Briefing: Conflitos, guerras e tensões

A semana foi marcada por uma dualidade de sinais: enquanto a retórica diplomática sugeria uma aproximação à paz, a realidade no terreno demonstrava uma intensificação do conflito, com ataques russos contínuos e um reforço do apoio militar ocidental a Kiev.

Os EUA aumentaram a pressão militar e diplomática na América Latina, com o envio de um porta-aviões e sanções à Colômbia, sob o pretexto do combate ao narcotráfico. A Venezuela respondeu com acusações de belicismo e ameaças, elevando a tensão na região a um novo patamar.

A semana demonstrou a complexidade das relações sino-americanas, com a preparação de uma cimeira presidencial a ocorrer em simultâneo com a abertura de uma nova investigação comercial por parte dos EUA, refletindo uma estratégia de pressão e diálogo.

Enquanto a frágil trégua em Gaza é monitorizada internacionalmente, as fações palestinianas chegaram a um acordo para uma governação tecnocrata interina.

No entanto, a devastação é imensa e a crise humanitária persiste, gerando críticas à ineficácia de organizações como a ONU.

A imposição de sanções dos EUA ao setor petrolífero russo e o cancelamento de uma cimeira presidencial congelaram as relações diplomáticas.

A Rússia reagiu com desdém, enquanto a Hungria, aliada de Moscovo, procurou contornar as medidas, evidenciando fissuras na frente ocidental.

Uma disputa sobre uma campanha publicitária levou à suspensão das negociações comerciais entre os EUA e o Canadá.

A reação de Donald Trump, que acusou o Canadá de deturpar as palavras de Ronald Reagan, evidencia a crescente tensão entre os dois países vizinhos.

A paralisação orçamental nos EUA resultou no não pagamento de salários a centenas de trabalhadores portugueses na Base das Lajes, gerando um problema social e diplomático que levou a apelos por uma intervenção do Governo português.

Incidentes aéreos consecutivos, envolvendo balões bielorrussos e aviões russos, forçaram a Lituânia a encerrar aeroportos e a emitir protestos diplomáticos, sublinhando a crescente volatilidade na fronteira oriental da NATO.

A Croácia reintroduziu o serviço militar obrigatório, uma decisão justificada pela necessidade de reforçar a defesa nacional face à instabilidade gerada pela guerra na Ucrânia.

A medida espelha uma tendência de reavaliação das políticas de segurança em vários países europeus.

A confirmação de milhares de baixas norte-coreanas na Ucrânia e a inauguração de um memorial por Kim Jong-un revelam a profundidade do envolvimento militar de Pyongyang ao lado da Rússia, sublinhando a dimensão global e as alianças que sustentam o conflito.