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Campanha “Neste Natal Compre + Local” regressa para dinamizar o comércio local

“Não alteramos muita coisa face ao que acontecia nos anos anteriores. Vamos manter o plano para já. Queremos avaliar com o comércio local onde podemos melhorar.  Queremos que as pessoas que venham cá participar nas nossas iniciativas natalícias e acabem por efetuar compras no comércio local”, afirma o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Luís Filipe Araújo.  Para participar basta efetuar compras de valor igual ou superior a 24€, em qualquer um dos estabelecimentos aderentes, e registar as faturas com o número de contribuinte em compremaislocal.pt. A cada compra, será atribuído um número de participação, que aumenta conforme o valor da fatura:  Para faturas no valor de 24,00€ a 47,99€: efetue 1 registo e ser-lhe-á atribuído 1 número de participação; para faturas no valor de 48,00€ a 71,99€: efetue 2 registos e ser-lhe-ão atribuídos 2 números de participação e para faturas no valor igual ou superior a 72€: efetue 3 registos e ser-lhe-ão atribuídos 3 números de participação.  Estes montantes podem corresponder a uma só fatura ou resultar da acumulação de, no máximo, três faturas da mesma loja aderente. Uma fatura só pode ser registada num único sorteio. Os consumidores habilitam-se semanalmente a uma oferta, no valor entre 35 e 250 euros, sendo atribuídas 90 ofertas por semana. Esta campanha visa não só apoiar diretamente o comércio de Gondomar, como também fortalecer o espírito de proximidade na comunidade nesta época festiva.  Com esta iniciativa, o Município reafirma o seu compromisso com uma economia próxima, dinâmica e fortalecendo a ligação entre comerciantes e consumidores durante a época natalícia sustentável durante a quadra natalícia. Participe e ajude a revitalizar o comércio local, enquanto se habilita a ganhar prémios semanalmente. O presidente da Câmara, alerta também para as iniciativas que irão ocorrer no Parque Urbano de Gondomar, com um mercadinho de Natal, workshops, pista de gelo, bem como a atuação de grupos corais, peças de teatro, hora do conto. Estes momentos irão ocorrer em tendas montadas no centro do concelho.

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Meggy a primeira cadeira de cinotécnica em São Pedro da Cova

Meggy foi adotada por Cláudio em março de 2011 e desde 2012 passou a ser um elemento ativo da equipa cinotécnica da corporação. “Foi um sonho de criança. Tiramos a formação em Óbidos e começamos com uma cadela velhinha que se chamava Luísa, que foi cedida para experimentarmos este novo método de trabalho. A equipa de Óbidos cedeu-me a Meggy, que é o símbolo do sistema cinotécnico veio com 10 meses para a equipa”, conta Claúdio Pinto.  “Fez várias missões de busca e salvamento. Foi à Guarda, a Tondela e a Monção, por exemplo, e conseguiu realizar duas missões com sucesso e resgate de vítima. Também participou em várias ações de sensibilização”, descreve.  Normalmente quando os cães são mais novos são utilizados para correr área e a área que eles mostrem algum interesse é revista pelos cães mais velhos devido à experiência que já adquiriram anteriormente, que foi o caso da Meggy à medida que a idade avançava. Tornou-se um cão de confirmação.  “A Meggy arrancou sorrisos a idosos, crianças, inclusive fomos a um berçário, passou um dia com eles, e era extremamente cuidadosa. Quando se tratava da população mais sensível ela já tinha um tato diferenciador e tratava-as de forma diferente, também, mais cuidadosa.  Foi uma companheira de trabalho para todos, foi a minha primeira cadela de busca e salvamento, que dava sem dúvida a vida por ela. A Meggy era a minha companhia éramos uma equipa”, recorda. Conquistou o coração de todos e, mesmo depois de deixar o ativo, em 2020, devido a um cancro na língua, continuou a inspirar. A luta contra a doença foi difícil, sempre acompanhada por Cláudio e pela mulher, também bombeira. Uma luta que acabou. Meggy fez o último passeio pelo quartel que tão bem conhecia e foi ao sanatório despedir-se do local onde treinava diariamente. “Era muito acarinhada por todos, foi um dia emotivo”.  A corporação já tem uma nova cadela: a Ellie, para dar continuidade à cinotécnica, com o propósito de continuar o legado da Meggy.

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Bombeiros de Melres e Medas assinam protocolos de vigilância para a época dos incêndios

A REN e os Bombeiros Voluntários em parceria reforçam a prevenção e a vigilância florestal na Tapada do Outeiro, após a assinatura de um protocolo de colaboração para os próximos cinco anos (2025-2029). O propósito é reforçar a prevenção, a vigilância e a capacidade de resposta aos incêndios florestais na propriedade afeta à antiga Central da Tapada do Outeiro, no concelho de Gondomar. Entre os meses de maio e outubro, aquela região será vigiada por uma Equipa de Prevenção e Vigilância (EPV), composta por três operacionais qualificados.  O protocolo irá permitir que, no período mais crítico dos incêndios rurais, esta EPV, devidamente equipada com os meios técnicos adequados para garantir uma resposta rápida e eficaz em caso de incêndio florestal, esteja em permanência no terreno. Ainda no âmbito deste protocolo, a REN vai doar uma viatura todo-o-terreno (4x4) totalmente equipada para apoiar os trabalhos da EPV. Esta viatura vai permitir uma cobertura mais eficiente da área florestal envolvente à antiga Central da Tapada do Outeiro. Para o Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Melres, José Andrade, “este protocolo representa um passo importante não só para os Bombeiros Voluntários de Melres, pois valoriza o trabalho dos nossos operacionais, mas sobretudo para a proteção da Tapada do Outeiro e da nossa área operacional. A doação da viatura por parte da REN é um contributo essencial para reforçar a nossa capacidade de vigilância e de resposta, permitindo-nos atuar com maior eficácia e segurança. Esta parceria apresenta-se ainda como uma importante solução para o futuro da operacionalidade das Associações Humanitárias dos Bombeiros Voluntários no território Nacional”. Com 66% das suas linhas elétricas e gasodutos inseridos em espaços rurais, nos últimos cinco anos a REN fez a gestão e limpeza de mais de 50 mil hectares. Este trabalho é realizado em terrenos que não pertencem à REN, o que implica um contacto com os proprietários antes de qualquer intervenção. Neste trabalho de prevenção, só no ano de 2024, foram contactados mais de 36 mil proprietários. Desde 2020, e durante toda a época de incêndios, a REN tem em operação seis equipas de prevenção e vigilância, disponíveis 24 horas/dia, 7 dias por semana. Estas equipas dispõem de meios que lhes permitem realizar uma primeira intervenção no combate a focos de incêndio. Desde 2009, a REN atribuiu, mais de 100 veículos a várias instituições, entre corporações de bombeiros e equipas de prevenção de incêndios das autarquias. Para o presidente da União de Freguesias de Melres e Medas, José Paiva, esta colaboração é de extrema importância. “É sempre importante. Os bombeiros têm sempre lacunas, a Tapada do Outeiro tem uma grande área territorial que nos meses de verão ficava a descoberto e era uma zona critica. Este protocolo faz com que os bombeiros estejam em permanência durante meio ano, de Abril a Outubro, a vigiar o território. Além desta colaboração, a TurboGás cedeu, também, uma viatura de transporte para os doentes. Dá-me muito conforto saber que temos uma corporação de bombeiros na nossa freguesia. Os bombeiros passaram uma fase complicada, mas agora está tudo a funcionar em pleno, e a Câmara Municipal de Gondomar com a recuperação do Pavilhão Desportivo dos bombeiros deu-lhes ali outra polivalência ao serviço da população”.

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Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres: Pavilhão renovado e dois vencedores da Taça da Europa

Para o presidente do clube Jorge Carriço já era uma mudança necessária. “Quando entramos para o clube há três anos e meio, identificamos um problema no Hóquei em Patins, mais até que na patinagem, a dificuldade em atrair jovens para a prática da modalidade. Os que conseguíamos que fizessem parte do clube tínhamos dificuldade em mantê-los. Acredito que as instalações era um dos motivos para que os jovens não quisessem fazer parte do nosso clube”.    O presidente acredita que se não fosse possível mudar as alterações que iria começar a ser difícil manter o clube em funcionamento.  “Éramos o único pavilhão com pavimento e tabelas em cimento, bem como as dimensões eram reduzidas. É totalmente diferente treinar em madeira que em cimento. Os atletas estão a adaptar-se bem e a melhorar consecutivamente neste novo piso em madeira”.  As obras começaram pelo telhado, com as caleiras e alguns acertos, seguiram-se as mudanças nos balneários. “Este ano mudamos o piso para ficar em madeira, que vai trazer mais atletas, melhorar a sua qualidade, permite ter equipas mais competitivas e acredito que os resultados também vão começar a aparecer.  As portas também vão ser alteradas, as saídas de emergência são antigas, os portões são em ferro, aos poucos vamos alterar as infraestruturas”, afirma o presidente e acrescenta que “temos mais 100 anos de história, já estivemos na segunda e na primeira divisão, acredito que estas alterações e mudanças no pavilhão nos permita alcançar novamente esses lugares e alcançar ainda mais títulos. Recentemente temos dois atletas de patinagem que conquistaram a taça da europa, ainda com as condições que tínhamos anteriormente”.    Para Leonor Oliveira, uma das vencedoras da taça da europa, “é um grande orgulho ter conquistado este título. Treinamos ao máximo para que isto fosse possível. Também, é, sem dúvida, um sinal que evoluímos e conseguimos conquistar os nossos objetivos. As obras no pavilhão estão a ser fundamentais para o nosso desenvolvimento porque conseguimos treinar num espaço similar ao da competição”.  Santiago Barqueira afirma que “vencer a Taça da Europa foi muito especial. Todas as provas em que representamos o nosso clube e o nosso país são uma forma de crescermos e desenvolvermos enquanto par de dança. Depois de termos participado no nosso primeiro campeonato da Europa, a nossa ambição era terminar a época da melhor forma possível. Estamos muito felizes com esta conquista e gratos a todos os que nos apoiam e acompanham diariamente nesta jornada”. A curto prazo, o Grupo Desportivo, pretende cativar mais atletas, para o Hóquei em Patins e para a patinagem de modo a darem continuidade. “Temos 15 atletas nas escolinhas, nós queremos ter 20 a 30 atletas. Faltam-nos as camadas mais jovens para preencher os escalões.  Queremos agradecer à Câmara Municipal de Gondomar, que sem eles não era possível estas obras. Tanto o Vereador do Desporto, José Fernando Moreira, como o Presidente da Câmara, Luís Filipe Araújo, mostraram-se logo disponíveis para as alterações ao pavilhão. O nosso muito obrigado”.

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“Não adianta viver mais anos, uma vida mais longa, se os últimos anos forem vividos com má qualidade”

Completou no presente 75 anos de vida. Que reflexões faz sobre este feito e como gosta de celebrar a vida? Gosto de celebrar a vida com novos projetos, pensando muito mais para a frente do que para trás, embora naturalmente quando se tem a sorte de chegar a uma certa idade – porque é uma sorte! – lidamos também com as memórias daqueles que já cá não estão e de algumas coisas que passaram. Procuro fazê-lo sem demasiada nostalgia e olhando para as muitas coisas que ainda quero fazer. Projetando então o seu futuro, o que gostaria ainda de realizar e como pensa fazê-lo concretamente? No fundo, quais os sonhos pessoais e profissionais que pretende concretizar? Sonhos pessoais são algumas viagens que ainda não consegui fazer, como ao Japão e à Austrália. São destinos que desejo muito ir, são de algum fôlego a todos os níveis. Ainda não foi possível concretizá-los, mas espero vir a realizá-los. Aquilo que tenciono fazer profissionalmente é continuar a escrever, embora não sobre os mesmos temas. Tenho escrito nos últimos anos sobretudo sobre saúde, agora tenho outros projetos. Mas passam pela escrita. Com o que a vida lhe deu e com o que dela aprendeu, teria decidido diferente e terminaria o curso da Faculdade de Medicina? Ou o desejo de atriz de teatro sobrepor-se-ia ao de ser médica? Qualquer uma das duas coisas me daria grande prazer! Tive a sorte de, recentemente, poder continuar um sonho que tinha ficado pelo início – o de ser atriz – e de estar atualmente a fazer uma peça de teatro, esta que vou fazer ao Porto no dia 13 de dezembro. «As Cartas de Amor» é uma peça muito interessante, que faço com o ator Virgílio Castelo, e que ainda vai continuar em tournée em 2026. É uma peça intemporal. Quanto ao curso de Medicina, já não vou a tempo com certeza de o acabar. (risos) Mas não tenho dúvida que me teria dado muita satisfação ser psiquiatra: sempre foi esse o meu interesse na medicina. Nunca me passou pela cabeça outra especialidade que não essa ligada à saúde mental. Porém, só se tem uma vida e não consegui fazer tudo. (risos) Como referiu, esta semana apresenta-se no Porto com a peça «Cartas de Amor». De que se trata e quais as mensagens ou lições principais inerentes que quer passar? Esta é uma história de amor através da qual desfila a vida dos dois personagens em cena, durante 60 anos. Eles começam a contar a sua história quando tinham 8 anos, em que andavam na Escola Primária, onde se conhecem. Depois, estão presentes na vida um do outro, até que a morte os separa, num cruzamento que não é linear. Feito de encontros e de desencontros, de projetos feitos em comum e outros feitos em separado, mas a profunda ligação entre eles mantém-se toda a vida. Eles são dois americanos. Ela uma artista não muito bem-sucedida, uma pintora; ele, que começa por formar-se em advocacia, muda-se depois para a política e torna-se congressista dos EUA. Isso coloca-lhe uma série de problemas em relação à compatibilidade da vida pública e da privada, tema sempre atual. É uma peça interessante e, também, inesperada pela forma como é narrada. Hoje em dia, com tantas formas de viver o amor, que se dizem amor, nem todas o serão verdadeiramente, perante um tempo e reações humanas que atropelam o amor na sua essência. O que lhe parece e acrescenta a esta tese? De facto, há muitas formas de viver o amor e, tal como na peça citada, há obstáculos que fazem com que nem sempre se esteja junto e reunido. Constatando na sua pergunta outros atropelos do amor, pode-se falar das violências como a doméstica, que sempre existiu. Hoje em dia é denunciada, porque constituiu-se como um crime público, por isso sabemos de tantos casos. Mas não acredito que hoje haja mais casos do que antes. Há demasiados! E um só femicídio já seria demasiado. Ao denunciar-se alerta-se para o problema, e isso é bom. Há, realmente, coisas que nos deixam muito preocupados, como por exemplo o facto da violência doméstica aparecer logo no namoro. E não ter sido logo denunciada, sabendo-se que é tão errada e tão absolutamente abominável. Como é que continua a existir e, ainda para mais, nos jovens?! Que deviam estar reunidos, como diz, por outros valores assentes no amor verdadeiro. O ser humano é feito de enormes contradições. Diz que quer a paz, mas temos a guerra tão perto de nós. Isto tem a ver com as enormes contradições do ser humano e com um tempo em que as pessoas estão viradas para si mesmas com egoísmo. Fala-se, como nunca, do «autocuidado». Há publicidade de marcas cujo lema é “porque eu mereço”. Ou seja, as pessoas estão voltadas ainda mais para a sua individualidade. A História recente ensina-nos que é global e que estamos todos dependentes uns dos outros. Portanto, são as contradições que a espécie humana sempre se defrontou, agora com novas formas. Ora foi na televisão que começou por se evidenciar. Do que se recorda e o que destaca da sua experiência vivida na RTP antes e depois do 25 de Abril?  Antes do 25 de Abril – já que entrei em 1/01/1973 – eu era apenas locutora, embora já tivesse realizado algumas entrevistas a pedido de alguns realizadores, sobre cultura. Antes da Revolução, a RTP tinha muitos programas culturais: o magazine de artes plásticas, o magazine de cinema, o magazine de teatro, o magazine literário, etc. Eu normalmente participava nesses programas, o que foi bom, porque deu-me mais contacto com esse meio que é algo que sempre me interessou. Portanto, antes do 25 de Abril eu não era jornalista, porque como toda a gente sabe havia censura em todo o lado. Só me tornei jornalista, depois de ser locutora, após o 25 de Abril. Esse feito torna-se assim marcante na minha vida e na minha carreira. Como jornalista, tive a sorte e o prazer de poder trabalhar em liberdade e com total liberdade de opinião e expressão. Isso foi fantástico! A par da carreira televisiva, também foi assessora de imprensa de Maria de Lourdes Pintasilgo. Como descreve essa sua função e como foi trabalhar com aquela que foi a única mulher primeira-ministra em Portugal? Para mim não foi grande surpresa, porque eu já era amiga dela. Conheci-a quando era estudante de liceu, quando tinha 13-14 anos, porque colaborava em algumas atividades do movimento católico a que ela pertencia, o Graal, e que ela trouxe para Portugal. Continuei a participar em muitos encontros do Graal, sobretudo nas férias escolares, nomeadamente em campanhas de alfabetização, a título gratuito e junto das camadas mais desfavorecidas. Uma que me recordo, em que estive mais envolvida, foi a que se realizou nas fábricas de conservas do Algarve, tanto na Fuzeta como em Olhão. Essa foi uma experiência muito positiva, em que demos algo que sabíamos – ler e escrever – às operárias que não o sabiam. Esta partilha foi muito importante para mim e que pautou toda a minha vida. Temos de ter esta dimensão que podemos contribuir, por pouco que seja, para melhorar a vida dos outros. Seja a nível financeiro seja a nível intelectual. Esta é uma dimensão fundamental, a da solidariedade. Eu já tinha, portanto, esse contacto com a Eng.ª Maria de Lourdes Pintasilgo e que continuei como sua assessora de imprensa, sendo então a única com essa função. Pois era um tempo em que função ainda não era norma, eram poucos os existentes na sociedade. Contudo, eu retenho mais a minha ligação a ela através das atividades que fizemos juntas no Graal, do que por essa atividade na política. Exerceu, igualmente, a diplomacia ao ser conselheira nas Embaixadas de Portugal em Madrid e, depois, em Londres. Olhando à época e à atualidade dessa missão, como estamos diplomaticamente pelo mundo? Convém referir que em Londres fui conselheira cultural de 2004 a 2006, portanto já lá vão 19 anos em que saí. Eu era equiparada a diplomata, mas as minhas funções eram técnicas, de conselheira. Primeiro, em Madrid, era conselheira de imprensa. A minha função era fazer melhorar a imagem de Portugal junto dos órgãos de comunicação social espanhóis e, depois, dando a conhecer as atividades culturais do nosso país em Londres. Algo que me penalizou bastante é que não tínhamos – e penso que continuamos a não ter – muitos meios, sobretudo financeiros, para podermos promover a nossa cultura no estrangeiro, como seria desejável. Independentemente da nossa diplomacia, que procura apoiar, há uma enorme massa associativa de portugueses nos países onde se encontram a viver e a trabalhar. Esse cimento é, sem dúvida alguma, o mais interessante. Foi, ainda, deputada na Assembleia da República. Quase 25 anos depois, manteria as suas posições de então? Porquê? Fui deputada a convite do Dr. Durão Barroso, que me pareceu que tinha um projeto interessante para Portugal. Infelizmente, ele esteve pouco tempo como primeiro-ministro e, ao partir para Bruxelas, não teve ocasião de lançar esse seu projeto. Para mim, sinceramente, o ser deputada no Parlamento foi das experiências profissionais menos interessantes que tive! Isto porque fui deputada independente e, de um modo geral, os partidos políticos detestam deputados independentes. Se puderem, até, não lhes facilitam nada a vida! Tive muito pouca possibilidade de dar o meu contributo, que não era pedido tanto como eu desejaria, e esse período foi bastante frustrante, para dizer a verdade. E não foi apenas na sua ala, mais à Direita. Recordo-me que, numa ala mais à Esquerda, houve uma outra deputada independente, a Dr.ª Matilde de Sousa Franco e a convite do PS, que enquanto tal teve uma tarefa muito complicada… Ou, se quisermos outro exemplo nessa bancada parlamentar, o Vicente Jorge Silva, que foi deputado independente ao mesmo tempo que eu. E que também não conseguiu fazer nada, porque não nos deixavam. Os partidos estão completamente monopolizados pelos militantes antigos e que internamente vão subindo nos seus diversos patamares, o que é legítimo. Mas, depois, os presidentes dos partidos ou os secretários-gerais convidam pessoas com atividade pública, da Sociedade Civil – como se diz –, pensando que isso é um contributo positivo e justamente que não vão só a pensar na sua carreira, para trazer outra abertura de pensamento. A verdade é que os partidos não gostam desses convites. A coexistência entre os deputados independentes e os deputados que já estavam dentro do partido é muito difícil e muito frustrante. Em termos de saúde, é público que tem fibromialgia, tendo, inclusive, o seu livro «Viver com Fibromialgia». Como é lidar com este diagnóstico e que ensinamentos deixa com essa publicação? O ter tornado público que sofria de fibromialgia, e coincidentemente na mesma altura em que a Dr.ª Margarida Durão Barroso também o fez, foi algo que mudou a minha vida para sempre. E ter o apoio da mulher do primeiro-ministro foi importante. Não há praticamente dia em que eu não encontre alguém que se dirija a mim por causa da fibromialgia. É algo que me acompanha, não só porque sou doente, mas também porque as pessoas me associam a ela. Basta o facto de ser uma doença desconhecida, de não se saber a causa da mesma e, assim sendo, não poder ter cura. Portanto, as pessoas estão sempre ansiosas em partilhar as estratégias e as dicas de como viver melhor com fibromialgia. É, igualmente, um pouco frustrante, porque não há muito a fazer. É preciso ter muita paciência e saber viver com ela! Mais uma vez, este é um modo que me faz sentir solidária, não só com as pessoas que sofrem da mesma doença, que – como é sabido – provoca bastante dor e muito continuada, como de outras doenças em que está envolvido o sofrimento. É algo desagradável, porque é uma doença, mas que me aproximou muito das outras pessoas, por ser sensível à dor humana. A fibromialgia atinge sobretudo as mulheres – 90% dos casos são femininos – e constantemente eu percebo, até pelo olhar, que uma mulher vem ter comigo para me falar disto. É algo que acontece diariamente!  Essa situação aborrece-lhe, pelo facto de ser figura pública? Não, de todo. Isto não me custa fazer, porque me sinto útil. Até porque é uma doença que pouco se sabe sobre ela. Qualquer doença cuja causa não seja conhecida é, depois, suscetível de ser encarada com muito charlatanismo. Inventam-se mezinhas só para se ganhar dinheiro fácil e para enganara as pessoas, fazendo-as gastar dinheiro, coitadas, com tanta falta dele!... Com esses pretextos de benefícios que não existem. Portanto, eu sinto-me útil em, sempre que posso ajudar e esclarecer de algum modo as pessoas. Também publicou «40 Anos do SNS». O que destaca dessa análise? E se pudesse mudar/melhorar algo o que seria e como seria? O que se pode dizer, muito resumidamente, é o seguinte: não se podem resolver os problemas atuais do SNS com medidas avulsas. Não há hipótese! O SNS foi pensado há 45-46 anos para uma população muito mais pequena e com uma esperança de vida muito inferior àquela que se tem hoje! Mudaram as bases sobre as quais foi construído o SNS, mas mudaram tremendamente. É preciso refundar o SNS, tendo em conta essas variáveis tão importantes, para que ele volte a ter a capacidade de atingir os objetivos a que se propôs. Tal como está, não adianta pôr aqui mais médicos, pôr acolá mais enfermeiros, abrir e fechar urgências. Vamos ficar com os mesmos problemas, ou até com outros.  Se se sabe desta necessidade, governo após governo, onde está o impedimento? É apenas falta de vontade política em reformar? Sim, porque se trata de falta de tempo. Os partidos todos governam a curto prazo, governam para a eleição seguinte, para o resultado da sondagem que vem depois. É, como diz, uma questão de vontade política séria, não é por terem nascido agora crianças na estrada ou dentro das ambulâncias do INEM. É mesmo preciso refundar, porque aquilo que mudou é enorme! Principalmente, porque as pessoas vivem mais e o período em que o fazem é quando têm mais doenças. E o SNS, tal como foi pensado, não tinha essa realidade. E escreve e assina, ainda, «Confissões de Uma Mulher Madura». Que confissões são essas? Haveria alguma que não tenha incluído no livro e que hoje não se importaria de incluir? Tenho outras obras, além dessas já referidas. Quanto às confissões, uma coisa atual que acho que todos temos de pensar e que a mim me interessa muito é a negligência. É a falta de medidas políticas – e quando o refiro não são só alusivas ao Governo, mas à sociedade civil – para nos permitir ter uma vida melhor. Não adianta viver mais anos, uma vida mais longa – com uma média de esperança de vida de 80 e tal anos, mais nas mulheres –, se os últimos anos forem vividos com má qualidade. Como é o caso! Nós, portugueses, temos uma das maiores esperanças de vida do mundo mais desenvolvido, mas temos uma das piores velhices, com mais doença. É preciso dar qualidade de vida às pessoas antes de chegarem aos cuidados paliativos! É preciso ensiná-los a comer, a mexer-se, a terem dinheiro para os remédios todos que necessitam, a optar por aquilo que comprar. Portanto, há muito coisa a fazer! Nesses trabalhos que exerceu, recorda-se de algum em particular que tenha passado em Gondomar? Que memórias lhe traz este concelho e/ou aquilo que dele conhece? Não tenho ideia de ter tido qualquer trabalho nesse vosso local. Mas o que conheço é a beleza cultural de Gondomar, desde os trajes tradicionais à ourivesaria. Aquilo que Gondomar me lembra é uma grande beleza e qualidade estética, uma grande especificidade, uma identidade muito forte! E com um cunho estético muito acentuado, pois é muito importante para todos nós sermos rodeados de beleza. Em mês de dezembro e do Natal, de que modo vive as tradições natalinas e o que mais privilegia nesta época?  A Família, sem dúvida, é o que mais privilegio! Gosto muito do Natal e tento cumprir todas as tradições, que já vivia com os meus pais e em que eu era a filha mais velha. Agora sou a única. Mesmo assim, tento manter essas tradições e passar tempo de qualidade com a família nesta época. Felizmente que ainda o posso fazer. E, depois, de manter todas aquelas coisas que nós gostamos, como o peru na consoada – a tradição desde pequena é comê-lo no dia 24 à noite. Eu acabo por fazer vários natais nesta altura, para poder estar com os meus sobrinhos e a minha neta. (risos) No que toca ao dia 25, dia de Natal, o nosso almoço habitual é bacalhau no forno com broa, não o bacalhau cozido tradicional. Acha que se não houvesse tanto consumismo e ruído comercial viver-se-ia melhor o espírito natalício com o nascimento de Jesus? Eu sou casada com um norte-americano, como se sabe, e nos EUA esse consumismo e ruído comercial que aborda começa logo em junho. Parece, de facto, haver cada vez mais esse espírito comercial. Mas, na verdade, recordo-me de um poema muito bonito de António Gedeão, que penso ter sido escrito nos anos 50-60, e que fala precisamente desse furor comercial no Natal. O poema é contra isso! No fundo, essa vertente comercial sempre existiu. E existe mais ainda no Ocidente. Idealmente, deveríamos suprimir esse aspeto comercial para viver mais e melhor a essência do Natal, o nascimento de Jesus, e a celebração com a família. Mas continuo a achar que uns fazem mais isso, outros menos. Felizmente, na sociedade portuguesa, sinto que o espírito natalício ainda está muito presente. Para concluir, e em jeito motivacional e apelativo aos valores que não se devem/podem perder, que mensagem primordial deixa para o novo ano? Tal como a maior parte das pessoas, penso eu, desejaria que encontrássemos a paz, sobretudo aqui na Europa. Mas vejo-a muito difícil. Portanto, não estou muito otimista a nível global e a nível político. Resta-nos, assim, a cada um de nós viver em harmonia e o mais próximo possível da nossa família e dos nossos amigos, num espírito de solidariedade que nos envolva a todos. Acho que isso é, para já, o mais importante.

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Centro do dia de Melres e Medas com inscrições praticamente lotadas

“Estamos muito felizes por dar esta resposta à população, mas é curto para o que a União de Freguesias precisa. Já abriram as inscrições e já está praticamente lotada. Em Melres e Medas, além da Associação de Reformados das Medas que com o protocolo com a Santa casa da Misericórdia de Gondomar, presta apoio e auxílio no nosso território, temos a Associação de Desenvolvimento de Rio Mau, a Associação de Solidariedade de Lever e a Associação de Solidariedade Social de Crestuma que presta apoio no nosso território. Rapidamente se vai atingir o limite”, refere o presidente da União de Freguesias de Melres e Medas, José Paiva.  O protocolo, ainda, não está totalmente assegurado com a Segurança Social, mas pretendem ter: pequeno-almoço, almoço, lanche e a possibilidade de se levar o jantar para casa. O transporte, para quem não tiver possibilidade, será assegurado pela Associação. A gestão vai ser efetuado pela Associação Douro Mais Solidário.  Num futuro próximo a União de Freguesias pretende dotar-se de um lar de idosos, para responder às necessidades existentes.  “Estamos a pensar passar para o domínio privado da Junta um terreno Baldio para depois se poder fazer um equipamento de raiz que será um complexo social. Espero que seja algo a concretizar no nosso mandato, mas não depende de nós”.

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Declaração Pública do Fotógrafo de Natureza e Realizador de Documentários Naturais, Paulo Ferreira

Olá, gondomarenses. A maioria talvez não me conheça, mas sou filho desta terra. Gondomarense por orgulho e por raiz. Trago gravado no olhar e na memória o Alto Concelho — Melres e Medas — como o lugar que me viu nascer, crescer e aprender a escutar a natureza. Foi ali que aprendi a olhar devagar, a respeitar o silêncio, a cheirar o pinho aquecido pelo sol e a ouvir as pinhas a estalar no verão. Foi ali que aprendi a seguir o voo das aves e o correr da água nos ribeiros que desaguavam no Rio Douro. Foi ali que frequentei a escola primária, atravessando todos os dias um ribeiro que, no inverno, se tornava um verdadeiro obstáculo natural. Não havia a quem me queixar, nem existiam redes sociais para mostrar essa pequena grande aventura. Havia apenas caminho, coragem e descoberta. Foi também ali que nasceu o meu amor pela fotografia de natureza e, mais tarde, pela realização de documentários. Ao longo dos anos — difíceis por natureza e marcados por uma grande mudança na minha vida profissional — esse caminho levou-me a filmar a vida selvagem um pouco por todo o mundo. Mas é sempre ali que o coração regressa. Filmar a natureza é, para mim, devolver à terra um pouco daquilo que ela me deu. E foi nesse percurso que encontrei os Moinhos de Jancido, um lugar pacato, discreto, quase escondido… e que desde o primeiro instante me fascinou. Este documentário nasce num recanto da margem esquerda do rio Sousa. Um lugar escondido entre socalcos verdes e memórias antigas. Os Moinhos de Jancido estiveram durante décadas quase submersos no tempo. Silenciosos. Esquecidos. Até que algo extraordinário aconteceu. Não foi um milagre rápido. Foi um milagre feito de mãos, de persistência e de amor. Uma história escrita não com palavras, mas com ações. Essa história tem nome: Rapazes de Jancido. Desde já o meu obrigado. Aos sábados à tarde, sem holofotes, sem recompensas, homens e mulheres de várias idades reúnem-se ali. Começaram por levantar pedras caídas. Depois reabriram trilhos. Depois devolveram vida às ribeiras. E, quase sem darem por isso, devolveram também dignidade à paisagem. Onde chegou o ser humano com respeito, a natureza respondeu. A vida selvagem regressou. A biodiversidade aumentou. E com ela voltou o equilíbrio. Hoje, onde antes havia lixo e abandono, correm águas mais limpas. O solo respira. Musgos, fetos, urzes e flores silvestres pintam novamente as encostas. Cada espécie que reaparece é um aplauso silencioso ao trabalho destes guardiões da terra. Depois, quando olhamos mais de perto, descobrimos o pequeno mundo invisível. As dedaleiras, incluindo aquela rara dedaleira-branca nascida de uma mutação improvável. Os insetos — esses verdadeiros engenheiros da vida — que polinizam, reciclam, constroem e sustentam o mundo. As abelhas em enxameação. As aranhas, com as suas arquiteturas delicadas e mortais. Até um fungo estranho, digno de filme de terror, que revela como até a morte faz parte do ciclo da vida. As borboletas, delicadas e efémeras, lembram-nos a beleza da transformação. As formigas ensinam-nos organização e cooperação. As libélulas denunciam a pureza da água. Até uma simples lesma, ao alimentar-se vagarosamente de um açafrão-de-outono, nos mostra como a vida se cumpre também em gestos lentos. E depois há o rio. O rio Sousa corre junto aos moinhos como uma veia viva desta paisagem. Espelho das árvores, berço de vida, corredor ecológico, filtro natural. O seu silêncio ensina-nos a ouvir melhor. Ensina-nos a escutar o que normalmente ignoramos. Quem aprende a fazer silêncio na natureza começa a ouvir a vida. E a vida revela-se em toda a sua diversidade: a lontra, sinal de água pura; a raposa, sentinela da noite; o texugo, jardineiro da floresta; as garças, elegantes vigilantes das margens; o cuco, mensageiro da primavera; as águias, que patrulham os céus; o guarda-rios, flecha azul sobre a água; as salamandras, frágeis e preciosas; os sapos, aliados da agricultura; os corvos-marinhos, figuras negras no inverno; os pica-paus, escultores da madeira; o esquilo-vermelho, regresso histórico à floresta; a gineta, sombra elegante entre as árvores. Cada espécie conta-nos uma história. Cada espécie lembra-nos que este território está vivo. Quando o sol se esconde, nasce outro mundo. O mundo noturno. O noitibó canta como um sussurro antigo. E, por entre as ervas, os pirilampos acendem pequenas luzes, frágeis sinais de esperança numa noite cada vez mais ameaçada pela poluição luminosa. A sua luz não é fogo. É linguagem. É chamamento. É vida a tentar continuar. E depois há o céu. Num tempo em que as cidades apagaram as estrelas, Jancido ainda guarda a escuridão saudável. Aqui, a poucos quilómetros do Porto, ainda podemos levantar os olhos e lembrar-nos que somos pequenos. Ver as estrelas é recordar que fazemos parte de algo maior. Quando deixarmos de olhar para o céu, deixaremos também de perceber a grandeza da vida. O epílogo deste filme não fala apenas de moinhos. Fala de pessoas. Fala de responsabilidade. Fala de futuro. Jancido é hoje um exemplo de que é possível reparar, cuidar, devolver vida. E é também um aviso: a natureza não precisa de nós. Mas nós precisamos desesperadamente dela. Este documentário estreou no dia 30 de novembro, na SIC, num domingo, entre as 12h e as 13h. E mais de meio milhão de pessoas assistiram em direto. Esse número não me pertence. Pertence à força destas paisagens. Pertence aos Rapazes de Jancido. Pertence à natureza. Se este filme servir apenas para que uma pessoa passe a olhar o mundo com mais respeito, e para que esse respeito seja herdado pelas gerações que vêm depois de nós, então tudo já valeu a pena. Porque a beleza está nas estrelas, nas águas, nos olhos de uma raposa… E nas mãos de quem decide agir, não com palavras, mas com ações. Como pode ser belo, o nosso mundo! Conheçam mais documentários em: www.pauloferreira.pt

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GONDOMARENSES PASSAM CONSOADA NO ESTRANGEIRO

Entre malas cheias de lembranças e saudades acumuladas, o Natal funciona como um ponto de ligação entre gerações que procuram manter vivas as tradições que trouxeram do país de origem. A mesa farta, os pratos típicos e os rituais familiares tornam-se símbolos de identidade cultural, recriados com rigor mesmo em terras estrangeiras. Em muitas comunidades emigrantes, as celebrações tornam-se um momento de afirmação e continuidade, num esforço coletivo para preservar raízes. Apesar das mudanças no mundo e dos novos desafios da distância, o Natal continua a ser uma força agregadora para quem vive fora do seu país. A data resiste ao tempo como um convite à partilha e ao reencontro, lembrando que, mesmo longe, é possível manter viva a essência de pertença e tradição. Neste período, mais do que nunca, as famílias demonstram que o espírito natalício ultrapassa fronteiras e se fortalece na união. Fomos conhecer algumas pessoas que, contrariamente ao habitual, visitam as suas famílias no estrangeiro.    Armando Vieira, residente em São Cosme, vai passar o Natal a Worksop, em Inglaterra. O motivo que o leva a viajar é o contacto com o filho, a nora e a neta, porque para ele o Natal é em família. “Na consoada tentamos sempre manter as nossas tradições portuguesas, mas o meu filho prefere comer polvo assado (risos). Como não podemos levar nada no avião vamos a Manchester, que fica a uma hora de casa dele, e compramos o bolo-rei, o pão-de-ló e outras coisas típicas do nosso país”.   Alfredo Pinto, residente em Medas, vai para França ter com as duas filhas. Algo que já é habitual visto a facilidade logística para toda a família. “É um pouco diferente, no que toca as tradições, de entradas comemos ostras e champagne (risos), claro que o bacalhau não pode faltar numa mesa portuguesa. Acabamos por juntar as duas culturas, a francesa e a portuguesa”.  Maria Filomena Rocha, de Fânzeres, vai passar o Natal ao Brasil pelo segundo ano consecutivo, juntamente com a nora, o filho e os netos. “As tradições são diferentes. Eles comem galo no Natal e o a consoada não se prolonga pela noite dentro e muito menos pelo dia a seguir. Após a entrega dos presentes cada um vai para sua casa. Claro que quando quero bacalhau tenho de ser eu a fazer (risos), porque não sabem como o demolhar, nem como o preparar para que fique como é tipicamente português. A minha nora costuma chamar “o bacalhau da sogra”. No Brasil não têm esta tradição e as festas são bem mais quentes, devido ao verão que é nesta época”.    António Ferreira, de Labercos, na Lomba, é emigrante e por isso anda sempre entre Portugal e França. O Natal é sempre no país que emigrou, devido aos filhos e netos. “A consoada não é como a portuguesa, até porque as crianças, como já foram criadas lá, não estão habituadas às nossas comidas típicas, por isso tentamos sempre adaptar. Comemos o bacalhau para manter a tradição, mas de entradas temos mais marico e fuagrá, que é um fígado gordo. Nas sobremesas o típico é a buche de noel, um género de tarte decorada de forma natalícia com vários cremes. O essencial é estarmos juntos com ou sem tradições portuguesas (risos)”.

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