Briefing: Crise na habitação

O consenso entre os líderes da banca é que, sem reformas estruturais significativas para aumentar a oferta de habitação, a crise de acessibilidade irá agravar-se, tornando o acesso a uma casa própria cada vez mais difícil para a maioria da população e colocando em risco a estabilidade do mercado.

A queda das taxas Euribor proporciona um alívio significativo e imediato para os detentores de crédito à habitação com taxa variável, mas a incerteza económica futura aconselha prudência na gestão dos orçamentos familiares.

Esta nova ferramenta legal capacita os inquilinos, promove a transparência e combate a economia paralela, sendo um passo fundamental para garantir o acesso a apoios e direitos fiscais no mercado de arrendamento.

A garantia pública para o crédito jovem é uma política de sucesso na remoção de barreiras ao financiamento, mas o seu impacto no aumento da procura realça a urgência de medidas complementares que estimulem a oferta de habitação para evitar uma maior inflação dos preços.

A valorização imobiliária em vilas históricas como Marvão e Óbidos atinge níveis recorde, impulsionada pelo turismo e pela procura de autenticidade, mas intensifica a crise de acessibilidade para os residentes locais, tornando o sonho de viver nestes locais um luxo para poucos.

O aumento expressivo no licenciamento de novas habitações no primeiro semestre de 2025 é um sinal encorajador para o aumento da oferta, mas a sua eficácia no combate à crise habitacional dependerá da celeridade da construção e da entrada efetiva destes imóveis no mercado.

O crescimento recorde no volume de transações imobiliárias no primeiro semestre de 2025 confirma a elevada dinâmica do mercado, mas também acentua as preocupações sobre a sustentabilidade dos preços e a crescente dificuldade de acesso à habitação em Portugal.

O intenso debate público sobre a habitação revela um consenso crescente de que são necessárias reformas estruturais e uma estratégia política coesa para resolver a crise, focando-se em aumentar a oferta e garantir um mercado mais equilibrado e acessível.

As proteções legais para inquilinos com incapacidade são um instrumento de justiça social essencial, garantindo estabilidade habitacional a um grupo vulnerável e mitigando os impactos mais severos da crise no mercado de arrendamento.

A taxa fixa no crédito à habitação é uma ferramenta valiosa para mitigar o risco de subida dos juros, mas a grande variação de ofertas no mercado exige uma comparação detalhada para garantir a escolha da solução mais vantajosa e adequada a cada perfil de comprador.