Briefing: Conflitos, guerras e tensões

A escalada de violência em Gaza, com dezenas de mortos, demonstrou a fragilidade do cessar-fogo.

Apesar das acusações mútuas entre Israel e o Hamas, e do apoio dos EUA a Israel, a pressão internacional e a intervenção dos mediadores levaram ao restabelecimento da trégua, embora a situação permaneça volátil.

A cimeira entre Trump e Xi Jinping na Coreia do Sul representa uma tentativa de desanuviamento na complexa relação sino-americana.

Com temas como tarifas comerciais, o combate ao fentanil e o futuro do TikTok em cima da mesa, o encontro poderá ditar o rumo das relações bilaterais, embora questões sensíveis como Taiwan possam ser abordadas com cautela.

A decisão dos EUA de não substituir uma brigada no leste europeu, embora descrita como um ajustamento e não uma retirada, sublinha a pressão da administração Trump para que os aliados europeus aumentem os seus encargos com a defesa. A medida gera incerteza entre os parceiros da NATO, apesar das garantias de que o compromisso global dos EUA com a segurança europeia se mantém.

O colapso das negociações de paz entre Paquistão e Afeganistão, mediadas por Qatar e Turquia, reavivou o risco de um conflito aberto.

Com acusações mútuas de apoio ao terrorismo e uma retórica bélica crescente de ambos os lados, a instabilidade na fronteira permanece elevada, ameaçando a segurança regional.

O teste de mísseis da Coreia do Norte antes da cimeira da APEC serve como um lembrete da persistente instabilidade na península coreana.

Embora Donald Trump mantenha a porta aberta ao diálogo com Kim Jong-un, a ausência de um encontro nesta visita e a contínua demonstração de força de Pyongyang indicam que a desnuclearização e a paz duradoura permanecem objetivos distantes.

O anúncio do teste do torpedo ‘Poseidon’ é uma clara demonstração de força por parte da Rússia, visando projetar poderio militar e dissuadir adversários. Esta revelação, juntamente com outros testes de armamento avançado, insere-se na estratégia do Kremlin de modernização do seu arsenal nuclear e de reforço da sua posição geopolítica global.

A mobilização naval sem precedentes dos EUA nas Caraíbas, justificada como uma operação antinarcóticos, escalou as tensões geopolíticas na região.

As ações militares provocaram acusações de “crime de guerra” por parte da Colômbia e agravaram a crise diplomática com a Venezuela, com repercussões diretas em países vizinhos como Trindade e Tobago.

A intensificação da retórica e da atividade militar em torno de Taiwan reflete a crescente tensão no estreito, um dos principais focos de instabilidade geopolítica global. Enquanto a China mantém a sua ameaça de uso da força, Taiwan reforça a sua determinação em defender a sua autonomia, num equilíbrio delicado que será testado nas próximas interações diplomáticas entre as grandes potências.