedilum sp). Crédito: Canva/Creative Commoms.Apresenta uma grande variedade de cores e padrões, com pétalas e sépalas que podem ser lisas, listradas ou manchadas. É nativa de regiões montanhosas, tropicais e subtropicais da Ásia, como China, Índia, Tailândia e Filipinas.Orquídea Abelha (Ophrys apifera)Esta orquídea é encontrada em climas temperados, do Mediterrâneo ao Reino Unido. Todos os anos, entre junho e julho, produz cerca de dez flores numa raque.Orquídea Abelha (Ophrys apifera). Crédito: Divulgação.A sua flor possui uma estrutura que imita um inseto, com o labelo parecido com um corpo de uma abelha. Além disso, é uma flor engraçada; impossível olhar e não sorrir com ela.Orquídea aranha (Brassia)Originária das regiões tropicais do Continente Americano, desde a Flórida, nos Estados Unidos, até à América do Sul, esta orquídea é resistente a climas extremos. As suas cores são variadas, que vão do verde até o amarelo, castanho e vermelho.Orquídea aranha (Brassia). Crédito: Divulgação.A sua beleza peculiar e o formato longo e fino das pétalas e sépalas renderam-lhe o apelido pela semelhança com os braços do aracnídeo.Orquídea mariposa (Oncidium papilio)Esta é uma orquídea epífita nativa da América Central e da América do Sul. É conhecida pelas suas flores grandes e coloridas, alaranjadas com listras escuras, que se assemelham ao inseto.Orquídea mariposa (Oncidium papilio). Crédito: Divulgação.A sua floração é sequencial, ou seja, costuma dar uma flor por vez na mesma haste floral, e ocorre de 2 a 3 anos. Quando adulta, a planta tem tamanho médio de 10 a 30 cm.Referências da notíciaOrquídeas com bebê, sapatinho e pomba... veja as espécies mais inusitadas. 10 de agosto, 2021. Aline Melo.10 orquídeas com formatos inusitados. 23 de fevereiro, 2017. Julia Gianesi e Bruna Menegueço.

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ZERO exige diferenciação do preço da água para agricultura no Alqueva em função do tipo de culturas

A associação ambientalista ZERO diz que a água da barragem de Alqueva “deve servir o bem público e parar de subsidiar os lucros privados”. A diferenciação nos preços da água para culturas agrícolas permanentes e temporárias é “uma medida lógica do ponto de vista da versatilidade da gestão”.De acordo com a ZERO, “o atual regime de preços da água em Alqueva continua a favorecer, injustificadamente, sistemas agrícolas que colocam enorme pressão sobre os recursos naturais da região, em particular sobre a água, o solo e a biodiversidade”.Na última semana, as associações Portugal Nuts e Olivum, representativas, respetivamente, do setor dos frutos secos e do olival, assumiram uma posição pública conjunta contra as declarações do presidente da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, José Pedro Salema, de propor uma diferenciação de tarifas de água no Alqueva em função das culturas.Na opinião destas duas associações, se se concretizasse uma revisão da estrutura tarifária da água no perímetro de rega do Alqueva no sentido de introduzir diferenciação por tipo de cultura, culturas permanentes no Alentejo como a amêndoa e o olival seriam as mais penalizadas. E isso, dizem, seria “um erro político e um erro técnico.Artigo relacionado“Amendoal e Olival não podem pagar a fatura” do aumento do preço da água para a agricultura no AlquevaReagindo às tomadas de posição dos agentes do setor do azeite e dos frutos secos, a associação ambientalista ZERO veio afirmar esta quarta-feira, 30 de julho, que partilha da opinião do presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva (EDIA), José Pedro Salema, a favor da revisão da estrutura tarifária da água no perímetro de rega do Alqueva. “Lucros privados com prejuízos públicos” Para a ZERO, é preciso “introduzir diferenciação por tipo de cultura, agravando os custos para culturas permanentes de elevada intensidade hídrica” como são, justamente, o olival e o amendoal em regime de plantação superintensiva.“Perante as declarações do Presidente da EDIA, a ZERO lamenta a posição do Governo que, à semelhança do que aconteceu em 2022 com o então Governo do PS, afasta a hipótese de qualquer revisão do tarifário, pondo em causa a gestão sustentável do empreendimento para se posicionar ao lado dos interesses de curto prazo do agronegócio”, lê-se no comunicado da associação ambientalista divulgado nesta quarta-feira, 30 de julho.De acordo com a ZERO, “o atual regime de preços da água em Alqueva continua a favorecer, injustificadamente, sistemas agrícolas que colocam enorme pressão sobre os recursos naturais da região, em particular sobre a água, o solo e a biodiversidade”.A associação ZERO diz que a água de Alqueva “deve servir o bem público e parar de subsidiar os lucros privados” e defende a distinção nos preços da água para culturas permanentes e temporárias.E por isso consideram que o presidente da EDIA, que é a empresa pública responsável pela gestão do regadio na área irrigada pela barragem do Alqueva, “alertou de forma responsável para a necessidade de aproximar as tarifas aplicadas aos beneficiários dos custos reais da água, como forma básica de equilíbrio de contas, o que revela a subsidiação pública aos beneficiários diretos”.Diferenciação dos preços em 2023 "bloqueado"Já em 2023, a entidade gestora do Alqueva procurou repercutir os preços da energia no custo da água, mas a iniciativa foi “bloqueada pelo Governo”, diz a ZERO.Para esta associação ambientalista, que é liderada por Francisco Ferreira, não há dúvidas: “A distinção entre culturas permanentes e culturas temporárias na prática dos preços é uma medida lógica do ponto de vista da versatilidade da gestão”. Isto porque, no dizer da ZERO, “o domínio de culturas permanentes significa menos capacidade de mudança da ocupação cultural face a possíveis cenários de escassez de água”, algo que a ZERO diz ser “cada vez mais provável, dada o aumento das necessidades das culturas”.Para a associação ZERO, é preciso “introduzir diferenciação por tipo de cultura, agravando os custos para culturas permanentes de elevada intensidade hídrica” como são o olival e o amendoal. A expansão da área irrigada em Alqueva para lá do perímetro original também preocupa a ZERO, que diz que é “algo que é importante limitar”. “2.ª fase” de AlquevaEsta associação tem levantado questões recorrentes sobre a sustentabilidade da chamada “2.ª fase” do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), que assumiu que a expansão para mais 50.000 hectares (ha) de área irrigada era sustentável na base de que a principal ocupação era o olival e que a adoção de novas tecnologias de regadio iriam possibilitar regar mais área sem pôr em causa o empreendimento. Artigo relacionado“Investimento em Regadio: O que há de novo?”. Debate em Santarém na feira AGROGLOBAL a 10 de setembro Hoje, diz a ZERO, “é evidente a falha nesta lógica que justificou todos os novos perímetros de rega”.É que, para lá da expansão dos perímetros ditos “oficiais”, o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) lida ainda com cerca de 30.000 hectares de “precários” – áreas que não foram sujeitas a avaliação de impacte ambiental, mas que beneficiam da água do EFMA mediante uma suposta avaliação anual, mas que são, na sua maioria, ocupadas por culturas permanentes.Ora, para a ZERO, esta é “uma clara perversão do regime” e que “coloca claras pressões sobre a gestão das águas públicas”. Portanto, “sem medidas de equilíbrio da gestão, o EFMA está a seguir na trajetória de deixar de ser uma reserva estratégica a três anos – propósito para o qual foi dimensionado”.

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Aqui estão 6 plantas que florescem na água e que são ideais para a sua casa

Consegue imaginar um jardim vibrante e cheio de vida sem uma pitada de terra? As plantas que crescem na água tornam isso possível, oferecendo uma forma fresca, elegante e surpreendentemente simples de decorar qualquer canto da sua casa.Flores cultivadas em água.Com uma simples jarra ou vaso transparente, pode criar um ponto focal que exala natureza e serenidade. Esta tendência é ideal para quem procura uma opção discreta ou tem pouco espaço. Há também algo quase mágico em ver as raízes crescerem e transformarem-se debaixo de água.Aqui estão algumas das melhores espécies para começar o seu próprio jardim aquático. Cada uma tem o seu encanto especial. Violeta-africana (Saintpaulia)Reconhecida pelas suas flores pequenas, suaves e coloridas, a violeta-africana é uma escolha deliciosa para cultivar na água. Com as suas folhas aveludadas e flores em tons de violeta, rosa, branco ou azul, dá-lhe um toque quente e delicado. Violeta-africana.Para enraizar, utilize uma folha com um pequeno pedaço de caule e mergulhe-a parcialmente na água, certificando-se de que a própria folha não toca na superfície. Com um pouco de paciência, verá em breve as raízes aparecerem. Nenúfares (Nymphaea)Os nenúfares, também conhecidos como nenúfares ou nenúfares-de-água, são sem dúvida a mais emblemática das plantas aquáticas. Pertencentes à família das Nymphaeaceae, distinguem-se pelas suas grandes folhas flutuantes e pelas suas flores majestosas, que parecem dançar à superfície da água. Nenúfares.As flores podem ser brancas, cor-de-rosa, amarelas, vermelhas e até azuis ou roxas em algumas variedades tropicais. Algumas mudam de cor à medida que florescem. Vivem entre 4 e 5 dias e necessitam de, pelo menos, 6 horas de luz solar direta por dia para florescerem corretamente.Lírio da paz (Spathiphyllum)Com as suas flores brancas e pacíficas, o lírio da paz simboliza a pureza e a harmonia. As suas brácteas brancas, muitas vezes confundidas com flores, contrastam maravilhosamente com o verde brilhante das suas folhas. Para além da sua beleza, é também conhecido pelas suas propriedades purificadoras. Lírio da paz.Para a cultivar na água, lave bem as raízes de uma planta jovem e coloque-a num recipiente, certificando-se de que a coroa não fica submersa.Hortênsia (Hydrangea)Embora sejam mais frequentemente vistas em jardins, as hortênsias também podem ser cultivadas na água, nomeadamente como flores de corte que são surpreendentemente duradouras. Os seus cachos de flores, cheios de vida em qualquer vaso, podem transformar instantaneamente um espaço. Hortênsia.Para as manter frescas, é essencial mudar a água regularmente e cortar os caules em ângulo para uma melhor absorção.Jacinto-de-água (Eichhornia crassipes) O jacinto de água é uma planta flutuante que cresce em lagoas, lagos e rios em regiões quentes. Embora possa tornar-se invasiva em certos contextos, traz beleza e exotismo a um ambiente controlado. Jacinto-de-água.As suas folhas arredondadas flutuam como pequenos barcos, enquanto as suas flores aparecem em cachos azulados, arroxeados ou cor-de-rosa, consoante a variedade. São ideais para expor em grandes recipientes ou em fontes decorativas.Begónia Com as suas flores delicadas e o seu encanto tropical, a begónia também pode crescer na água quando cultivada a partir de estacas. Algumas variedades rizomatosas ou com caule enraízam facilmente e florescem durante muito tempo.Begónia.As suas flores podem ser simples ou duplas, com cores que vão do branco e do rosa aos vermelhos profundos e aos tons de laranja. Colocadas num frasco de vidro, dão vida e cor com pouco esforço.Cultivar plantas na água não é apenas prático: é também uma experiência estética e relaxante. Pode vê-las crescer em câmara lenta, sem terra, sem lama, sem complicações. E, com o passar do tempo, apercebe-se de que este pequeno jardim em recipientes transparentes não tem nada a invejar a um jardim tradicional.

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Pistácios antes de dormir: O snack que pode transformar a sua saúde intestinal

Um novo estudo concluiu que comer pistácios todas as noites durante três meses pode alterar o microbioma intestinal de pessoas com pré-diabetes. Na Argentina, o interesse por este alimento está a aumentar, pois além de ser delicioso, pode ser um aliado inesperado para a saúde metabólica. O consumo de pistácios tem inúmeros benefícios para a saúde.Há tendências que são compreensíveis. Os pistácios, por exemplo, evoluíramde um primo verde do amendoim para um alimento básico em gelados, chocolate, pastelaria, alfajores e até café. Mas enquanto a sua popularidade está a aumentar na Argentina - onde o seu cultivo também está a crescer - a ciência acaba de fornecer uma razão convincente para tê-los sempre à mão: Comer pistácios à noite pode melhorar o equilíbrio das bactérias intestinais, e isso não é pouca coisa para as pessoas com pré-diabetes.Uma equipa de investigadores da Penn State University, nos Estados Unidos, estudou o que acontecia no intestino de pessoas com pré-diabetes que substituíram o seu lanche noturno tradicional (por exemplo, pão integral ou bolachas) por pistácios. Verificaram que o perfil bacteriano do intestino se alterou significativamente após 12 semanas. Um intestino que se transforma com 57 gramasForam recolhidas amostras de fezes dos 51 participantes para analisar o microbioma, o ecossistema de microrganismos que vivem no nosso intestino e que influenciam processos como a digestão, a imunidade, o humor e o metabolismo. O estudo concluiu que o consumo de pistácios melhora a saúde intestinal.Os participantes comeram 57 gramas de pistácios (cerca de dois punhados grandes) todas as noites durante três meses. Ao mesmo tempo, numa segunda fase do estudo, experimentaram também uma dieta normal com snacks ricos em hidratos de carbono. A comparação entre os dois cenários foi reveladora: aqueles que comeram pistácios desenvolveram uma flora intestinal mais diversificada, com uma maior presença de bactérias “boas”, como o género Roseburia e a família Lachnospiraceae.Porque é que isto é importante? Porque estas bactérias contribuem para a produção de butirato, um ácido gordo de cadeia curta com propriedades anti-inflamatórias que também mantém a parede intestinal saudável e melhora a absorção de nutrientes. Em suma: um intestino feliz e funcional. Menos bactérias “incómodas”, mais saúde metabólicaO consumo noturno de pistácios não só aumentou o número de bactérias amigáveis, como também reduziu o número de bactérias menos desejáveis. Os níveis de bactérias hidrogenotróficas, que estão associadas a efeitos negativos na saúde renal e cardiovascular, diminuíram significativamente. O mesmo aconteceu com a Eubacterium flavonifractor, uma bactéria que decompõe os antioxidantes benéficos, que curiosamente se encontram nos próprios pistácios.Embora ainda não seja claro se a transformação bacteriana conduz automaticamente a benefícios clínicos, os investigadores acreditam que este é um passo importante para compreender como determinados alimentos podem afetar a saúde intestinal.E porquê pistácios, e à noite?O momento não foi escolhido ao acaso. Para as pessoas com pré-diabetes, recomenda-se normalmente uma ingestão baixa de hidratos de carbono antes de deitar para manter os níveis de açúcar no sangue estáveis durante a noite e na manhã seguinte. Artigo relacionadoAlimentos ultraprocessados: 5 coisas que deve saber sobre os alimentos produzidos industrialmenteOs pistácios - ricos em gorduras saudáveis, proteínas ricas em fibras e compostos antioxidantes - demonstraram ter um efeito semelhante ao das torradas, mas com benefícios acrescidos para o intestino. Também não provocam um aumento abrupto dos níveis de açúcar no sangue, o que os torna uma alternativa interessante aos snacks noturnos convencionais. Referência da notíciaRiley, Terrence M et al. Nighttime Pistachio Consumption Alters Stool Microbiota Diversity and Taxa Abundance Compared with Education to Consume 1–2 Carbohydrate Exchanges (15–30 grams) over 12 Weeks in Adults with Prediabetes: A Secondary Analysis from a Randomized Crossover Trial. Current Developments in Nutrition.

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Onda de calor em Portugal poderá agravar-se entre os dias 2 e 5 de agosto: "estão à vista temperaturas até 44 ºC"

A atual onda de calor extremo deverá persistir e inclusive agravar-se nos primeiros dias de agosto em Portugal continental. Prevê-se que várias regiões registem temperaturas máximas acima dos 40 ºC. Saiba a previsão completa!Nesta reta final de julho Portugal continental vai enfrentando uma onda de calor prolongada e severa, tanto em intensidade, como em duração e extensão territorial. Tudo indica que tão cedo este fenómeno meteorológico extremo no nosso país não irá abrandar.Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações.No que resta desta semana as temperaturas máximas não deverão registar oscilações significativas, pelo que as mesmas se manterão persistentemente elevadas na nossa geografia, próximas dos 40 ºC em várias regiões, incluindo o litoral.Segundo os mapas de referência da Meteored, este episódio de tempo quente durará, pelo menos, até terça-feira, 5 de agosto, sendo provável que se estenda para lá desta data.O nosso modelo meteorológico de confiança prevê temperaturas máximas que podem aproximar-se, ou tocar, de forma persistente dos 40 ºC no interior (Beira Baixa - distrito de Castelo Branco; Alentejo - distritos de Portalegre, Évora e Beja; distrito de Santarém) e em algumas áreas do litoral, como a Área Metropolitana de Lisboa (Lisboa e Península de Setúbal).A partir de sábado, 2 de agosto, a tendência aponta para uma intensificação do calor, com os termómetros a registarem valores ainda mais elevados, na ordem dos 41 a 44 ºC nas regiões supracitadas.Na próxima segunda-feira, 4 de agosto, o calor será de tal forma intenso que em várias zonas das regiões costeiras a anomalia térmica será de quase 20 ºC acima da média climatológica de referência!Os mapas revelam ainda que este episódio de tempo quente poderá estender-se até terça-feira, 5 de agosto, devido à persistência dos valores elevados da temperatura máxima do ar. Inclusive, há cenários que modelam a hipótese de que este calor intenso se mantenha bem para além desta data.Razões por detrás do calor extremo em Portugal, risco de incêndio e noites tropicaisNos próximos dias espera-se que o céu se apresente geralmente limpo ou com pouca nebulosidade (exceto nas zonas onde o fumo dos incêndios estiver presente), com vento a soprar moderado a forte, frequentemente do quadrante Leste.Além disto, continuaremos a ser condicionados por uma massa de ar tropical continental, muito quente e seco, proveniente de África, que permanecerá estacionada sobre o nosso país, bloqueada pelo anticiclone situado a oeste da Península Ibérica.Artigo relacionadoOnda de calor continuará em Portugal: aviso amarelo por temperaturas elevadas persiste, eis as regiões mais afetadas!Com a combinação do vento seco com humidade muito reduzida e calor extremo, espera-se que o risco de incêndio para os primeiros dias de agosto seja muito elevado ou extremo, uma vez que estarão reunidas as condições propícias à ignição e rápida propagação de fogos florestais.Além disto, é expectável que o desconforto térmico seja agravado pelas noites tropicais, que ocorrem quando as mínimas durante o período noturno são iguais ou superiores a 20 ºC.

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Pão de investigadores portugueses liberta compostos bioativos no momento certo para facilitar a sua digestão

Plantas medicinais do Alentejo, probióticos e farinha de bolota são os ingredientes centrais deste alimento que tem como trunfo técnicas inovadoras desenvolvidas pelas universidades de Coimbra, Évora e Algarve para promover a saúde digestiva.O pão dos investigadores portugueses mostrou-se capaz de esperar pelo processo digestivo para desprender compostos bioativos que promovem a saúde digestiva. Foto: PixabayO pão é um alimento central na dieta mediterrânica, mas cada vez mais evitado por estar associado a problemas digestivos e ao aumento do peso. O seu consumo em excesso, especialmente dos que são feitos com farinhas refinadas e fermentos químicos, pode provocar inchaço, flatulência, asia entre outros distúrbios gastrointestinais.O pão hoje, na verdade, tem muito pouco a ver com aquele que foi consumido durante séculos pelos povos ancestrais, desde os egípcios, que descobriram a fermentação natural, até aos gregos e romanos que aprimoraram as técnicas de panificação, tornando-o num alimento central das suas dietas. O trigo agora é cultivado para ter alta produtividade, resistente às doenças e processado industrialmente. A pressa de produzir em quantidade e a economia de escala acabaram por comprometer o seu valor nutricional, tornando inclusive indigesto para os intolerantes ao glúten.Três universidade e um projeto inovadorResgatar as melhores qualidades do pão é, por todas essas razões, o objetivo que levou os investigadores de três universidades portuguesas a se unirem em torno do projeto AlBread: Uso de plantas aromáticas do Alentejo e farinha de bolota no desenvolvimento de pão funcional.O consórcio, liderado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, conta ainda com especialistas das faculdades de Farmácia e de Medicina da Universidade de Coimbra e das universidades do Algarve e de Évora.Apoiado por empresas dos setores da extração de óleos essenciais, produção de farinhas e panificação, o programa visa criar um alimento com propriedades funcionais, utilizando ingredientes naturais com benefícios já demonstrados na saúde gastrointestinal.Óleos essenciais de ervas aromáticas cultivadas no Alentejo estão na base do projeto AlBread. Foto: PixabayA integração de óleos essenciais extraídos de plantas aromáticas e medicinais do Alentejo, como a erva-príncipe e o rosmaninho, estão na base da fórmula que desenvolveram. A utilização de farinha de bolota proveniente da região do montado alentejano é outro dos elementos diferenciadores deste pão.Artigo relacionadoNutrição do futuro: leite alternativo, hamburgers vegan e pão de insetos - a revolução das proteínas fora do laboratórioA aposta, no entanto, não está apenas centrada nos ingredientes, mas também em metodologias inovadoras que potencializam as qualidades do pão. Recorrendo a técnicas de manipulação laboratorial, os investigadores estão a encapsular compostos bioativos, como probióticos e óleos essenciais, para serem libertados no momento certo do processo digestivo, preservando o sabor e o aroma tradicional do pão.Um salto evolutivo para a panificaçãoO protótipo de pão funcional está ainda em desenvolvimento, mas os investigadores asseguram ter já obtido “resultados promissores” nas fases de extração e encapsulamento dos compostos ativos.A farinha de bolota é o ingrediente que fornece os nutrientes procurados pelos especialistas para desenvolver o novo pão: sem glúten, rica em amido, fibras, proteínas e lipídios com perfil semelhante ao azeite. Foto: Pixabay"Contamos, em breve, apresentar um primeiro protótipo de pão funcional, com propriedades antioxidantes e digestivas, que respeite o sabor e a textura do pão tradicional, mas com benefícios acrescidos para a saúde", revelou o investigador Luís Alves, citado no comunicado da Universidade de Coimbra.Artigo relacionadoPorque a massa-mãe se tornou num fenómeno social? Ciência explica como o pão se tornou essencial na nossa mesaOs investigadores estão, aliás, convictos de que o desenvolvimento deste novo produto alimentar pode vir a ter um peso relevante no setor da panificação funcional em Portugal, aliando inovação científica, valorização de produtos locais e promoção de hábitos alimentares saudáveis.

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Incêndios em Portugal Continental: mantêm-se os níveis de risco muito elevados, com várias deflagrações em todo o país

Nesta quarta-feira, Portugal mantém fase crítica de incêndios rurais, com centenas de ocorrências nas regiões Norte, Centro e Alentejo. Mais de 3 000 operacionais combatem as chamas, com especial atenção aos incêndios em Arouca e no Parque Nacional da Peneda-Gerês.Mais de 3 000 operacionais combatem as chamadas em Portugal Continental e os incêndios de Arouca e no Parque Nacional da Peneda-Gerês permanecem ativos.A onda de calor persistente e os níveis críticos de risco de incêndio rural continuam a alimentar dezenas de focos ativos em Portugal, obrigando a cortes em vias estruturantes, evacuação de populações e uma resposta reforçada por parte das autoridades.Entre as situações mais críticas encontra-se o corte da Autoestrada 41 (A41) ao início da tarde, também conhecida como Circular Regional Exterior do Porto (CREP), entre Paços de Ferreira e Espinho, nos dois sentidos, devido à proximidade das frentes de fogo.Incêndios em Portugal: A41 e várias estradas cortadas, mais de 3 mil operacionais no terrenoDe acordo com a GNR, a interdição da A41 foi determinada ao início da tarde desta quarta-feira, numa atualização das vias cortadas por causa dos incêndios rurais. Para além desta autoestrada, mantêm-se encerrados troços da Estrada Nacional 225 (entre Alvarenga/Nespereira e Vila Viçosa – Travanca, no distrito de Aveiro) e da EN18 (entre Vila Velha de Ródão e Nisa), afetando a circulação em zonas já pressionadas por temperaturas elevadas e vento forte. A Autoestrada 41 foi cortada entre Paços de Ferreira e Espinho, e várias povoações foram evacuadas. No terreno, a dimensão do esforço de combate às chamas é expressiva: mais de 3 000 operacionais das forças de segurança e socorro estão mobilizados, apoiados por centenas de viaturas e dezenas de meios aéreos. O incêndio que mais meios continua a concentrar é o de Arouca, no distrito de Aveiro, que deflagrou na segunda-feira e se propagou ao concelho vizinho de Castelo de Paiva. Só este fogo mobiliza mais de 770 bombeiros, num cenário complexo e de difícil acesso.Outro foco de grande preocupação é o incêndio que lavra desde sábado em Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo. Com progressão para o município de Terras de Bouro, já no distrito de Braga, este incêndio atinge áreas do Parque Nacional da Peneda-Gerês e mobiliza perto de 400 operacionais, estando a ser combatido em áreas montanhosas e com densa vegetação.Durante a madrugada, foram dados como dominados os incêndios de Penamacor (Castelo Branco) e Alcanede (Santarém). Em Nisa, embora o fogo esteja tecnicamente controlado, a situação continua a preocupar as autoridades pela possibilidade de reacendimentos. Em Penamacor e Idanha-a-Nova, estima-se que tenham ardido aproximadamente 3 000 hectares, com prejuízos expressivos no setor agrícola e florestal.Alguns incêndios já foram controlados, designadamente os de Penamacor e Idanha-a-Nova, onde se estima uma área ardida total de 3 000 hectares.A gravidade da situação levou o secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, a afirmar que o Governo está a garantir a disponibilidade de 76 meios aéreos, embora tenha salientado que o seu contributo depende sempre das características específicas de cada fogo. Rocha apelou também à responsabilidade coletiva na prevenção de incêndios.Neste sentido, a GNR voltou a reforçar o apelo à população para que evite comportamentos de risco, como o uso de fogo próximo de áreas florestais, a realização de queimadas ou fogueiras e a permanência em áreas onde decorrem operações de combate. Acrescenta-se ainda a recomendação para não estacionar veículos em vias utilizadas por meios de socorro, por forma a não dificultar o acesso às áreas afetadas.IPMA alerta para manutenção das condições de risco muito elevado e autoridades reforçam apelo à prevençãoDe acordo com o IPMA, grande parte do interior Norte e Centro do país está hoje em perigo máximo de incêndio rural. Esta classificação abrange sobretudo os distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Coimbra e Santarém. O IPMA prevê que esta situação de risco elevado se mantenha nos próximos dias, com possibilidade de agravamento em algumas áreas territoriais do Algarve.A maioria dos concelhos nas regiões Norte, Centro e Sul apresenta risco máximo ou muito elevado de incêndio. São vários os incêndios ativos, sobretudo no Norte do país.As autoridades municipais, por seu lado, têm vindo a solicitar o reforço de meios operacionais, sobretudo nas áreas onde os incêndios ameaçam áreas habitacionais. Foram já evacuadas várias povoações por precaução e registaram-se ferimentos ligeiros em alguns bombeiros e habitantes.A GNR recorda ainda que, de acordo com a legislação em vigor, a realização de queimadas e queimas de amontoados está expressamente proibida sempre que o nível de perigo seja ‘muito elevado’ ou ‘máximo’, sendo noutros casos sujeita a comunicação prévia ou autorização.Artigo relacionadoClima extremo e vegetação densa: perito explica principais fatores por detrás do risco de incêndios florestais Com as previsões meteorológicas a apontarem para a continuação de temperaturas extremamente elevadas, baixa humidade e vento moderado a forte, o país enfrenta um dos períodos mais críticos deste verão no que respeita ao risco de incêndio. As autoridades mantêm-se em alerta máximo e pedem à população que adote comportamentos preventivos e colabore com os serviços de emergência.O combate prossegue sem tréguas, com milhares de profissionais a garantirem a proteção de vidas humanas, património e ecossistemas ameaçados pelas chamas. A situação permanece em evolução, exigindo vigilância apertada nas próximas 48 horas.

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Onda de calor continuará em Portugal: aviso amarelo por temperaturas elevadas persiste, eis as regiões mais afetadas!

Portugal permanece sob calor intenso: temperaturas muito acima da média, risco máximo de incêndio e noites quentes nos próximos dias. Agosto começa com avisos meteorológicos em vários distritos de Portugal Continental.Mais informação: Alfredo Graça revela-lhe o tempo que nos espera em agosto: “não temos boas notícias sobre o calor extremo” Portugal atravessa uma das fases mais prolongadas e intensas de calor do verão de 2025, com temperaturas persistentemente muito acima dos valores médios para esta época do ano. A onda de calor iniciada a 24 de julho já dura há mais de uma semana, e não há, para já, sinais claros de abrandamento. Pelo contrário, os modelos meteorológicos mais fi��veis indicam que o calor poderá intensificar-se nos primeiros dias de agosto.Temperaturas mantêm-se elevadas nos próximos diasA previsão para esta quarta-feira, 30 de julho, mantém a tendência de céu geralmente limpo ou pouco nublado e tempo seco. O vento, soprará para noroeste durante a tarde, sobretudo no litoral oeste. Esta direção do vento poderá trazer uma ligeira descida das temperaturas nas regiões costeiras centrais, embora no interior do país os termómetros continuem a registar valores muito elevados. No Algarve, prevê-se mesmo uma pequena subida das máximas, após a ligeira descida registada na terça-feira.As temperaturas máximas poderão ultrapassar os 38 ºC em algumas áreas do Sul do país, mas o que agrava ainda mais o cenário é a ausência de arrefecimento noturno. As noites têm sido marcadas por temperaturas anormalmente elevadas, muitas vezes acima dos 25 ºC, originando noites tropicais ou mesmo tórridas em várias localidades do interior e litoral. A ausência de inversão térmica e a persistência de ventos quentes e secos durante a madrugada impedem a dissipação do calor acumulado durante o dia.As temperaturas máximas poderão ultrapassar os 38 ºC em algumas áreas do sul do país.As autoridades mantêm os alertas de risco máximo de incêndio para a generalidade do território continental. A combinação de vento seco, humidade muito baixa e calor extremo cria condições propícias à ignição e rápida propagação de fogos florestais. As equipas de proteção civil e os bombeiros estão em alerta máximo, e a população é chamada a redobrar os cuidados, evitando qualquer atividade de risco e reportando de imediato qualquer foco de incêndio.Seja o primeiro a receber as previsões graças ao nosso canal do WhatsApp. Siga-nos e ative as notificações.Para quinta-feira, 31 de julho, o cenário mantém-se semelhante, com ligeiras variações locais. A persistência da dorsal africana sobre a Península Ibérica e a rotação anticiclónica das massas de ar quente sustentam o calor, tanto de dia como de noite. Apesar de algumas oscilações na direção do vento, nomeadamente a presença de nortada durante a noite e vento de noroeste durante o dia, não se antecipa uma mudança significativa no padrão meteorológico. Pelo contrário, prevê-se que a intensidade do calor possa aumentar no início de agosto.Avisos meteorológicos mantêm-se em vários distritos até 2 de agostoEmbora as previsões apontem para a melhoria das condições meteorológicas no litoral nos próximos dias, os avisos meteorológicos do IPMA apontam para 13 distritos em alerta amarelo até ao dia 2 de agosto, menos 4 distritos do que os que vigoram até esta quinta-feira.As previsões de médio prazo apontam para um novo pico de calor entre os dias 3 e 6 de agosto. Os modelos ECMWF indicam que as temperaturas poderão ultrapassar os 40 ºC em vários pontos do interior do país. As anomalias térmicas deverão situar-se entre +3 e +6 ºC acima da média climatológica em quase todo o território continental, com exceção de alguns pontos do litoral e das regiões mais a sul, onde os desvios serão mais moderados, mas ainda assim preocupantes. Lisboa, Setúbal, Faro, Beja e o litoral dos distritos de Coimbra e Leiria deverão registar desvios entre +1 e +3 ºC.Artigo relacionadoOnda de calor prolonga-se até agosto e intensifica-se: persistência de máximas próximas de 40 °C em Portugal ContinentalCom agosto à porta e os mapas a indicar uma continuidade do calor extremo, as preocupações aumentam quanto ao impacte prolongado nas reservas hídricas, na saúde pública e na capacidade de resposta aos incêndios. A ausência de precipitação significativa a curto prazo agrava a situação, sendo que, mesmo em agosto, a chuva costuma ser rara e de carácter convectivo, ou seja, intensa, mas localizada e difícil de prever.

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Porque é que os sismos são frequentes em Portugal?

O território português encontra-se numa zona de transição entre a Placa Euroasiática e a Placa Africana, duas grandes massas litosféricas que estão em constante movimento relativo. Saiba aqui porque ocorrem tantos sismos em Portugal.O sismógrafo é o instrumento que mede e regista as vibrações do solo, tais como as que ocorrem através de sismos.A frequência de sismos em Portugal está intimamente relacionada com a sua localização geodinâmica no contexto das placas tectónicas da Terra. O território português encontra-se numa zona de transição entre a Placa Euroasiática e a Placa Africana, duas grandes massas litosféricas que estão em constante movimento relativo.Esta interação lenta, mas contínua, entre placas provoca a acumulação de tensões na crosta terrestre, que se libertam subitamente sob a forma de sismos. As placas tectónicas no mundo. Embora Portugal não se situe diretamente sobre uma falha tectónica tão ativa como a Falha de San Andreas na Califórnia ou o Círculo de Fogo do Pacífico, a sua posição junto a uma fronteira tectónica difusa confere-lhe uma atividade sísmica significativa e, por vezes, destrutiva. Zonas de atividade sísmica em PortugalA zona de maior instabilidade sísmica situa-se ao largo da costa sudoeste portuguesa, numa área conhecida como a zona de fractura Açores-Gibraltar, que se estende desde os Açores até ao estreito de Gibraltar.Esta zona de transição é marcada por várias falhas ativas no fundo do oceano Atlântico, como a falha de Marquês de Pombal, a falha de Horseshoe e outras estruturas tectónicas associadas.É precisamente nesta região que ocorreu o devastador sismo de 1 de novembro de 1755, que atingiu Lisboa com grande intensidade, provocando milhares de mortes e uma destruição generalizada, seguida de um tsunami e vários incêndios. Este evento marcou profundamente a história da sismologia e da engenharia sísmica europeia.Representação do sismo e tsunami de 1755 em Lisboa.O Vale Inferior do Tejo é outra zona relevante do ponto de vista sísmico. Aqui ocorrem sismos de origem intraplaca, ou seja, dentro da própria placa Euroasiática, resultantes de deformações acumuladas ao longo de falhas antigas que permanecem ativas. Estas estruturas estão frequentemente associadas a sismos sentidos em Lisboa, Santarém, Benavente e outras localidades da região centro-sul do país. O sismo de Benavente, em 1909, é um exemplo notável, tendo causado vítimas mortais e grandes prejuízos materiais.No centro do país, existem também zonas com atividade sísmica moderada, como na região de Leiria, Coimbra ou a zona da falha da Lousã, embora com menor frequência e intensidade. No entanto, é no Arquipélago dos Açores que se verifica a maior concentração de sismos em território nacional. Os Açores estão situados num ponto de junção tripla entre a Placa Euroasiática, a Placa Norte-Americana e a Placa Africana, o que confere ao arquipélago uma complexidade tectónica ímpar. A atividade sísmica nos Açores é elevada e muitas vezes associada a fenómenos vulcânicos, como já se verificou em erupções históricas, como a do Capelinhos (1957–58) na ilha do Faial.Atividade sísmica - 2025-07-30, onde se verifica os sismos ocorridos juntos à interseção das placas. Fonte: IPMADe forma geral, Portugal não regista sismos com a frequência de regiões do Pacífico, mas os eventos que ocorrem podem ser intensos e provocar danos consideráveis.Portugal é um país considerado como tendo risco sísmico moderado a elevadoA conjugação de fatores como o tipo de rocha, a profundidade do epicentro, a proximidade da costa e a densidade populacional das áreas afetadas contribuem para a gravidade dos impactos. Por isso, o país é considerado como tendo risco sísmico moderado a elevado, particularmente em áreas como Lisboa, Algarve e Açores.A monitorização sísmica em Portugal é da responsabilidade do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que opera uma rede de sismógrafos distribuída por todo o território continental e ilhas. A informação recolhida permite não só detetar e localizar sismos com grande precisão, mas também desenvolver modelos de risco sísmico e apoiar a definição de medidas de mitigação e planeamento urbano adaptado a zonas de maior vulnerabilidade.Artigo relacionadoTerramoto de 1722: o pior sismo do Algarve engoliu um rio, destruiu vilas inteiras, mas não deixou registosEm suma, os sismos são frequentes em Portugal devido à sua inserção numa zona de transição entre placas tectónicas em movimento, à presença de várias falhas geológicas ativas no mar e em terra, e à complexidade geodinâmica de regiões como os Açores. Apesar da sua frequência moderada, os sismos em Portugal representam um risco real e exigem uma abordagem preventiva e informada por parte da população, das autoridades e dos técnicos responsáveis pelo ordenamento do território e proteção civil.Referência da notícia Bezzeghoud M., C. Adam, E. Buforn, J. F. Borges, B. Caldeira, 2014. Seismicity along the AzoresGibraltar region and global plate kinematics, J. Seismol, 18, 205–220, http://dx.doi.org/10.1007/s10950-013-9416-xCabral, J. M., Marques, F., & Figueiredo, P., 2011. Active surface faulting or landsliding in the Lower Tagus Valley (Portugal)? A solved controversy concerning the Vila Chã de Ourique site. Journal of Seismology, 15, 215–234. https://doi.org/10.1007/s10950-010-9221-8 Choffat, P., Bensaude, A., 1912. Estudos sobre o sismo do Ribatejo de 23 de Abril de 1909, Com. Serv. Geol. Port., Lisbon, p. 146.Weiß B., Huebscher C., Lüdmann T. The Tectonic Evolution of the South-Eastern Terceira Rift / São Miguel Region (Azores), Volume 654, 2015, https://doi.org/10.1016/j.tecto.2015.04.018.

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Come queijo ao jantar e tem sonhos estranhos? A ciência encontra uma possível ligação

Um estudo canadiano revela como laticínios, açúcar e lanches noturnos podem atrapalhar os seus sonhos e afetar o seu descanso. Saiba mais aqui.O estudo recrutou mais de 1.000 jovens canadianos e descobriu que sintomas digestivos, como inchaço ou cólicas noturnas, agiam como gatilhos para pesadelos.Há noites em que tudo parece normal. Vai para a cama com o estômago cheio, apaga a luz e fecha os olhos. Mas, horas depois, está preso num sonho estranho, desconfortável ou absolutamente perturbador. Parece familiar?Talvez não tenha sido o filme que assistiu ou o stress do dia. Talvez tenha sido o queijo. Ou a sobremesa. Ou simplesmente a hora do jantar.Um novo estudo conduzido pela Universidade de Montreal sugere que a dieta, e especialmente certas sensibilidades alimentares, podem estar por trás dos pesadelos. Sim, aqueles em que acorda com o corpo "destruído" e sem vontade de voltar a dormir.Quando o seu estômago governa os seus sonhosO estudo entrevistou mais de 1.000 estudantes no Canadá e descobriu que quase 25% sentiam que certos alimentos pioravam o sono. Entre os mais citados: laticínios, doces e alimentos apimentados.E embora apenas um pequeno grupo acreditasse que a comida afetava os seus sonhos, os dados revelaram outra coisa: aqueles com intolerância à lactose ou alergias alimentares relataram pesadelos mais frequentes e intensos.“Estas novas descobertas sugerem que mudar os hábitos alimentares de pessoas com certas sensibilidades alimentares pode aliviar pesadelos”, explicou Tore Nielsen, principal autor do estudo, num comunicado publicado no site New Atlas.O estudo, publicado no periódico Frontiers in Psychology, também indica que aqueles que cuidaram da dieta e evitaram refeições pesadas à noite relataram sonhos mais tranquilos e melhor qualidade de sono.Comer tarde não ajudaO corpo não "desliga" quando dormimos. Sinais físicos como dor, desconforto e tensão podem infiltrar-se nos sonhos, transformando-se em imagens carregadas de emoção.A ligação entre corpo e mente, entre intestino e cérebro, ajuda-nos a entender porque é que certos alimentos desencadeiam sonhos tão vívidos ou perturbadores.Por este motivo, o estudo destaca que uma das principais descobertas foi o impacto do horário das nossas refeições.Aqueles que jantavam muito tarde ou comiam à noite tinham pior qualidade de sono, mais despertares e mais sonhos negativos.Não é coincidência. Dormir enquanto o corpo ainda está ocupado a digerir é como tentar ler enquanto alguém martela na mesma divisão (da casa).Como explica o grupo de investigação, o eixo intestino-cérebro é uma via bioquímica em constante investigação que pode ser a rota pela qual o desconforto digestivo se transforma num pesadelo.O que sonha também depende do que está no seu pratoNão precisa de ser intolerante à lactose para ter tido uma má noite depois de um jantar pesado. Mas agora a ciência está a começar a explicar o porquê.O que comemos, como digerimos e quando o fazemos pode estar a influenciar os nossos sonhos mais do que pensávamos.Este estudo concluiu que hábitos como consumir frutas, vegetais ou chás de ervas antes de dormir foram associados a uma experiência de sonho mais positiva e a um sono reparador.Comer alimentos leves e cedo pela manhã pode ser uma estratégia simples para dormir melhor e sonhar melhor.Investigadores japoneses criam tecnologia que permite gravar e assistir sonhos humanosAcontece que o ditado popular estava certo em parte: somos o que comemos... mesmo quando sonhamos.Então, se o seu cardápio noturno inclui queijo, doces e uma noite mal dormida, não culpe a sua mente se acordar a meio de um pesadelo.Referências da notícia- Nielsen, T. et al. (2025). More dreams of the rarebit fiend: food sensitivity and dietary correlates of sleep and dreaming. Frontiers in Psychology.- Paul McClure. (2025). Your gut is pulling the strings behind cheese dreams. New Atlas.

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Cancro da mama: o veneno de abelha pode matar as células cancerígenas

Um dos componentes do veneno de abelha é capaz de matar as células do cancro da mama, incluindo a forma mais agressiva.A melitina pode matar 100% das células perigosas em menos de uma hora.O que seria de nós sem elas? Estas pequenas maravilhas da natureza estão a desaparecer cada vez mais, apesar de serem essenciais para os seres humanos, para a flora e a fauna e para o planeta. Em suma, as abelhas são vitais para a raça humana, e estão a prová-lo mais uma vez. Desta vez, não se trata da sua ação polinizadora, mas do seu... veneno! Porque o veneno pode salvar vidas.Um estudo australiano publicado em 2020 na revista científica Nature Precision Oncology destaca o principal componente do veneno de abelha e a sua capacidade de destruir as células cancerígenas envolvidas no cancro da mama. Mesmo quando o cancro é muito agressivo. O cancro mais frequente nas mulheres O cancro da mama é o cancro mais frequente nas mulheres em França, na Europa e nos Estados Unidos. Em média, 1 em cada 8 mulheres desenvolve cancro da mama durante a sua vida. Em 2018, foram diagnosticados 59.000 novos doentes em França. No mesmo ano, este cancro custou a vida a 12.000 pessoas (uma vez que os homens também podem desenvolver cancro da mama, embora seja muito raro). Artigo relacionadoToxina de escorpião amazónico apresenta potencial para tratar cancro da mamaEn Australie, des chercheurs ont découvert que le venin d'abeille pouvait détruire certaines cellules cancéreuses particulièrement agressives du cancer du sein.Non seulement létale pour les cellules cancéreuses ( en 1h), le venin épargnait aussi les cellules mitoyennes. pic.twitter.com/XBnI16gLEL L'actu des bonnes nouvelles (@La_BonneActu) September 4, 2022A doença continua a ser a principal causa de morte por cancro nas mulheres em 2023. A idade média de diagnóstico é de 64 anos, mas cada vez mais mulheres jovens, com menos de 40 anos, desenvolvem cancro da mama. Felizmente, quanto mais cedo a doença for detetada, melhores são as hipóteses de sobrevivência e de cura.O cancro da mama é uma doença em que certas células se multiplicam e acabam por formar uma massa, também designada por tumor. Pode ser sentido através do auto-exame (daí a importância do auto-exame regular). Não é doloroso, mas é muito duro. A evolução do cancro varia de doente para doente, assim como a sua agressividade. A melitina como remédio? A melitina é um dos componentes do veneno de abelha. Os cientistas do Instituto de Investigação Médica Harry Perkins, em Perth, na Austrália, recolheram o precioso néctar das abelhas adormecidas. Em seguida, injetaram-no em ratinhos com o tipo mais agressivo de cancro da mama (que geralmente não responde aos tratamentos convencionais).No estudo, os investigadores explicam que, em doses muito específicas, a melitina pode destruir 100% das células cancerosas em menos de 60 minutos. O veneno pode também bloquear o crescimento e a reprodução das células cancerosas, impedindo o desenvolvimento da doença. Melhor ainda, não afeta as células saudáveis.Um verdadeiro milagre para todas as mulheres afetadas por este maldito cancro. Os testes em animais ainda estão a decorrer, mas esperemos que os investigadores encontrem em breve um tratamento eficaz para esta doença que ceifa a vida a tantas mulheres todos os anos... Referências da notíciaCharline D., SantéSurLeNet, (14/08/2024), Le venin d’abeille contre le cancer du seinLab News & Events, Perkins.org, (02/09/2020), Honeybee venom kills breast cancer cellsInstitut National du cancer, (10/07/2025), Les cancers du sein : l'essentiel

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Estes são os 8 segredos para partilhar casa nas férias com amigos (sem acabar à bulha)

Férias com amigos são maravilhosas… até deixarem de ser. Estas dicas ajudam a partilhar casa sem dramas, silêncios constrangedores ou amizades em risco.Ir de férias com amigos não tem de ser uma dor de cabeça. Foto: PixabayHá algo de irresistivelmente caótico — e delicioso — em viajar com amigos. Tudo começa com entusiasmo: o grupo perfeito, a casa ideal, o destino de sonho, playlists partilhadas e aquele ar de “isto vai ser épico”.A mesa cheia, as conversas até tarde, o frigorífico a rebentar de cervejas e petiscos. Mas, por muito forte que seja a amizade, basta uma toalha molhada deixada no sofá, um despertador fora de horas ou uma conta do supermercado mal dividida para a tensão escalar. Sem perceber bem como, as férias podem rapidamente transformar-se num campo de batalha passivo-agressivo. Mas não tem de ser assim. Então, como é que se atravessa este teste de partilha, convivência e expectativas sem ferir suscetibilidades (ou amizades)? Inspirado num artigo do ‘New York Times’ e apoiado por várias outras fontes internacionais como a ‘Condé Nast Traveler’, ‘AFAR’ e ‘SELF’, este guia é o seu bilhete dourado para férias com amigos que acabam em brindes e não em silêncios constrangedores.O plano começa muito antes da viagemO verdadeiro segredo começa semanas — ou meses — antes da viagem. Criar um grupo de conversa, definir datas, votar nos destinos e esclarecer expectativas evita confusões de última hora. Quem quer sair à noite? Quem prefere dias calmos? Há alguém que não come carne ou não gosta de praia? Falar disso logo no início poupa ressentimentos mais tarde.Quanto mais claro for o pré-acordo, mais leve será o ambiente na chegada. E quando o tema é dinheiro, é ainda mais crucial não deixar espaço para mal-entendidos. Estabeleça desde o início o orçamento médio por pessoa, tanto para o alojamento como para as refeições e atividades. Isso ajuda a alinhar decisões e evita constrangimentos. Segundo a revista ‘AFAR’, os desentendimentos sobre dinheiro são uma das principais causas de tensão em férias de grupo.Falem de dinheiro sem tabusDepois de definir o orçamento, há que decidir como gerir as despesas do dia a dia. Quem paga o quê? Quem fica encarregado de registar os gastos? Nomear um “tesoureiro” informal — alguém organizado, neutro e com jeito para números — pode salvar amizades. O importante é que ninguém sinta que está a pagar mais do que devia… ou menos do que os outros.Artigo relacionadoFérias forçadas: as ilhas mais bonitas onde ninguém queria estarHá algumas aplicações que podem ajudar e tornam as contas transparentes, partilhadas e bem menos propensas a ressentimentos.Dividam as tarefas de forma equilibradaPartilhar uma casa implica, claro, dividir tarefas. Mas não vale tudo cair sempre na mesma pessoa (normalmente a mais prática ou a menos preguiçosa). O melhor é combinar um sistema rotativo: um dia alguém faz o pequeno-almoço, no outro, outro trata do jantar, e por aí fora. Dividam as tarefas. Fotos: UnsplashA limpeza básica — sim, há sempre quem “não veja” migalhas — também deve ser repartida. Como diz o ‘New York Times’, um plano simples de rotinas evita grandes dramas.Sejam justos com a escolha dos quartosA escolha dos quartos, por mais inocente que pareça, também pode gerar faíscas. O ideal é fazerem uma visita conjunta à casa e decidirem em grupo, de forma justa e ponderada. Se houver um casal, talvez faça sentido dar-lhes mais privacidade; se alguém ronca ou acorda muito cedo, convém avisar antes para evitar queixas depois. Neste ponto, a sinceridade é mesmo uma bênção.Reservem tempo para estar sozinhosE já agora, não se esqueça de cuidar do seu próprio espaço interior. Mesmo rodeado de amigos, o tempo a sós é essencial. Pode ser um passeio matinal, um café solitário ao fim da tarde ou uma simples sesta com auscultadores. O importante é manter o equilíbrio emocional. A revista ‘SELF’ defende este princípio como essencial para evitar o desgaste dos relacionamentos em férias.Sejam honestos sobre os vossos hábitosHá quem adore acordar com música alta e quem precise de silêncio até ao segundo café. Há quem adore conversar enquanto cozinha, e quem prefira estar sossegado. Artigo relacionadoCientistas explicam como hábitos noturnos afetam o bem-estar dos jovens e a sua importância para o desempenho académicoRevelar os seus próprios hábitos (e ouvir os dos outros) é uma forma de garantir empatia e respeito. Ninguém tem de mudar a personalidade, mas há que adaptar o comportamento — pelo bem da paz no grupo.Abracem o improviso (e larguem o controlo)Por mais planeamento que exista, haverá sempre imprevistos. Alguém vai adormecer para o passeio, outro vai preferir ficar na praia em vez de ir ao museu. E está tudo bem. Abra espaço para a espontaneidade. Foto: UnsplashDeixe espaço para o improviso e respeite as escolhas individuais — afinal, ninguém está num retiro espiritual nem num campo militar. É suposto ser divertido.Acabem com um brinde (e não com um olhar de lado)O final da viagem é tão importante como o início. Em vez de sair à pressa ou discutir quem vai ficar com os restos do frigorífico, reservem um momento de celebração. Um jantar de despedida, um brinde à amizade, uma mensagem de agradecimento. São esses gestos que ficam na memória — e que fazem com que todos queiram repetir no próximo verão.No fundo, o segredo é simples: respeito. Partilhar casa nas férias com amigos pode ser um presente — ou uma dor de cabeça. Depende da preparação, da comunicação e, acima de tudo, da capacidade de respeitar o outro. Siga estes oito segredos e verá que é possível voltar das férias com boas histórias, o grupo mais unido e sem ressentimentos guardados na mala.

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Alfredo Graça revela-lhe o tempo que nos espera em agosto: “não temos boas notícias sobre o calor extremo”

Ventos muito quentes e secos e temperaturas elevadas têm provocado calor extremo em Portugal. O modelo de referência da Meteored atualiza a sua previsão para o mês de agosto. Saiba o que esperar do tempo!Em agosto a precipitação é rara, mas quando surge, pode ser forte e extremamente irregular, potencialmente acompanhada de trovoada e por vezes sob a forma de granizo.Com o arranque da canícula, o período estatisticamente mais quente e seco do ano em Portugal (15 de julho - 15 de agosto), está-se a testemunhar um dos maiores episódios de calor intenso e generalizado deste verão (por generalizado entenda-se em toda a geografia do Continente).Após as duas ondas de calor de junho, a atual onda de calor - com início a 24 de julho - poderá vir a ser classificada como a terceira do verão climatológico de 2025, sendo que a sua duração mantém-se incerta. É possível que se prolongue para lá do próximo domingo, 3 de agosto.A Climatologia conta-nos que o mês mais quente do ano é precisamente agostoEm primeiro lugar, vale a pena recordar que agosto é o mês mais quente do ano em Portugal continental, seguido de julho, de acordo com a normal climatológica 1991-2020. A temperatura média máxima em agosto é 29,89 ºC.À exceção da estação meteorológica de Sines (distrito de Setúbal), a temperatura média em agosto evidencia um claro contraste entre a metade setentrional (entre 20-22 ºC) e a metade meridional do nosso país (23-25 ºC), separadas pelo sistema montanhoso Montejunto-Estrela.O Alentejo, o Algarve e o Oeste e Vale do Tejo, mas também muitas vezes no interior Norte e Centro (Nordeste Transmontano e Beira Baixa, entre outras zonas) o calor continua a ser intenso, sobretudo na primeira quinzena do mês, que coincide com a segunda metade do período da canícula.Nestas regiões não é invulgar chegar aos 35 ºC de temperatura máxima e por vezes aos 40 ºC (podendo inclusive ultrapassar este valor), mas é também em agosto que as noites tornam-se cada vez mais longas, pelo que tende a ficar ligeiramente mais fresco nas regiões do Interior quando o sol se põe.Agosto é o mês estatisticamente mais quente do ano em Portugal continental, de acordo com a normal climatológica 1991-2020.Não obstante, as noites tropicais continuam a aparecer com bastante frequência (mínimas noturnas iguais ou superiores a 20 ºC), sobretudo no Alentejo e Algarve, mas também de maneira ocasional nos vales do Tejo e Douro.Apesar de escassa, a chuva pode aparecer em agosto devido às frentes atlânticas e gotas friasA precipitação média acumulada em agosto (13,6 mm) apresenta um enorme contraste dentro da nossa geografia, com o Alto Minho a assumir o valor mais elevado (38,5 mm), por oposição a Setúbal, Baixo Alentejo e Algarve (as três com aproximadamente 4 mm).Enquanto no Noroeste a precipitação bastante superior à média do Continente num dos meses mais secos do ano poderá ser explicada pela influência intermitente de algumas frentes atlânticas, a sul do Tejo o seu valor residual tem a ver com a latitude e com o anticiclone dos Açores.Prevê-se que agosto 2025 seja mais quente do que o normal em quase toda a geografia do Continente.Porém, nem o anticiclone nem a latitude "livram" algumas zonas do Continente das chamadas gotas frias nos meses de agosto. Para os agricultores agosto é um mês temível, pois a qualquer momento, uma depressão isolada em altitude ou a geração de precipitação convectiva pode dar origem a trovoada e, pior do que isso, a chuvas de granizo potencialmente catastróficas.Além disto, com a aproximação de setembro, a atmosfera costuma ficar mais dinâmica, dando origem a fenómenos de instabilidade atmosférica mais significativos.Não temos boas notícias sobre o calor extremo em agosto. Eis o que revela o modelo EuropeuAs últimas previsões do modelo Europeu (ECMWF) mostram que o mês de agosto começará provavelmente com uma nova subida das temperaturas, pelo que o calor extremo na geografia de Portugal continental irá manter-se por bastantes mais dias.Péssimas notícias. Com as atuais previsões para agosto a indicarem a continuidade ou até mesmo intensificação do calor extremo em grande parte da geografia de Portugal continental, o risco de novos incêndios florestais ou risco de agravamento dos atuais aumenta substancialmente, dado que poderão prolongar-se em duração, intensidade e extensão.Nos primeiros dias do próximo mês, os mapas preveem que os valores de temperatura se situem entre 3 e 6 ºC acima da média climatológica de referência em quase todo o país (praticamente todo o Norte, Centro e Alentejo). No Continente, com anomalias quentes mas ligeiramente mais moderadas estariam os distritos de Lisboa, Setúbal, Beja, Faro e Bragança e o litoral dos distritos de Coimbra e Leiria (temperaturas entre 1 e 3 ºC acima dos valores médios de referência).Para Açores e Madeira o modelo antecipa anomalias térmicas positivas mais suaves (até 1 ºC acima do normal), exceto no Grupo Oriental dos Açores e nalgumas zonas da ilha da Madeira.É expectável que nos primeiros dias de agosto Portugal continental continue a exibir as anomalias de calor mais pronunciadas do Sudoeste Europeu, sendo praticamente o último reduto de calor intenso desta parte da Europa.Tanto para a semana entre 4 e 11 de agosto, como para a segunda quinzena de agosto, já existe uma tendência mais definida. Em relação aos dias 4 a 11, as temperaturas entre 3 e 6 ºC acima da média deverão manter-se. Isto denota que as regiões mais quentes do Continente provavelmente viverão uma 'cópia' das condições meteorológicas de calor extremo da semana anterior.Artigo relacionadoO modelo de previsão mais fiável avisa: o calor intenso não abandonará Portugal pelo menos até esta dataPara as semanas seguintes o calor deverá manter-se intenso e geralmente com temperaturas na ordem dos 1 a 3 ºC acima da média em quase todo a geografia do Continente. Nos arquipélagos estas anomalias de calor deverão ser bem mais suaves. E só por volta da reta final do mês é que as temperaturas deverão começar a apresentar valores dentro do normal na maioria do território português.O que esperar da chuva? Tudo dependerá da corrente de jato polarTudo indica que teremos de prestar atenção às ondulações que o jato polar irá traçar, com a possível formação de bloqueios nas latitudes altas (Ilhas Britânicas/Escandinávia), o que poderá favorecer a aproximação de novas gotas frias a Portugal. No entanto, a incerteza é extremamente elevada atualmente, o que é normal.Os meses de agosto são normalmente secos. A inexistência de anomalias na previsão para agosto 2025 faz pensar que pouco ou nada choverá no mês que vem, embora esta variável seja das mais complexas e mais incertas de prever a longo prazo.Não existe uma tendência particularmente definida para o conjunto do território no que se refere ao mês de agosto em Portugal. É possível vislumbrar-se algumas anomalias húmidas nos Açores e Madeira, e outras ligeiramente secas em grande parte da geografia do Continente. Contudo, um único episódio de trovoada, chuva e granizo pode inverter a precipitação acumulada de um mês.A chuva em agosto tende a ser do tipo convectivo, pelo que pode ser forte, mas extremamente irregular, o que complica imenso as previsões a longo prazo.Estamos a entrar numa época do ano em que as depressões ou pequenas bolsas de ar frio voltam a tornar-se algo mais ocasionais no nosso território. Por conseguinte, não deve ser descartada totalmente a possibilidade de possíveis episódios de precipitação e trovoada nas próximas semanas, embora de momento, os mapas indiquem esse cenário como pouco provável.

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Vento e onda de calor dificultam o combate aos fogos rurais. Os dias que se seguem não vão ser melhores

O incêndio em Arouca é o que há mais tempo está ativo e o que mais preocupa as autoridades. Todas as regiões de Portugal Continental estão em perigo máximo ou muito elevado de fogo rural.Mais de três mil bombeiros estão esta terça-feira no terreno a combater cerca de 60 fogos rurais ativos. Foto: PixabayAs temperaturas elevadas e o vento forte que se fazem sentir por estes dias não trazem descanso aos operacionais da Proteção Civil, que estão, esta terça-feira, por todo o território continental a combater mais 60 fogos rurais ativos.Desde as primeiras horas desta manhã, até ao início da tarde, mais de 3500 bombeiros apoiados por 1073 meios terrestres e 37 meios aéreos foram convocados para terreno, segundo os dados da Autoridade Nacional de Proteção Civil,A maioria dos recursos está concentrada em cinco grandes incêndios, que, até às 15h30, mobilizavam mais de 1600 operacionais, cerca de 600 viaturas e 18 meios aéreos. Os fogos rurais em Arouca, Ponte da Barca, Penamacor, Ponte de Lima e Mangualde, por serem muitos distantes uns dos outros, obrigaram a uma dispersão dos meios, dificultando ainda mais o trabalho dos bombeiros no teatro de operações.Alerta máximo até domingoAs temperaturas elevadas e o vento já faziam antecipar mais um dia difícil no combate aos incêndios rurais. A onda de calor que afeta o país desde a passada quinta-feira, 24 de julho, irá prolongar-se até pelo menos 3 de agosto, de acordo com as previsões da Meteored.Artigo relacionadoDramático incêndio florestal queima várias aldeias na Turquia. Ventos fortes espalharam rapidamente o fogoA conjugação destes fatores levou, aliás, o presidente da Liga dos Bombeiros, António Nunes, a prever, que os fogos dispersos pelo Norte e Centro do País, “deverão ficar ativos por mais algum tempo”, admitiu durante uma entrevista concedida na noite de ontem à SIC Notícias.Horas difíceis em Arouca, Penamacor e Ponte da BarcaA situação mais complicada, nas últimas horas, viveu-se em Arouca, no distrito de Aveiro, onde as chamas chegaram ao final da tarde de ontem a Castelo de Paiva, deixando várias habitações em risco e ainda sem água e eletricidade. A Proteção Civil, com o apoio da GNR, viu-se obrigada a retirar as populações de Vilar de Eirigo e do Seixo, não havendo até ao momento conhecimento de casas nem vítimas atingidas pelo fogo.A maioria dos concelhos nas regiões Norte, Centro e Sul apresentam risco máximo ou muito elevado de incêndio nos próximos dias. Em Penamacor, no distrito de Castelo Branco, o incêndio aproximou-se também de duas povoações localizadas na freguesia de Aranhas, onde o fogo começou durante a tarde de segunda-feira.As chamas progrediram rapidamente, ao início da noite de ontem, entre a Aldeia do Bispo e a Aldeia de João Pires, levando a Proteção Civil a redefinir toda a operação para fazer a defesa perimétrica das duas povoações e salvaguardar os bens e as habitações. O fogo, entretanto, entrou em fase de rescaldo por volta das 13:00 desta terça-feira.Mas é o incêndio em Ponte da Barca, no Alto Minho, que há mais tempo está ativo e que já levou mais de 400 bombeiros e sete meios aéreos para o terreno. O alerta foi dado durante a noite de sábado, às 21:47, chegando o fogo a aproximar-se da aldeia de Ermida e forçando a população a refugiar-se na Igreja.Esta manhã, todavia, as chamas evoluíram favoravelmente, restando agora uma única frente ativa que a Proteção Civil esperava poder controlar ainda esta tarde. Os habitantes de Ermida, entretanto, regressaram durante a noite a casa, não havendo também vítimas e danos a registar.Novos combates no Centro e AlentejoAo longo desta terça-feira, mais de três dezenas de novos fogos deflagraram, sobretudo nas regiões do Centro e do Alentejo. Boa parte destas ocorrências puseram os bombeiros em alerta máximo pelo risco de atingirem povoações próximas. É o caso do incêndio, que começou pouco depois do meio-dia em Nisa, no Alto Alentejo, mobilizando, até às 15:30, sete meios aéreos e 151 operacionais apoiados por 35 viaturas. Devido à proximidade das chamas, a aldeia de Vinagra foi parcialmente evacuada por precaução. Mais de três dezenas de fogos deflagraram esta terça-feira por todo o país, afetando principalmente as regiões do Centro e do Alentejo. Foto: PixabayPombal, no distrito de Leiria, contava à essa mesma hora, com dois meios aéreos, para combater um fogo que se aproximou da A1, enquanto as chamas em ílhavo, na região de Aveiro, deixaram a população de Moitinhos, em São Salvador, durante toda a manhã em estado de vigília permanente.Até às 15h30, o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais indicava cinco grandes ocorrências ativas em Portugal Continental: ConselhoFreguesia (s)RegiãoAlertaNaturezaBombeirosViaturasMeios aéreosAroucaCanelas e EspiuncaNorte17:16 de 28/07/2025Povoamento florestal6842284Ponte da BarcaLindosoNorte21:47 de 26/07/2025Mato4081331PenamacorAranhasCentro16:36 de 28/07/2025Mato4161294Ponte de LimaRebordões (Santa Maria)Norte22:47 de 28/07/2025Mato146430MangualdeFornos de Maceira Dão TabosaCentro1:19 de 29/07Mato76240As condições meteorológicas desfavoráveis levaram as autoridades a colocar nesta terça-feira quase todos os concelhos das regiões Norte, Centro e do Algarve em perigo máximo ou muito elevado de incêndio rural. Nos dias que se seguem, a situação manter-se-á, aliás, sem grandes alterações, segundo o portal público do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais.

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A planta de crescimento rápido que floresce mais de 120 dias por ano e requer pouco trabalho: a favorita dos jardineiros

À procura de uma planta que encha o seu jardim de cor durante quase meio ano sem precisar de cuidar muito bem dela? Aqui está a joia que muitos já escolheram devido à sua infalibilidade.A murta chinesa, cujo nome científico é Lagerstroemia indica, é uma planta que floresce mais de 120 dias por ano e se adapta tanto ao frio como ao calor.Quem tem um terraço, jardim ou simplesmente um lugar soalheiro sabe que o ideal é encontrar plantas resistentes, bonitas e duradouras. Se elas também florescerem por meses e não exigirem cuidados constantes, melhor ainda. Pois bem, existe uma planta que faz tudo isso e muito mais.Estamos a falar da murta-chinesa, cujo nome científico é Lagerstroemia indica, uma espécie cada vez mais vista em jardins urbanos, pátios e vasos externos. O motivo? A sua robustez, a sua capacidade de florescer mais de 120 dias por ano e sua capacidade de se adaptar tanto ao frio quanto ao calor. Ela tem tudo isso.Murta chinesa: uma planta linda que resiste a quase tudoA "árvore de Júpiter", como também é conhecida a murta chinesa, é nativa da Ásia e conquista espaços verdes há anos devido à sua capacidade de sobreviver com poucos cuidados. Ela prospera em locais onde o sol brilha intensamente e também resiste a geadas de até -10 °C. O que mais se poderia pedir?Es verano y el árbol de Júpiter está en flor (Lagerstroemia indica). Cuando sus llamativas flores desaparezcan, las hojas adoptarán un bellísimo color otoñal que, al caer, dejarán al descubierto el juego de colores de la corteza. ¡Siempre preparado para la ocasión! pic.twitter.com/SkMDRR4ouO— REAL JARDÍN BOTÁNICO (@RJBOTANICO) August 8, 2024As suas flores são pequenas, mas aparecem em cachos marcantes e altamente decorativos. Dependendo da variedade, podem ser rosa, brancas, violetas ou até vermelhas. Somam-se a isso as folhas que mudam sazonalmente: verde intenso no verão e tons avermelhados no outono, proporcionando contraste visual sem a necessidade de replantio. Embora seja conhecido como um arbusto, dependendo do ambiente e da espécie, pode atingir alturas entre 3 e 9 metros. E por falar em flor, esse é o seu ponto forte: ela floresce por mais de metade do ano. O seu ciclo normal vai de maio a agosto, mas pode ser mais longo dependendo do clima. Um espetáculo natural sem muito esforço.Leve, mas não sufocante: é assim que se cuida da murta chinesaNão é uma planta exigente, mas tem as suas preferências. Idealmente, o baobá-chinês deve ser colocado em áreas bem iluminadas, de preferência com luz solar direta durante boa parte do dia. Se necessário, também se adapta à meia-sombra, embora floresça com menos intensidade.Embora seja conhecida como um arbusto, dependendo do ambiente e do tipo, a murta chinesa pode atingir alturas entre 3 e 9 metros.Quanto à rega, ela deve ser equilibrada. Ela precisa de um pouco de humidade, especialmente durante o período de desenvolvimento, mas não gosta de humidade excessiva, pois isso pode causar problemas como fungos ou manchas. É melhor manter o solo húmido, mas sem poças.Um fator importante a considerar é o tipo de solo. O substrato deve ter boa drenagem para que a água não fique estagnada. Ela desenvolve-se bem em solos com pH neutro ou levemente ácido, entre 6 e 7. Em vasos, recomenda-se regar com mais frequência, mas com menos frequência. A poda também ajuda a manter a planta em forma. Recomenda-se fazer isso na primavera, aparando os brotos antigos e novos para controlar o seu tamanho e promover uma floração ainda mais vigorosa.Porque é que é a planta favorita de tantos jardineiros?Se perguntar a qualquer especialista em jardinagem, provavelmente mencionará esta espécie entre os seus itens indispensáveis. O motivo? Ela chama a atenção, adapta-se a vários climas e exige pouco trabalho. Exatamente o que os amadores com pouco tempo procuram.Es El Momento de losÁrboles de JúpiterLagerstroemia indica (y sus variedades) pic.twitter.com/YklHhr7wc4— Bachicha en La Selva (@guillematamala) July 9, 2025Outro detalhe que torna a murta-chinesa ainda mais interessante é a sua tolerância à seca após a criação de raízes. Ao contrário de outras flores mais delicadas, a murta-chinesa sobrevive sem problemas em climas quentes, desde que tenha solo poroso onde a água possa circular sem ser retida. Além disso, não requer fertilizantes exóticos nem cuidados especiais. Fertilizantes comuns que contenham potássio, fósforo e oligoelementos são suficientes para a sua plena floração.Graças à sua estética marcante, também é frequentemente utilizada em paisagismo. Jardins públicos, calçadas urbanas e parques utilizam-na pela sua capacidade de preencher tudo com cor durante grande parte do ano sem complicações adicionais.Ideal para todos os tipos de espaços, mesmo que você não seja um especialistaUma das grandes vantagens da murta-chinesa é que ela se adapta a praticamente qualquer ambiente. De uma casa com jardim a um terraço com um vaso grande, a murta-chinesa adapta-se bem. Ela só precisa de sol, algum espaço para crescer e um pouco de atenção no início. Nem precisa de experiência em jardinagem. É uma espécie perfeita para iniciantes, pois perdoa erros comuns, como regas imprecisas ou podas imperfeitas.Imagína uno detrás de otro en todas las calles de tú barrio.El nombre científico de este pequeño arbusto o árbol es (Lagerstroemia indica) y su nombre comun es Júpiter, una especie de Mirtos también conocida como: Crespón, Espumilla, Lila de las Indias. pic.twitter.com/38HBhKfBHw— PROÁRBOL (@Proarbol_Col) June 20, 2024E se a sua ideia é decorar com plantas durante todo o verão, esta é uma opção vencedora. Além de proporcionar flores de cores vibrantes, ela também adiciona textura com as suas folhas e volume se deixada crescer livremente. É por isso que cada vez mais pessoas estão a escolher a árvore de Júpiter ou a murta chinesa. Porque ela combina o melhor dos dois mundos: beleza e praticidade. E isso, na jardinagem, não é tão comum.

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Cientistas quebram limites de temperatura com ouro sobreaquecido, abrindo novos horizontes na ciência

Um método inovador para medir a temperatura dos átomos em materiais extremamente quentes está já a mudar a nossa compreensão do mundo, derrubando antigas crenças sobre o sobreaquecimento.Pela primeira vez, uma equipa de investigadores relata que mediu diretamente a temperatura dos átomos em matéria densa e quente. (Imagem criada por IA)É difícil medir a temperatura de coisas realmente muito quentes. Seja o plasma em turbulência no nosso Sol, as condições extremas no núcleo dos planetas ou as forças de compressão em ação dentro de um reator de fusão, aquilo a que os cientistas chamam "matéria densa quente" pode atingir centenas de milhares de graus Kelvin. Saber precisamente o quão quentes são estes materiais é crucial para que os investigadores compreendam completamente estes sistemas complexos, mas fazer estas medições tem sido, até agora, praticamente impossível. "Temos boas técnicas para medir a densidade e a pressão destes sistemas, mas não a temperatura. Nestes estudos, as temperaturas são sempre estimadas com enormes barras de erro, o que sustenta os nossos modelos teóricos. Este tem sido um problema de décadas."Bob Nagler, cientista da equipa do Laboratório Nacional de Aceleradores SLAC do Departamento de Energia. Agora, pela primeira vez, uma equipa de investigadores relata que mediu diretamente a temperatura dos átomos em matéria densa e quente. Enquanto outros métodos se baseiam em modelos complexos e difíceis de validar, este novo método mede diretamente a velocidade dos átomos e, portanto, a temperatura do sistema.O seu método inovador já está a mudar a nossa compreensão do mundo: numa estreia experimental, a equipa sobreaqueceu ouro sólido muito para além do limite teórico, derrubando inesperadamente quatro décadas de teorias estabelecidas.Medir a temperatura a um novo nívelDurante quase uma década, esta equipa trabalhou para desenvolver um método que contorna os desafios habituais da medição de temperaturas extremas – especificamente, a curta duração das condições que criam estas temperaturas em laboratório e a dificuldade de calibrar a forma como estes sistemas complexos afetam outros materiais.Esta equipa de cientistas sobreaqueceu ouro sólido muito para além do limite teórico. No instrumento MEC do SLAC, a equipa utilizou um laser para sobreaquecer uma amostra de ouro. À medida que o calor passava pela amostra nanométrica, os seus átomos começaram a vibrar a uma velocidade diretamente relacionada com o aumento da sua temperatura. A equipa enviou então um pulso de raios X ultrabrilhantes da Fonte de Luz Coerente Linac (LCLS) através da amostra sobreaquecida. À medida que se espalhavam pelos átomos vibrantes, a frequência dos raios X alterava-se ligeiramente, revelando a velocidade dos átomos e, consequentemente, a sua temperatura. “A nova técnica de medição de temperatura desenvolvida neste estudo demonstra que o LCLS está na vanguarda da investigação sobre matéria aquecida a laser. O LCLS, aliado a estas técnicas inovadoras, desempenha um papel importante no avanço da ciência de alta densidade energética e em aplicações transformadoras como a fusão inercial.”Siegfried Glenzer, diretor da divisão de Ciência de Alta Densidade de Energia do SLAC e coautor do artigo. A equipa ficou entusiasmada com a demonstração bem-sucedida desta técnica – e, ao analisar os dados com mais profundidade, descobriu algo ainda mais entusiasmante. “Ficámos surpreendidos ao encontrar uma temperatura muito mais elevada nestes sólidos sobreaquecidos do que esperávamos inicialmente, o que refuta uma teoria de longa data da década de 1980”, disse White. “Este não era o nosso objetivo original, mas é disso que se trata a ciência – descobrir coisas novas que não se sabia que existiam.” O ouro aqueceu a mais de 14 vezes o seu ponto de fusãoCada material tem pontos de fusão e ebulição específicos, marcando a transição do sólido para o líquido e do líquido para o gasoso, respetivamente. No entanto, há exceções. Por exemplo, quando a água é aquecida rapidamente em recipientes muito lisos – como um copo de água no microondas – pode ficar "sobreaquecida", atingindo temperaturas acima dos 100ºC sem realmente ferver. Isto porque não existem superfícies rugosas ou impurezas que desencadeiem a formação de bolhas.Para esta experiência, os cientistas utilizaram um laser. (Imagem criada por IA) Mas este truque da natureza traz um risco maior: quanto mais um sistema se afasta dos seus pontos normais de fusão e ebulição, mais vulnerável se torna ao que os cientistas chamam de catástrofe – um início repentino de fusão ou ebulição desencadeado por uma ligeira mudança ambiental. Por exemplo, a água sobreaquecida no microondas ferverá explosivamente quando perturbada, podendo causar queimaduras graves. Artigo relacionadoCiência estelar: proposta de uma nova origem para o ouro, a prata e os elementos pesados Neste estudo, a equipa descobriu que o ouro tinha sido sobreaquecido a uns impressionantes 19.000 kelvins – mais de 14 vezes o seu ponto de fusão e muito para além do limite proposto para a catástrofe de entropia – tudo isto mantendo a sua estrutura cristalina sólida. Referência da notíciaThomas G. White, Travis D. Griffin, Daniel Haden, Hae Ja Lee, Eric Galtier, Eric Cunningham, Dimitri Khaghani, Adrien Descamps, Lennart Wollenweber, Ben Armentrout, Carson Convery, Karen Appel, Luke B. Fletcher, Sebastian Goede, J. B. Hastings, Jeremy Iratcabal, Emma E. McBride, Jacob Molina, Giulio Monaco, Landon Morrison, Hunter Stramel, Sameen Yunus, Ulf Zastrau, Siegfried H. Glenzer, Gianluca Gregori, Dirk O. Gericke & Bob Nagler. Superheating gold beyond the predicted entropy catastrophe threshold. Nature (2025).

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Onda de calor prolonga-se até agosto e intensifica-se: persistência de máximas próximas de 40 °C em Portugal Continental

Portugal continental enfrenta uma prolongada e intensa onda de calor, sem fim à vista até, pelo menos, 3 de agosto. As temperaturas vão subir ainda mais a partir desta terça-feira, com máximas a rondar os 40 °C em várias regiões, incluindo o litoral.Mais informação: O modelo de previsão mais fiável avisa: o calor intenso não abandonará Portugal pelo menos até esta data.Portugal continental enfrenta uma prolongada e intensa onda de calor, sem fim à vista até, pelo menos, 3 de agosto. As temperaturas vão subir ainda mais a partir de terça-feira, com máximas próximas dos 40 °C em várias regiões, incluindo o litoral. O risco de incêndio é extremo e o desconforto térmico será agravado pelas noites tropicais.A onda de calor que afeta o país desde 24 de julho deverá intensificar-se nos próximos dias, com uma nova subida acentuada das temperaturas prevista para esta terça-feira, 29 de julho. Os modelos meteorológicos apontam para pelo menos mais sete dias consecutivos de calor extremo, com temperaturas máximas que podem aproximar-se de forma persistente dos 40 °C no interior e em algumas áreas do litoral, como a Área Metropolitana de Lisboa.O risco de incêndio é extremo e o desconforto térmico será agravado pelas noites com temperaturas muito elevadas. Esta situação é especialmente preocupante devido à conjugação de fatores meteorológicos desfavoráveis: ausência de precipitação, vento por vezes forte, baixos teores de humidade relativa e persistência de noites quentes, que impedem o arrefecimento natural do ambiente. Tudo isto resulta numa pressão acrescida sobre a vegetação seca, criando um cenário propício à deflagração e propagação rápida de incêndios rurais.Temperaturas persistentemente elevadas em Portugal ContinentalA semana entre 29 de julho e 3 de agosto será marcada por tempo estável e muito quente. O céu apresentará geralmente pouca nebulosidade, o vento soprará moderado a forte e a massa de ar quente, de origem africana, permanecerá sobre o território, bloqueada por um anticiclone situado a oeste da Península Ibérica. Esta configuração atmosférica impede a entrada de frentes frias ou de ar marítimo mais fresco e favorece a acumulação de calor nos vales interiores e em áreas urbanas.A terça-feira, 29 de julho, deverá ser o dia mais quente da semana. Está prevista uma subida acentuada das temperaturas mínimas e máximas, com o vento a soprar de leste, o que normalmente contribui para temperaturas mais elevadas até mesmo junto ao mar.Em Lisboa, os termómetros poderão atingir temperaturas próximas dos 40 °C, valor pouco comum na capital, sobretudo em julho. Em áreas do interior centro e sul, como Évora, Santarém, Castelo Branco ou Beja, os valores máximos poderão ser ainda mais elevados. As noites serão tropicais em praticamente todo o país, com mínimas superiores a 20 °C e, em alguns locais, superiores a 25 °C. A conjugação de calor noturno persistente com calor diurno extremo representa um risco adicional para a saúde, particularmente para os idosos, crianças e pessoas com doenças crónicas.Na quarta-feira, 30 de julho, mantém-se o padrão de temperaturas elevadas, mesmo no litoral, com a possibilidade rotação do vento para noroeste. No interior, o calor continuará intenso, com valores ainda perto dos 40 °C em vários distritos. O céu manter-se-á pouco nublado ou limpo e o vento soprará moderado. A sensação de desconforto térmico será mantida devido à fraca amplitude térmica e à ausência de humidade.Temperaturas máximas permanecem elevadas durante a semana, com valores acima dos 35 ºC em grande parte do território. Na quinta-feira, 31 de julho, o padrão meteorológico deverá manter-se. É possível a formação de alguma nebulosidade matinal no litoral oeste, mas que rapidamente dará lugar a céu limpo. O vento poderá soprar com mais intensidade, sobretudo no litoral, vindo de noroeste. No interior, o calor persistirá, com valores muito acima da média climatológica. A água do mar poderá atingir temperaturas próximas dos 20 °C na costa ocidental, proporcionando algum alívio junto à faixa costeira, embora as noites continuem abafadas.E como estará o tempo no final de semana?Na sexta-feira, 1 de agosto, embora com alguma incerteza, existe a possibilidade de uma rotação do vento para nordeste e de uma ligeira descida das temperaturas, particularmente no norte e litoral oeste. No entanto, os valores deverão continuar acima da média para a época do ano, e a previsão aponta para a manutenção de céu pouco nublado e tempo seco. A situação no terreno deverá agravar-se devido à progressiva secagem dos combustíveis finos e acumulados, e o risco de incêndio atingirá níveis críticos em muitas regiões.Para o fim de semana, espera-se a manutenção de um padrão meteorológico similar ao que se sucede durante a semana, com temperaturas máximas a situar-se entre os 32 ºC e os 39 ºC no interior alentejano no sábado. No litoral mantém-se um padrão com anomalias térmicas positivas próximas ou acima dos 10 ºC.Fim de semana também com temperaturas elevadas. As áreas litorais apresentam uma anomalia próxima ou superior aos 10 ºC.Nos arquipélagos, o tempo será mais estável. Nos Açores, prevê-se uma semana com nebulosidade variável, abertas e vento moderado de nordeste. As temperaturas estarão dentro da média e poderá haver uma ligeira descida no final da semana. Na Madeira, espera-se céu pouco nublado, temperaturas ligeiramente acima da média e vento forte a partir de quinta-feira.Enquanto Portugal permanece sob influência de uma onda de calor persistente, a Europa continental enfrenta um contraste térmico marcado: temperaturas anormalmente baixas no centro e leste, e calor extremo na Escandinávia. Esta distribuição deve-se à presença de uma perturbação estacionária sobre os Balcãs, responsável por instabilidade e precipitação localmente intensa.Artigo relacionadoMais uma semana em que Portugal terá as anomalias quentes mais pronunciadas da Europa: Joana Campos explica-lhe porquêCom mais de uma dezena de dias consecutivos de calor acima da média, Portugal atravessa uma das ondas de calor mais prolongadas dos últimos anos. A vigilância deve ser reforçada e a população deve adotar medidas de autoproteção, como a hidratação regular, a permanência em locais frescos e a limitação de exposição solar durante as horas críticas.O IPMA deverá manter os avisos meteorológicos em vigor, com 17 distritos com aviso amarelo devido a tempo quente até pelo menos 31 de julho. Neste momento, apenas o distrito de Faro não apresenta qualquer aviso devido ao calor extremo em Portugal Continental. A evolução desta situação será acompanhada com atenção, dado o seu potencial impacto na saúde, agricultura e segurança do território.

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Cães são bons juízes de caráter? Uma análise científica sobre perceção social canina

Estudo recente analisou se cães conseguem julgar o caráter humano com base em observações sociais. Os resultados indicam que as suas escolhas não refletem avaliação moral ou formação de reputação.Os animais podem formar reputações de indivíduos através de interações diretas ou através da observação de interações com terceiros.Segundo um artigo publicado na EarthSky, a perceção popular de que os cães são excelentes juízes de caráter, sendo capazes de “sentir” se uma pessoa é boa ou má, é amplamente difundida. No entanto, um novo estudo científico publicado em julho de 2025 coloca essa ideia na mesa. Uma equipa de cientistas investigou se os cães domésticos são capazes de formar reputações sobre seres humanos com base em observações indiretas ou em interações diretas relacionadas a comportamentos cooperativos (ou não).Interação humano-animalO estudo foi conduzido com 40 cães de estimação de diferentes idades e raças, que participaram em dois tipos de experiencias.No primeiro, os cães apenas observaram interações entre dois humanos e outro cão. Um dos humanos era generoso, e ia oferecendo petiscos ao cão demonstrador, enquanto o outro permanecia neutro ou não cooperativo.Na segunda experiência, os cães participantes interagiram diretamente com dois humanos, um generoso e outro neutro.O objetivo era avaliar se os cães prefeririam o humano mais cooperativo com base na sua observação ou experiência.Artigo relacionadoSerá que os cães e os gatos sonham? Veja o que a ciência diz!Durante os testes, os investigadores registaram diversos comportamentos dos cães, como a qual humano o cão se aproximava primeiro, tempo gasto próximo a cada pessoa, tentativas de interação física, ou até a escolha do humano ao receber uma oferta de comida.Em ambos os contextos (observação indireta e interação direta), os cães não demonstraram preferência significativa pelo humano generoso. Inteligência nos cães As suas escolhas e comportamentos estavam dentro do esperado por puro acaso (cerca de 50%), indicando que não formaram uma reputação confiável do comportamento dos humanos observados.A investigação incidiu sobre cães de diferentes idades (jovens, adultos e seniores) para avaliar se estes conseguem formar reputações de humanos depois de os observarem a interagir com um co-específico ou através de interações diretas numa situação de oferta de alimentos.Esses resultados alinham-se a estudos anteriores realizados no Wolf Science Center, na Áustria, onde nem cães que vivem em matilha, nem lobos demonstraram capacidade de formar reputações após observarem humanos a interagirem com terceiros.Isso sugere que, ao contrário dos humanos e de algumas espécies de primatas, a formação de reputação com base na observação social pode não ser uma característica desenvolvida nos cães ou nos canídeos em geral."Embora os cães sejam altamente sensíveis a sinais humanos (como gestos, expressões faciais e entonação de voz), essa sensibilidade não equivale à capacidade de julgar caráter no sentido humano — ou seja, distinguir pessoas boas de más com base em observações morais ou sociais." Hoi-Lam Jim, autora do estudoDesta forma os cientistas afirmam que os cães são intuitivos e podem identificar automaticamente pessoas confiáveis.A ciência sugere que as reações caninas são mais influenciadas por estímulos imediatos, como tons de voz, linguagem corporal, cheiro ou recompensas anteriores, do que por julgamentos morais ou sociais complexos.Artigo relacionadoPorque é que tratamos os nossos cães como filhos? Segundo a ciência, a culpa é de 40.000 anos de evoluçãoAinda assim, os investigadores reconhecem limitações no estudo. Os cães avaliados eram animais de estimação e viviam em ambientes domésticos.Assim, a generalização dos resultados para cães de trabalho, cães de rua ou cães de diferentes culturas humanas ainda requer investigação.Também é possível que outras variáveis, como tempo de exposição, contexto emocional ou tipo de tarefa, possam influenciar a capacidade de um cão formar impressões duradouras sobre humanos.Referência da notíciaJim, HL., Belfiore, K., Martinelli, E.B. et al. "Do dogs form reputations of humans? No effect of age after indirect and direct experience in a food-giving situation." Anim Cogn (2025).

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Foi descoberto um novo corpo celeste na orla do nosso sistema solar. Estará a teoria do misterioso Planeta 9 em perigo?

Os astrónomos descobriram um objeto com 300 km de diâmetro nos confins do nosso sistema solar. A sua órbita bastante invulgar poderá pôr em causa a existência do famoso Planeta 9.O objeto celeste descoberto no limite do nosso sistema solar tem um diâmetro de cerca de 300 km, o que pode ser demasiado pequeno para ser considerado um planeta anão.Os astrónomos japoneses descobriram um novo corpo celeste no nosso sistema solar. Embora a descoberta em si não seja excecional, pode fornecer pistas sobre a existência do misterioso Planeta 9.O estranho objeto 2023 KQ14Em meados de julho, uma equipa de astrónomos anunciou a observação de um “sednoide”, tornando-o o quarto exemplo conhecido deste tipo raro de objeto celeste. Chama-se sednoide porque orbita perto do objeto trans-Neptuniano Sedna, que tem cerca de 1000 km de diâmetro e pode ser considerado um planeta anão.O corpo celeste foi descoberto no âmbito do projeto FOSSIL (Formation of the Outer Solar System: An Icy Legacy), utilizando o amplo campo de visão do Telescópio Subaru.Foi observado pela primeira vez em março, maio e agosto de 2023, e novamente em julho de 2024 usando o Telescópio Canadá-França-Havai. Uma análise minuciosa dos dados históricos também permitiu aos astrónomos traçar a sua órbita ao longo dos últimos 19 anos.Este objeto distante foi designado por 2023 KQ14, embora o Minor Planet Center possa vir a dar-lhe um novo nome mais tarde. Os investigadores que o descobriram apelidaram-no provisoriamente de “Amonite”. Com cerca de 300 km de diâmetro, não se sabe se é suficientemente maciço para ser esférico - e, portanto, ser considerado um planeta anão. Super interesting!A few days ago, a research team announced the discovery of a fascinating trans-Neptunian object, 2023 KQ14, nicknamed "Ammonite", thanks to the FOSSIL II project with the Subaru Telescope, during the first year observations (2023).Follow-up observations in pic.twitter.com/XxcuCIdDOq— Nereide (@Nereide) July 19, 2025De acordo com observações e cálculos, a Amonite tem uma órbita altamente excêntrica e está atualmente no seu periélio - o ponto mais próximo do Sol. No entanto, este periélio está 71 vezes mais longe do Sol do que a Terra, o que realça a sua órbita extrema. Ainda mais intrigante, a natureza desta órbita pode esclarecer a existência do Planeta 9. E a teoria do Planeta 9?Plutão é o planeta anão mais famoso. Localizado na periferia do nosso sistema solar, a cerca de 5,9 mil milhões de quilómetros do Sol, tem uma inclinação orbital diferente da dos oito planetas oficiais. Isto também é verdade para muitos objectos trans-Neptunianos conhecidos - corpos localizados para lá da órbita de Neptuno (como os sednoides).Uma das hipóteses mais aceites para explicar estas órbitas invulgares é a de que existe um planeta maciço nos confins do sistema solar. A sua gravidade influenciaria as órbitas dos corpos trans-Neptunianos. Desde que esta hipótese foi proposta, muitos astrónomos têm tentado localizar o esquivo Planeta 9. A newly discovered transNeptunian object, nicknamed Ammonite, measuring roughly 380km across has been identified far out in our solar system. Its size places it in the mesodwarf planet category. This object stands out not only for its dimensions but also for its pic.twitter.com/ge6x8UVcg1— Erika  (@ExploreCosmos_) July 16, 2025De acordo com simulações numéricas, a Amonite manteve uma órbita estável durante pelo menos 4,5 mil milhões de anos, embora seja diferente das órbitas dos outros três sednoides conhecidos. Embora os modelos sugiram que as suas órbitas eram semelhantes há 4,2 mil milhões de anos, algo pode ter perturbado a trajetória da Amonite.Este desvio sugere que o sistema solar exterior é mais diverso e complexo do que se pensava. Também levanta questões sobre a teoria do Planeta 9 - ou pelo menos a ideia de que ainda orbita o Sol atualmente. Artigo relacionadoUm grupo de astrónomos encontra novas evidências da possível existência do misterioso Planeta 9 no sistema solarNa verdade, de acordo com o Dr. Yukun Huang do Observatório Astronómico Nacional do Japão, o facto de a órbita de Ammonite não se alinhar com a dos outros sednoides diminui as hipóteses de o Planeta 9 existir. A sua teoria é que o Planeta 9 pode ter existido num passado distante, mas foi ejetado do sistema solar por um grande evento, deixando para trás as órbitas invulgares que observamos hoje. Referência da notícia:Chen, YT., Lykawka, P.S., Huang, Y. et al. Discovery and dynamics of a Sedna-like object with a perihelion of 66 au. Nat Astron (2025). https://doi.org/10.1038/s41550-025-02595-7

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O modelo de previsão mais fiável avisa: o calor intenso não abandonará Portugal pelo menos até esta data

Portugal continua a ser o último reduto do calor intenso na Europa. Os mapas do modelo de referência da Meteored insistem que o tempo quente se irá manter, pelo menos, até este dia. Eis a previsão completa!A última semana de julho, que compreenderá também os primeiros dias de agosto, arrancou nesta segunda-feira, 28 de julho, com um estado do tempo bastante estável, soalheiro e com temperaturas a excederem os valores típicos da época estival, especialmente nas regiões costeiras. Nas regiões do interior, estão relativamente dentro do normal para a época do ano, ou ligeiramente acima.A persistência de valores elevados de temperatura máxima levou o IPMA a ativar o aviso amarelo para praticamente toda a geografia do Continente.Dos 18 distritos de Portugal continental, 17 estarão sob aviso amarelo, pelo menos, até às 06:00 da manhã da próxima quinta-feira, 31 de julho. Porém, as previsões do modelo ECMWF sugerem que o calor poderá arrastar-se por mais dias, pelo que a extensão de aviso amarelo por parte do IPMA é uma possibilidade bem realista.Calor intenso em Portugal, mas Europa coberta de anomalias térmicas negativas. Porquê?A combinação do anticiclone dos Açores, completamente 'estacionado' a oeste da nossa geografia, com a depressão térmica e com os ventos quentes e secos que soprarão frequentemente do quadrante Leste, fará com que o calor fique aprisionado na nossa geografia.Diferentemente do continente Europeu, apenas Portugal continental e algumas regiões da Espanha peninsular registarão anomalias térmicas positivas acentuadas na semana que assinala a transição de julho para agosto, isto é, temperaturas substancialmente acima da média climatológica de referência.O impressionante contraste térmico entre Portugal continental e o resto da Europa. Preveem-se temperaturas até 15 ºC acima da média nalgumas zonas do nosso país e anomalias térmicas negativas em praticamente todo o continente Europeu.Portugal será praticamente o único país europeu que, devido à latitude, orografia e atmosfera, escapará à parte descendente da corrente de jato polar, que é o elemento responsável por causar tempo fresco e até mesmo chuvoso por grande parte da Europa.Uma massa de ar polar, aliado a centros de baixas pressões, provocará o tempo invulgarmente fresco e anormalmente chuvoso para o verão nos restantes países europeus. Deste modo, a exceção será mesmo Portugal que, de acordo com os principais modelos de previsão, continuará sob a égide do anticiclone e a registar um estado do tempo bastante quente e seco. Resta perceber até quando.Prevê-se que o tempo quente dure, pelo menos, até esta dataSegundo os mapas de referência do modelo de confiança (ECMWF) utilizado pela nossa equipa aqui na Meteored, pelo menos até sábado, 2 de agosto, as temperaturas continuarão a exibir valores elevados, persistentemente acima do que é habitual para o verão. Não é expectável que as máximas registem oscilações significativas ao longo desta semana, o que converge com o carácter estacionário da depressão térmica e do anticiclone.Ao longo dos próximos dias preveem-se temperaturas máximas entre 35 e 40 ºC na Beira Baixa (distrito de Castelo Branco), Ribatejo (distrito de Santarém), Alentejo (distritos de Portalegre, Évora e Beja), algumas zonas do Algarve (Sotavento - distrito de Faro) e alguns locais do distrito de Coimbra, bem como também mais a norte, em zonas do vale do Douro.Nos próximos dias algumas zonas do nosso país poderão atingir temperaturas máximas de 40 ºC.Na faixa litoral das Regiões Norte, Centro, Oeste, Alentejo Litoral e Barlavento Algarvio, esperam-se temperaturas máximas de muito contraste, desde 18 até 30 ºC.No interior de alguns distritos do Noroeste de Portugal continental, as máximas poderão ascender até 35/36 ºC ou até mesmo ultrapassar este patamar, rivalizando com os 40 ºC que se preveem para algumas localidades dos vales do Tejo e Guadiana.Artigo relacionadoMais uma semana em que Portugal terá as anomalias quentes mais pronunciadas da Europa: Joana Campos explica-lhe porquêAs zonas montanhosas do interior Norte e Centro registarão máximas ligeiramente mais baixas fruto da altitude, pelo que os valores de temperatura máxima oscilarão entre 25 e 32 ºC nesta semana.

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“Investimento em Regadio: O que há de novo?”. Debate em Santarém na feira AGROGLOBAL a 10 de setembro

A FENAREG – Federação Nacional de Regantes de Portugal organiza a 10 de setembro, em Santarém, em parceria com a consultora AGROGES e a sociedade Vieira de Almeida, um debate sobre o regadio e as perspetivas de investimento no quadro do futuro orçamento da Política Agrícola Comum (PAC).A estratégia "Água que Une" prevê um investimento de cerca de 5000 milhões de euros até 2030 e visa responder aos desafios da seca, cheias e alterações climáticas.“Investimento em Regadio: O que há de novo?” é o tema do debate que está a ser organizado pela Federação Nacional de Regantes de Portugal (FENAREG) e que ter lugar no próximo dia 10 de setembro, da parte da manhã, em Santarém, durante a feira AGROGLOBAL, no Auditório Armando Sevinate Pinto.O debate tem como objetivo criar uma plataforma de reflexão e diálogo sobre os desafios e oportunidades que se colocam ao investimento em regadio em Portugal, tendo em conta a estratégia "Água que Une", o plano do Governo português para garantir a segurança hídrica do país nos próximos 15 anos.Esta estratégia do Governo, que foi apresentada ao país em março último, ainda na anterior legislatura, pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, e pelo ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, prevê um investimento de cerca de 5000 milhões de euros até 2030 e visa responder aos desafios da seca, cheias e alterações climáticas.O debate “Investimento em Regadio: O que há de novo?” que ter lugar em Santarém visa igualmente perspetivar as mais recentes novidades no âmbito do regadio.O debate “Investimento em Regadio: O que há de novo?” via igualmente perspetivar as mais recentes novidades no âmbito do regadio, num momento em que a sustentabilidade, a eficiência hídrica e o financiamento ganham uma nova centralidade.Isto, num momento em que a sustentabilidade, a eficiência hídrica e o financiamento ganham uma nova centralidade no debate agrícola nacional e europeu, nomeadamente no contexto da nova Política Agrícola Comum - PAC.Orçamento UE 2028-2034 com cortes na PACNo dia 18 de julho, a Comissão Europeia apresentou aos Estados-membros as primeiras propostas para o Quadro Financeiro Plurianual, o orçamento da União Europeia (UE) para 2028-2034.Artigo relacionado“Portugal não tem falta de água". "Não está é a geri-la como deve ser”, conclui o Congresso da Rega e Drenagem No que respeita à agricultura e à floresta, ou seja, a produção de alimentos, a verba disponível deverá ficar-se pelos 300 mil milhões de euros, quando, em termos reais e para acompanhar aos valores da inflação o atual orçamento, deveria situar-se nos 480 mil milhões de euros. O corte previsto é, pois, de perto de 38%.O presidente da FENAREG explica, através de comunicado, que “esta iniciativa nasce dos novos cenários que estamos a viver e reflete a preocupação do setor e a atenção que é necessário dar ao tema dos investimentos, que estão no começo de um novo ciclo que se pauta pela conjuntura de crescente preocupação com a segurança alimentar, a gestão sustentável da água e o impacto das alterações climáticas”.José Núncio não tem dúvidas de que “o investimento em regadio assume um papel estratégico para o desenvolvimento agrícola e territorial em Portugal e na União Europeia” e que este é “um momento que exige reflexão e decisões estratégicas que poderão marcar de forma indelével as próximas décadas”.O presidente da FENAREG, José Núncio, não tem dúvidas de que “o investimento em regadio assume um papel estratégico para o desenvolvimento agrícola e territorial em Portugal e na União Europeia”.O presidente da FENAREG explica ainda que a modernização das infraestruturas existentes, a criação de novos perímetros de rega, os modelos de financiamento, a estratégia “Água Que Une”, os fundos de financiamento e o novo pacote orçamental para a PAC, assim como a Estratégia de Resiliência Hídrica Europeia e a regulação ambiental “são hoje temas incontornáveis para o setor e pilares estruturantes do futuro da agricultura a nível nacional e na UE”.Ao mesmo tempo, diz José Núncio, a aplicação de fundos europeus, o papel do setor privado e as exigências legais e técnicas “colocam novos desafios e oportunidades a todos os intervenientes da cadeia agrícola, desde os produtores aos decisores públicos, passando por empresas, consultores e juristas”. E são todos esses temas que irão estar em debate no dia 10 de setembro, a partir das 10h00, na feira AGROGLOBAL, de Santarém.A FENAREG – Federação Nacional de Regantes de Portugal, a consultora AGROGES e a sociedade de advogados Vieira de Almeida conta, para o efeito, com um painel de debate alargado, em que participarão os representantes de diversas entidades de relevo no setor.FENAREG agrega 37 associadosA FENAREG – Federação Nacional de Regantes de Portugal foi fundada em 2005, com a missão de defender e promover o desenvolvimento sustentado e a competitividade do regadio. Artigo relacionadoDebater a gestão da água na época das chuvas. Alcobaça acolhe Congresso Nacional de Rega e DrenagemEsta Federação representa o sector do regadio a nível nacional nas instituições nacionais e internacionais e agrega 37 associados que representam mais de 28 mil agricultores regantes, que significam mais de 98% do regadio organizado nacional.A AGROGES é uma empresa de consultoria que opera nos setores agrícola, florestal, agroalimentar e mar, fundada em 1989. Conta atualmente com 23 colaboradores, dos quais três são doutorados.

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