Briefing: Donald Trump

A cimeira entre Trump e Xi resultou numa trégua comercial temporária, com concessões mútuas em tarifas, agricultura e exportação de minerais estratégicos.

Embora a reunião tenha sido celebrada por Trump como um sucesso, a ausência de acordos formais e a persistência de divergências estruturais mantêm a incerteza sobre o futuro das relações sino-americanas.

O anúncio de Donald Trump sobre a retoma dos testes nucleares, após 33 anos de moratória, representa uma mudança significativa na política de defesa dos EUA. Justificada como uma resposta a ações da Rússia e da China, a decisão gerou preocupação internacional sobre uma possível nova corrida ao armamento e o enfraquecimento dos tratados de não proliferação.

A paralisação do governo federal, motivada pelo impasse político sobre os subsídios do Obamacare, está a gerar uma crise económica e social nos EUA.

Milhões de famílias enfrentam um aumento insustentável nos custos de saúde, enquanto serviços públicos essenciais, como o controlo de tráfego aéreo, são afetados, evidenciando as profundas consequências da polarização política em Washington.

A política da administração Trump para a Venezuela atingiu um novo pico de tensão, com um significativo reforço militar naval nas Caraíbas e alegações de planos de ataque, posteriormente negados pelo Presidente. A controversa campanha contra o narcotráfico no mar, que resultou em dezenas de mortos, foi condenada pela ONU, agravando o clima de confronto entre Washington e Caracas.

A relação comercial entre os EUA e o Canadá deteriorou-se significativamente após Donald Trump impor novas tarifas como retaliação a um anúncio canadiano anti-tarifas. Apesar do pedido de desculpas do primeiro-ministro canadiano, Trump recusou-se a retomar as negociações, aprofundando o impasse entre os dois países vizinhos e aliados históricos.

A Casa Branca sob a liderança de Donald Trump intensificou o controlo sobre o acesso da imprensa, restringindo a circulação de jornalistas em áreas de trabalho e assumindo a gestão das acreditações para eventos restritos. Estas ações, justificadas por razões de segurança, são vistas pelos críticos como uma tentativa de limitar o escrutínio e favorecer meios de comunicação alinhados com a administração, agravando o conflito com a imprensa tradicional.

A administração Trump reduziu drasticamente o teto de admissão de refugiados para 7.500 por ano, o valor mais baixo da história do programa. A nova política, que prioriza a entrada de sul-africanos brancos, foi criticada por organizações humanitárias como sendo uma politização de um programa humanitário e um abandono da liderança moral dos EUA nesta área.

O cancelamento da cimeira entre Trump e Putin assinala um ponto de viragem nas relações EUA-Rússia, motivado pela intransigência de Moscovo sobre a Ucrânia. A decisão, tomada num contexto de demonstrações de força militar por parte da Rússia, evidencia o fracasso dos esforços diplomáticos para resolver o conflito ucraniano e aponta para um período de maior confronto entre as duas potências nucleares.

A especulação sobre um terceiro mandato de Donald Trump, alimentada pelo próprio Presidente e pelos seus apoiantes, levanta um debate constitucional significativo nos EUA.

Apesar de a Constituição proibir claramente mais de dois mandatos, as declarações ambíguas de Trump mantêm o tema na agenda política, servindo como uma ferramenta para mobilizar a sua base e desafiar as normas institucionais.

As remodelações na Casa Branca, incluindo a construção de um novo salão de baile e a renovação de espaços históricos, tornaram-se um ponto de controvérsia para a administração Trump. As críticas centram-se não apenas na alteração de estruturas históricas, mas também no contraste entre os avultados custos dos projetos e os cortes em programas sociais, especialmente durante a paralisação do governo.