Briefing: Donald Trump

A ordem de Donald Trump para mobilizar submarinos nucleares em resposta a Dmitry Medvedev intensificou as tensões EUA-Rússia.

Embora alguns analistas a considerem uma manobra política, outros veem-na como um passo perigoso que evoca a retórica da Guerra Fria, refletindo a imprevisibilidade da atual política externa americana.

A política de tarifas de Donald Trump redefiniu as relações comerciais dos EUA, utilizando a pressão económica como ferramenta de política externa. A imposição de taxas a parceiros como a UE, Brasil e Canadá gerou incerteza global e demonstrou uma abordagem transacional e imprevisível nas relações internacionais.

A demissão da diretora do BLS por Donald Trump, após um relatório de emprego negativo e com acusações infundadas de manipulação, intensificou os receios sobre a politização de agências federais. A ação, que abalou os mercados, foi vista como um ataque à independência das instituições e um reflexo da intolerância do Presidente a dados desfavoráveis.

A ligação de Donald Trump a Jeffrey Epstein permanece uma fonte de grande polémica, intensificada por alegações de que o seu nome foi removido de ficheiros do FBI e por exigências de transparência em protestos. O caso representa uma significativa vulnerabilidade política, com o potencial de minar a confiança mesmo entre os seus apoiantes.

A imposição de um ultimato a Putin e a condenação dos ataques a Kiev por Trump assinalam uma viragem na sua abordagem à guerra na Ucrânia.

No entanto, a imprevisibilidade da sua política externa e a firmeza da posição russa levantam dúvidas sobre o impacto real desta nova estratégia diplomática.

A nomeação de Jeanine Pirro, uma figura mediática conhecida por alegações falsas sobre as eleições de 2020, para procuradora de Washington D.C.

gerou grande controvérsia.

A decisão é vista como um ato de politização do sistema de justiça e uma recompensa pela sua lealdade a Donald Trump.

Donald Trump intensificou a sua pressão sobre a Reserva Federal, criticando publicamente o seu presidente e aproveitando uma demissão para nomear um novo membro.

Esta interferência na política monetária ameaça a independência do banco central e reflete um conflito entre os objetivos políticos da Casa Branca e a estabilidade económica.

Protestos em cidades como Los Angeles evidenciam uma forte oposição pública às políticas de Donald Trump.

As manifestações focam-se em temas como a imigração, a economia e a justiça, incluindo o caso Epstein, e demonstram uma resistência organizada que reflete a profunda divisão na sociedade americana.

A imposição de tarifas de 50% ao Brasil por Trump, justificada como retaliação pelo processo contra Jair Bolsonaro, representa uma fusão inédita de política comercial e interferência judicial.

A medida gerou uma crise diplomática, com o Brasil a defender a sua soberania enquanto se mostrava aberto a negociações.

O acordo comercial entre os EUA e a UE estabeleceu uma tarifa de 15%, evitando taxas mais altas, mas foi recebido com críticas mistas.

Visto por Bruxelas como uma medida pragmática para garantir estabilidade, foi também interpretado por analistas como uma concessão que fragiliza a posição europeia e beneficia outras potências globais.