Briefing: Conflitos, guerras e tensões

A UE e os EUA impuseram novas sanções abrangentes à Rússia, visando os setores energético e financeiro para enfraquecer a sua economia de guerra. Enquanto o Ocidente demonstra uma frente unida, a Rússia desvaloriza o impacto das medidas e a sua eficácia para forçar uma negociação de paz permanece incerta.

O cessar-fogo em Gaza permanece precário, com acusações mútuas de violações e divergências sobre os próximos passos.

A diplomacia norte-americana tenta manter o plano de paz ativo, mas Israel parece inclinado a uma contenção militar prolongada, enquanto a crise humanitária se agrava.

A aprovação preliminar da anexação da Cisjordânia pelo parlamento israelita provocou uma forte repreensão dos Estados Unidos, que ameaçaram retirar o seu apoio.

Este desenvolvimento revela uma profunda divergência entre a administração Trump e a coligação de direita de Netanyahu, colocando em risco a frágil estabilidade no Médio Oriente.

O Tribunal Internacional de Justiça determinou que Israel tem a obrigação legal de facilitar a ajuda humanitária a Gaza, incluindo a da UNRWA.

Israel rejeitou a decisão, enquanto palestinianos e outros atores internacionais, como a Noruega e a ONU, apelam ao seu cumprimento para aliviar a crise humanitária.

A Rússia demonstrou a sua capacidade nuclear através de exercícios estratégicos supervisionados por Putin, num claro sinal ao Ocidente.

Em paralelo, altos comandos militares em França alertam para a crescente ameaça russa, instando a Europa a preparar-se para um possível confronto militar nos próximos anos, refletindo uma escalada na retórica de defesa no continente.

Ações militares dos EUA contra alegados navios de narcotráfico e declarações hostis de Donald Trump contra os líderes da Colômbia e Venezuela elevaram a tensão na América do Sul.

Enquanto Nicolás Maduro exibe capacidade militar, Gustavo Petro recorre à via judicial, num cenário de crescente desconfiança e confronto diplomático.

A instalação de uma nova barreira flutuante pela China no recife de Scarborough intensifica a disputa territorial com as Filipinas.

A ação, que restringe o acesso à zona, é mais um episódio na escalada de tensões no Mar do Sul da China, onde Pequim continua a afirmar a sua soberania apesar das decisões judiciais internacionais.

Numa demonstração de unidade e reforço da segurança da NATO, Reino Unido e Alemanha iniciaram patrulhas conjuntas para monitorizar submarinos russos.

A cooperação, que inclui também a cibersegurança, representa uma resposta direta à agressão russa e fortalece a defesa coletiva no Atlântico Norte.

A crítica pública de Donald Trump à Espanha por não cumprir as metas de investimento da NATO gerou uma tensão diplomática, com Pedro Sánchez a defender firmemente o compromisso do seu país.

O episódio expõe as divergências persistentes dentro da Aliança Atlântica sobre a partilha de responsabilidades financeiras na defesa coletiva.

Alegada agressão sexual por um requerente de asilo desencadeou violentos protestos anti-imigração em Dublin, com dezenas de detidos e polícias feridos.

Os confrontos revelam uma crescente tensão social na Irlanda e na Europa em torno das políticas migratórias.

África enfrenta um aumento alarmante de conflitos armados, que já representam 40% do total mundial e causaram 35 milhões de deslocados.

Crises agudas no Sudão, Somália e RDCongo, agravadas por epidemias e cortes no financiamento humanitário, criam um cenário de emergência continental.

Em visita à Indonésia, o Presidente Lula da Silva confirmou a sua candidatura para 2026 e criticou o protecionismo comercial, num claro recado aos EUA.

A sua agenda diplomática na Ásia, representando os BRICS, e a possibilidade de um encontro com Donald Trump, sublinham o esforço do Brasil para se afirmar como um ator relevante no cenário geopolítico global.