Briefing: Donald Trump

Donald Trump ordenou a retoma dos testes nucleares dos EUA em resposta às atividades da Rússia e da China, pondo fim a uma moratória de 30 anos. A decisão, justificada pela sua administração como uma necessidade de dissuasão, gerou forte condenação internacional e receios de uma nova corrida ao armamento, colocando em risco os tratados de não proliferação.

A cimeira entre Trump e Xi Jinping produziu uma trégua de um ano na guerra comercial, envolvendo a redução de tarifas por parte dos EUA e compromissos da China em áreas como a soja, terras raras e fentanil. Embora Trump tenha celebrado o resultado como um sucesso, o acordo é visto como uma pausa estratégica que não resolve as profundas rivalidades entre as duas potências.

A administração Trump fixou um novo limite de 7.500 refugiados por ano, uma redução drástica face à política anterior. A medida dá prioridade a sul-africanos brancos e foi criticada por organizações humanitárias como sendo discriminatória e uma politização de um programa humanitário, afetando milhares de pessoas que aguardam asilo, incluindo colaboradores afegãos.

A administração Trump lançou uma ofensiva militar contra o narcotráfico, resultando em dezenas de mortos em ataques a embarcações.

A campanha é defendida como uma guerra contra os cartéis, mas enfrenta fortes críticas internas por parte de democratas, que a consideram ilegal, e gerou uma crise diplomática com países como a Colômbia e a Venezuela.

A prolongada paralisação do governo dos EUA, causada por um impasse orçamental no Senado, está a afetar gravemente os serviços públicos e a vida de milhares de trabalhadores federais.

O setor da aviação enfrenta perturbações, a ajuda alimentar está em risco e os impactos económicos negativos acumulam-se, enquanto a pressão política para um acordo aumenta.

O Senado dos EUA votou simbolicamente para revogar as tarifas de Donald Trump sobre países aliados, numa ação liderada pelos democratas e apoiada por um punhado de republicanos.

Embora sem perspetivas de se tornarem lei, as votações destacam as fissuras no apoio republicano à política comercial protecionista do presidente.

Donald Trump recusa descartar a hipótese de um terceiro mandato presidencial, uma ideia proibida pela Constituição dos EUA.

As suas declarações, juntamente com as de aliados como Steve Bannon, geraram um intenso debate sobre os limites do poder presidencial, apesar de figuras do seu próprio partido reconhecerem os obstáculos constitucionais.

A demolição da Ala Leste da Casa Branca para a construção de um salão de baile com o nome de Donald Trump é um projeto controverso, financiado por doações privadas e que avançou sem as aprovações habituais. A obra enfrenta a desaprovação da maioria dos americanos e é vista por críticos como um exemplo da forma como a administração contorna os processos institucionais.

A cimeira entre Donald Trump e Vladimir Putin foi cancelada devido à falta de progresso nas negociações sobre a Ucrânia e às exigências da Rússia.

O cancelamento, que se seguiu a um telefonema tenso entre diplomatas de ambos os países, assinala um impasse nos esforços para encontrar uma solução diplomática para o conflito.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, vai solicitar a Donald Trump uma isenção das sanções dos EUA contra as petrolíferas russas, argumentando com a forte dependência energética do seu país.

A visita a Washington visa garantir um tratamento especial para a Hungria, evidenciando as tensões entre os interesses nacionais e a política de sanções ocidental contra Moscovo.